Esta viagem foi realizada em 2019 e publicada em 2021, antes tarde do que nunca. Desta vez, com apenas um representante da Família Brasília na Trilha, a filha caçula, que tinha em 2019, 19 anos. Sobre a aventura, ela mesma conta:
Aproveitando o privilégio de ter férias no meio do semestre, segui de última hora e sem muito planejamento para uma viagem à Tailândia, partindo de Lisboa – Portugal, onde moro.
Minha viagem foi em abril de 2019, um dos melhores meses para visitar a Ásia, por ser baixa temporada e ter um clima um pouco mais ameno que no verão.
Tive a oportunidade de vivenciar uma cultura nova e completamente diferente do eurocentrismo a que estou acostumada por morar em Lisboa.
Antes de tudo, separe sua câmera, pois você estará prestes a conhecer as praias mais lindas do mundo com um mar azul claro de tirar o fôlego e templos que têm uma energia singular de muita paz e tranquilidade.
Minha madrinha, uma amiga dela e eu embarcamos nessa aventura low cost por dez dias, que teve início em Bangkok, capital da Tailândia, no dia 21 de abril.
Nosso objetivo era conhecer o máximo possível do país. Optamos por ficar apenas algumas horas na capital, o que foi uma das melhores escolhas que fizemos durante a viagem, tendo em vista que a maioria das avaliações da cidade que nos passavam eram negativas.
Chegamos em Bangkok pela manhã e não perdemos tempo. Ainda no aeroporto, trocamos alguns euros pela moeda local, Bahts (um real equivale, em 2019, a cerca de 7,90 Bahts; e em 2021, 6,39 Bahts, ou seja, nossa moeda desvalorizou) e em seguida guardamos as bagagens no locker (100 Bahts).
Para chegarmos no centro, descobrimos um serviço de shuttle (60 Baths), que era a opção mais rápida e barata. As passagens são compradas dentro do próprio ônibus e depois de aproximadamente uma hora (varia muito de acordo com o trânsito) chegamos na parada mais próxima ao Grande Palácio.
Daí em diante foram apenas novidades e aprendizados sobre um povo muito prestativo e, que apesar de não falar inglês na maioria das vezes, faz o possível para se comunicar com os turistas. Além disso, é um povo humilde, que vive de forma passiva e feliz, sem a necessidade de grandes luxos para alcançar essa felicidade.
Descemos do shuttle e começamos nosso passeio a pé, num calor de 40ºC, até o Palácio, onde está situado também o Templo Phra Kaew, com uma riqueza de detalhes e acabamentos em dourado impressionante. É importante vestir roupas leves e que cubram a maior parte do corpo, além de sapatos fáceis de tirar, pois só podemos entrar nos templos descalços.
Depois da visita (500 Bahts) continuamos a pé até o Templo do Buda Reclinado, o Wat Pho (200 Bahts) e em seguida pegamos um taxi até uma das principais estações de Metrô de Bangkok, a Phaya Thai.
Assim, já começamos a aprender um pouco sobre a famosa pechincha na Ásia e sobre o transporte local.
Em seguida, voltamos ao aeroporto para o nosso próximo destino, Krabi e as Ilhas Phi Phi.
Sul da Tailândia
Os passeios paradisíacos de Phi Phi, Praia de Railay, 4 Islands (Chicken Island, Tup Island, Mor Island e Poda Island) e Krabi na Tailândia.
Krabi, assim como Phuket, é uma das opções de chegada ao sul da Tailândia.
A conclusão que chegamos depois da viagem foi que essas ilhas são maravilhosas, assim como as outras, ou seja, não perca todo o seu tempo nelas, porque ainda tem muito o que conhecer. Faça passeios para outras ilhas e aproveite para passar mais tempo, especialmente em Phi Phi, dormindo pelo menos 2 ou 3 noites por lá. No nosso caso, como não fizemos muito planejamento, acabamos dormindo apenas uma noite em Phi Phi e todas as outras em Krabi.
Assim, chegamos em Ao Nang, a região da ilha escolhida para ficarmos, já na noite do dia 21. O aeroporto fica um pouco mais afastado, mas o acesso é fácil, tem várias vans locais na saída do desembarque – nós pegamos uma.
Finalmente, já muito cansadas, chegamos no agradável The Moment hostel, com um ambiente limpo e um staff atencioso; um dos poucos hostels que reservamos com antecedência. Vale lembrar que o preço é facilmente negociável no balcão, então não tenha vergonha de pechinchar, porque é assim que a maioria das suas economias serão feitas para viajar barato na Tailândia.
Nos dias em que ficamos pela ilha, negociamos o preço de refeições, massagens tailandesas e passeios com os barqueiros e as pequenas agências de turismo. Normalmente tudo é vendido por pessoa, mas como éramos três, sempre conseguíamos descontos.
Esse processo de pechincha chegava a ser engraçado e, para mim, um pouco cansativo. Era necessário ter paciência para entender o que as pessoas falavam e muitas vezes fingir que não ia comprar mais o produto só para baixarem o preço.
Tudo isso foi parte da imersão cultural que gerou inúmeros aprendizados e que eu amei e dei muita risada! Enfim, com o tempo curto e sem muito dinheiro, visitamos apenas as seguintes ilhas e praias:
A ilha mais parece uma vila, com uma vibe bem tranquila por ser menor que Krabi e não ter tantas opções de hospedagem.
Fomos para lá em um dos barcos locais pagando 100 Bahts. A ideia era vermos o pôr do sol, mas acabou que de última hora conseguimos um passeio para ir para as quatro ilhas, então, resolvemos aproveitar e não passar o dia todo em Railay, o que foi uma ótima ideia, pois como não era o horário em que acontecia a maioria dos passeios, as praias estavam bem mais vazias que o normal. Se você curte um ambiente mais calmo, talvez Railay Beach seja uma boa opção para dormir pelo menos uma noite.
4 Islands
O passeio das quatro ilhas passa pela Chicken Island, Tup Island, Mor Island e . Todas com suas características únicas e com a mesma água morna e cristalina.
Nesse dia não tivemos muita opção e acabamos pagando um pouco mais caro por esse passeio. Normalmente é possível consegui-lo por uns 500 Bahts por pessoa, mas fechamos em 660.
A primeira ilha, Chicken, tem o formato parecido com uma galinha, o que faz com que ela seja bem diferente das outras. Ali paramos para fazer mergulho com snorkeling e aproveitar o mar.
Seguimos então para a Tup e Mor Islands, as duas ficam uma ao lado da outra e cobram uma taxa de 400 Bahts pela preservação ambiental. Elas são ideais para só curtir a praia e sentir a natureza, observando as embarcações típicas tailandesas, os chamados long tails, e os macaquinhos tentando pegar comida dos turistas distraídos.
Por último, tivemos direito a um lindo pôr do sol na Poda Island, passando por uma grande pedra e com aquele oceano infinito no horizonte. Nessa ilha havia um pouco mais de estrutura, como banheiros e local para comprar comida.
Sempre recomendo que você já leve sua mochila com tudo o que precisar. Lanchinhos, água, protetor solar, canga, óculos, câmera, etc.
O que dizer das Phi Phi Islands? Depois de algumas horas na ilha já nos referíamos a ela como se fosse nossa melhor amiga. “a Phi Phi isso”, “a Phi Phi aquilo”. Que lugar incrível! Sem dúvida é o point do sul da Tailândia, especialmente para jovens.
Para chegar lá, pagamos 400 Bahts de Ferry saindo de Krabi. Ao desembarcarmos, tivemos que pagar 20 Bahts de taxa de preservação ambiental.
Chegamos no fim da manhã e perdemos bastante tempo procurando uma hospedagem. A ilha tem diversas opções. O Ibiza Party hostel é o local onde rolam as pool parties nas terças e quintas, e na praia em frente acontecem festas todos os dias até uma hora da manhã. O lugar simplesmente não para e a praia é maravilhosa.
É possível notar a variação da maré muito bem, alterando assim, o tamanho da praia. Se você procura agito e quer fazer amigos, lá é definitivamente o melhor lugar para ficar.
Nos hospedamos em um hotel, mas nos arrependemos, pois passamos a maior parte do tempo com o pessoal que conhecemos no hostel.
Acabou que não conseguimos pegar os passeios que saíam na parte da tarde para as principais ilhas, e como tínhamos que pegar o último barco de volta para Krabi às 15h30 no dia seguinte, achávamos que só seria possível fazer o passeio que visitava metade das ilhas e que voltava antes do horário do outro barco.
Descobrimos um passeio que saía 6h30 da manhã com o speed boat (lancha), o que foi por um lado cansativo por termos ficado até tarde na festa da praia e por não ter o encanto dos long tails, mas por outro lado foi a melhor ideia!
Conseguimos visitar as principais ilhas, Maya Bay (a praia está fechada por motivos de preservação), Monkey Beach, Mosquito Island, Bamboo Island dentre outras, em um horário em que o calor não era tão insuportável e que não estava tão cheio de turistas.
Esse passeio é imperdível! A sensação é indescritível e as paisagens são provavelmente as mais lindas que já vi.
Pude ter experiências únicas de conhecer pessoas incríveis, provar a comida local (a maioria dos passeios de muitas horas oferecem refeições), e até nadar com tubarões! Sim, existem alguns pontos estratégicos conhecidos pelos barqueiros, em que é possível nadar bem pertinho de pequenos tubarões e imensos cardumes de peixes menores.
Norte da Tailândia
Nosso próximo destino foi conhecer a rica cultura tailandesa de Chiang Mai (maior cidade do norte e a sexta maior da Tailândia – é a capital de província cultural do norte da Tailândia) e Chiang Rai (é a capital de província mais ao norte da Tailândia).
Na sexta pela manhã pegamos um voo com destino a Chiang Mai. As passagens podem ser compradas em agências locais, mas normalmente costuma ser mais barato pela internet mesmo. Há diversas empresas low cost tailandesas que operam voos de norte a sul do país em vários horários diariamente. A maioria deles tem parada em Bangkok, mas também é possível conseguir voos diretos.
Chegamos em Chiang Mai e pegamos um taxi para o The Common Hostel (Hostel By Bed). Lá o preço já não é muito negociável e é um pouco mais alto do que a média na Tailândia, pagamos 10 euros, ao invés dos 6 que pagamos no sul. No entanto vale muito a pena, pois o café da manhã é muito bom e completo e o staff é extremamente simpático. Eles oferecem garrafinhas de água gelada para todos os hóspedes.
Há um ótimo café ao lado, o Fern Forest (comentários TripAdvisor), com boas opções de almoço, lanche e jantar. Sem contar que é uma ótima localização, na chamada Old City, onde estão os principais templos budistas (Wat na Tailândia) e onde ocorrem os conhecidos mercados noturnos. O Sunday Night Market é montado a 10 minutos de caminhada do hostel e é muito interessante! Ele é realizado todos os domingos e é um ótimo local para comprar as lembrancinhas para a família, provar as comidas locais, fazer uma massagem nos pés e vivenciar a noite tailandesa.
Durante o dia, não deixe de dar uma volta a pé pela região e passar pelos templos, que assim como os de Bangkok, têm uma riqueza de detalhes imensa e uma energia de paz renovadora! Eles são bem próximos uns dos outros, você vai achá-los só de andar meio sem rumo pela rua. Alguns deles são:
Tem uma arquitetura bem característica do norte do país, é aberto para todos. Tem vários locais para oferendas e orações, além do fácil acesso aos Monk Chats, conversa com os monges.
O Rei Ananda Mahidol (Rama VIII) concedeu-lhe o status de templo real de primeiro grau em 1935 – lista dos Templos Budistas (Wat)
Wat Sri Suphan
Conhecido também como Silver Temple, por ser todo de prata. Nesse templo, mulheres não podem entrar, mas vale a pena a visita pelo lado de fora.
Localizado no centro da cidade antiga, sua arquitetura se diferencia um pouco dos outros, especialmente por ele ter sido parcialmente destruído em um terremoto em 1545. Você pode aproveitar para passar lá no sábado à noite quando for no Saturday Night Market.
Esse templo já fica um pouco mais afastado (15 km do centro), na montanha Doi Suthep. Fizemos um passeio noturno para lá, o que foi uma ótima opção para ganharmos tempo e conhecermos o local por uma perspectiva diferente. É possível ter uma linda vista das luzes da cidade e tirar fotos destacando as grandes construções em dourado. O templo é um dos mais sagrados da região, e considerado o principal em Chiang Mai.
Paramos nesse templo no caminho para o Doi Suthep. O local é mais rústico e não tem tanta riqueza de cores e detalhes como os outros templos. Porém é rico em história (ele tem 700 anos) e fica inserido na natureza, o que o torna único.
O Doi Inthanon fica a cerca de duas horas de viagem de Chiang Mai, mas é imperdível. O passeio consiste em visitar os templos, vilas, feiras com produtos locais e cachoeiras que ficam dentro do Doi Inthanon National Park, localizado na montanha mais alta da Tailândia (2565 metros). Rodeado de cultura e natureza, é uma programação para o dia todo, com almoço típico incluído. Compramos o pacote no hostel por 1300 Bahts.
Além de separar pelo menos dois dias para a visita aos templos e aos mercados noturnos, separe um dia para um passeio com elefantes.
Não vá com poucas informações e não feche o passeio com qualquer agência de turismo. Muitos dos locais que abrigam os elefantes apresentam uma proposta de santuário, com a ideia de que os animais foram resgatados e são bem tratados, mas na verdade isso é só uma desculpa para atrair turistas. A maioria desses locais ainda pratica maus tratos e não passa de propaganda enganosa.
Informe-se bem sobre o santuário que pretende visitar antes de ir, para não cometer o erro que eu cometi. O local que eu escolhi foi o Maerim Elephant Sanctuary. De fato, não vi práticas de maus tratos, mas quando tentei perguntar mais sobre o assunto, o guia simplesmente mudava o tópico da conversa para “como os nossos elefantes são felizes aqui e com a visita de vocês”. Mas infelizmente, consegui perceber que os animais não estavam vivendo da mesma forma em que viveriam livres na natureza.
Apesar disso, foi uma experiência singular, onde entramos em contato com os animais, pudemos alimentá-los e ainda tivemos direito a aprender a fazer os noodles de arroz tailandês para o jantar.
No último dia em Chiang Mai, aproveitei para fazer uma tatuagem tailandesa. A tradicional Sak Yant, que é típica no Sudoeste Asiático e que representa proteção.
Esse tipo de tatuagem começou a ser feito em guerreiros antigamente e depois tornou-se um verdadeiro cartão postal para os turistas.
Eu optei por fazer em um estúdio que se chama Sak Yant Chiang Mai. As reservas são feitas pela internet, podendo ser uma visita ao templo ou no próprio estúdio na cidade antiga. Escolhi fazer na cidade mesmo.
Primeiramente é necessário um depósito de 1000 Bahts e depois, no local, você realiza o pagamento, que varia de acordo com a tatuagem, mas que costuma ser de 2000 Bahts.
A realização da tatuagem requer todo um ritual, onde você entrega uma oferenda para o monge budista, que faz a arte com uma vara longa de bamboo com uma agulha descartável na ponta. Com certeza foi uma das melhores experiências da viagem e algo que estará marcado em mim para sempre.
Logo que terminei de fazer a tatuagem, fomos direto para a rodoviária de Chiang Mai para pegar o ônibus das 18 horas, que era o último para Chiang Rai.
Depois de quase 4 horas de viagem em uma estrada de pista simples e no escuro, chegamos na rodoviária de Chiang Rai e fomos a pé para o Mercy Hostel. Local muito agradável, com piscina e boa localização.
No dia seguinte, pegamos um ônibus que sai da mesma rodoviária em que chegamos, com destino ao Wat Rong Khun, conhecido como White Temple (Templo Branco), um dos mais conhecidos da região Norte.
Depois pegamos um taxi para o Wat Rong Suea Ten, mais conhecido como Blue Temple (Templo Azul).
Ambos os templos têm uma arquitetura bem diferente dos templos de Chiang Mai. Eles se destacam por terem uma única cor, sendo um todo branco e o outro todo azul.
Sem dúvida vale a pena a ida a Chiang Rai só para conhecer esses templos.
Em seguida, voltamos para o hostel para podermos pegar as bagagens e seguirmos para o aeroporto e para nossa jornada de volta para casa.
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