Nossa última etapa desta viagem incrível para Portugal e Espanha. Saímos de Faro para Lisboa no dia 28 de fevereiro, às 15 horas, quando pegamos um trem (comboio em Portugal) até a Estação Entrecampos, em Lisboa. Fomos de primeira classe, que oferece poltronas confortáveis. A viagem foi de 3 horas de duração. O trem chega a atingir 220 km/h e para em algumas estações, mas muito rapidamente – quem vai descer ou entrar não pode vacilar. Tem um vagão restaurante, na realidade, uma lanchonete, mas atende quem não tiver levado nada para comer. O Wi-Fi do trem deixa a desejar – praticamente só funciona o Whatsapp e não muito bem.
Reservamos apenas dois dias inteiros para Lisboa – dias 1º e 2 de março. No dia 3 de madrugada saímos para o aeroporto de Lisboa com destino a Brasília. Já estivemos antes em Lisboa, por este motivo ficamos apenas dois dias. Desta vez Lisboa foi apenas uma conexão para voltarmos ao Brasil, porém, aproveitamos para conhecer alguns lugares novos e visitar duas Universidades.
Optamos por não alugar carro, pois ficaríamos somente em Lisboa, não sairíamos para as cidades ao redor. O transporte utilizado foi principalmente o transporte por aplicativo; para alguns lugares mais distantes, o metrô.
Fomos de transporte por aplicativo da Estação Entrecampos até o apartamento que alugadamos pelo Airbnb. Muito confortável, para 4 pessoas – com 2 quartos, bem equipado, próximo de dois supermercados (Minipreço e o Sarkar na Rua Luciano Cordeiro). A decoração era impecável. Foi o menor dos apartamentos que alugamos, porém o melhor estruturado e muito bem localizado – próximo à Praça Marques de Pombal (esquina da Rua Luciano Cordeiro e Rua Bernardim Ribeiro).
Depois de instalados fomos jantar no Mercado da Ribeira, na área chamada de Time Out Market. Um ótimo local, com muitas opções de restaurantes. As mesas são compartilhadas por todos. Fomos e voltamos de transporte por aplicativo.
Primeiro dia (1º/3/2018)
O nosso primeiro destino do dia foi conhecer a Universidade de Lisboa – um dos motivos de termos ficado dois dias em Lisboa. Saímos do nosso apartamento para a Universidade de transporte por aplicativo. Não é um ponto turístico, nosso objetivo era obter informações sobre alguns cursos, por isso não vou tecer comentários aqui sobre ela. Mas não posso deixar de dizer que o campus é grande e bem bonito.
Em seguida pegamos outro transporte por aplicativo até a Freguesia de Belém – é uma região com muitos atrativos e que para conhecer tudo é necessário pelo menos dois dias. Já conhecíamos muita coisa em Belém, desta vez, queríamos conhecer alguns pontos que não tínhamos visto de outras vezes, além de rever alguns locais.
O Museu dos Coches é fantástico, um prédio moderno, muito bonito e os coches (veículos de gala de tração animal) muito interessantes. É um mergulho na história dos séculos XVI a XIX. Se for apreciar tudo com calma e ler todas as informações serão necessárias umas duas horas para a visita. Se quiser conhecer um pouco mais sobre o que vai ver lá clique aqui e se quiser conhecer um pouco mais sobre os tipos de coches clique aqui. Para informações de horários, dias de funcionamento, além do preço do ingresso, clique aqui.
Saindo do museu vimos uma opção para quem não quer caminhar muito: contratar um passeio de charrete (próximo da bilheteria do museu). O passeio dura apenas 20 minutos e em março de 2018 custava 5 €.
Saindo do Museu fomos procurar um local para almoçar. Escolhemos o Restaurante Dina, na Rua Vieira Portuense – uma boa opção, especialmente o prato do dia (bacalhau com natas), que incluía a bebida, a sobremesa e o café por 13 € – achamos um bom custo benefício, tendo em vista que é uma região turística com preços mais altos e, detalhe, dois pratos servem 3 pessoas ou talvez 1 sirva dois com apetite moderado – comentários Tripadvisor. A ideia era deixar para comer a sobremesa na tradicional fábrica dos Pastéis de Belém, rua paralela ao Restaurante Dina, mas estava lotada e como já conhecíamos, deixamos para outra oportunidade. Quem não conhece o pastel de nata dessa loja não pode deixar de experimentar, é delicioso e o local bem agradável e cheio de história.
Depois do almoço fomos dar uma volta pelas bonitas praças de Belém (Jardim da Praça do Império, Jardim Vasco da Gama e Jardim Afonso de Albuquerque – praticamente uma emendada na outra), apreciar o belo Mosteiro dos Jerónimos e sua Igreja, o Padrão dos Descobrimentos e a bela vista do Rio Tejo. Não entramos em nenhum local pois já conhecíamos todos eles.
Curiosidade: neste dia o vento estava muito forte em razão dos tornados que maltrataram a costa do Algarve naqueles dias. A polícia chegou a evacuar a área do Padrão dos Descobrimentos e da Torre de Belém, pois a maré subiu muito e a água do rio invadiu o calçadão.
Em seguida fomos ao Centro Cultural de Belém – CCB. Entramos apenas na recepção, no café e tiramos algumas fotos no jardim externo onde tem uma bonita vista da Praça, do Mosteiro, do Rio Tejo e muito mais. Para quem gosta de arte moderna é uma boa opção de visita.
Da entrada do CCB vimos o Planetário, que não conhecemos ainda, mas desistimos de ir, pois nosso tempo era curto.
Voltamos até ao Museu dos Coches para atravessarmos a passarela sobre as Avenidas Brasília e Índia (para atravessar pode-se também passar por baixo das Avenidas na altura do Padrão dos Descobrimentos).
Antes de chegarmos ao Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT passamos pela Estação Fluvial Belém para conhecer.
O MAAT está instalado em um prédio futurista muito interessante e integrado ao Museu da Eletricidade, que está em um prédio do início do século XX. Vale a pena a visita. Nós não entramos, mas apreciamos o prédio, a paisagem vista de cima do prédio do MAAT e entramos na lojinha de souvenir do Museu.
Quando for fazer a sua programação de viagem é bom observar os dias de funcionamento de cada local, por exemplo, o Museu dos Coches fecha às segundas, e o MAAT fecha às terças, ou seja, se desejar visitar os dois no mesmo dia, o melhor é não ir nem na segunda e nem na terça.
Veja abaixo o trajeto que percorremos em Belém.
Saindo do MAAT a intenção era fazer uma caminhada pelo calçadão até a Praça do Comércio (quase 7 km) – a vista é maravilhosa. A ideia era passar sob a Ponte 25 de Abril. A história desta ponte de pouco mais de 2 km é muito interessante, pois a ideia de sua construção surgiu em 1876, mas a decisão de construí-la levou quase 90 anos, tendo sido inaugurada em 1966.
Após a Ponte vem o Cais do Sodré, onde tem vários restaurantes, além do Mercado da Ribeira (um pouco recuado da margem), chegando na tradicional Praça do Comércio.
Na altura da Ponte, pouco antes da metade do caminho, decidimos pegar um transporte por aplicativo – opção errada, pois àquela hora da tarde o trânsito estava intenso e perdemos tempo no engarrafamento. Devíamos ter seguido a pé.
Uma opção legal é caminhar ou alugar uma bike e iniciar o passeio pela Torre de Belém ou, dependendo da disposição, começar antes da Torre. Na próxima ida a Lisboa vou fazer este passeio – Veja este trajeto no mapa abaixo.
Já na Praça do Comércio fomos rever alguns cartões postais: Cais das Colunas (para nossa surpresa, o nível da água do rio estava muito alto encobrindo parte das colunas), Estátua de Dom José I, Arco da Rua Augusta e toda Praça com seu movimento.
Passamos pelo Arco da Rua Augusta e seguimos pela movimentada e charmosa Rua Augusta (ela liga a Praça do Comércio à Praça do Rossio). Dois quarteirões à frente olhei para à direita e vi uma igreja – já estava ficando agoniado sem visitar uma igreja e fui conhecê-la.
Igreja de Santa Maria Madalena
A Igreja de Santa Maria Madalena é uma igreja com várias histórias durante a construção e destruição por incêndios, terremoto e ciclone desde seu início em 1150 – a atual é de 1783, tendo passado por atualizações em 1833. Na região tem várias outras: Sé, Santo Antônio, São Nicolau e da Conceição Velha, mas já as conhecíamos.
Retornando da Igreja de Santa Maria Madalena para a Rua Augusta observamos as bonitas lojas, cafés, pizzarias e outros estabelecimentos como a Comur (Rua da Prata) , a Pizzeria Romana Al Taglio (deu água na boca – Rua da Conceição), a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, a Amorino (gelato), Kiko, Zara, entre outros.
Já tínhamos andado bastante e queríamos ir para nosso apartamento, distante 2,5 km dali. Apesar do cansaço, decidimos ir a pé e não de transporte por aplicativo ou metrô (Rossio – Anjos), para curtir um pouco mais a cidade, passando ao lado do Elevador Santa Justa (fomos no dia seguinte), Praça do Rossio ou Dom Pedro IV (com o Teatro Nacional Dona Maria II, as duas Fontanas, a Estátua de Dom Pedro IV – nosso Dom Pedro I, e os bonitos edifícios), Praça dos Restauradores (Obelisco de 30 metros de altura), a imponente Avenida da Liberdade (liga a Praça dos Restauradores à Praça Marquês de Pombal – destaque para o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, bonitas lojas de grife, espelhos d’água, diversas estátuas e muito mais), Praça Marquês de Pombal e mais um pouco adiante, nosso apartamento.
Segundo dia (2/3/2018)
Nosso segundo e último dia em Lisboa e também das nossas férias.
Nosso primeiro destino, como no dia anterior, foi conhecer uma Universidade. Desta vez foi a Universidade Nova de Lisboa. Saímos do nosso apartamento para a Universidade de transporte por aplicativo. Não é um ponto turístico, nosso objetivo era obter informações sobre alguns cursos, por isso não vou tecer comentários aqui sobre ela.
Saindo da Universidade foi só atravessar a rua e já estávamos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima – de 1938 – foi o primeiro templo construído em Lisboa após a implantação da República em 1910.
Seguimos a pé da Igreja até a Estação Entre Campos (é uma estação de trem e metrô e está localizada entre os bairros de Campo Pequeno e Campo Grande, na Freguesia Avenidas Novas).
Resolvemos pegar desta vez um trem e fomos para bonita e uma das mais importantes estações de Lisboa, a Estação Oriente (Estação de trem e metrô), localizada na Freguesia do Parque das Nações. Assim como a Freguesia de Belém, onde estivemos no dia anterior, esta região de Lisboa também tem muitos atrativos, e somente andar pelos calçadões já é muito prazeroso.
Saindo da Estação Oriente atravessamos rapidamente o Shopping Vasco da Gama. A nossa intenção não era passear pelo shopping, então, entramos por um lado e o atravessamos até a saída do outro lado. Alguns dos atrativos da região já conhecíamos, como o próprio Shopping, o maravilhoso Oceanário, o Teleférico dentre outros. Desta vez queríamos apenas andar e apreciar a paisagem – o visual é incrível.
Logo na saida do Shopping Vasco da Gama esta a Escultura em ferro do artista Jorge Vieira – “Homem Sol” e em seguida a bonita alameda (Rossio dos Olivais) onde estão as bandeiras de muitas Nações e um espelho d’água que nos guia até o calçadão que margeia o Rio Tejo. Ao lado do Rossio dos Olivais está a Arena Altice – antigo Pavilhão Atlântico, é a maior casa de espetáculos de Lisboa com capacidade para 20.000 pessoas.
Já no calcadão (Passeio das Tágides) sentamos em uma pequena mureta e observamos a extensa Ponte Vasco da Gama – ponte sobre o Rio Tejo que liga Lisboa a Montijo e Alcochete, ambas pertencentes ao Distrito de Setúbal. Conversando, surgiram algumas curiosidades: qual a extensão da ponte? É maior que a Rio-Niterói? É uma das maiores do mundo?
Ela é a maior da Europa Ocidental e a segunda da Europa. Tem uma extensão total de 17,18 km. A Ponte Rio-Niterói tem 13,3 km, ou seja, a Ponte Vasco da Gama é mais extensa. As pontes mais extensas do mundo estão na China e Estados Unidos, sendo a maior com 164 km.
Continuamos pelo Passeio das Tágides admirando os jardins, o Rio Tejo, o teleférico e um prédio paralelo à Feira Internacional, de frente para os jardins e o rio, onde há alguns restaurantes. Em seguida passamos pelo Pavilhão da Feira Internacional de Lisboa – entramos na área onde o acesso é permitido sem o ticket, pois estava tendo um evento. Seguimos depois até o Shopping Vasco da Gama para almoçar, passando pela Alameda dos Oceanos. Veja abaixo o trajeto que fizemos.
Depois do almoço voltamos à Estação Oriente, no Parque das Nações, e pegamos um metrô até a região central – Estação Rossio.
Da Estação Rossio (metrô) fomos para o Elevador Santa Justa (menos de 300 metros). Nosso objetivo era subir no elevador, ver a vista no mirante dele e depois dar uma volta no Bairro do Chiado – região que também já conhecíamos, mas que gostamos sempre de revisitar.
O elevador é considerado um meio de transporte ligando a Baixa Pombalina ao Chiado – foi inaugurado em 1902 e construído pelo engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard, responsável também pelos Elevadores da Glória, da Bica e do Lavra, na colina oposta.
Pode-se usar o ticket do metrô para subir e descer. No nosso caso compramos o ticket para subir, descer e ter acesso ao mirante. Pensando melhor, seria mais interessante ter descido a pé.
Fomos ao mirante duas vezes, logo que subimos no elevador e na volta antes de descermos – fizemos isto porque o tempo estava muito fechado no primeiro momento e na volta estava aberto. O visual é muito bonito, vale a pena.
Saindo do elevador tem uma passarela que leva direto ao Largo do Carmo – localizado entre o Convento do Carmo e o Palácio Valadares.
O Largo do Carmo é uma pequena praça com vários pés de jacarandá e no centro o Chafariz do Carmo, datado do século XVIII. Ao redor do Largo estão as ruínas do Convento do Carmo, construído no século XIV, onde atualmente funciona o Museu Arqueológico do Carmo; o Quartel do Carmo, pertencente à Guarda Nacional Republicana, e o antigo Palácio Valadares.
Continuando, passamos pelo bonito prédio do Teatro da Trindade e fomos para Praça de Luis de Camões onde tem uma estátua de bronze, com 4 metros de altura, de Luís de Camões – obra do escultor Vítor Bastos, inaugurada em 1867. É uma região bastante movimentada e com muitos atrativos. Ao lado da Praça está a confeitaria A Manteigaria, que serve um excelente pastel de nata, que comemos em uma de suas lojas em Porto (comentários do Tripadvisor). Logo abaixo está o Largo do Chiado onde está a famosa escultura de Fernando Pessoa, ao lado do Café A Brazileira, além de 3 igrejas: a Igreja do Loreto, conhecida como Igreja dos Italianos; a Igreja da Nossa Senhora da Encarnação, e a Basílica dos Mártires.
Retornamos ao Elevador apreciando mais uma vez a vista do mirante e depois descemos. O destino final era o nosso apartamento. Passamos pela Praça do Rossio, não deixando de observar a bonita loja do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa e a Praça, é claro, e dali até o apartamento fizemos um caminho diferente do dia anterior. Visitamos a Igreja de São Domingos no Largo de São Domingos e passamos na antiga e tradicional A Ginjinha (comentários Tripadvisor) – um pequeno bar de 1840 que vende a tradicional bebida feita de Ginja. Seguimos passando pelo bonito Teatro Politeama, pelo Restaurante Solar dos Presuntos (em outra visita à Lisboa jantamos nele e é muito bom, pena que o preço seja salgado), a Universidade UAL e logo adiante o nosso apartamento.
No dia seguinte levantamos de madrugada para ir ao aeroporto, nosso voo saia de manhã e a empresa aérea enviou mensagem informando para chegar mais cedo que o recomendável para voos internacionais (3 horas). Fomos para o aeroporto de transporte por aplicativo.
Fim de férias e de uma viagem inesquecível. Até a próxima.
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