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    Serra da Estrela- Portugal (Diário 4)

    Estávamos em Covilhã, cidade que escolhemos para fazer de base para conhecer o Parque da Serra da Estrela. No dia 10 de fevereiro, segunda-feira, saímos cedo em direção à Torre na Serra da Estrela. Do hotel até lá é cerca de 20 km.

    Torre é o ponto mais alto da Serra da Estrela, a 1.993 metros de altitude, também é o ponto mais alto de Portugal Continental. As temperaturas mais baixas do país também são encontradas na Serra. No inverno, é famosa pela neve e as pistas de esqui. Mas a neve tem sido rara por lá nos últimos anos, segundo relato de moradores. Havia nevado uma semana antes de chegarmos lá e não nevou mais. 

    Saímos do hotel com o céu claro e a temperatura em torno de 10ºC, com apenas algumas nuvens. A medida que fomos subindo a Serra mais nuvens e muita neblina iam aparecendo. Por alguns minutos achamos que o passeio pudesse ficar comprometido, mas logo passamos das nuvens e o céu ficou totalmente limpo. Neste momento nos deparamos com o Lago do Viriato (pouco mais da metade do caminho), a 1.558 metros. É principal fonte de armazenamento e abastecimento de água para Covilhã. Uma das muitas paisagens maravilhosas que iríamos desfrutar ao longo do dia.

    Varanda do Hotel Santa Eufemia
    Lago do Viriato – Serra da Estrela
    Lago do Viriato – Serra da Estrela

    Continuamos a subir a Serra por uma estrada bem cuidada, com vários mirantes. No caminho, a cada cem metros acima, visualizávamos uma placa indicativa da altitude.

    Faltando apenas 2 km para chegarmos à Torre, à direita, mais um ponto de observação – o Covão do Boi, com 1.840 metros de altitude. No local tem colunas de granito de dois a cinco metros de diâmetro e de quatro a oito metros de altura, constituindo uma raridade.

    Em uma das formações de granito foi esculpida em baixo relevo a imagem de Nossa Senhora da Estrela, obra de Antônio Duarte, em 1940. A imagem da Virgem é uma homenagem pela proteção que concede aos pastores que têm na Serra o seu sustento.

    Covão do Boi – Imagem de Nossa Senhora da Estrela esculpida no granito
     Imagem de Nossa Senhora da Estrela esculpida no granito

    Depois de percorrer esta belíssima estrada chegamos no ponto mais alto, a Torre. Lá tem restaurante, banheiro, Estância de Esqui com teleférico e um Centro Comercial com produtos da região, como os famosos queijos de leite de ovelha da Serra da Estrela e os embutidos.

    Torre – Serra da Estrela
    Torre – Serra da Estrela
    Torre – Serra da Estrela
    Torre – Serra da Estrela

    Nesta parte mais alta da Serra nós fomos andar pelas pedras e brincar com a pouca neve que ainda existia.

    O itinerário seguinte era descer a serra por 10 km para almoçar. Tínhamos recebido uma indicação de um restaurante e decidimos ir para lá – o Varanda da Estrela, localizado em Penhas da Saúde. Ambiente, atendimento e comida ótimos. O preço era um pouco mais alto que nos restaurantes de Covilhã, mas valeu muito. O detalhe é que não tínhamos feito reserva, mas demos sorte e conseguimos uma mesa. O ideal é reservar antes, pois a procura é grande.

    Restaurante Varanda da Estrela

    Depois do almoço, voltamos 3 km no sentido da Torre e logo viramos à direita, no sentido da pequena cidade de Manteigas.

    As paisagens continuaram nos encantando, como o Covão do Alto Zêzere, que se estende por 13 km e é um dos maiores da Europa. Covão significa depressão de origem glaciária. 

    Covão do Alto Zêzere

    Fizemos mais uma parada, um pouco mais longa, no Covão d’Ametade.  Local muito agradável, onde é permitido acampar.

    Logo na entrada tem um corredor de vidoeiros (árvore típica do hemisfério norte) por onde passa o Rio Zêzere.

    O Covão d’Ametade está a 1.420 metros de altitude, na base do maciço do Cântaro Magro (cântaro significa cume), onde nasce o Rio Zêzere. Além do Cântaro Magro há mais dois Cântaros que se erguem no Covão d’Ametade, o Rosa, mais ao sul, e o Gordo, mais ao norte.

    Rio Zêzere, com 200 km de extensão, é o segundo maior rio exclusivamente português, ficando atrás apenas do Rio Mondego, que também nasce na Serra da Estrela, com 258 metros de extensão.

    Covão d’Ametade
    Covão d’Ametade
    Covão d’Ametade

    Continuamos com bonitas paisagens e sempre acompanhados pelo Rio Zêzere à nossa esquerda. Passamos por uma pequena queda d’água, à direita, a Fonte Paulo Luis Martins, construída em 1951, que desagua no Rio Zêrere, com a inscrição CMM, Câmara Municipal de Manteigas.  

    Cântaros – Rosa, Magro e Gordo
    Fonte Paulo Luis Martins
    Fonte Paulo Luis Martins
    Casas de pastores no Vale do Rio Zêzere

    Poço do Inferno

    O nosso próximo destino seria a pequena cidade de Manteigas, mas um pouco antes, fomos conhecer o Poço do Inferno.

    Manteigas à frente – entrada para o Poço do Inferno um pouco à frente
    Estrada para o Poço do Inferno

    Saímos da estrada principal e viramos à direita por um trecho de 6 km de estrada também asfaltada, mas bem estreita; em alguns pontos só passava um carro. A estrada corta uma região com uma vegetação mais fechada, proporcionando um visual bem diferente da Serra vista até então, que eram os paredões de granito. 

    Poço do Inferno
    Caminho para o Poço do Inferno

    O poço e cachoeira são pequenos, mas bonitos. A cachoeira tem 10 metros de queda e chega a congelar nos invernos rigorosos.

    Poço do Inferno
    Poço do Inferno
    Poço do Inferno
    Poço do Inferno

    Voltamos 6 km pela mesma estrada e depois mais 3 km para chegar em Manteigas. Nossa passagem pela cidade, que pareceu ser muito aconchegante, se resumiu a conhecer duas igrejas:  a Igreja Matriz de Santa Maria e a Igreja de São Pedro, localizada em frente a uma pequena Praça.

    • Igreja Matriz de Santa Maria

    Estava aproximando do final do dia e resolvemos voltar para Covilhã por outro caminho, mais rápido e sem ser pela serra. O roteiro todo foi de mais ou menos 100 km.

    Um dia na Serra da Estrela é suficiente para conhecer os principais pontos, mas para fazer as diversas trilhas que existem por lá, aí…

    Chegando em Covilhã passamos pelo centro histórico para fazer um lanche no Brasil Uai, comer pão-de-queijo com café e mais algumas mineirices.

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