Depois de termos conhecido Braga, que fizemos de base para conhecer Guimarães, Viana do Castelo e Barcelos, partimos no dia 7 de fevereiro de 2020 para Aveiro, distante 140 km de Braga.
Mais um trecho de estrada excelente. Passamos ao lado de Porto e continuamos no sentido sul. Chegamos em Aveiro um pouco depois do meio-dia. Deixamos nossas malas no Hotel das Salinas e fomos fazer o primeiro reconhecimento da cidade e procurar um restaurante para almoçar.
A ideia era conhecer o máximo de coisas possível em um curto período e dormir apenas uma noite em Aveiro.
Apenas a alguns passos do hotel está o canal de onde saem os passeios de barco. É um programa obrigatório mesmo que não seja fantástico e nem barato (custa 12 euros por pessoa), mas faz parte. O passeio é guiado e rápido, mas dá para se ter uma idéia do desenho da cidade e de como ela é servida pelo canal. Há vários barcos saindo a todo momento, o preço é igual. Pode-se pagar um pouquinho mais e fazer também o passeio de Tuc Tuc.
Depois do passeio fomos almoçar. Nesta região de onde os barcos saem tem muitas opções de restaurante. Nós fomos a pé próximo ao Mercado do Peixe, no restaurante Porta 36. Pedimos o menu do dia que tinha um preço bom. O serviço e a comida foram bons e o local é agradável.
Igreja de Nossa Senhora da Apresentação
Localizada no Largo da Apresentação, apenas a 200 metros do restaurante em que almoçamos.
Foi construída no século XVII e sofreu grandes transformações no século seguinte. Em sua fachada tem dois painéis de azulejos de 1935, um com a Sagrada Família e o outro de São João, baseado na obra de Murillo. No adro tem uma escultura do Arcebispo de Aveiro D. João Evangelista de Lima Vidal. No interior, o altar-mor e os altares laterais são em talha dourada.
Está localizada a 200 metros à esquerda da Igreja de Nossa Senhora da Apresentação está a Capela de São Gonçalinho. Construída entre 1712 e 1714 com uma planta sextavada. São Gonçalinho é também conhecido como São Gonçalo de Amarante. Estava fechada.
Nosso próximo destino, mais uma Praça da República e uma Igreja da Misericórdia – toda cidade de Portugal tem uma praça e uma igreja com estes nomes.
No caminho passamos por locais que mereceram uma foto: a Praça General Humberto Delgado, sobre o canal, como se fosse uma ponte. Tem 4 estátuas em bronze, duas de cada lado: a Salineira e o Marnoto de um lado, e o Fogueteiro e a Parceira do Ramo do outro; além de uma rotunda ou balão ao centro. Da ponte ainda avistamos o Obelisco da Liberdade, o Hotel Aveiro Palace, o canal e as embarcações.
Quase chegando na Praça da República passamos na porta de duas das confeitarias mais tradicionais de Aveiro, que fazem os típicos ovos moles: Maria da Apresentação da Cruz e Peixinho. A cidade tem até esculturas em alusão à iguaria. Nós não experimentamos o doce.
Praça da República
Toda calçada em pedras portuguesas. Aqui estão alguns dos edifícios mais importantes da cidade, como o Paços do Concelho, atual Câmara Municipal – construída quando Aveiro foi elevada a cidade em 1759, ficando pronto em 1797. Também estão nesta Praça o Teatro Aveirense, o Agrupamento de Escolas de Aveiro e a Igreja da Misericórdia. Quase no centro da Praça está a estátua de José Estevão Coelho de Magalhães, jornalista e político de prestígio, nascido em Aveiro.
Construída no século XVII. A sua fachada e o interior são repletos de azulejos azuis e branco. No retábulo tem quatro pinturas dedicadas à Nossa Senhora da Misericórdia.
Seguimos por mais 400 metros até a região da Sé e do Museu de Aveiro.
Sua origem foi a antiga igreja do Convento de São Domingos, fundado em 1473. Sofreu várias renovações nos séculos XVI, XVII e XVIII. Em 1938 tornou-se Catedral.
Na primeira capela, do lado direito, tem um cruzeiro de São Domingos e, no adro, uma réplica. O cruzeiro foi retirado do exterior em 1978, a fim de ser preservado.
No interior, além da capela-mor, tem outras quatro capelas: a de Nossa Senhora da Misericórdia, a de Santa Joana, a do Coração de Jesus e a de Nossa Senhora do Rosário.
Tem um grande órgão moderno de origem húngara com 1895 tubos. Não achei que o órgão tenha combinado com a igreja.
Museu de Aveiro – Museu de Santa Joana
Está localizado praticamente em frente à Sé. O museu é muito interessante. É possível comprar um combo de ingressos que dão direito a visitar este museu e outros dois ao lado do canal. Não abre às segundas-feiras.
O Museu está instalado desde 1911 no Antigo Convento de Jesus da Ordem Dominicana Feminina, onde a Princesa Joana de Portugal, filha de Afonso V, viveu. Ela foi beatificada em 1693 tornando-se a padroeira da cidade.
Alguns destaques do Museu
Igreja de Jesus
Igreja do século XV, porém, seu aspecto atual é do século XVIII, quando foi restaurada. Os três altares laterais são da Princesa Santa Joana, Nossa Senhora do Rosário e São Domingos.
Coro Alto
Onde está o “Fácis Christi”, Cristo crucificado em uma icônica escultura em que o rosto apresenta de um lado estar sorridente e do outro triste.
Retrato e túmulo da Princesa Santa Joana
Outras peças do Museu
Tem um valioso patrimônio do século XV ao XX com ênfase no período barroco.
Claustro
O Claustro é do século XV/XVI. Através dele tem-se acesso à sala do capítulo, ao refeitório, ao lavabo, ao coro baixo e às capelas consagradas. No centro, um chafariz rodeado de bancos com um obelisco que representa Deus, a esfera Cristo e as quatro bicas os 4 Evangelistas que espalham a palavra de Deus.
Jardim de Santa Joana
Está localizado ao lado do Museu.
Praça do Marquês de Pombal
Seguimos um pouco mais a frente e chegamos na Praça do Marquês de Pombal, onde estão prédios interessantes, alguns deles de serviços público, como o Comando Distrital de Aveiro (Segurança Pública) e o Tribunal Judicial. Encontra-se aqui também a Igreja das Carmelitas do Convento de São João Evangelista e a Casa de Santa Zita.
Outro destaque desta Praça é o “Zodíaco na Calçada à Portuguesa”. É um trabalho do artista Antônio Quadros com os 12 símbolos do zodíaco desenhados com pedras portuguesas sem que houvesse um molde para sua construção.
Se quiser descansar um pouco e fazer um lanche pode sentar-se na calçada da Pastelaria / Chocolateria Magestik, (na migração do blog antigo para este novo verifiquei que agora é o M Bakery) ao lado do busto de Gustavo Ferreira Pinto Basto, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Nós não entramos – seguem comentários do Tripadvisor.
Já estava começando a escurecer e decidimos conhecer o Shopping, localizado em frente ao canal, próximo da Praça General Humberto Delgado, e aproveitar para fazer um lanche. É um local agradável com uma arquitetura diferente e com vista da cidade, o que dá bonitas fotos.
Fizemos bastante coisa neste dia, hora de ir para o hotel. A programação do dia seguinte seria de meio período apenas. Visitar dois museus e as praias.
Dia 8 de fevereiro de 2020, continuação do nosso passeio em Aveiro. Os dois museus que fomos visitar ficam ao lado do canal – Museu da Cidade e Museu de Arte Nova. Os ingressos foram comprados no dia anterior junto com o do Museu da Princesa Joana (combo).
o prédio do museu é no estilo Art Nouveau, bem bonito, mas o museu em si não desperta muito interesse, pois tem apenas um pequeno acervo da arte nova, sem ligação direta com a cidade, no entanto, acho importante prestigiar. Em quinze minutos é possível ver tudo. Pessoa interessadas no assunto certamente levarão mais tempo.
Também é um museu pequeno, mas achei mais interessante que o anterior. Ele destaca momentos, fatos e os protagonistas que ao longo do tempo têm construído a história de Aveiro. Também é possível ver tudo bem rápido.
Terminada a visita aos museus pegamos o carro, pela primeira vez em Aveiro, e seguimos para o litoral, distante apenas 10 km dali. Atravessamos a Ponte da Barra e seguimos para a Praia da Costa Nova.
Uma bonita e extensa praia, que deu até vontade de fazer uma caminhada, mas estava ameaçando chuva e não tínhamos muito tempo mais.
Pegamos o carro novamente e fomos em direção à Avenida José Estevão, voltada para a Ria de Aveiro, apenas 500 metros da Praia da Costa Nova. Estacionamos o carro e fomos caminhar pelo calçadão e fotografar os “palheiros” – casas listradas (próximo da Praia da Costa Nova também havia algumas casas listradas). As casas listradas (a maioria na vertical) eram armazéns dos pescadores de Ílhavo, que guardavam ali o material de pesca. Mais tarde, suas famílias se mudaram para a região e os depósitos foram transformados em casas. Dizem que foram inicialmente pintadas para que fossem distinguidas pelos pescadores ao chegarem à praia. Hoje a região é bastante turística, pode-se alugar casa para veraneio e há restaurantes na região.
Por fim, o Farol na Praia da Barra e a Capela de São João Batista, distantes apenas 4 km do calçadão da Avenida José Estevão. A passagem por lá foi muito rápida, pois estava começando a chover.
É do século XIX, com 62 metros de altura é o maior farol de Portugal. Às quartas-feiras é possível subir para apreciar a vista.
Esta praia que termina no farol, que por sua vez, é a continuação da Praia da Costa Nova, onde passamos antes.
Está bem próxima do farol. É uma pequena capela privada, mas que estava aberta.
Depois de passarmos rapidamente pelo litoral de Aveiro voltamos ao hotel para pegar a bagagem, almoçar no Shopping e seguir para nosso próximo destino: Covilhã e a Serra da Estrela. Como sempre ficou a impressão de que precisávamos de mais tempo, como não havia sol, ficamos satisfeitos.
As fotos abaixo foram da nossa despedida de Aveiro.
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