Dia 8 de novembro de 2018, quinta-feira, oitavo dia de passeio. Deste dia em diante, nossa programação foi toda em Lisboa. Devolvemos o carro que alugamos na noite anterior e passamos a utilizar transporte por aplicativo, pois fomos para a região de Belém e lá não tem metrô. Os locais escolhidos foram: Padrão dos Descobrimentos, Mosteiro dos Jerônimos, Museu Nacional dos Coches e o Palácio Nacional da Ajuda. Não posso deixar de falar dos Jardins e Praças – Belém, do Império e Afonso de Albuquerque; e da Confeitaria Pasteis de Belém. Um dos monumentos mais importantes é a Torre de Belém, a qual já tínhamos visitado no dia anterior. A região tem muitos outros atrativos além desses, como museus e os Jardins Botânicos d’Ajuda e Tropical, mas não é possível ver tudo no mesmo dia.
Este monumento está bem na margem do Rio Tejo.
O Padrão dos Descobrimentos também é conhecido como Monumento aos Descobrimentos ou Monumento aos Navegantes. Foi projetado por Cottinelli Telmo com esculturas de Leopoldo de Almeida.
É possível visitá-lo por dentro, desta vez não fomos. Clique em tarifas e horários para obter as informações. Caso queira mais informações clique em site oficial.
O monumento tem dois lados: o leste e o oeste, onde foram esculpidos 32 navegantes. Na parte central, à frente, apontando para o sul, está a escultura do Infante D. Henrique.
O monumento original, em materiais perecíveis, foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português, para homenagear as figuras históricas dos descobrimentos portugueses. A réplica atual, em betão e pedra, é posterior, tendo sido inaugurada em 1960.
Para chegar ao Monumento basta atravessar a rua por uma passagem subterrânea no final da Praça do Império (entre o Padrão do Descobrimento e o Mosteiro dos Jerônimos).
Com seus 3,3 hectares está situada entre a Avenida da Índia e a Rua de Belém, praticamente em frente ao Mosteiro dos Jerônimos. A praça é de autoria do arquiteto Cottinelli Telmo e foi construída em 1940 por ocasião da Grande Exposição do Mundo Português.
O maior destaque do Jardim é a Fonte Luminosa. Segundo comentários que li, à noite a fonte é ainda mais bonita. No entanto, não tivemos oportunidade de apreciá-la após o pôr do sol, faremos isso da próxima vez.
Também se destacam no jardim os ciprestes e as oliveiras, as calçadas de pedras portuguesas com os signos do zodíaco em três das principais entradas do jardim e um conjunto de 32 brasões, entre arbustos e pequenas flores, representando as antigas províncias do Império.
Os jardins e praças são pontos obrigatórios em nossos roteiros e esta vale a pena dedicar um tempo para admirá-la.
Atravessamos a Praça e fomos para a Igreja e o Mosteiro dos Jerônimos.
Igreja de Santa Maria de Belém
Está localizada ao lado do Mosteiro dos Jerônimos. A entrada na igreja é de graça, menos para o mezanino, que tem acesso pelo Mosteiro, que é pago. Horários de visitação da Igreja.
Um pouco da história da construção da igreja
No ano de 1496, D. Manuel mandou dar início à sua construção. Diogo Boitaca (1450-1517) foi o mestre escolhido para desenhar o conjunto arquitetônico (igreja, claustro, dormitórios, oficinas, refeitório e palácio real), obra projetada segundo as linhas do gótico final português, que no séc. XIX veio a ser designado por “manuelino”. Em 1517, o mestre João de Castilho reformulou o projeto e introduziu elementos da nova linguagem arquitetônica renascentista. Após a morte do rei, o seu
sucessor, D. João III, chamou Diogo de Torralva (1540-1551) para orientar os trabalhos. Era vontade de D. Manuel que a nova Igreja continuasse a prestar assistência espiritual aos viajantes que passavam pelas praias do Restelo. Era também sua vontade que nela repousassem seus restos mortais e os de seus descendentes. Para desempenhar estas missões, o monarca chamou os monges da Ordem de S. Jerônimo, do Mosteiro da Penha Longa, perto de Sintra, que lá permaneceram até 1833, um ano antes do decreto de extinção das ordens religiosas em Portugal. O lançamento da primeira pedra foi no dia 6 de janeiro de 1501 (ou 1502, não sabem ao certo) – Dia de Reis.
É uma igreja com planta em cruz latina, o que significa que a nave principal apresenta um maior comprimento em relação ao transepto. Logo na entrada encontram-se os túmulos de Camões (à direita) e de Vasco da Gama (à esquerda). Na parte esquerda do transepto estão os túmulos do Cardeal-Rei D. Henrique e os dos filhos de D. Manuel I. No braço direito do transepto encontra-se o túmulo do Rei D. Sebastião e dos descendentes de D. João III. Na capela-mor estão os túmulos de D. Manuel e de sua mulher, D. Maria, de D. João III e de D. Catarina.
Esta questão dos túmulos nas igrejas sempre me despertou curiosidade e nas pesquisas que fiz entendi que nem sempre os restos mortais das personalidades estão nos locais indicados, muitas vezes é apenas uma homenagem.
O Bairro de Belém tem muitas atrações e é difícil eleger a mais interessante, mas, sem dúvida, o Mosteiro é uma das mais bonitas obras, junto da igreja, é claro.
Foi mandado construir pelo Rei D. Manoel I, no mesmo período da Igreja de Santa Maria de Belém (6 de janeiro de 1501 ou 1502 – desconhece-se o ano exato), e está localizado na região denominada Restelo, onde ficava uma pequena aldeia na margem do rio Tejo.
O edifício foi construído em calcário extraído de pedreiras não muito distantes do local de implantação. A grandiosidade do empreendimento e a riqueza da execução prolongaram as obras por uma centena de anos, em sucessivas empreitadas de construção, que tiveram como mestres responsáveis Diogo de Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e, por último, Jerônimo de Ruão. Apontado como o ponto culminante da arquitetura manuelina, o Mosteiro dos Jerônimos integra elementos arquitetônicos do gótico final e do renascimento, associando-lhes uma simbologia régia, cristológica e naturalista, que a torna única.
Depois de terminada a viagem de Vasco da Gama, as obras de construção puderam ser custeados pelo rei com verbas provenientes do comércio com o Oriente.
O Mosteiro dos Jerônimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como “Patrimônio Cultural de toda a Humanidade”.
A entrada ao Mosteiro é paga e você pode comprar o ingresso combinado com a entrada da Torre de Belém. É uma boa ideia, pois os dois passeios são imperdíveis e, assim, você enfrentará apenas uma fila.
Já publiquei aqui no blog a visita que fizemos a este museu em fevereiro de 2018, não vou repetir. Ela está em “Portugal – Diário 2”. Desta vez, outubro de 2018, voltamos com os meus pais para que eles conhecessem. Em um pouco mais de 1 hora é suficiente para conhecer tudo e compensa muito. Clique aqui para conhecer os preços e horários mas, atenção! Não abre às segundas-feiras. Observe as opções de compra de ingressos combinados com outros museus, pois costuma ser mais barato.
Antes da visita, conheça virtualmente a coleção.
O Museu Nacional dos Coches tem a mais importante coleção do mundo de coches e carruagens reais do século XVI ao século XIX. O museu foi criado em 1905 no antigo Picadeiro do Palácio Real de Belém, em Lisboa, e é hoje constituído por dois edifícios: o antigo Picadeiro do Palácio de Belém (Praça Afonso de Albuquerque) e o novo edifício, em frente (Av. da Índia), inaugurado em 2015.
Nós não visitamos o museu do antigo Picadeiro do Palácio de Belém, vai ficar para a próxima viagem.
Jardim de Belém/Vasco da Gama e Jardim Afonso de Albuquerque
Em comentários anteriores, já tinha falado de meu fascínio pelos jardins e praças. Os de Belém são belíssimos e é possível passar um bom tempo admirando cada detalhe. No início deste post já escrevi sobre a Praça do Império e agora descrevo os Jardins de Belém / Vasco da Gama e de Afonso de Albuquerque.
Saindo do Mosteiro dos Jerônimos para o Museu dos Coches, optamos por passar pelos jardins, percorrendo uma pequena distância (pouco menos de 1 km). É muito agradável e no caminho ainda observamos o Palácio de Belém.
O Jardim Afonso de Albuquerque está em frente ao Palácio Nacional de Belém (residência oficial do Presidente da República). Ao lado, está o Museu da Presidência da República (não chegamos a entrar).
O Jardim tem 1,6 hectares e foi reformulado por ocasião da Exposição do Mundo Português, em 1940, mantendo-se inalterado. Ao centro, a estátua de Afonso de Albuquerque (vice-rei da Índia entre 1507 e 1515 – de autoria do escultor Costa Mota).
Entre a Praça do Império e o Jardim Afonso de Albuquerque (delimitação a leste e a oeste), mais um belo espaço, o Jardim de Belém / Vasco da Gama, projeto de autoria do arquiteto paisagista António Saraiva nos anos 80. Já a delimitação ao sul é nada mais que o imponente Rio Tejo e a Avenida das Índias e, ao norte, um conjunto arquitetônico dos séculos XVI e XVII na Rua Vieira Portuense (homenagem ao pintor de mesmo nome), onde atualmente estão diversos restaurantes (um bom local para almoçar e foi o que fizemos). O espaço tem cerca de 5 hectares com um grande gramado; um pequeno parque infantil e um bonito monumento Tailandês – Sala Thai – oferecido pelo governo da Tailândia a Portugal no âmbito das comemorações dos 500 anos de relações diplomáticas entre os dois Países. Foi construído na Tailândia e transportado de barco até Lisboa pelo mesmo trajeto que fizeram os navegadores portugueses 500 anos antes. Foi inaugurado em 21 de fevereiro de 2012 pela princesa da Tailândia Maha Chakri Sirindhorn.
Terminamos de almoçar na Rua Vieira Portuense e fomos até a confeitaria Pasteis de Belém, que fica na rua de trás, Rua Belém. Ir a Belém e não ir à pastelaria, fundada em 1837, é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.
A confeitaria ficou famosa pelos pasteis de nata, que lá receberam o nome de Pasteis de Belém, que por sua vez não têm relação nenhuma com o que conhecemos no Brasil como pastel. Trata-se de um doce de massa folhada e creme (nata).
A confeitaria é muito tradicional, grande e movimentada, não se assuste com as filas, que normalmente são para comprar e levar. Entre e procure um local para se sentar e peça o cardápio. Há inúmeras opções além do pastel de nata. Não deixe de apreciar o local e os objetos da confeitaria. A rua estava em obra, o que impediu de tirar uma foto bonita da fachada.
Apesar do pastel de lá ser muito bom, eu prefiro os da Manteigaria, conheço as do Bairro Chiado e do Time Out em Lisboa e a de Porto, mas não por isso deixo de passar para comer o tradicionalíssimo Pastel de Belém.
Já visitamos diversas vezes Lisboa e nunca tínhamos ido ao Palácio da Ajuda. Ele está localizado a menos de 2 km dos Pasteis de Belém, por isso, fomos a pé para contemplar melhor a região. Se tiver tempo, vale a pena conhecer os Jardins Botânicos Tropical e o da Ajuda, que ficam no caminho. É um Palácio maravilhoso, vale muito conhecer e o ingresso tem um preço muito bom. No entanto, está fechado para visita às quartas-feiras. Reserve pelo menos 2 horas para visitá-lo.
Talvez este Palácio não faça parte do roteiro turístico mais convencional e por isso torna-se um local tranquilo, com menos movimento, pelo menos foi o que observamos no dia em que estivemos lá.
A construção deste edifício neoclássico teve início em 1794 e foi o último palácio a ser construído em Lisboa. Desde 1862 foi a residência oficial da Família Real durante o reinado de D. Luís I, quando ele se casou com a princesa italiana D. Maria Pia de Saboia. Antigamente era conhecido como Real Paço de Nossa Senhora da Ajuda. Tornou-se monumento Nacional em 1910 e foi aberto para visitação em 1968.
Os arquitetos responsáveis pelos projetos foram José da Costa e Silva e Francisco Xavier Fabri. No Brasil, José da Costa e Silva participou de obras de adaptação de edifícios preexistentes e obras urbanísticas, além do projeto para a fachada do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro), mas se desconhece se esse projeto foi aproveitado na construção neoclássica do palácio. Para a historiadora Regina Anacleto, há uma semelhança entre a fachada deste palácio e o do Palácio Real da Ajuda, o que poderia indicar que o projeto foi utilizado. Outra obra possivelmente desenhada por Costa e Silva é o antigo Teatro de São João, no Rio de Janeiro, que mostra grande similitude com o seu congênere lisboeta, que havia sido projetado pelo arquiteto em 1792.
O Palácio da Ajuda sempre foi cenário de cerimônias protocolares de representação de Estado desde os primeiros tempos até os dias de hoje.
Os salões do Palácio estão muito bem preservados e são maravilhosos, inclusive nos contaram lá que alguns espaços podem ser alugados para festas de casamento, por exemplo.
Já era final de tarde e fomos fazer uma comprinha na loja de esportes Decathlon Amadora, uma mega loja (tem em outros bairros também). Se gostar de esportes e de aventuras, qualquer uma, dê uma passadinha lá. Apesar de ser Europa, os preços não estavam salgados para o nosso Real. A loja fica a 5 km do Palácio da Ajuda e fomos de Uber. Já estávamos muito cansados quando saímos da loja e fomos para casa descansar.
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