Depois de passar dois dias em Lisboa, fomos para Braga de carro. São 360 km por uma estrada excelente, dava gosto dirigir; aliás todas as estradas pelas quais rodamos em Portugal são maravilhosas. Essa estrada passa ao lado da cidade do Porto, para quem não conhece, é uma ótima opção para incluir no roteiro antes de chegar a Braga.
Braga está ao norte de Portugal na Região do Minho e é a terceira maior cidade do país e a mais antiga, com mais de 2.000 anos. Na realidade, teve início na Roma Antiga, quando foi fundada em 16 a.C., como Bracara Augusta, em homenagem ao imperador romano Augusto. A cidade tem o título de cidade da juventude.
A rota portuguesa do Caminho de Santiago de Compostela tem início em Braga. De modo geral, o itinerário é todo sinalizado por setas amarelas em vários locais: chão, muros, pedras, postes, árvores, estradas, marcos de granito ou concreto ao longo do percurso. Como regra, o caminho passa pela igreja mais importante ou mais antiga da cidade, em Braga, passa pela Sé. Observe e verá uma seta amarela lá.
Ficamos hospedados no Ibis Braga Centro, na parte histórica da cidade. Para conhecê-la, nós a percorremos a pé, exceto para irmos aos Santuários de Bom Jesus do Monte e ao do Sameiro.
Definir quanto tempo ficar em Braga é difícil, pois tem muita coisa para conhecer, mas depende muito do interesse de cada um. Nessas viagens gosto de conhecer as igrejas, pois elas contam a história local. Em Braga tem muitas e é lógico que não conhecemos todas, mas visitamos várias. A cidade é repleta também de praças, jardins, portais, esculturas, mercado e muita história. Nós ficamos na cidade por seis dias, porém, não ficamos só lá, fizemos bate e volta em Viana do Castelo, Guimarães e Barcelos. Acho que pelo menos dois dias inteiros é um bom tempo para ficar somente em Braga.
Chegamos na cidade em um sábado à tarde, fizemos o check-in no hotel e já fomos bater perna. O tempo não estava bom, mas mesmo assim fizemos o reconhecimento de alguns locais. Não vou descrevê-los na sequência em que os visitamos, pois em alguns deles passamos várias vezes. Mesmo nos dias em que fomos a outras cidades, ao voltar, passeamos um pouco mais por Braga.
Uma opção interessante em algumas cidades é fazer o Free Walking Tour, que em Braga tem seu ponto de partida em frente ao Arco da Porta Nova, e pode ser agendado pela Internet na Freetour, em diversos idiomas. Durante o passeio guiado é possível aprender um pouco mais sobre a história da cidade, tirar dúvidas e conhecer outros turistas (no dia em que agendamos, só minha família e eu participamos). O tour é gratuito, mas todos dão uma “gorjeta” ao guia no final do percurso, que leva menos de duas horas.
Retábulo: construção de madeira, pedra, granito ou outros materiais em forma de painel com relevo, que se coloca na parte posterior dos altares e que é geralmente decorado com temas da história sagrada ou retratos de santos.
Frontão: é um conjunto arquitetônico de forma triangular que decora normalmente o topo da fachada principal de um edifício.
Capela-mor: é a capela onde está o altar principal.
Domingo o dia amanheceu com sol e o primeiro lugar que visitamos foi a Sé, onde compramos o ingresso que dá direito a visitar o Tesouro-Museu da Sé, as capelas e o coro alto, além do claustro e a igreja.
A entrada para visitação não é pela porta principal da igreja, mas por uma entrada lateral na rua pedonal do Arco da Porta Nova, depois da Igreja da Misericórdia, à direita.
A Sé teve seu primeiro projeto executado no século XI. É um dos mais importantes templos do período românico no país.
Um dos destaques da visita é o coro alto. Nele está o cadeiral em dois níveis, que é a fileira de assentos que se destinava ao clero da igreja, e uma cátedra para o arcebispo, além do relógio entalhado em 1737. No centro do coro tem uma estante. Um pouco à frente está o órgão do século XVIII.
O Claustro de Santo Amaro era, antes do restauro, um recinto coberto, rodeado de várias capelas. A intervenção feita no início do século XX transformou-o num espaço aberto. Acondicionados neste espaço estão, provisoriamente, os vestígios resultantes das sucessivas intervenções por que passou a Sé. No claustro tem ainda o absidíolo românico de execução bastante antiga, talvez pertencente ao projeto original da Sé.
Comparada a outras igrejas de Portugal, a Sé não é tão imponente, mas mesmo assim é de muita beleza.
A visita inclui também as capelas, por onde começa o percurso. A Capela dos Reis é aberta ao público e não precisa comprar ingresso.
A Capela de São Geraldo foi edificada no século XII como capela funerária do Arcebispo que lhe deu o nome. Após sucessivas intervenções, o seu interior foi totalmente reconstruído no século XVIII. No retábulo de talha dourada, recentemente restaurado, tem a imagem do Santo. As paredes estão decoradas com azulejos que representam cenas de sua vida, bem como as pinturas a óleo na parte superior dos azulejos.
A Capela da Glória foi construída pelo Arcebispo D. Gonçalo Pereira (1326 a 1348). É uma construção gótica do século XIV. No túmulo tem uma estátua medieval portuguesa onde se lê: jaz D. Gonçalo Pereira.
A Capela dos Reis é em estilo gótico, foi fundada no século XIV e dedicada à Virgem Maria. Depois de diversas mudanças na Sé, nos finais do século XIX, as arcas dos Condes D. Henrique e D. Tereza, pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1109-1185), foram transferidas do altar-mor para a parede lateral desta capela, sob dois arcos.
Logo após a visita participamos da procissão das velas, que é realizada aos domingos, às 11 horas, e começa praticamente junto à porta lateral da igreja, e demora menos de 10 minutos. Em seguida, assistimos à missa celebrada pelo arcebispo. As músicas da celebração foram cantadas por um coral, acompanhadas por um órgão do século XVIII.
As informações sobre valor do ticket, horários, o que pode ou não fotografar podem ser encontrados no site oficial.
é um dos únicos monumentos renascentistas da cidade e está incluída no conjunto de edificações da Sé de Braga. Foi erguida entre 1560 e 1562, mas ao longo dos séculos
sofreu várias remodelações, adquirindo o atual aspecto em 1891.
Localizada na Praça da República, é considerada uma das obras primas da arte bracarense portuguesa. Faz parte do antigo convento dos oratorianos que vieram para Braga em 1686. A Basílica foi construída ao longo dos séculos. No século XVIII, o arquiteto André Soares projetou a fachada e alguns detalhes do interior. Ele também foi responsável pela fachada da Capela de Santa Maria Madalena de Falperra e da Capela de Nossa Senhora da Torre, entre outras obras em Braga e cidades próximas. A Basílica foi totalmente concluída somente no século XX.
No primeiro andar do complexo da Igreja dos Congregados está a Capela dos Monges ou Capela Senhora Aparecida, que é um dos templos mais extraordinários do tardo-barroco europeu. Estima-se que esta pequena capela seja de 1768. Apenas em 1988 tornou-se conhecida. O acesso é pelo altar-mor e precisa de autorização para ter acesso. Somente obtive esta informação quando escrevia para o blog.
Localizada na Praça da República no edifício conhecido como Arcada. Ela está entre os Cafés Vianna e Astória. Se não observar bem não dá para perceber que é uma igreja.
A construção da Igreja está associada ao Padre Ângelo Ribeiro de Sequeira, cônego da Sé de São Paulo (Brasil), que, em 1757 encontrava-se em Braga, onde fazia pregações na Arcada e utilizava uma estampa de Nossa Senhora da Lapa. Lá ele pregava, rezava o terço e cantava com tal entusiasmo que contagiava o povo. Diante da força que a devoção adquiriu, o então Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, autorizou a construção de uma capela ali.
Sua construção teve início em 1761 e foi consagrada em 1767. O projeto é do Arquiteto André Soares.
Está localizada no Largo de São Francisco, bem próxima da Praça da República.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, congregação de inspiração franciscana que foi instituída em Braga em 1672. Sua construção teve início em 1685 e término na década de 1730. O projeto é do Arquiteto Manuel Fernandes da Silva, que conjugou o maneirismo inicial com o barroco. A decoração contou com a intervenção de vários artistas, entre eles André Soares, que realizou vários outros projetos na cidade, como já mencionei.
Está localizada na Praça Conde de Agrolongo. Devido à instalação provisória do Mercado Municipal na praça (tendas), a fachada ficou parcialmente obstruída.
A construção da igreja foi iniciada em 1596 e foi até o século XIX. No século XVIII sofreu várias modificações. Em seu interior tem azulejos azuis e brancos historiados. Anexo está o antigo convento dos Frades Agostinhos, que estiveram lá até 1834, hoje pertence à Câmara Municipal. Neste ano de 2020 a igreja passará por uma grande obra.
Localizada na Rua do Carmo, a mesma do hotel IBIS. Pertencia ao Convento do Carmo, da Congregação dos Carmelitas. Seu interior é em estilo barroco da segunda metade do século XVIII. Teve a fachada totalmente modificada entre os anos de 1908 e 1911.
Está localizada no Largo de Santa Cruz. O templo é do século XVII com fachada em granito da região. O interior é em estilo barroco. Grande parte do interior e da torre são do século XVIII.
No Walking Tour que fizemos fomos desafiados pelo guia Paulo a encontrar os três galos existentes na fachada da igreja. Para eu encontrar dois já não foi fácil (minha família encontrou os dois facilmente), quanto mais três. Reza a lenda que há três galos na fachada barroca da igreja e que a “moça casadoira” que os encontrar, terá casamento assegurado em breve. Confesso que não sei se tem o terceiro galo. Não o localizamos.
Localizada no antigo Campo dos Remédios, hoje Largo Carlos Amarante ou Largo Santa Cruz, onde era o Hospital São Marcos. O projeto foi do Arquiteto Carlos Amarante. Sua construção foi iniciada em 1787 e terminada em 1836. A fachada é em estilo neoclássico.
As estátuas, em tamanho natural, na fachada do edifício, são dos apóstolos São Simão, São Bartolomeu, São Tiago Menor, São João Evangelista, Santo André, São Pedro, São Paulo, São Tiago Maior, São Tomé, São Filipe, São Matias e São Lucas. No centro da fachada da igreja está a estátua de São Marcos, patrono desta igreja e que foi bispo da Igreja Cristã Oriental, no tempo do Imperador Constantino.
As Relíquias do corpo do Apóstolo e Bispo São Marcos encontram-se nesta igreja, que tem a particularidade de venerar o Apóstolo S. Marcos e o Bispo São Marcos.
D. Diogo de Sousa está sepultado na capela-mor da Igreja, num túmulo de jaspe branco trabalhado em mosaico.
O Hotel Vila Galé está à direita do edifício.
Oratório de Nossa Senhora da Torre
Está localizado no Largo de São Paulo em uma torre medieval (Torre de Santiago). É uma capela construída no terceiro piso da torre e faz parte do Museu Pio XII. A torre tem cinco pisos onde é narrada a história de Braga. No último piso tem-se uma vista panorâmica da cidade. Assim como a Sé, paga-se para visitar (a visita às demais igrejas da cidade é gratuita). O acesso interno é por elevador. Caso queira, pode comprar o ingresso que dá direito a vistar a Torre e o Museu Pio XII (museu de arte sacra e arqueologia), que fica depois da Porta de Santiago (infelizmente não tivemos tempo de visitar).
O oratório foi construído em 1756 com projeto do Arquiteto André Soares. No topo da torre de Santiago encontra-se um conjunto sineiro e, e na parte inferior, o oratório dedicado à Nossa Senhora da Torre. Ele foi erguido como forma de agradecimento por a cidade ter sido poupada no terramoto de 1755.
Igreja de São Tiago da Cividade
É uma: pequena igreja localizada no Largo de São Paulo.
Está localizada no Largo de São Paulo. Era a igreja do antigo Colégio de São Paulo, fundado em 1560 e entregue aos jesuítas pelo Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires – no centro do Largo tem uma estátua dele. O interior é barroco dos séculos XVII e XVIII. Infelizmente estava fechada e não conseguimos visitá-la.
Capela de São Sebastião das Carvalheiras
Está localizada próxima ao Largo Paulo Orósio, no alto de uma pequena elevação, junto da colina da Cividade. Antigamente aqui ficava o centro da cidade romana de Bracara Augusta. Foi reedificada a partir de 1715 com projeto de Manuel Fernandes da Silva. Infelizmente também estava fechada e não conseguimos visitá-la por dentro para conhecer a vida do Mártir São Sebastião, retratada nos azulejos.
Santuário de Bom Jesus do Monte
A cidade de Braga tem muitos atrativos e sem dúvida este Santuário é o principal. Não é possível ir a Braga e não conhecê-lo. Fomos de carro até lá, são 7 km aproximadamente do Hotel Ibis Centro, onde estávamos hospedados.
É um santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus, constituído de uma Basílica; um escadório (escadaria que tem capelas em cada patamar), onde acontece a Via Sacra do Bom Jesus; uma área de mata (Parque do Bom Jesus), 4 hotéis (do Elevador, do Parque, do Templo e do Lago) e um funicular (Elevador do Bom Jesus).
Foi elevado a basílica-menor em 2015. Seu projeto é do Arquiteto Carlos Amarante, por encomenda do Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, para substituir a igreja anterior. As suas obras foram iniciadas em 1784 e concluídas em 1811. O adro também foi projetado por Amarante, apresenta oito estátuas que representam personagens presentes na condenação, paixão e morte de Cristo.
No adro ainda tem a estátua de São Longuinho. Segundo a crença, São Longuinho foi um dos soldados presente na crucificação de Jesus Cristo, que depois se converteu. Na tradição popular, o santo é venerado por auxiliar na busca por objetos perdidos.
Como chegar lá:
Seguindo pela estrada do Bom Jesus estacionamos o carro antes do Portal (vamos chamar assim a passagem de carro abaixo da escadaria). Primeiro, admiramos o visual da cidade. Depois, subimos cada degrau para, em seguida, descermos as escadas observando cada detalhe.
Outra forma de chegar ao Santuário é de Funicular, que por sinal, também é um atrativo. Inaugurado em 1882, foi o primeiro da Península Ibérica, e o mais antigo do mundo em operação até hoje. Serviu de inspiração para os elevadores de Lisboa.
De volta ao carro, subimos pela estrada até o estacionamento. Lá visitamos com calma a Basílica e fizemos um agradável passeio pelo parque, com muito verde, uma gruta e um lago com barcos para alugar.
O ideal é fazer este passeio em dia de céu claro, para apreciar a bela vista, e sem pressa, pois o local é muito agradável. Reserve no mínimo entre 2 e 3 horas.
Lá tem um restaurante e um café, apesar disso nós optamos por almoçar em um dos restaurantes que fica no caminho para o Santuário do Sameiro, O Paulo.
Depois de conhecer o Santuário do Bom Jesus fomos ao Santuário do Sameiro, sem tanta expectativa, pois o anterior era maravilhoso, mas nos surpreendemos. Com certeza é também uma visita obrigatória para quem vai a Braga. Está a apenas 3,5 km do Santuário do Bom Jesus.
O Santuário constitui um dos centros de maior devoção mariana em Portugal, logo depois do Santuário de Nossa Senhora de Fátima e do Santuário da Mãe Soberana, em Loulé. Foi concluído no século XX. Em seu interior destaca-se o altar-mor em granito branco e o sacrário de prata.
Seu fundador foi o vigário de Braga, Padre Martinho António Pereira da Silva que, em 1869, mandou colocar uma imagem de Nossa Senhora da Conceição no cume da montanha.
Em frente à igreja tem uma escadaria e dois pilares com a imagem da Virgem Maria e do Sagrado Coração de Jesus.
Uma opção no Santuário é subir ao zimbório e contemplar a vista maravilhosa. Este é o único acesso pago.
Dentro da área do Santuário tem o Hotel João Paulo II e Loja de artigos religiosos.
Capela de Santa Maria Madalena da Falperra
Depois de conhecer os Santuários de Bom Jesus e do Sameiro fomos conhecer esta igreja do século XVIII em estilo rococó. Ela fica no caminho de volta para a cidade. Foi construída para ser um santuário e fica na divisa entre Braga e Guimarães. Uma pena que estava fechada e não conseguimos descobrir se ela abre.
Localizada na Praça Conde de Agrolongo, próxima ao nosso hotel IBIS. Sua fachada está contígua ao Lar Conde de Agrolongo. Foi construída entre 1602 e 1616, porém, ao longo dos séculos, seu interior foi sendo completado. É uma igreja conventual das freiras beneditinas, transferidas para Braga em 1602. A fachada foi alterada em 1908 na construção do atual edifício do Lar Conde de Agrolongo, concluído em 1914. O interior desta igreja chama a atenção, mas não foi possível fotografar.
Estas indicações são de lugares que experimentamos e gostamos, mas Braga tem muitas outras boas opções.
Restaurante italiano localizado logo depois do Arco da Porta Nova, à esquerda, na Rua Dom Diego de Sousa (rua pedonal). A fachada do restaurante é pequena, mas dentro ele é bem grande. Ótimo atendimento, boa comida e preço compatível.
É uma boa opção de almoço no dia que visitar o Santuário de Bom Jesus, principalmente se for depois para o Santuário do Sameiro, pois fica no meio do caminho – fácil de localizar. Delicioso bacalhau e bom preço. O prato para duas pessoas é muito bem servido.
Restaurante tipicamente português. Está localizado um pouco antes do Arco da Porta Nova, na Praça Campo das Hortas. Ao seu lado tem mais três restaurantes que parecem bons, mas bem mais caros. O restaurante O Bacalhau é bem pequeno; a comida e o preço são bons; já o atendimento deixou a desejar, o garçom era mau humorado. Apesar disso, voltaríamos com certeza.
Localizado quase em frente ao Restaurante La Porta. Uma ótima opção no meio da tarde.
Pastelaria da Ritinha
Na realidade é uma padaria. Fomos atraídos pelo cheiro do pãozinho assado que acabava de sair do forno. Local simples, mas limpo, com ótimo atendimento. Nós queríamos apenas tomar um café/chá com pão e manteiga. Há outras opções no cardápio.
Está localizada no Largo São João do Souto. É uma “pastelaria”, para nós brasileiros, uma confeitaria. É a mais antiga e tradicional de Braga, fundada em 1796. Fomos lá apenas para experimentar um salgado folhado de carne, que se chama frigideira e é típico de Braga. Não achei nem o salgado nem o local deslumbrante, mas valeu conhecer.
Próxima da Sé e do Jardim Santa Bárbara. À noite, no centro histórico de Braga, não há muitas opções, fica praticamente tudo fechado. Então, esta hamburgueria é uma ótima escolha. Há opção vegana no cardápio.
Também conhecida como Arcada, é uma praça grande, com muito movimento durante o dia, uma fonte luminosa, as igrejas da Lapa, dos Congregados e da Penha, e dois cafés centenários – o Vianna e o Astória. Em uma das esquinas está o Posto de informações turísticas. Destaca-se também o prédio do Banco de Portugal. A partir desta praça começa a Avenida da Liberdade (parte pedonal) e a Rua do Souto, que depois passa a ser a Rua Dom Diego de Sousa (pedonal), a qual termina no Arco da Porta Nova. Iniciar o tour em Braga por esta praça é uma boa opção.
Rua do Souto e Rua Dom Diego de Sousa
Vou considerar como se fosse uma rua única, mas na verdade, ela recebe diferentes nomes em cada trecho. O início desta rua pedonal é no Arco da Porta Nova. Ela começa com o nome de Rua Dom Diego de Sousa, passa para Largo do João Peculiar, Largo do Paço e finalmente Rua do Souto. E termina na Praça da República.
Dependendo do tempo que ficar em Braga, com certeza, vai passar várias vezes por ela, pois tem muitos atrativos e, de certa forma, corta parte da cidade.
Avenida da Liberdade
Seu início é na Praça da República e o fim é no cruzamento da Avenida João XXI, daí para frente passa a ser a N101. Parte dela é pedonal, com canteiros floridos e alguns bancos para sentar e apreciar o movimento.
Nesta avenida estão localizadas muitas lojas, como a Zara e Sephora, além de restaurantes, bares, hotéis. Em uma de suas esquinas está o Theatro Circo (não sei se é possível visitar, mas pelas fotos que vi do interior parece bem interessante). Virando à direita, na esquina do teatro, um quarteirão à frente, está o Largo Santa Cruz, onde estão as Igrejas de Santa Cruz e São Marcos.
No século XVI era chamada de Rua das Águas, depois teve vários outros nomes: Rua da Ponte, Terreiro de São Lázaro, Alameda de São João, Largo de São Lázaro e Rua João Franco. Em 1910, com a instauração da República, passou a ser designada por Avenida da Liberdade, mas em 1935 passa a chamar-se Avenida Marechal Gomes da Costa. Finalmente, 41 dias após o 25 de abril de 1974, volta a receber o nome de Liberdade. Por ser uma avenida tão importante teve seu nome alterado conforme os governos que passavam.
Rossio da Sé
Está localizado na lateral direita da Sé (estando de frente para fachada). Rossio é uma praça e, apesar desta não ter árvores e bancos, tem muitos registros históricos, cujos detalhes conhecemos durante o walking tour que fizemos.
Na Praça tem um monumento em homenagem aos arcebispos de Braga que é composto por uma escultura em bronze interrompida pela cruz arquiepiscopal de ferro com seis metros de altura e, ao lado,17 brasões dos arcebispos que fazem parte da atual arquidiocese de Braga.
Saindo do Rossio da Sé, à esquerda, passando pelos fundos da igreja, em direção ao Largo do Paço e da Rua do Souto, está uma das mais antigas ruas de Braga, a Rua de Nossa Senhora do Leite (rua pedonal). Nela, os destaques são a imagem de Nossa Senhora do Leite esculpida em pedra, entre os brasões de armas e a inscrição romana dedicada à deusa Isís, datada do século II, conhecida desde o século XIII.
Campo das Hortas
Foi um dos primeiros lugares por onde passamos em Braga. Tem um bonito chafariz no centro do Largo, transferido para lá em 1914. É cercado de edificações interessantes e vários restaurantes, um deles, O Bacalhau, onde almoçamos um dia. Localizada perto do Campo das Carvalheiras e a poucos metros de uma das portas da cidade murada, o Arco da Porta Nova.
Campo das Carvalheiras
Este local foi muito importante há 2.000 anos, na época da Bracara Augusta. No centro deste Largo está o Cruzeiro das Carvalheiras. Passamos por ela quando estávamos voltando da Capela de São Sebastião das Carvalheiras para o Campo das Hortas. Nesta época em que as árvores estão secas, a praça não fica tão bonita.
Largo Paulo Orósio
Em 2017 Braga prestou a homenagem ao fundador de Bracara Augusta, César Augusto, primeiro Imperador Romano, com a instalação de uma estátua nesta praça, que está localizada entre o Largo de São Paulo e a Capela de São Sebastião das Carvalheiras.
No centro está a estátua de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, inaugurada em janeiro de 2017. Em 10 de novembro de 2019 foi a celebrada a canonização de São Bartolomeu dos Mártires, o “Arcebispo Santo”, ocorrida na Sé Catedral.
Neste Largo estão localizadas as Igrejas de São Paulo, de São Tiago da Cividade e a Torre de Santiago com a Capela de Nossa Senhora da Torre. Também está aqui mais uma porta de acesso à cidade murada, a Porta de Santiago.
Largo de Santiago
Está separado do Largo de São Paulo pela Porta de Santiago – um dos portais de acesso à cidade murada. Neste Largo encontra-se o Museu Pio XII de arte sacra e arqueologia. O Largo em si é simples e sem maiores atrativos, é lógico, sem considerar o Museu que, infelizmente, não tivemos tempo de visitar. Visitamos apenas parte da Torre de Santiago, onde está o Oratório da Nossa Senhora da Torre.
Largo Carlos Amarante ou Santa Cruz
É onde se encontra o letreiro com o nome da cidade, ponto turístico para fotos. Aqui se encontram as Igrejas de São Marcos e de Santa Cruz. Está entre a Avenida da Liberdade e o Largo de São João do Souto.
É uma grande praça em memória do Filantropo Conde de Agrolongo, criada pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa no século XVI. Nela está instalado, temporariamente, o Mercado Municipal, montado em grandes tendas, o que descaracterizou a praça – esta situação deve se manter durante todo ano de 2020. Destaca-se na praça as Igrejas do Pópulo e do Salvador, o Lar Conde de Agrolongo e o GNration. No subsolo desta praça tem um grande estacionamento, o qual usamos nos dias em que nos hospedamos no Hotel Ibis, na esquina da praça.
Está localizado junto à ala medieval do antigo Paço Episcopal Bracarense, perto da Sé, da Praça da República e do hotel Ibis Braga Centro.
É um jardim muito bem cuidado e agradável para passar um tempinho contemplando. No centro tem uma fonte do século XVII com uma estátua de Santa Bárbara.
Largo do Paço
Está localizado quase em frente à Igreja da Misericórdia e a lateral da Sé. Local do antigo Paço Episcopal, atualmente é a Reitoria da Universidade do Minho. No centro do Largo tem o Chafariz dos Castelos, de 1723.
paralela à Rua Dom Diego de Sousa. No século XVI foi criada como Campo dos Touros e servia para as touradas. No ano 1751, o Arcebispo D. José de Bragança manda edificar uma nova ala do Paço Episcopal Bracarense, atual Biblioteca Pública de Braga, voltada para esta praça, o que lhe conferiu grande importância, especialmente depois da construção da nova Câmara Municipal de Braga em 1753. Desde então, a velha Praça de Touros passou a denominar-se Praça do Município. No centro da praça foi colocada a Fonte do Pelicano.
Os edifícios da Câmara e da Biblioteca são projetos de André Soares. O Edifício da atual biblioteca tem uma decoração barroca com traços de rococó. Em 1866 sofreu um grande incêndio tendo sido restaurada em 1930.
Entramos rapidamente nos prédios da Câmara e da Biblioteca. Conhecemos um pouco mais da história desta praça, também, no walking tour que fizemos.
Largo de São Francisco
É um pequeno Largo, às vezes passa despercebido, localizado muito próximo da Praça da República. Aqui encontra-se a Igreja dos Terceiros e o antigo Castelo de Braga, que na realidade é apenas uma torre, a Torre de Menagem, que atualmente recebe exposições de arte temporárias.
Foi uma iniciativa do Arcebispo D. Diogo de Sousa no ano de 1512. O arco atual foi erguido em 1772/1773 pelo Arcebispo D. Gaspar de Bragança, com projeto do Arquiteto André Soares, responsável por várias outros projetos em Braga. Este Arco era a principal entrada da cidade murada.
A face do Arco voltada para o Campo das Hortas traz as armas da fé de D. Gaspar.
Na outra face do Arco está a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que já existia na versão anterior do arco.
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