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    Congonhal – MG

     Congonhal é uma pequena cidade no Sul de Minas (a apenas 20 km de Pouso Alegre), com menos de 15 mil habitantes, localizada às margens da Rodovia Juscelino Kubitschek – BR 459, que liga Pouso Alegre a Poços de Caldas.

    A ocupação do território do município de Congonhal ocorreu a partir do ano de 1800, iniciada pelo Comendador José Ferreira de Matos, um dos primeiros habitantes e fundadores da localidade. Em 1857, doou terrenos de sua fazenda para a construção de uma capela em louvor a São José.

    BR 459 – Chegando em Congonhal

    Tenho boas lembranças de Congonhal desde a infância, quando visitava meus tios-avós Mário Silveira (prefeito da cidade nos períodos de 1954-1958 e 1962-1966) e Mariquita Rebello. Agora voltei para conhecer o Santuário de Nossa Senhora da Obediência e aproveitar para relembrar do centro da cidade.

    A cidade faz parte do Circuito Turístico Caminhos Gerais, que reúne o município paulista de Caconde e doze municípios do Sul de Minas: Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Congonhal, Ipuiúna, Machado, Poço Fundo, Poços de Caldas, Santa Rita de Caldas e Senador José Bento.

    Visitamos o Santuário de Nossa Senhora da Obediência, a Paróquia de São José, a Praça Comendador José Ferreira de Matos, a Cachoeira 15 Quedas e almoçamos uma comidinha mineira deliciosa no Restaurante Le Vandone.

    Santuário de Nossa Senhora Rainha da Obediência

    Em 1987 ganhou grande destaque quando ocorreu, no Bairro Rural de São Domingos, um fenômeno sobrenatural popularmente denominado “Aparições de Nossa Senhora da Obediência”.

    Foram aparições atribuídas à Nossa Senhora feitas ao jovem Alfredo Moreira Filho, coordenador das orações do grupo de Renovação Carismática Católica, que se reunia na Capela São Domingos às segundas-feiras. A Capela ficou conhecida como Capela das Aparições. 

    Em 1991 ficou pronta a nova Igreja de São Domingos, que recebe todos os anos romarias de fiéis de diversas cidades. Veja matéria do site Terras do Mandu aqui

    Entrada para o Santuário no alto da Serra de São Domingos

    O caminho até o Santuário é pela Estrada de São Domingos, na Serra de São Domingos, aproximadamente 8 km de terra. É uma estrada boa, qualquer carro chega lá. A paisagem é bem bonita. O acesso está à direita, vindo pela rodovia no sentido Pouso Alegre-Poços de Caldas,  na altura de Congonhal.

    • Serra de São Domingos - à direita

    A foto abaixo foi tirada de um quadro na igreja – foto de 2009.

    Foto de fevereiro de 2009 do Santuário

    A igreja tem uma estrutura bem simples, porém o local é de muita devoção.

    • Igreja de São Domingos

    A Capela das Aparições está a apenas alguns metros à frente da Igreja de São Domingos.

    Capela das Aparições
    Capela das Aparições

    O Conjunto Paisagístico Nossa Senhora da Obediência foi tombado pelo município em 2006.

    Via-Sacra – Caminho da Obediência

    A 1ª Estação da Via-Sacra é na  Capela de Santa Rita, situada na comunidade de mesmo nome. O percurso da Via-Sacra é conhecido como Caminho da Obediência e percorre cerca de 8 km pela estrada de terra de São Domingos.

    A Capela de Santa Rita teve seu terreno adquirido em 2012, sendo construída posteriormente. A foto da Capela (abaixo) mostra que estava um pouco deteriorada, porém, foi pintada posteriormente e está com outra aparência. 

    Capela de Santa Rita

    O Caminho da Obediência termina dentro do Santuário, no alto da Serra de São Domingos, na 15ª Estação – Jesus Ressuscita Glorioso. 

    15ª Estação – Jesus Ressuscita Glorioso

    A Paróquia de São José, a qual o Santuário pertence, tem um Canal no Youtube onde é possível assistir a Via Sagra – um vídeo para cada Estação.

    Uma curiosidade: eu queria entender porque há15 estações da Via-Sacra e apenas 14 vídeos das estações no canal do Youtube, ficando a 15ª de fora. A explicação que consegui é que a filmagem da Via-Sacra foi na Sexta-feira Santa, ou seja, Jesus ainda não havia ressuscitado e a 15ª Estação é a de Jesus Ressuscitado.

    No mês de junho é realizada uma festa religiosa em louvor à aparição de Nossa Senhora da Obediência.

    Consulte os dias e horários de abertura da Igreja, das Missas e da lanchonete e as datas festivas pelo telefone (35) 3424-1644, pois devido a pandemia pode haver alterações. 

    Praça Comendador José Ferreira de Matos

    É uma pequena Praça do início do século XX, muito bem cuidada, em frente à Matriz de São José. Tem grandes palmeiras, uma fonte luminosa, um coreto e a imagem do Cristo Redentor, de 1927, ou seja, tem todos os elementos que uma praça do interior deve ter.

    Praça Comendador José Ferreira de Matos

    Paróquia e Igreja de São José

    Paróquia de São José

    A igreja é de 1880 e tem São José como seu padroeiro. No dia 1º de agosto de 2021 a Paróquia completou 140 anos e para comemorar esta data foi feito um vídeo de sua história. Se quiser acompanhar a Paróquia no Youtube entre no seu canal – Canal do Youtube da Paróquia.

    • Paróquia de São José

    Restaurante Le Vandone

    Está localizado ao lado da Praça e da Igreja. A comida é muita saborosa, o preço muito bom e o atendimento bem atencioso. Além de restaurante, é uma concorrida sorveteria. Veja os comentários no Tripadvisor. Quando voltar a Congonhal, com certeza vou lá novamente.

    Restaurante Le Vandone

    Cachoeira 15 Quedas

    É bem fácil chegar ao sítio que abriga as cachoeiras. Pela rodovia,  sentido Pouso Alegre / Congonhal, já próximo da cidade, logo depois de uma curva, aparecem as primeiras casas. Vire à direita (tem uma placa indicando a cachoeira), e siga pela estrada de terra, que está em boas condições, por aproximadamente 6 km. Para facilitar, coloque no Google Maps.

    Antes de escrever sobre alguns lugares, gosto de saber o que as pessoas que já os conheceram pensam. Em geral, consulto os comentários no TripAdvisor. Embora a opinião alheia não interfira nas minhas observações, acho curioso como as opiniões divergem. Há pessoas que adoram, outras nem tanto e algumas poucas que detestam: veja os motivos de cada um.

    Agora vamos aos meus comentários:

    Na chegada tem um amplo estacionamento. Deixe o carro e siga até a portaria que está à direita. Pague ali mesmo o ingresso, ao preço de R$ 20,00 por pessoa (referência julho de 2021). Achei o preço compatível.

    Na portaria vendem água e refrigerante, mas no momento está desativado por causa da pandemia. No local tem banheiro.

    Estacionamento

    A trilha já começa em seguida (um aclive de 1,6 km), muito limpa, com várias lixeiras pelo caminho, bem demarcada, com degraus feitos de pedra em alguns trechos para facilitar. No entanto, não é totalmente acessível para quem tem dificuldades de locomoção. 

    Início da trilha logo após a portaria
     Trecho da trilha

    Ao longo da trilha tem pequenos espaços com churrasqueiras e, em alguns pontos, bancos. Eu, particularmente, não gosto disso. Acho que não combina com a natureza. O ideal seria ter um espaço afastado das quedas para este fim. 

    Espaço com churrasqueira

    As quedas d’água são bonitas e bem próximas à trilha. Das 15, algumas são bem pequenas, assim como os poços, que permitem apenas se molhar um pouco. A área é bastante sombreada, não nos animamos ao banho frio (era mês de julho). A última queda é a maior delas e está a uma altitude de 1.180 metros. Mais de uma centena de nascentes na Serra de São Domingos dão origem às cachoeiras da região. 

    No final da trilha, na altura da última cachoeira, à esquerda, tem um caminho que já está fora do roteiro das 15 quedas, bem íngreme, que dá em uma estrada de terra. Nós seguimos um pouco por ela para apreciar a vista do alto. Fomos até um pontilhão por onde passa a água que forma as quedas abaixo. 

    Para mais informações, entre em contato com o responsável pelo local, o Edson, que é bastante atencioso, pelo Whatsapp – (35) 99901-9928.

    Minha impressão final sobre o lugar: é um passeio bem agradável e de fácil acesso, para ser feito em duas a três horas. Trilha de dificuldade leve a moderada. Sugiro que leve água e lanche, se pretende ficar mais tempo. O trecho da trilha é bem sombreado e íngreme, mas não cansa se subir devagar, parando um pouco em cada cascata. Com certeza o passeio fica melhor quando não tem muita gente na trilha, como foi quando estivemos lá, era uma segunda-feira e só estávamos nós três da família.

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