Aparecida, popularmente conhecida como Aparecida do Norte em razão da Estrada de Ferro do Norte, está localizada no Vale do Paraíba Paulista, distante 170 km de São Paulo. Em 2019 sua população era de pouco mais de 36.000 habitantes.
Tudo em Aparecida gira em torno de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil (de quem sou devoto), e, consequentemente, do Santuário Nacional de Aparecida.
O título de Padroeira do Brasil foi-lhe dado em 1930 pelo Papa Pio XI , a pedido do Clero Brasileiro. No dia 31 de maio de 1931, o Presidente Getúlio Vargas e autoridades religiosas a proclamaram como “Padroeira do Brasil”.
Já estive na cidade diversas vezes, aproveitava para passar o dia lá quando estava em em Pouso Alegre (já publicado no blog), distante 160 km dali. Em geral, ia à Basílica apenas para assistir a uma missa e voltava. Em 2019 retornamos à cidade, desta vez para passarmos três dias, fazermos o tour religioso e, claro, para assistirmos à missa.
É comum as pessoas fazerem uma lista de locais no Brasil que gostariam de conhecer, como praias, parques nacionais, capitais, cidades históricas, mas dificilmente Aparecida entraria na lista, a não ser que a pessoa seja devota de Nossa Senhora Aparecida ou muito católica. Minha sugestão, independente de qualquer coisa, é: inclua Aparecida no seu roteiro, realmente é fantástica! Tudo muito organizado e limpo, com muitas atrações além da Basílica. Em alguns momentos eu comentava: padrão Disney de organização.
Uma boa maneira de se planejar para conhecer o Santuário é dividir as atrações em três partes. É possível fazer tudo sem carro, dependendo do local em que estiver hospedado e se gostar e não tiver problemas para caminhar.
Vou começar a história, como se diz, pelo começo, contando “Como Tudo Começou”, e depois vou prosseguir até os dias atuais, em um maravilhoso passeio.
A sequência dos fatos históricos mais relevantes estão descritos abaixo em ordem cronológica e estão ilustrados com fotos do Museu de Cera do Santuário.
Tudo começou com o primeiro milagre, quando em outubro de 1717, a imagem de Nossa Senhora da Conceição – a Aparecida! foi retirada das águas do Rio Paraíba do Sul pela rede de três pescadores: João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia. Eles estavam pescando no rio já fazia algum tempo, mas nada haviam pescado. Rezaram, então, à Virgem Maria pedindo a ajuda de Deus. Ao lançarem a rede, encontraram primeiro o corpo de uma imagem da Virgem Maria toda suja de lodo. Ao lançarem a rede novamente, “pescaram” a cabeça da imagem. A partir desse momento, a pesca ficou abundante, tanto que logo tiveram que retornar, pois o peso poderia afundar a embarcação.
A imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida esteve na casa do Pescador Felipe Pedroso desde que foi encontrada em 1717 até 1732. Até então, era apenas uma devoção familiar.
O primeiro religioso a documentar os relatos dos pescadores que encontraram a imagem de Nossa Senhora foi o Padre José Alves Vilella – Vigário da Igreja de Santo Antônio, da cidade de Guaratinguetá.
Por volta de 1732, Padre José Alves, Atanásio Pedroso e mais alguns devotos construíram uma Capelinha de pau a pique no Bairro do Itaguaçu.
Padre José Alves também foi responsável pela construção da capela no alto do Morro dos Coqueiros, a Capela da Conceição Aparecida, aberta à visitação pública em 1745.
O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a chamada Basílica Velha), sendo inaugurada em 1888.
Em 1894, chegaram os Missionários Redentoristas alemães, que assumiram a administração pastoral do Santuário Nacional.
Com o passar do tempo, houve necessidade de um local maior ainda para os romeiros e, em 1955, teve início a construção da Basílica Nova.
Em 1967, o Papa Paulo VI concedeu a Rosa de Ouro à Nossa Senhora Aparecida em comemoração ao Jubileu dos 250 anos da imagem encontrada no Rio Paraíba do Sul.
Em 1978, a imagem de Nossa Senhora Aparecida sofreu um atentado, que a quebrou em quase 200 pedaços. A imagem foi restaurada por Maria Helena Chartuni, restauradora do MASP. Antes, já havia passado por outros restauros nos anos de 1946, 1950 e 1965.
Em 4 de julho de 1980, o Papa João Paulo II rezou aos pés da imagem de Nossa Senhora. Foi a primeira visita de um Pontifice ao Brasil, ocasião em que ele concedeu à nova igreja o título de “Basílica Menor” e a consagrou como o maior Santuário Mariano do mundo.
As atividades religiosas no Santuário Nacional passaram a ser realizadas, em definitivo, a partir do dia 3 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da Imagem Milagrosa da Basílica Velha para a Basílica Nova.
Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a Basílica à Santuário Nacional.
Em 2017 foi comemorado o Jubileu de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida – reportagem G1 de 2017.
Hospedagem
Aparecida tem várias opções de hospedagem, para todos os gostos e bolsos, muitas são próximas do Santuário. Nossa preferência são os Hotéis da Rede Rainha, pertencentes ao Santuário: Hotel Rainha do Brasil, mais antigo e luxuoso, e o Rainha dos Apóstolos (antigo Hotel San Diego), que foi reformado e incorporado à rede. Eles ficam dentro de uma grande área cercada, com amplo estacionamento, bonito paisagismo, lago, gramados e muitos canteiros de flores.
Optamos pelo Rainha dos Apóstolos por oferecer tudo o que queríamos com melhor custo/benefício: localização, conforto, serviços e preço bom. O Hotel dispõe de restaurante.
Os dois hotéis estão bem próximos do Santuário e ao lado da Cidade do Romeiro. Se preferir ir a pé para a Basílica, dirija-se à passarela que passa sobre a Avenida Itaguaçu e sairá no estacionamento do Santuário. É uma caminhada de 1,5 km – 20 minutos. Outra opção é usar o serviço de traslado oferecido pelos hotéis. Veja o mapa abaixo.
As fotos abaixo são da Basílica vista da janela do quarto do Hotel Rainha dos Apóstolos (viagem que fizemos em 2021). Na viagem de 2019, a vista do quarto era da Cidade do Romeiro, que fica do outro lado, ambas muito bonitas.
Mesmo que não esteja hospedado em qualquer um dos dois hotéis, é permitido entrar para conhecer e apreciar o local e até mesmo almoçar em um dos restaurantes. Basta estacionar na Cidade do Romeiro e atravessar a ponte que liga ao complexo de hotéis.
Restaurantes
A cidade oferece várias opções, porém, fizemos as refeições em apenas três locais: na Praça de Alimentação do Santuário, no Hotel Rainha do Brasil – excelente buffet, e no hotel Rainha dos Apóstolos – onde estávamos hospedados.
Uma opção interessante para a noite, é comer uma pizza na Cidade dos Romeiros na Pizzaria Tutti i Santi – não comemos lá por causa da pandemia, pois passamos na porta e estava lotada.
Estacionamento no Santuário
O estacionamento é enorme, pago, com uma das entradas pela Avenida Itaguaçu.
O Complexo do Santuário é bem completo, tem tudo para tornar sua visita muito agradável. Para percorrê-lo com calma e curtir cada atração, além de assistir a uma missa, recomendo ficar três dias em Aparecida.
Além do que já descrevi anteriormente, o Santuário conta ainda com um Aquário e o Monumento do Tricentenário. E também com um grande Centro de Eventos, um Centro de Apoio ao Romeiro, telefone público, sala de motoristas, sala de imprensa, sala de segurança, posto médico, sanitários espalhados por todo o complexo, loja de velas, dentre outros atrativos.
Para conhecer os artistas e as obras que compõem todo o complexo do Santuário, clique aqui.
Uma das obras sociais mantidas pelo Santuário é o Lar Nossa Senhora Aparecida, iniciada como um asilo por Santa Madre Paulina em 1923.
Todas as fotos publicadas são do Blog Brasília na Trilha. Muitas informações dos atrativos foram tiradas do site oficial A12.
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