Escolhemos Braga como base para conhecer algumas cidades próximas. No dia 4 de fevereiro de 2020 fomos passar o dia em Guimarães, apenas 30 km dali. Estacionamos o carro próximo ao Castelo de Guimarães e fizemos todo o roteiro a pé.
Uma opção de estacionamento é o Campo de São Mamede, em frente à Igreja de São Dâmaso, amplo, público e de terra batida.
Fundado em meados do século X pela Condessa Mumadona Dias ao assumir o governo do Condado Portucalense (atual Portugal). Acompanhou de perto os Condes Portucalenses e está associado a alguns momentos simbólicos da formação de Portugal, como o Cerco de Guimarães em 1127, levantado por Afonso VII de Castela a D. Afonso Henriques, ou a Batalha de São Mamede, travada em 1128 nas imediações.
Aqui nasceu o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1109-85), porém, há controvérsias com relação ao ano e ao local de seu nascimento.
Na torre de menagem, no centro do Castelo, há um pequeno museu. O acesso ao Castelo é pago e pode ser combinado com o Paço dos Duques. Estes dois locais são os principais atrativos de Guimarães.
Igreja de São Miguel do Castelo
Saindo do Castelo em direção ao Paço dos Duques está esta pequena igreja românica. O primeiro documento que menciona o templo data de 1216. Foi dedicado à São Miguel e aos Santos Mártires Saturnino, Julião e Basilissa, Fausto e Januário.
De acordo com a lenda, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques foi batizado aqui. Parece faltar fundamentação, tendo em vista que o templo é do século XIII e o Rei é do século XII. Ainda assim, a pia batismal utilizada na cerimônia é guardada nesta igreja.
É um palácio muito imponente, principalmente visto do castelo.
Em 1420/22 o filho bastardo de Dom João I, Dom Afonso, futuro Duque de Bragança manda construir um Paço destinado a sua residência e de sua segunda mulher Dona Constança de Noronha.
Ao longo dos anos o Paço se deteriorou e em 1937 começou a ser reconstruído, sendo aberto ao público em 1959, quando passou a ser a residência oficial do Presidente da República no norte do país.
Seu interior está decorado com tapetes, móveis, cerâmicas, pinturas, lustres e armas, buscando recriar o Paço de antigamente.
Um dos destaques no interior do Paço é a capela, que foi quase toda refeita na década de 30 do século XX. Antes do restauro não havia vitrais nos janelões nem mobílias em seu interior. Ela foi totalmente mobiliada como estimavam que fosse no século XV.
Para conhecer mais detalhes da história do Paço dos Duques, do Castelo e da Igreja de São Miguel, bem como informações de horário e valor de ingressos clique aqui para entrar no site oficial.
Estátua de Dom Afonso Henriques
Está localizada em uma pequena praça bem próxima ao Paço dos Duques. A obra, em bronze, é de Antônio Soares dos Reis de 1887.
Convento de Santo Antônio dos Capuchos
Foi construído no século XVII. Está localizado a menos de 100 metros, à direita da estátua de D. Afonso Henriques e do Paço dos Duques. Desde 1842 este patrimônio pertence à Santa Casa de Misericórdia de Guimarães.
A visita inclui a igreja, recém restaurada, o pequeno claustro, o coro-alto com o seu cadeiral e um órgão ibérico, a bela sacristia do século XVIII e ainda uma pequena exposição com peças religiosas. O ingresso custa 2 euros. O Museu/Igreja abre diariamente a partir das 10 horas. É possível fazer a visita em uns 30 minutos.
Jardim do Carmo
Localizado a menos de 300 metros do Convento de Santo Antônio dos Capuchos, descendo a rua. À esquerda está a Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
É um jardim pequeno e bastante verde, em declive, com seu passeio central de terra batida. Em uma das pontas da praça tem um busto de Martins Sarmento, escritor e arqueólogo.
Em 1881 foi criada a Sociedade Martins Sarmento, cujo museu está localizado no edifício sede, que ocupa os claustros e os jardins do extinto Convento de São Domingos e mais um edifício, concluído em 1967. Não o visitamos, mas os comentários que li são bons.
A cidade ainda homenageia o escritor e arqueólogo com uma rua muito bonita, que se inicia próxima da estátua de D. Afonso Henriques e passa ao lado do Jardim do Carmo, o Largo Martins Sarmento.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
É uma pequena igreja em estilo barroco de 1685. Está localizada no Jardim do Carmo.
A visita é paga, mas o preço é apenas 1 euro. Em menos de trinta minutos é possível conhecer a igreja e o coro-alto.
A igreja pertence ao Convento do Carmo, hoje Lar de Santa Estefânia, localizado no mesmo local.
O corpo da igreja está separado da capela-mor por um arco de pedra. Nas laterais tem dois altares: o do Evangelho, dedicado à Santa Ana; o da Epístola, à Nossa Senhora do Carmo.
Um dos destaques, além da própria igreja, é o coro-alto, com um cadeiral original de 1723. Existe ainda um outro altar, dedicado ao Senhor Morto.
Rua de Santa Maria e Largo Cônego José Maria Gomes
Seguimos nosso passeio pela Rua de Santa Maria, que é de origem medieval e foi por muitos séculos uma das mais importantes de Guimarães por abrigar a elite da cidade. Ela começa no Largo do Carmo, passa pelo Largo Cônego José Maria Gomes, onde está o prédio da Câmara Municipal (que antigamente era o Convento de Santa Clara) e a Biblioteca Pública, e continua passando pela Praça de São Tiago (à direita) ou, seguindo à esquerda, para o Largo da Oliveira (da Praça de São Tiago até o Largo da Oliveira também tem uma passagem).
Praça de São Tiago
Continuando ainda pela Rua de Santa Maria passamos por esta praça. É um local com alguns bares, cafés e restaurantes e muitas mesas ao ar livre. O destaque são os pequenos prédios que circundam a praça.
Largo da Oliveira
Passando por baixo de um arco gótico na Praça de São Tiago chega-se ao Largo da Oliveira. Sob os arcos está o edifício medieval do antigo Paço do Concelho (Câmara Municipal), com uma escultura de pedra no topo que, segundo a tradição, representa Guimarães.
Neste Largo também tem bares, restaurantes e mesas na rua. Os destaques são a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e o monumento Padrão do Salado. Como não poderia ser diferente, tem um pé de oliva.
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira
Também conhecida como Igreja da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, é o primeiro monumento gótico construído no Minho, sob patrocínio de D. João I, para cumprir um voto pela vitória na Batalha de Aljubarrota em 1385 contra as tropas de Castela.
A torre sineira, destacada do corpo da igreja foi feita posteriormente e tem um estilo diferente, o manuelino.
Pertenceram a esta igreja homens notáveis como Pedro Hispano, médico e filósofo que foi eleito Papa com o nome de João XXI.
Monumento gótico erguido no reinado de D. Afonso IV em comemoração à Batalha do Salado, onde portugueses e castelhanos venceram as forças do reino mouro de Granada, em 1340.
Hora de dar uma paradinha para almoçar. Próximo de onde estávamos tinha muitas opções.
Não entramos neste museu, pois não ia dar tempo. Ele está localizado ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira.
O museu está instalado no antigo claustro da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e foi criado para guardar os objetos desta e de outras igrejas e conventos.
Capela Nossa Senhora da Guia e Capela Senhor dos Passos
estão entre o Museu Alberto Sampaio e a antiga muralha, na esquina anterior à grande Praça da República do Brasil. Não é possível entrar, pois é toda gradeada, mas é possível ver o interior pelas grades.
A Capela de Nossa Senhora da Guia foi mandada construir pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos no ano de 1727 como devoção à Paixão de Cristo.
Do lado esquerdo da Capela de Nossa Senhora da Guia está a Capela do Senhor dos Passos, representando um dos Sete Passos da Paixão de Cristo: Capela da Subida ao Calvário. Existem outras Capelas na cidade representando Passos da Paixão de Cristo.
Praça da República do Brasil
Sem dúvida é a mais bonita de Guimarães. Muito bem cuidada, imagino na primavera como é. Ao redor encontram-se cafés, bares e restaurantes. O teleférico que vai para o Santuário da Penha fica a menos de 500 metros da Praça (nós fomos de carro, mas deve ser interessante ir de teleférico). Além do jardim, destaco a Igreja de Nossa Senhora da Consolação de um lado e a fonte, na outra extremidade da praça.
Igreja e Oratório de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos (também conhecida como Igreja de São Gualter)
Igreja em estilo barroco do século XVI, concluída somente em 1785. As duas torres foram acrescentadas posteriormente, no século XIX.
É uma visão surpreendente quando se chega à praça. Uma pena que estava fechada e não conhecemos por dentro.
Retornamos para o início da Praça da República do Brasil e viramos à esquerda no Jardim da Almada, para conhecer a Igreja de São Francisco, no Largo de mesmo nome.
A história da Ordem Franciscana em Guimarães começou em 1217, quando chegou à vila Frei Guálter, enviado a Portugal para introduzir esta ordem no país. Depois da demolição de seu primeiro convento e de muitos outros problemas, somente no século XV conseguiram se instalar no local existente até hoje. A igreja passou por vários complementos e restaurações ao longo dos séculos. Seu aspecto bem comum por fora, mas é bastante bonita por dentro.
Alguns metros à frente do Largo de São Francisco já é o Largo do Toural.
Logo que chegamos no Largo os edifícios chamaram nossa atenção, todos brancos e muito parecidos. Outros destaques são: o calçamento de pedras portuguesas em toda a extensão, a Basílica de São Pedro e a fonte (antigamente, no local da fonte, estava a estátua de D. Afonso Henriques, transferida para o parque do Castelo, próxima do Paço dos Duques).
Este Largo existe desde o século XVII e ali era feito o comércio de bois e outros produtos. Atualmente tem comércio e restaurantes.
Ela não chama muita atenção pelo lado de fora, mas é muito bonita por dentro, apesar de simples.
Sua origem é do início do século XVII, mas as obras só foram iniciadas em 1737 e a capela-mor foi benzida em 1750. A conclusão da obra foi em 1883, embora a fachada nunca tenha sido concluída, faltando ainda hoje a segunda torre sineira.
Recebeu o título de Basílica Menor em 1751 pelo papa Bento XIV.
Tinha chegado a hora de voltar para o carro e ir ao Santuário da Penha. No caminho passamos na Praça do Tribunal Judicial de Guimarães, onde tem a Estátua da Condessa Mumadona Dias, que foi governante do Condado Portucalense.
Igreja de São Dâmaso
Nosso carro estava estacionado ao lado desta igreja e deixamos para conhecê-la no final.
Está localizada em frente ao Castelo de Guimarães, separada apenas pelo Campo de São Mamede (grande estacionamento de terra batida). Foi inaugurada no século XVIII.
São Dâmaso, que dá nome à igreja, foi um Papa bem importante. No interior da igreja tem azulejos que contam sua história.
Da cidade é possível avistar o Santuário da Penha. Depois de fazermos nosso tour a pé, fomos ao Santuário de carro, distante 7 km. É possível também ir de teleférico, que sai próximo do Parque das Hortas (estacionamento) e da Praça da República do Brasil.
Diferente de tudo o que vimos em Guimarães, o Santuário é relativamente novo. O início da construção foi em 1930 e término em 1947. Seu estilo é Art Deco, com linhas retas e em granito da região, para ficar integrado ao ambiente onde foi erguido.
Comparado a outros Santuários que visitamos, a igreja é bem pequena e simples.
Além do aspecto religioso o local é muito bonito, com muito verde. A região tem boa infraestrutura: centro equestre, áreas para piquenique, restaurantes, bares, cafés, mini-golfe, trilhas, hotel, gruta, área para acampar etc., além da bela vista. Veja no mapa abaixo mais detalhes da região.
Do lado oposto à Igreja, ao lado de de uma torre de antenas, tem uma pequena capela com uma torre sineira, Capela de São Cristovão.
Destaco ainda as duas esculturas, uma em homenagem ao Papa Pio IX e a outra em homenagem aos aviadores portugueses.
Mosteiro e Igreja de Santa Marinha da Costa
Retornando para Braga, na mesma estrada do Santuário, paramos para conhecer este Mosteiro do século XII, construído pela primeira rainha de Portugal, Dona Mafalda. O mosteiro foi restaurado e transformado na Pousada Mosteiro de Guimarães.
Um dia completo em Guimarães é suficiente para conhecer os principais pontos da cidade, mas se quiser conhecer os museus, fazer alguma trilha e explorar mais alguns locais seria interessante acrescentar mais um dia.
No final do dia voltamos para Braga e contemplamos o pôr do sol da janela do nosso hotel.
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