Escolhemos Braga como nossa base para conhecer algumas cidades próximas. No dia 5 de fevereiro de 2020 fomos passar o dia em Viana do Castelo, a apenas 60 km de Braga.
Quando escolhemos conhecer Viana do Castelo não pesquisamos muito sobre a cidade e não sabíamos bem o quê visitar, ou seja, fomos sem muita expectativa. No final conto qual foi minha avaliação.
Dividimos nossa visita em 3 partes: Santuário do Sagrado Coração de Jesus/Santa Luzia – fomos direto de Braga para lá. Depois a parte histórica, que fizemos a pé e, por fim, o litoral, para onde fomos de carro. Uma das coisas interessantes de Viana do Castelo é que as atrações são bem diferentes umas das outras.
Santuário do Sagrado Coração de Jesus – Confraria de Santa Luzia
Logo na chegada já nos surpreendemos com a beleza.
O dia era de sol, o que, do alto, proporcionou uma vista maravilhosa da cidade, do Rio Lima e do mar.
A construção do Santuário teve início em 1904 e terminou em 1959, por iniciativa da Confraria de Santa Luzia (Associação Pública de Fiéis, responsável pelo Templo), que o mantém até hoje.
O interior da igreja é mais simples que a fachada, mas o contraste das cores, vitrais, lustres e blocos de pedra formam um conjunto bem bonito.
Do zimbório é possível ter uma vista de 360º da região. Parte do acesso é por elevador, parte em escada comum e parte por escada em caracol. A subida é tranquila, mas não é aconselhável para quem tem dificuldades de locomoção. O acesso é pago.
Embora O Santuário de Santa Luzia lembre a Basílica de Sacré Cœur de Paris e alguns digam que foi nela inspirada, a ideia tem sido contestada, uma vez que na ocasião em que seu projeto foi feito por Ventura Terra (1899), a igreja parisiense estava sendo erguida e não era possível ver como seria sua configuração ao final.
Desde 1923 o Santuário é servido pelo Elevador de Santa Luzia, também conhecido como Funicular de Santa Luzia e liga a Estação Ferroviária ao Santuário. É o maior funicular em extensão de Portugal.
O Santuário dispõem de Hostel, cafeteria e loja.
Saímos do Santuário em direção a parte histórica da cidade. Achamos fantástico ter sempre o Santuário como cartão postal ao longo de nosso passeio, pois é possível avistá-lo de toda parte.
Chegando na cidade deixamos o carro em um estacionamento público às margens do Rio Lima, bem ao lado do nosso primeiro ponto de interesse, o Navio Museu Gil Eannes.
A visita é paga e imperdível – clique aqui para saber o preço e horário. Este navio era um hospital e hoje é um museu hospital. Durante toda visita ficamos imaginando qual seria a missão deste navio na época em que estava ativo. Dentro do museu percebemos como a região antigamente era forte na pesca do bacalhau e os navios saiam para alto mar e ficavam muito tempo lá. Os pescadores adoeciam e sofriam acidentes e este navio hospital dava suporte. Não vou dizer que este programa foi o mais sensacional de nossa viagem, mas foi único, e valeu muito conhecer. Reserve pelo menos 1 hora para a visita.
O navio foi construído nos estaleiros de Viana do Castelo entre os anos de 1952 e 1955. Muito tempo depois ele foi comprado e todo restaurado, passando a ser museu em 1998 sob administração da Fundação Gil Eannes. Veja abaixo uma amostra dos locais da visita e clique aqui para conhecer um pouco mais. Para saber quem foi Gil Eannes.
Antes de seguir para o centro conhecemos um pouco mais a região do cais próxima ao navio museu: estátua de João Alvares Fagundes (navegador português), Monumento ao 25 de Abril (monumento em aço de 16 metros de altura construído em 1999 em comemoração ao 25º aniversário da Revolução dos Cravos), Rio Lima, Ponte Eiffel (ponte rodo-ferroviária de ferro construída em 1878 por Gustave Eiffel) e o Posto Municipal de Turismo (local para pegar um mapa da cidade ou alugar uma bike).
Em seguida fomos para a parte histórica. Antes demos uma paradinha rápida para almoçar, pois ainda tínhamos muita coisa para ver na cidade e não queríamos perder tempo. Escolhemos o Café Paris, na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, principal avenida do centro. Não tinha muitas opções de almoço no cardápio, mas ficamos satisfeitos.
Baterias recarregadas fomos conhecer o centro da cidade. Seguimos pela Rua da Picota (alguns metros à direita do Café Paris) e passamos na porta do Museu do Traje que queríamos visitar, mas não ia dar tempo, e chegamos em mais uma Praça da República (muitas cidades de Portugal tem uma).
Praça da Republica
Local muito agradável e movimentado, com cafés, lojas, restaurantes e outros atrativos como o Museu do Traje, os edifícios, entre eles o Antigo Paço do Conselho, a Igreja da Misericórdia, e um Chafariz , que por alguns séculos foi o ponto de abastecimento de água potável da população.
Para entrar paga-se apenas 1 euro. A entrada, na realidade, é no edifício ao lado, “Casa das Varandas”, de 1589, um exemplar único da arquitetura de inspiração renascentista e maneirista, com influências italiana e flamenca. A igreja é barroca do século XVIII. Chama a atenção o grande contraste da talha dourada com os tradicionais azulejos azuis, além do teto com pinturas. Vídeo Visita Guiada.
Estando em frente ao antigo Paço do Conselho, virando à direita e seguindo alguns passos está a Sé de Viana do Castelo.
Igreja do século XV, elevada a Sé apenas em 1977. Sofreu dois grandes incêndios ao longo dos séculos.
O seu exterior tem aparência de igreja fortificada, de inspiração românica e semelhante a alguns outros templos de Portugal.
Na fachada, duas torres e uma rosácea sobre um portal gótico composto por quatro arcos, três dos quais decorados com cenas esculpidas da Paixão de Cristo e esculturas dos seis Apóstolos mais ligados às tradições da vila e da região: São Pedro, São Paulo, São João, São Bartolomeu, São Tiago e Santo André.
A igreja foi inicialmente dedicada ao Divino Salvador e só mais tarde consagrada a devoção à Nossa Senhora, passando a ter como padroeira Santa Maria Maior. No interior estão várias capelas: de São Bernardo, do Santíssimo Sacramento, Santo Cristo, Senhor Jesus dos Mareantes, Nossa Senhora da Consolação, Nossa Senhora das Dores, São Cristovão, Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora da Piedade, Cléricos Senhor dos Passos e São Tiago.
Voltamos à Praça da República e pegamos a Rua Gago Coutinho, a menos de 200 metros da Sé, até a Casa da Capela das Malheiras, em estilo barroco da primeira metade do século XVIII. Foi mandada construir por D. Frei Antônio do Desterro Malheiro Reimão, nascido em Viana do Castelo e Bispo do Rio de Janeiro, dedicada a São Francisco de Paula. Apenas fotografamos e seguimos pela mesma rua até o Jardim da Marginal, paralelo ao Rio Lima.
Jardim da Marginal
Construído em 1881 com 20.000 m². Local muito agradável para dar uma volta ou sentar no Café Girassol, no centro da praça, e observar o movimento. Um destaque na praça é o Chafariz de pedra com a estátua de Viana, uma mulher com uma caravela na mão esquerda, cercada por quatro bustos que representam as quatro partes do mundo onde as embarcações vianenses chegaram. De um lado do jardim estão bonitos edifícios e, do outro, a marina. No mês de fevereiro as árvores estavam sem folhas, imagino todo verde e com flores.
Mais ou menos no meio do Jardim Marginal, nos dirigimos para a Praça Frei Gonçalo Velho para conhecer mais uma igreja, a das Almas.
Igreja do século XIII, restaurada no século XVIII, conhecida como Igreja das Almas ou Capela das Almas. Foi a primeira matriz de Viana do Castelo. Após a construção da Sé, em 1483, perdeu o título de matriz. Conhecida tradicionalmente por Matriz Velha, passou a chamar-se Capela das Almas pelo fato de o seu adro servir de cemitério até o ano de 1840.
Depois de visitar a Igreja das Almas resolvemos andar um pouco pela cidade sem destino certo, coisa rara de fazermos, fotografando as ruas e os edifícios. Depois pegamos o carro, que estava no estacionamento às margens do Rio Lima e seguimos para a Praia do Norte. A caminho da praia, paramos em mais uma igreja.
Capela de Nossa Senhora da Agonia
Está ligada à Romaria de Nossa Senhora da Agonia, uma das mais tradicionais da cidade, de devoção dos pescadores. No dia 20 de agosto é feriado nacional, quando é comemorado o seu dia.
Praia do Norte
Tem um largo e longo calçadão, ótimo para uma caminhada à beira mar. Tem também um parque infantil, onde brincavam várias crianças. A praia tem pouca areia e muitas pedras, onde foram construídas umas piscinas para banho de mar. Achei muito interessante.
Para chegar nesta praia passamos pela Ponte Eiffel, sobre o Rio Lima. Foi nosso último passeio em Viana do Castelo. É uma praia enorme, que vai mudando de nome ao longo de sua extensão. Seguimos pela Avenida Cabedelo até um estacionamento quase no seu final. Depois caminhamos por duas passarelas que levam até o mar. Uma delas, a mais extensa, leva ao Duotone Pro Center Viana (bar e aluguel de pranchas e outros equipamentos). Quando estávamos voltando pela passarela notamos um intenso movimento contrário. Eram pessoas indo ver o pôr do sol, que perdemos porque o dia tinha sido cansativo e ainda precisávamos voltar para Braga.
O que achei de Viana do Castelo
Um lugar que quero voltar para apreciar com calma e de preferência no verão para ir a praia. A cidade me surpreendeu muito.
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