Dia 12 de fevereiro de 2020 foi um dia bem corrido. Depois de passearmos um pouco por Leiria pela manhã, Batalha à tarde e de rodarmos mais 220 km até Évora, conhecida como cidade-museu, ainda tivemos energia para fazermos o reconhecimento da cidade.
O primeiro contato com Évora foi um passeio rápido, apenas para termos uma primeira impressão, e ela foi muito boa. Começamos a pensar que os dois dias destinados à cidade, na realidade um e meio, seria pouco.
Já era começo da noite e fomos jantar no Ristorante Pizzaria L’Italiano. Ótima escolha. Local agradável, sem luxo, mas comida boa e bom preço.
Já bem cansados fomos para o Évora Hotel, que escolhemos por ser maior e com mais estrutura, achando que daria tempo de usarmos a piscina aquecida ou o spa, mas optamos por investir o pouco tempo que tínhamos conhecendo a cidade. De qualquer forma, foi uma ótima estadia.
Para irmos ao centro histórico era necessário usar o carro, o que não foi problema. Estacionamos em uma das entradas da cidade murada, próxima ao Jardim Público e ao Tribunal da Relação de Évora, cortados pela Rua da República, que começa no estacionamento público e gratuito onde deixamos o carro.
Logo que saímos do estacionamento atravessamos o Jardim, que por sinal é bem agradável, e saímos já próximos do primeiro ponto que queríamos visitar, a Igreja de São Francisco e sua Capela dos Ossos.
Em Évora pode-se comprar um ticket que dá direito a visitar vários museus. Ele é vendido por dia de uso e tem as opções de 1, 2 ou 3 dias. É bom fazer as contas e avaliar se compensa comprar, pois alguns locais de visitação são de graça. Esta informação não está clara nos locais de venda.
A entrada é gratuita, apenas a Capela dos Ossos é paga, e fica à direita da entrada da Igreja.
É uma igreja de arquitetura gótico-manuelina, construída entre 1480 e 1510. Está ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal. Isso fica patente nos símbolos da monumental nave de abóbada ogival: a cruz da Ordem de Cristo e os emblemas dos reis fundadores, D. João II e D. Manuel I.
Segundo a tradição, nesta igreja foi sepultado Gil Vicente, em 1536, dramaturgo e poeta, considerado o pai do teatro português.
O Convento de São Francisco, onde a Igreja está inserida, foi a primeira Ordem Franciscana em Portugal, fundada no século XIII. O Convento de São Francisco viveu os seus momentos áureos quando a corte do Rei D. Afonso V começou a usá-lo em suas estadias em Évora. Desta forma, a igreja de São Francisco foi elevada à categoria de Capela Real, daí os múltiplos emblemas régios de D.João II e D. Manuel I. Foi nessa época que o Convento recebeu o título de Convento de Ouro, tal a riqueza com que a Família Real o decorava.
O retábulo atual é da segunda metade do século XVIII, em mármore, obra que contrasta com o ambiente manuelino do espaço. Nele estão as imagens de São Francisco e de São Domingos, como era hábito nas igrejas franciscanas.
Em 1742, D. Frei José Maria da Fonseca e Évora, recém nomeado bispo do Porto, contrata em Lisboa o organeiro genovês D. Pascoal Caetano Oldovino para fazer um órgão novo para a igreja de S. Francisco, entre outros que ele fez.
O cadeiral dos monges está decorado com representações de vários santos franciscanos.
Nesta igreja tem dez capelas laterais, algumas em talha dourada e com várias pinturas do período renascentista.
No Batistério está a Pia Batismal da antiga igreja de São Pedro e uma curiosa representação do Batismo de Cristo no Rio Jordão, em cortiça, proveniente do antigo Convento de Santa Mônica.
A Casa do Despacho da Irmandade da Penitência da Ordem Terceira tem azulejos azuis, nichos com seis santos venerados pelos terceiros (Santa Isabel de Portugal, Santa Rosa de Viterbo, Santa Margarida, São Luis Rei de França, São Ivo e São Roque), retábulo com talha dourada e uma mesa de confraria.
O acesso à Capela dos Ossos é pago. Além da Capela propriamente dita, faz parte da visita o museu e as coleções de presépios – lindíssima – e de pratos.
A Capela foi construída nos séculos XVI e XVII por iniciativa de três frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão da brevidade da vida humana.
As ossadas da Capela são provenientes das sepulturas da Igreja do Convento de São Francisco e de outras igrejas e cemitérios da cidade.
Sobre a porta da entrada da Capela, em mármore, tem a frase: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.”
À direita do altar estão os túmulos dos frades fundadores do Convento e, em frete ao altar, está o túmulo do Bispo D. Jacinto Carlos da Silveira, assassinado pelos soldados de Napoleão na invasão francesa de 1808.
Saindo da Capela e entrando na Sala do Capítulo, está uma grande maquete do altar-mor da Sé, feita em Lisboa pelo entalhador João Vicente em 1720. Na verdade, parece um altar de uma capela e não uma maquete.
Destaco ainda nesta Sala os azulejos azuis e brancos com as cenas da Via Sacra, algumas pinturas e a Tribuna Real, onde D. Manuel mandou construir duas grandes janelas para que ele pudesse assistir às missas. Posteriormente serviu como coro-alto. Atualmente estão expostos neste espaço um órgão e uma estante em madeira usadas pelo coro.
Continuando a visita, seguimos para o segundo piso, onde se encontra o Museu. Em 2014/15 o espaço onde era o antigo dormitório dos frades, situado sobre a Sala do Capítulo e a Capela dos Ossos, foi recuperado para instalação do Núcleo Museológico. No Museu encontram-se obras de pintores como Francisco João e António de Oliveira Bernardes, esculturas dos séculos XVI a XVIII, como as de São Francisco e Santa Clara, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Guia, São João Evangelista, dentre outras; uma coleção de arte sacra em ouro e objetos devocionais. Ainda é possível conhecer a história do Convento e da Igreja de São Francisco e a maquete do Convento.
Também como parte do restauro do segundo piso, foi criada, sobre as capelas laterais da Igreja, uma galeria para expor as coleções de presépios, pratos e moedas do Major-General Fernando Canha da Silva e de sua esposa Professora Fernanda Canha da Silva, residentes em Évora desde 1971. Depois de despertar a admiração de todos pelas coleções, o casal assinou contrato para manter as peças expostas no Museu do Convento de São Francisco. Não teria melhor lugar para isto, tendo em vista que São Francisco de Assis, na Aldeia Italiana de Greccio em 1233, criou o primeiro presépio do mundo, feito de argila e com animais de verdade.
Os presépios são feitos de diversos materiais, como ouro, prata, porcelana, cristal, palito, palha, tecido, marfim, vidro, e são dos quatro cantos do mundo. Na mesma galeria dos presépios estão as coleções de 153 pratos de porcelana, de um universo de 178, das mais importantes marcas portuguesas, lançadas para colecionismo, além de 100 moedas.
No Museu tem uma varanda onde podemos contemplar a vista do Mercado Municipal, da Praça 1º de Maio, do Palácio de Dom Manuel e o movimento da rua.
No site oficial da Igreja de São Francisco é possível encontrar mais informações sobre a visita, como valor do ingresso, horário e fatos históricos acerca do que, resumidamente, descrevi.
Bem próximo da Igreja de São Francisco, na esquina da Rua da República, está o Museu do Artesanato e Design. Foi na recepção deste Museu que nos informamos sobre o ticket único que dá direito a visitar vários museus. Como nosso tempo era curto, optamos por não comprar o ticket e por não visitar este Museu.
Igreja da Graça e Convento de Nossa Senhora da Graça
Passamos por ela duas vezes. Da primeira estava fechada, mas voltamos depois e conseguimos entrar. Fica bem próxima da Igreja de São Francisco.
Foi fundada em 1511 em estilo renascentista. Com a extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel entrando, então, em grande ruína, perdendo-se boa parte do seu acervo.
O edifício foi restaurado na segunda metade do século XX.
Atualmente serve de Messe de Oficiais da Guarnição de Évora, sendo a Igreja a Capelania da Região Militar Sul.
É uma praça bem central no final da Rua da República, a 5 minutos de caminhada da Igreja de São Francisco.
Seu nome é uma homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor. Ele comandou a conquista de Évora dos mouros em 1167. Em agradecimento por este enorme feito, D. Afonso Henriques nomeou-o alcaide da cidade.
A Praça é bastante movimentada, tem a rua de paralelepípedo e uma calçada central de pedra portuguesa, onde estão bares e cafés sob ombrelones. A arquitetura dos prédios ao seu redor é bem homogênea, com edifícios de até três andares e sacadas com acabamento em ferro fundido. Alguns edifícios foram construídos sobre pilotis com arcos.
Aqui encontram-se, ainda, bancos (destaque para o edifício do Banco de Portugal), livraria, Posto de Turismo e lojas diversas.
Destaca-se também o Chafariz em estilo barroco, obra do arquitecto Afonso Álvares, construído em 1571 em mármore branco e com uma coroa de bronze no topo. Ao seu redor estão oito bicas e pequenas carrancas que correspondem às oito ruas que desembocam na praça.
Outro atrativo da Praça é a Igreja de Santo Antão.
A igreja fica fechada no horário de almoço. A entrada é gratuita.
Foi mandada construir pelo Cardeal D.Henrique no lugar onde se erguia a medieval Ermida de Santo Antoninho. Para a sua construção demoliu-se o Arco do Triunfo romano.
A igreja começou a ser construída em 1557, sendo um exemplar do período final da Renascença, com três naves, apresentando características das chamadas igrejas-salão.
Apresenta ainda um considerável conjunto de altares em talha dourada, destacando-se o raro frontal de mármore do altar-mor representando o Apostolado, obra do século XIV, proveniente da velha ermida de Santo Antoninho.
Continuando o passeio, caminhamos mais 200 metros e chegamos à Praça de Sertório, alusão ao General Romano, onde estão a Igreja do antigo Convento do Salvador e a Câmara Municipal de Évora – é possível visitá-la por dentro.
O letreiro com o nome da cidade – ÉVORA – também encontra-se aqui.
Nesta Praça, na varanda central do edifício da Câmara (Paços do Concelho), está escrito que em 1910 foi aqui proclamada a República Portuguesa.
Esta igreja fecha no horário do almoço. A entrada é gratuita.
A Igreja e o Convento do Salvador foram fundados no início do século XVII, numa parte do palácio dos Condes de Sortelha. Em 1942, grande parte do Convento foi demolido para abertura da Rua da Olivença e construção do edifício do Banco CTT. Foram mantidas apenas a torre da Cerca Velha e parte do claustro, que fica ao lado, adaptados à sede da Direção Regional dos Monumentos do Sul.
A igreja foi inaugurada em 1610. Também foi mandada construir pelo Cardeal D.Henrique.
Em seu interior destacam-se os azulejos policromos, os frontais do altar, do tipo indo-português, de cerca de 1650, e a talha dourada dos altares.
Nosso próximo destino é repleto de atrações, como igrejas, jardim e miradouro, museus, templo romano e muito mais.
Saindo da Praça do Sertório, pela Rua de Olivença, passamos sob o Arco Romano de Dona Isabel, uma das portas da antiga muralha romana, e viramos à direita na Rua do Menino Jesus; e apenas um quarteirão à frente, viramos novamente à direita, na Torre das Cinco Quinas, pertencente ao Palácio de Cadaval. Chegamos então a região onde estão os diversos atrativos que citei. Tudo isto a apenas 300 metros à frente da Praça do Sertório.
É um pequeno jardim, muito agradável, com vista para a cidade de um lado e para o Templo Romano do outro.
No centro do jardim, tem um busto de um dos grandes beneméritos de Évora, o Dr. Francisco Barahona, e uma escultura que representa os namorados. Os canteiros de flor são bem cuidados, tem uma fonte em mármore e um quiosque para tomar um café.
Está localizado na região mais alta da cidade, no centro do Largo do Conde de Vila Flor, em frente ao Jardim Diana.
À época, esta região era conhecida como Fórum (região central das cidades do Império Romano, onde ficavam os edifícios administrativos e judiciais, além dos principais estabelecimentos de comércio. Era a praça principal da cidade, o centro político, religioso, econômico e social).
Foi construído na primeira metade do século I d.c. É um dos mais importantes monumentos romanos de Portugal. Por muito tempo foi considerado como dedicado a Diana e hoje é mais consensual que tenha sido construído para homenagear o Imperador Augusto.
Está a poucos passos do Templo Romano.
A visita é paga, preço justo, e vale muito conhecer o Museu de Arte Sacra (Tesouro da Sé); o Terraço da Igreja, ponto mais alto da cidade, com uma vista panorâmica muito bonita; o Coro Alto; o Claustro e seu terraço; e a Catedral propriamente dita.
É uma das catedrais medievais mais importantes do país, construída entre 1186 e 1250. Foi inaugurada em 1204, antes do seu término.
Seu estilo é marcado pela transição do românico e gótico. É a maior catedral portuguesa e foi inspirada na Sé de Lisboa.
Terraço da Sé
Talvez tenha sido a parte da visita que mais nos surpreendeu devido à bela vista da cidade e à proximidade com as torres.
Claustro
Foi construído por ordem do Bispo D. Pedro, por volta de 1325. Nele tem estátuas dos Evangelistas em cada um dos cantos, rosáceas de decorações diversas, um jardim típico dos claustros, capela funerária do Bispo D. Pedro (fundador do claustro), túmulos dos Arcebispos de Évora falecidos no século XX e um terraço próprio, que também permite contemplar as torres da igreja e o jardim do Claustro.
A igreja também tem muitos pontos de destaque, como as estátuas dos apóstolos no portal principal, o Altar de Nossa Senhora do Anjo (também chamada na cidade Senhora do Ó), o Anjo Gabriel, o púlpito de mármore, o órgão de tubos, as capelas de São Lourenço, do Santo Cristo (que comunica com a Casa do Cabido), das Relíquias e do Santíssimo Sacramento e o batistério, fechado por grades de ferro.
Por fim, o Museu – Tesouro da Sé. O Tesouro abriga peças de arte sacra, pintura, escultura e ourivesaria. Não é permitido fotografar.
Na saída do Museu tem uma loja e, logo em seguida, um café e restaurante. Ótima pedida para o almoço, atendimento rápido, bom preço e boa comida. Foi o que fizemos, queríamos almoçar bem rápido, pois ainda tínhamos muita coisa para ver. Avaliação do Tripadvisor da Cafeteria da Sé.
Palácio de Cadaval e Igreja de São João Evangelista
Paga-se tanto para visitar o Palácio quanto a igreja e é possível comprar o ticket separadamente. Estão localizados ao lado do Templo Romano.
Igreja de São João Evangelista
Também conhecida como Igreja dos Lóios, por ter pertencido ao Convento dos Lóios, ou Igreja do Palácio de Cadaval.
Foi construída no século XV, sobre o que restou de um castelo árabe (medieval). Seu fundador foi D. Rodrigo de Melo, 1º Conde de Olivença. Apresenta características em estilo gótico e manuelino. Tem uma coleção de azulejos do século XVIII que retratam cenas da vida do Patriarca de Veneza São Lourenço Justiniano, fundador da Ordem de Santo Eloi, Lóios por deturpação portuguesa. É considerada uma das mais bonitas de Évora.
Foi restaurada em 1957-1958 por D. Jaime de Cadaval, 10º Duque de Cadaval.
Fui esperando um palácio como muitos outros que visitei em Portugal, mas na realidade, a área aberta à visitação é apenas de uma casa boa com alguns móveis, quadros e objetos de época. Apesar de pequeno é muito bem cuidado. Tem também um pátio. A visita é rápida, uns 30 minutos, paga, mas vale a pena conhecer.
Berço e propriedade da família dos Duques de Cadaval, também conhecido como Palácio das Cinco Quinas. Desde a sua fundação, no século XIV, até aos dias de hoje, é a residência da Duquesa de Cadaval e sua família.
Como o local é privado é possível alugar para eventos, como casamentos, tanto a igreja, como outras estruturas do palácio.
Mais um atrativo na região do Templo Romano. O acesso ao Museu é gratuito. Vale muito conhecer, ele não deixa nada a desejar a outros museus ao redor do mundo.
O nome oficial é Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, vulgarmente conhecido por Museu de Évora. Ocupa o antigo Palácio Episcopal. Criado em 1915, começou por ter exposição de peças do diretor da Biblioteca Pública, Dr. Augusto Filipe Simões. Em 2009 foi totalmente remodelado.
Nele encontram-se mais de 20 mil itens, distribuídos em três pisos, incluindo diversos núcleos: pintura portuguesa e estrangeira, escultura, mobiliário, ourivesaria, numismática, arqueologia, epigrafia, elementos arquitetônicos, história natural (ciências da terra e ciências da vida) e objetos científicos.
Um destaque no Museu é o conjunto de 13 painéis que representam a Vida da Virgem e seis painéis da Paixão de Cristo, do século XV.
Nas proximidade do Templo Romano tem ainda a Biblioteca Pública e o Antigo Palácio da Inquisição, atualmente um Centro de Arte e Cultura Eugênio de Almeida, que promove exposições temporárias. Infelizmente nosso tempo não foi suficiente para conhecer.
Foi uma grata surpresa conhecer esta Igreja. Não estava no roteiro, mas quando passamos na porta resolvemos entrar. Sua fachada fica até um pouco escondida por algumas árvores. Antes, passamos ao lado da Santa Casa da Misericórdia e do Jardim do Bacalhau. Em Évora tudo é perto, esta Igreja está a menos de 500 metros da Região do Templo Romano, mas as ruas estreitas e desencontradas podem deixar o turista confuso.
É uma Igreja de arte barroca dos séculos XVII e XVIII. As paredes laterais contêm painéis de azulejos azuis e brancos com telas a óleo na parte de cima, representando as obras de misericórdia espirituais e materiais. O retábulo de talha dourada tem uma representação, a óleo, da Virgem da Misericórdia.
Igreja do Senhor Jesus da Pobreza
Em estilo tardo-barroco, construída na década de 1730.
Voltamos alguns metros na Rua da Igreja da Misericórdia, passando pelo Chafariz das Portas de Moura e 400 metros depois, no final da Rua Dom Augusto Eduardo Nunes, perto do Hospital do Espírito Santo de Évora, no Largo da Pobreza, para conhecer esta igreja, mas estava fechada e não descobrimos quando abre.
Entre um passeio e outro encaixamos mais duas atrações, o Aqueduto Água de Prata e a Universidade de Évora.
É uma grandiosa obra de engenharia, inaugurado em 1537, no reinado de D. João III, com o objetivo de abastecer de água a cidade. Ele tem 18 km de extensão e leva a água do Convento São Bento de Castris até a cidade. É um dos poucos desta época que continua a funcionar até os dias de hoje.
Fomos seguindo o aqueduto dentro da cidade murada e chegamos à Porta d’Avis (uma das portas da cidade); atravessamos para o lado externo e tivemos uma bonita vista do aqueduto pelo lado de fora da cidade.
Entrando novamente na cidade murada, passamos sob a Porta d’Aviz, o Jardim da Rua de Aviz e a Igreja de São Mamede (estava fechada).
Deixamos para visitar a Universidade de Évora no dia seguinte. Neste dia estacionamos o carro mais próximo da Universidade, na Avenida da Universidade com a Avenida Lino de Carvalho (estacionamento gratuito).
A visita é paga, 3 euros. Em menos de 1 hora é possível conhecê-la.
Foi a segunda a ser fundada em Portugal em 1° de novembro de 1559 pelo Cardeal D. Henrique, Arcebispo de Évora, mais tarde Rei de Portugal, a partir do Colégio do Espírito Santo.
Em 1759 foi fechada por ordem do Marquês do Pombal, quando os Jesuítas foram expulsos. Em 1973 foi criado o Instituto Universitário de Évora e em 1979 a Universidade foi fundada novamente.
A Igreja do Espírito Santo pertence à Universidade e estava fechada, não conseguimos visitá-la.
A entrada da antiga capela do Colégio do Espírito Santo (depois Universidade de Évora) dava para o Claustro (atual Sala dos Atos da Universidade), com acesso restrito, portanto. Por essa razão, o Cardeal-Infante D.Henrique, Arcebispo de Évora, mandou construir uma nova igreja para o Colégio dos Jesuítas, onde toda a população poderia ter acesso.
A construção da igreja iniciou-se em 4 de outubro de 1566, onde era o Convento do Salvador, que foi transferido para a Praça do Sertório. A sagração solene da nova igreja, presidida pelo fundador deu-se no Domingo de Páscoa de 1574.
A Igreja segue o modelo da jesuíta Igreja de Gesú, em Roma, tendo depois servido de modelo a muitas outras igrejas de colégios jesuítas de Portugal, Ilhas e Brasil.
Outras Informações
Na Rua 5 de Outubro, que liga a Praça do Giraldo à Sé Catedral e ao Templo Romano, tem restaurantes e várias lojas de artesanato para comprar algumas lembranças do Alentejo, ou para simplesmente apreciar os pequenos prédios e o colorido das lojas.
Virando em uma das esquinas da Rua 5 de Outubro, Rua de Diogo Cão, paramos para almoçar em outro restaurante italiano (jantamos num no primeiro dia na cidade) – Pane & Vino. Local aconchegante, bem decorado e boa comida.
Além dos locais que já citei, onde comemos em Évora, cito mais dois:
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