Dia 4 de novembro de 2018, domingo, nosso quarto dia de passeio. Mais um bate-volta saindo de Lisboa. O destino deste dia também foi inédito para nós, primeiro Ericeira e depois Mafra. A distância percorrida ida e volta foi de aproximadamente 100 km.
Chegando na cidade fomos para região central e depois fomos conhecer as praias mais distantes do centro – Ericeira é considerada a cidade do surf.
Estacionamos o carro no Largo dos Condes da Ericeira, próximo do Mercado Municipal. Todo trajeto que fizemos na região central foi a pé – cerca de 1 km apenas.
Seguimos para a Praça da República – uma praça pequena com muitas cafeterias ao redor – no final da praça tem um local de informações turísticas.
Saindo da praça fomos até a Praia dos Pescadores. Foi desta praia que a Família Real Portuguesa partiu para o exílio em 5 de outubro de 1910 com o fim da Monarquia e a implantação da República. Aqui está localizado o Forte de Nossa Senhora da Natividade.
Continuamos em direção à Igreja de São Pedro pela Rua da Misericórdia – passamos pela Igreja da Misericórdia e pelo Largo do Pelourinho. No caminho ficamos impressionados com a beleza e a conservação do casario, a grande maioria nas cores azul e branco.
Saindo da Igreja voltamos para pegar o carro no Largo dos Condes da Ericeira e no caminho entramos no Mercado Municipal da Ericeira – pequeno, mas bonito.
No mapa abaixo está indicado o trajeto que fizemos a pé.
Já de carro fomos conhecer algumas praias. Começamos pela Praia do Sul, também conhecida como Praia da Baleia. Apesar de não ser uma praia tão grande é uma das maiores de Ericeira. Na sua ponta está o Hotel Vila Galé Ericeira. No miradouro desta praia tem duas placas com poesias de Fernando Pessoa.
Continuamos o passeio seguindo agora para o lado norte da cidade. Estacionamos o carro no Largo de São Sebastião, entre a Praia de São Sebastião e a Praia do Norte – o estacionamento é bom, tem uma pequena praça e a Capela de São Sebastião, em formato hexagonal, estilo maneirista do século XVII, e com o interior de azulejos.
Seguimos para o nosso último destino em Ericeira – Praia Ribeira D’Ilhas. O destaque é o mirante (miradouro) antes de descer a escadaria de madeira que leva à praia. Já no nível do mar está o Surf Bar/Restaurante Ribeira D’Ilhas, onde almoçamos, que tem um ambiente descontraído, confortável, mas poderia ter preços um pouco melhores. A praia, é claro, é famosa por pertencer ao circuito mundial de surf. No local tem boa infraestrutura como estacionamento amplo e banheiros.
Depois do almoço saímos direto para o Palácio Nacional de Mafra.
Chegamos em Mafra com o único objetivo de conhecer o Palácio Nacional de Mafra. Ainda bem que reservamos a parte da tarde, pois começou a chover, mas como era em uma área fechada não atrapalhou. Estacionamos o carro na lateral do Palácio. Para mais informações sobre a visitação clique aqui.
Mafra é famosa pelo seu palácio-convento, mandado construir por D. João V no século XVIII e que constitui a mais grandiosa obra do barroco português. O edifício ocupa uma área aproximada de quatro hectares (37.790 m²).
Os destaques da visita são o Palácio, o Convento, a Biblioteca e a Basílica . Foi uma pena não termos conhecido a Basílica, pois no dia teria um concerto no final da tarde e ela estava fechada, mas de dentro do palácio é possível admirar uma parte através de vidros.
Logo no início da visita nos deparamos com uma obra muito curiosa que representa a decapitação dos frades franciscanos Berardo, Pedro, Acúrcio, Adjuto e Otão, que foram enviados em 1219 para evangelizar a Espanha, acompanhados também do frade Vital, que ficou em Aragão por estar doente. Em Sevilha, então em posse dos mouros, pregaram o Evangelho ao Rei muçulmano, que os deportou para o Marrocos. Perseverando na evangelização aos marroquinos, acabaram por ser decapitados em 1226, o ano da morte de São Francisco. A notícia do seu martírio inspirou a mudança de Sto. Antônio da Ordem dos Cônegos Regrantes de Sto. Antônio para Ordem de São Francisco. Foram, assim, os primeiros mártires Franciscanos.
O Palácio ocupa todo o andar nobre do edifício de Mafra e os dois torreões, sendo o do Norte destinado ao Rei e o do Sul à Rainha, ligados por uma longa galeria de 232 metros – o maior corredor palaciano na Europa – usada para o “passeio” da corte, tão ao gosto do séc. XVIII. Aqui os súditos esperavam pelas audiências reais, exibiam as joias e os vestidos ou teciam as intrigas políticas e amorosas.
O Palácio do Rei e o da Rainha funcionavam separadamente, cada um com as suas cozinhas, as despensas, os quartos dos Camaristas ou das Damas no 1º piso, os aposentos reais no piso nobre e os criados nos mezaninos (sótãos). Para os príncipes estava destinado um palacete na extremidade Nordeste do edifício e para as princesas, outro à Sudeste. Ambos funcionavam também separadamente.
Foi neste Palácio que D. Manuel II passou a última noite no reino, de 4 para 5 de outubro de 1910, antes de partir para o exílio – partiu da Praia dos Pescadores em Ericeira (citei este fato no texto sobre Ericeira).
O Convento foi concebido inicialmente para 13 frades, porém, foi sofrendo sucessivas alterações, acabando num imenso edifício para 300 frades da Ordem de São Francisco.
Ela ocupa a parte central do edifício com uma torre sineira de cada um dos lados. Foi feita segundo o desenho de João Frederico Ludovici, ourives de origem alemã que, após longa permanência na Itália, a concebeu ao estilo barroco italiano.
É uma das mais importantes bibliotecas portuguesas, com um valioso acervo de aproximadamente 36.000 volumes, entre eles algumas obras raras. O acesso é permitido somente até a porta, de onde é possível admirá-la.
Depois de 4 dias bem intensos estávamos cansados, ainda mais em um final de tarde de domingo com chuva. Decidimos voltar para nosso apartamento em Lisboa para comer, descansar e nos prepararmos para os passeios do dia seguinte, segunda-feira.
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