Já estivemos em Setúbal quatro vezes. Em duas delas, passamos bem rapidamente e em duas pudemos conhecê-la melhor: uma, ficamos por uma semana em março e abril de 2022; em outra, por duas semanas em junho de 2024. Nas duas vezes, ficamos hospedados na casa de uma amiga. É uma cidade fantástica!
Este roteiro está inserido em uma viagem maior a Portugal, que teve início final de março de 2022 e só terminou no dia 1º de maio, e será descrito conforme o tipo da atração: praças, mercado, igrejas, museus, restaurantes, outros. E não em forma de diário, como costumo fazer. Já o roteiro dos dias passados em Lisboa, será em forma de diário.
Retornamos a Setúbal em junho de 2024. e fizemos algumas atualizações neste post.
Setúbal é a capital do Distrito de Setúbal (um dos 18 Distritos de Portugal) – clique aqui para entender melhor a divisão administrativa de Portugal e está dividida em 5 Freguesias:
A cidade de Setúbal está distante 32 km de Lisboa e é possível chegar até lá de carro, atravessando a Ponte Vasco da Gama ou a Ponte 25 de Abril – minha sugestão é ir por uma ponte e voltar por outra; de comboio (trem), em uma viagem de 50 minutos, ao custo de 5,35 euros (2024); de autocarro (ônibus); ou até mesmo de transporte por aplicativo (fica em torno de 25 euros, mas dependendo da procura o preço varia). Em 2022, alugamos um carro em Lisboa pela Internet, com 3 meses de antecedência, e foi uma opção muito boa.
Setúbal faz divisa com:
Alcácer do Sal e Grândola estão separados de Setúbal pelo Estuário do Sado.
Os parques sempre fazem parte de nossos passeios quando visitamos uma cidade nova, e Setúbal tem vários, dentre os que conhecemos: Parque do Bonfim, Parque da Algodeia, Parque de Vanicelos, Parque Verde da Bela Vista e Jardim Multissensorial das Energias. O Parque Urbano de Albarquel está descrito no grupo “Baía de Setúbal”. Classificamos o Moinho de Maré da Mourisca também como um parque, apesar de não ser chamado ou conhecido dessa forma.
O Moinho de Maré da Mourisca está localizado na Herdade da Mourisca e é um dos quatro moinhos de maré conhecidos no Estuário do Sado. O moinho esteve ativo até a década de 1950, tendo funcionado por mais de 250 anos para moagem de cereal e produção de farinha. Presume-se que o moinho tenha sido construído em 1601.
O moinho foi adquirido pelo Estado em 1995 e, em 2012, foi assinado um protocolo entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a Câmara Municipal de Setúbal para que ambas instituições mantivessem o local.
É um ponto de contemplação da natureza, onde há também um espaço reservado exclusivamente para a contemplação de pássaros. Pode-se caminhar junto à natureza; tomar um café ou um moscatel de Setúbal na esplanada da cafeteria; conhecer o pequeno museu, onde tem um moinho; comprar artesanato na lojinha; passear de barco pelo Estuário do Sado; fazer um passeio de stand up paddle; e até fazer uma visita guiada.
Estivemos no Moinho por duas vezes na mesma semana. Da primeira vez, em uma segunda-feira, quando encontramos fechados o museu e a cafeteria, o que nos motivou a voltar uma segunda vez. O mais interessante foi que, assim, pudemos conhecer o local com a maré alta e com a maré baixa. Veja a diferença nos dois slides a seguir.
O Parque do Bonfim tem uma extensa área verde, 4 hectares. É o espaço verde mais antigo do Concelho, criado por D. Manuel I no século XVI.
Primeiramente, destaco sua área verde, com um bonito gramado, muitas flores e árvores fantásticas, algumas com mais de um século.
O próximo destaque são as esculturas denominadas “Os Pasmadinhos de Setúbal“, que colorem o parque com figuras típicas da região. Trata-se de reproduções gigantes, com 3 metros de altura, das peças originais de cerâmica da Coleção Maria Pó, que têm 15 cm. Maria Pó é uma marca e nome da loja/galeria dos idealizadores dos Pasmadinhos, do casal Elsa Rodrigues e Jack Piatkiewicz (veja a matéria do New in Setúbal sobre a loja e o projeto.
Relação dos Pasmadinhos no Parque do Bonfim.
Em 2016, Bocage, Luísa Todi e Frei Martinho foram os primeiros representados na mostra de arte urbana; vários outros personagens foram incluídos depois. Eles são muito conhecidos na cidade e no mundo. Em 2022, já eram dez Pasmadinhos no parque.
Para conhecer a loja e produtos Maria Pó entre no site , instagram ou facebock deles.
O Parque do Bonfim conta ainda com restaurante e cafeteria Viva Setúbal; o monumento em homenagem a Antônio Maria Eusébio, cantador de Setúbal conhecido como “o Calafate”; um grande espelho d’água com uma fonte no meio; banheiros, parque infantil, anfiteatro e relógio de sol.
O Parque da Algodeia, com cerca de 3 hectares, é mais um parque urbano muito bem cuidado. Está praticamente ao lado do Estádio do Bonfim (400 metros), separado apenas por uma rua, a Estrada da Algodeia, e algumas edificações. Do outro lado, o parque faz divisa com a Rua dos Arcos, onde está parte do antigo aqueduto. O aqueduto foi construído no final do século XV, no reinado de D. João II. Tinha início na Arca d’Água (Alferrara) e terminava no centro da cidade.
O parque dispõe da cafeteria Esplanada Algodeia, um lago com patos e tartarugas e uma pequena ilha no meio, parque infantil, banheiros e um gramado com árvores e flores.
O Parque de Vanicelos está ligeiramente mais distante do centro da cidade (Praça do Bocage). Uma sugestão é fazer uma caminhada saindo da Praça do Bocage, passar pelo Parque do Bonfim, Parque da Algodeia e terminar no Parque de Vanicelos. Esse trajeto tem apenas 2,5 km, veja no mapa abaixo. Eu o chamo de “Roteiro dos Parques”.
Os Parques em Setúbal têm dupla finalidade: além de ser um espaço de lazer, são usados para absorção de águas pluviais, evitando enchentes. O Vanicelos é um pouco maior do que os citados anteriormente, com aproximadamente 6 hectares, e conta com a mesma beleza e cuidado dos anteriores, área gramada, árvores diversas, vários pés de Oliveira, flores e muita paz. Um ótimo local para se fazer um piquenique.
Outro ponto forte do parque é a Academia Padel Setúbal (Instagram) com várias quadras de padel, algumas delas cobertas, e estúdio funcional. O prédio da Academia, feito em madeira, tem um estilo bem diferente e bonito e conta com vários espaços confortáveis, um deles de frente para as quadras, além de ter um bar.
O parque tem também equipamento de ginástica, instalações sanitárias, parque canino e parque infantil.
Inaugurado em 2018, o Jardim Multissensorial das Energias é mais um local de muito verde para relaxar e curtir o visual. O Jardim, dedicado às Energias Renováveis (biomassa, eólica, hídrica, solar, oceânica e geotérmica), conta com equipamentos pedagógicos que integram a Rede de Centros de Educação Ambiental de Setúbal.
O jardim foi feito para o visitante sentir, experimentar e usufruir de sensações diversas que proporcionam relaxamento através do contato com o meio ambiente, permitindo experiências sensoriais através do tato, da audição, da visão e do olfato.
O Jardim Multissensorial das Energias não é muito grande e fica em uma área íngreme, com rampas e escadas. Ele poderia estar classificado no grupo “Miradouros” deste post, pois também propicia uma bela vista da Baía de Setúbal.
Do jardim, avistamos parte do Terminal Marítimo do Sado e a Doca do Comércio, onde a Atlantic Ferries Setúbal opera os ferryboats, que fazem a travessia para Península de Tróia (carro e pessoas). No post “Portugal – Diário 5”, eu conto sobre essa travessia e o passeio que fizemos na península em 2021.
Saindo apenas uns 200 metros do jardim, pela Avenida Belo Horizonte, tem um local com uma vista muito bonita da Estuário do Sado (fica em frente a um muro onde há um desenho bem interessante).
O Parque Verde da Bela Vista localiza-se próximo ao bairro da Bela Vista, com acessos pelas avenidas da Bela Vista e Belo Horizonte. Inaugurado em 2003, é o maior parque de Setúbal, com 10 hectares. O parque dispõe de uma pista calçada para caminhada, uma extensa área gramada e muitos pinheiros e outras árvores. Há ainda quadras para práticas esportivas, banheiros, circuito de parkour, parque infantil e anfiteatro.
Do parque se tem uma bela vista panorâmica do Estuário do Sado, do Porto, da Península de Tróia, da Serra da Arrábida e do bairro Bela Vista.
No ponto mais alto, encontra-se a Capela de Santo António. Lamentavelmente, estava toda pichada, com sinais de abandono. Difícil de acreditar, pois foi a única coisa que vimos em toda cidade que não estava bem cuidada. A data de construção desta capela é desconhecida.
O Mercado Municipal do Livramento está localizado em uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Luísa Todi, e bem próximo do Praça do Bocage. É um passeio imperdível, não só pelos produtos que são comercializados ali, mas também por seus painéis de azulejo e pelas esculturas de trabalhadores em seus corredores.
Entre outros produtos, são vendidos no mercado: frutas, verduras e legumes, peixes, frutos do mar, doces e pães. O mercado foi inaugurado em 1876, sendo o atual edifício de 1930. Em 2012, passou pelas últimas atualizações.
Os 5.700 azulejos, de autoria de José António Jorge Pinto e Pedro Pinto, que decoram as paredes do Mercado, datam da ampliação de 1930 e fazem alusão às atividades agrícolas e de pesca. Na entrada norte (de frente para Avenida Luísa Todi), dois outros painéis com imagens da cidade, de autoria de Rosa Rodrigues, datam de 1944.
Em 2015, o Mercado do Livramento foi considerado um dos mercados de peixe mais famosos do mundo pelo Jornal USA Today.
O Estádio do Bonfim é o estádio do time da cidade: Vitória de Setúbal. Está localizado na região central da cidade, ao lado do Parque do Bonfim e da Capela do Bonfim. Não é muito comum um estádio de futebol ser localizado na região central de uma cidade, o que o torna diferenciado.
Nós gostamos muito de futebol e, sempre que visitamos uma cidade, incluímos o estádio na lista de pontos de interesse. Chegamos a ir até lá para conhecê-lo por dentro, mas infelizmente nos informaram que não há visitação. Uma pena! Acabamos por nos conformar em fotografá-lo por fora e em entrar na loja do time.
O estádio foi inaugurado em 16 de setembro de 1962, com capacidade de receber 35.000 espectadores. Após a colocação de cadeiras individuais e outras reformas, visando a segurança e conforto dos torcedores, passou sua capacidade para menos de 20.000 lugares, embora em 2017, estivesse homologado para 15.497 torcedores.
O Vitória Futebol Clube foi fundado em 1910. Coincidentemente, mesmo ano em que meu time do coração, o Botafogo, ganhou seu primeiro título, aclamado em seu hino extra-oficial: “Botafogo, Botafogo, campeão desde 1910”.
Há vários espaços multiuso em Setúbal que, como o nome diz, contemplam mais de uma finalidade: atividades culturais, lojas, exposições, café, restaurante, bar, entre outras, tudo junto e misturado. Destaco a Casa da Cultura, Casa do Turismo e a Casa da Baía.
A Casa da Cultura está localizada bem próxima da Casa do Turismo, praticamente na Praça do Bocage, na Rua Detrás da Guarda.
Ela é um dos principais centros culturais e artísticos da cidade ligados à música, ao cinema, ao teatro, à dança e à fotografia; também tem galeria de exposições e o Artes Café, onde se inclui o Pátio do Dimas, espaço ao ar livre com um jardim vertical em uma das paredes, que funciona como café-concerto.
Na Casa da Cultura, há espaços que podem ser alugados mediante reserva e pagamento de taxas de utilização: sala de ensaios, auditório, estúdio de gravação, galeria para exposições e salão nobre.
A Casa do Turismo, localizada na Praça do Bogage, foi o antigo edifício do Clube de Oficiais. O edifício se destaca pela escultura de um grande gato preto no telhado, de autoria de Ricardo Romero, intitulada “O Gato e o Vento”.
No local, há um balcão de informações turísticas e um Centro Interpretativo, onde é possível comprar um vinho da região e conhecer um pouco mais sobre a gastronomia local.
No andar superior do edifício, há uma grande varanda com cadeiras, poltronas e ombrelones de frente para a praça do Bocage e o Paço do Concelho. Ótimo local para se tomar um moscatel, degustar outros vinhos ou mesmo beber um café no final do dia.
A Casa da Baía é mais uma Casa mantida pela Câmara Municipal. Localizada na Avenida Luísa Todi, a edificação foi concluída durante o reinado de D. João V, em 1750, sendo o seu fundador o Padre Antônio Domingos de Sousa. A Casa teve diversas administrações ao longo dos séculos, todas ligadas a atividades assistenciais. Foi reconstruída mais de uma vez, devido aos terremotos de 1755 e 1855. A Casa atual foi inaugurada em 2011.
É um local muito confortável para relaxar um pouco tomando um café com bolo na cafeteria ou um drink no bar ao ar livre. O bar é temático e faz referência ao mar e às diversas baías ao redor do mundo (as Baías da Guanabara e de Todos os Santos estão lá representando o Brasil).
O local conta também com loja de produtos regionais (Confrarias de Queijo de Azeitão e do Moscatel de Setúbal), Posto de Informação Turística, Associação da Baía de Setúbal, Divisão de Turismo da Câmara Municipal de Setúbal, espaço para eventos, salas de reuniões e auditório. Além disso, no dia 5 de junho de 2018, dia mundial do meio ambiente, foi inaugurado o Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado – CIRES, lugar certo para conhecer tudo relacionado à fauna e à flora do estuário e também ao Parque Natural da Arrábida.
Fomos a alguns restaurantes, bares e cafeterias em Setúbal. A cidade tem diversas opções. Selecionei algumas.
O Quintal é um restaurante tradicional da cidade, localizado um pouco fora da área turística (cerca de 1 km da Praça do Bocage), mais frequentado pelos locais. A comida é boa, o atendimento eficiente e o preço compatível com o que oferece. Além do restaurante, o local conta com espaço para eventos e cafeteria. Os comentários do Tripadvisor são bem variados, indo do ótimo ao péssimo. Em 2024, voltamos lá e estava fechado temporariamente. Se for até lá, é bom conferir antes se reabriu.
O Restaurante Retiro da Algodeia está localizado entre o Parque da Algodeia e o Estádio do Bonfim.
Depois de uma manhã de quilômetros de caminhada por alguns parques, o último foi o da Algodeia, onde vimos esse restaurante e nos interessamos por ele.
É um restaurante grande, bem movimentado (quando chegamos estava vazio, mas logo encheu) e, aparentemente, frequentado por locais. A especialidade são os peixes e frutos do mar. Para fazer seu pedido, primeiro, você escolhe o peixe que quer no balcão refrigerado e, depois, os acompanhamentos. O peixe escolhido é assado na brasa. Alguns peixes são cobrados por peso (tem tabela de preço por kg) e outros têm o preço definido por unidade.
O local é simples, limpo, amplo, com bom atendimento, boa comida e preço compatível. Veja os comentários no Tripadvisor. Gosto de deixar os comentários do Tripadvisor, pois eles são extremos, do péssimo ao ótimo. Como as experiências e exigências podem ser tão antagônicas? A nossa foi muito boa!
O Melhor Croissant da Minha Rua é uma franquia com várias lojas em cidades de Portugal (veja as localidades). A de Setúbal está na Rua São Cristóvão, entre o Largo da Misericórdia e o Largo Dr. Francisco Soveral (antigo Largo da Ribeira). Como o nome mesmo diz, a loja é especializada em croissant, que são montados como um sanduíche, com muitas opções de recheio salgados e doces. Para beber, sucos e cafés.
É a opção certa para aquele momento que bateu a fome e você não quer gastar muito tempo e nem muito dinheiro. Passei lá duas vezes e minha pedida foi a mesma, croissant de presunto e queijo seco, suco de frutas vermelhas e limão. Conheça o cardápio e preços.
O Restaurante O Belchior está localizado na Freguesia de Azeitão (pertence a Setúbal), distante aproximadamente 15 km do centro de Setúbal.
Nossa anfitriã, que já conhecia o restaurante, acompanhou-nos. Talvez se ela não tivesse nos apresentado o restaurante, nós não o teríamos encontrado: – ele fica a 3,5 km da Praça da República em Azeitão. De aparência simples, parece atender mais aos residentes na região, o que contribui também para ter um preço bem em conta. Foi uma grata surpresa: comemos um bacalhau espetacular! Como estávamos em um grupo com oito pessoas e quase todos queriam comer bacalhau, ligamos antes para reservar e já fazer o pedido. Por ser um restaurante pequeno, é conveniente.
Em 2024, ficamos sabendo que, infelizmente, o restaurante fechou. Uma pena! Mantive aqui as informações apenas como lembrança.
O Solar do Marquês está situado no Largo António Joaquim Correia, próximo da Avenida Luísa Todi.
O restaurante tem poucas mesas na parte interna e um espaço maior na esplanada. Os pratos são muito bem servidos, alguns deles servem até duas pessoas que comem moderadamente. Os preços são bons, ótimo atendimento e comida boa.
Os pratos são bem variados: peixes, bacalhau, carnes de vaca e de porco e o prato típico de Setúbal, o choco frito.
É recomendável fazer reserva.
Veja os comentários no Tripadvisor.
Fomos a este restaurante em 2024.
Para melhor entendimento, dividi o mapa da Baía de Setúbal em duas partes: a primeira parte é a que tem o calçadão com esculturas de golfinhos e a Praia da Saúde, contornada pela Avenida José Mourinho; a segunda, é mais próxima do Porto e do Jardim Engenheiro Luís da Fonseca, contornados pela Avenida Jaime Rebelo.
Estacionamos o carro perto da Marina na Baía de Setúbal, na Avenida José Mourinho, e fizemos uma caminhada de aproximadamente 6 km (ida e volta) pelo calçadão até a Praia de Albarquel. O local é muito bonito e agradável, sendo difícil até para descrever tudo.
No alto do morro, à nossa direita, o Forte de São Filipe (Forte de Setúbal), que nos acompanha por todo o percurso e sobre o qual vou descrever em detalhes quando abordar os “Fortes”,
Outro visual que nos acompanhou durante a caminhada é a Península de Tróia, que está do outro lado da baía. Já estivemos em Tróia no ano de 2021, por este motivo, não visitamos agora. Confira nos posts de “Portugal – (Diário 5)”.
Ao longo do calçadão, destaco as esculturas de “Nossa Senhora do Rosário de Tróia – Padroeira dos pescadores”, “O Navegador José João Besugo”, uma homenagem da cidade ao “Homem do Mar” e o letreiro escrito “SETÚBAL”.
Outro destaque no calçadão, são as esculturas dos golfinhos, que fazem parte de um projeto chamado “Golfinho Parade”. Foi um concurso realizado em 2011 e repetido em 2016. A ideia foi homenagear os golfinhos e os setubalenses que os amam e os protegem.
Seguindo mais um pouco, passamos pela Praia da Saúde, pequena e de águas calmas, que vale mais pelo visual ao redor do que pela praia propriamente dita, pois é imprópria para banhos, devido aos diversos objetos metálicos que ficaram no fundo do rio quando havia ali um estaleiro.
Mais à frente, chegamos ao Parque de Albarquel, inaugurado em 2008, com cerca de quatro hectares, muito verde e uma bela vista para o estuário do Sado e para Tróia, no sopé da Serra da Arrábida. Ali há parque infantil, restaurante, café-bar e local para praticar algumas atividades esportivas, além de poder sentar-se em um banco e apreciar a bela vista. A partir desse parque, começa o acesso a diversas praias até o Cabo Espichel – por uma estrada muito bonita que já percorremos.
Em seguida, a Praia de Albarquel e o Forte de Albarquel (vou descrevê-lo em monumentos históricos de Setúbal). A praia tem extensão de 300 metros e possui quiosques e restaurante. Ela é banhada pelo Rio Sado e pelo Oceano Atlântico, e a qualidade da água é considerada excelente (foi limpa no início do séc. XXI), por isso a procura pelo local tem sido crescente nos últimos anos.
Um passeio que nos pareceu muito interessante, mas infelizmente não fizemos, foi o de barco para observação de golfinhos. Os barcos saem próximos da marina, onde estão as esculturas de golfinhos. Os preços não são baixos, mas, se tiver tempo, acho que vale muito a pena.
Para conhecer a segunda parte, estacionamos o carro na Avenida Luíza Todi (pago no parquímetro) e fomos a pé até a orla. Atravessamos a Praça da República e chegamos ao Jardim Engenheiro Luís da Fonseca. Continuando pela orla, está o Porto (cais 3) e a Doca do Comércio.
O jardim Engenheiro Luís da Fonseca está localizado entre a Doca do Comércio e a Doca do Clube Naval. De lá é possível observar o porto e o estaleiro (à esquerda) e o Estuário do Sado e a Península de Tróia à frente.
Chegando ao jardim, somos recepcionados pelo padroeiro de Setúbal, São Francisco Xavier – estátua sob um bloco de concreto, inaugurada em 2001. Um pouco à esquerda, um pequeno santuário, inaugurado em 1953 por iniciativa dos pescadores, em homenagem à Nossa Senhora do Cais, padroeira dos pescadores; já à direita de São Francisco, uma estrutura pequena coberta com alguns bancos, conhecida como Asa de Avião. O jardim tem bastante sombra, muitas árvores, uma delas toda retorcida (Melaleuca armillaris, veja foto), canteiros gramados e passeios de pedra “portuguesa”.
Do Jardim Engenheiro Luís Fonseca continuamos mais um pouco pela orla, passando pelo Porto de Setúbal – Cais 3, de onde saem os barcos para Tróia (apenas passageiros) e em seguida a Doca do Comércio, de onde saem os ferryboats (passageiros e carros). Nesta área, tem um calçadão de pedras portuguesas bem largo e uma vista do Estuário do Sado e da Península de Tróia muito bonita.
As praças também são visitas obrigatórias nos nossos roteiros de viagem, e Portugal valoriza essas áreas de convivência. Setúbal não poderia ser diferente.
A Praça/Jardim Engenheiro Luís da Fonseca está descrita no item “Baía de Setúbal”
A Praça do Bocage é o coração da cidade e com certeza um local por onde todos os visitantes passam pelo menos uma vez.
Em um pedestal no centro da praça, está a estátua de mármore do poeta setubalense Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805), conhecido por Bocage, instalada em 21 de dezembro de 1871, data do seu aniversário de morte.
Nos primórdios, o local era uma fábrica romana de salga de peixe. Nos séculos XV e XVI, o espaço era conhecido como Praça do Sapal.
Os destaques da praça são: edifício Paços do Concelho (Câmara Municipal de Setúbal), Igreja de São Julião, Casa do Turismo, pedestal com a estátua de Bocage, estátua “Musa de Bocage”, espelho d’água com fonte ladeadas por árvores de acácia e jacarandá, um bonito calçamento de pedras portuguesas e vários bares, cafés, restaurantes e lojas.
Luísa Todi foi uma importante e famosa cantora lírica setubalense que dá nome à avenida. Ela foi reverenciada por Anton Reicha na frase exposta nos jardins da avenida – “Uma cantora para a eternidade”. É muito bacana ver como as cidades portuguesas eternizam seus heróis e artistas.
A Avenida Luísa Todi é a avenida central da cidade e tem duas partes bem características. No primeiro trecho, de aproximadamente 1,4 km, ela é mais que uma simples avenida, tem um grande jardim no centro e pistas de carros de cada um dos lados. Nesse trecho, tem muitos atrativos: fontes, coreto, esculturas, edifícios históricos, poemas e o jardim com muitas árvores e flores. No segundo trecho, ela ainda segue por mais uns 500 metros, passando pela Rotunda das Sardinhas, depois, passa a ser a Estrada da Graça, trecho que não percorremos a pé.
A região da avenida é um polo de atividades comerciais, sociais e culturais com edifícios de grande valor arquitetônico.
Fontes:
Coreto:
O coreto é de 1899 e surgiu com a criação das diversas bandas filarmônicas locais. A forma rendilhada que circula o coreto é moldada em ferro, expressão da arte popular nacional.
Esculturas:
Edifícios:
O Largo da Misericórdia está localizado entre a Sé, a Praça do Bocage e a Avenida Luísa Todi. É um pequeno largo onde várias ruas pedonais convergem. É bastante animado, com alguns cafés e restaurantes.
Logo na entrada do largo tem um pequeno painel de azulejos instalado em 1991 em comemoração aos 450 anos da passagem de seu padroeiro São Francisco Xavier por Setúbal.
É nesse largo que está a quarta escultura em bronze fundido “Dolce Vita”de João Duarte, da série “As Gordas”.
A Praça Machado dos Santos é o antigo Largo da Fonte Nova, praticamente dividida em duas partes pela Rua Paulino de Oliveira. Está localizada próxima da Igreja de Nossa Senhora da Anunciada, da Casa da Baía e da Praça Marquês de Pombal (onde está o Pelourinho de Setúbal).
É uma praça onde convergem várias ruas, toda calçada com pedras portuguesas, com luminárias de ferro fundido bonitas e diferentes, alguns bares e restaurantes, uma fonte e a escultura de Mariana Torres.
De autoria do escultor Jorge Pé-Curto, a obra tem um grande simbolismo. Foi idealizada em memória da Operária Mariana Torres e do operariado conserveiro. A escultura foi inaugurada em 2016 pela Câmara Municipal de Setúbal em comemoração ao Dia da Mulher. Mariana foi assassinada junto com Antônio Mendes, em 1911, pela repressão violenta da novíssima Guarda Republicana durante um movimento de luta por melhores condições de trabalho. Esse movimento ficou popularmente conhecido como “Os Fuzilamentos de Setúbal”.
Reforço minha opinião de que as cidades portuguesas sempre homenageiam seus heróis e mártires, em todas as ruas e praças, para que a história não permita que sua população se esqueça das diversas lutas que travaram para conquistar o que são hoje.
Outro lugar imperdível nessa praça é a Mercearia Confiança de Troino, fundada em 1926 por César Figueiredo da Silva, recuperada e reinaugurada em 2015 (nas festividades do Dia de Bocage e da Cidade). Quem visitou o Museu do Trabalho conheceu uma réplica de uma mercearia portuguesa, só que esta é a mercearia original. Nela, agora funciona uma cafetaria e loja de produtos regionais. Você se transporta no tempo e tem a oportunidade de conhecer um pouco da história da cidade, além de apreciar da esplanada um dos mais típicos bairros setubalenses, o Troino.
A Praça Marquês de Pombal, antiga Praça de São Pedro, é uma pequena praça, mas grande em simbolismo, pois é nela que está o Pelourinho de Setúbal. A praça está localizada na esquina com a Avenida Luísa Todi, bem próximo da Casa da Baía e da Praça Machado dos Santos.
O Pelourinho de Setúbal é constituído por uma coluna de mármore branco com veios escuros e um capitel do tipo coríntio. Ele foi mandado construir pelo Marquês de Pombal em 1774 em substituição ao antigo existente no Largo da Ribeira Velha, atual Largo Dr. Francisco Soveral.
Todas as cidades portuguesas têm bonitas igrejas. Setúbal não é diferente, e nós não perdemos a oportunidade de conhecer muitas delas.
A Igreja de São Julião está localizada na Praça do Bocage, e, por esse motivo, é uma das mais conhecidas e visitadas da cidade.
A Igreja foi fundada na segunda metade do século XIII. Entretanto, em 1513, D. Manuel I ordenou a sua reconstrução. Em 1570, volta a ser reconstruída devido ao terremoto de 1531. O terremoto de 1755 volta a danificá-la seriamente, passando por uma nova reconstrução no final do século XVIII. Da reconstrução manuelina restam os portais principal e lateral e a porta da torre sineira.
As paredes da igreja, da capela-mor e da capela do Senhor dos Passos estão revestidas com painéis de azulejos de cerca de 1790 com o tema passos da vida de São Julião e de Santa Basilissa.
A Sé de Setúbal remonta ao século XIII, mas foi reconstruída na segunda metade do século XVI tendo sua fachada em estilo maneirista. Em torno dela, se desenvolveu o mais importante bairro medieval da cidade, assim como o centro religioso e político-administrativo.
Em 1975, a igreja foi elevada à Catedral pelo Papa Paulo VI e, alguns meses depois, no mesmo ano, foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins, que foi homenageado com uma estátua em frente à Igreja.
No interior, colunas com afrescos, talha e azulejos dos séculos XVII e XVIII.
A Igreja está localizada no Largo Santa Maria, região central da cidade, cortada por várias ruas estreitas, algumas delas pedonais e com uma boa variedade de lojas. Ao lado da igreja está o Museu Corpo Santo.
A Igreja Nossa Senhora da Boa Hora, originalmente conhecida pelo povo como Igreja dos Grilos, está localizada em frente ao Parque do Quebedo e ao lado da Polícia Judiciária de Setúbal. Estava fechada, e não conhecemos por dentro. Consultando no Instagram, verifiquei que ela abre pela manhã e à tarde, mas fecha no horário do almoço. As fotos da igreja no Instagram me surpreenderam, parece ser bem bonita.
A Igreja de Nossa Senhora da Anunciada está localizada na Rua Mártires da Pátria, em uma freguesia que tinha o mesmo nome da igreja – com a reorganização administrativa de 2013, a Freguesia Nossa Senhora da Anunciada passou a integrar a União das Freguesias de Setúbal, juntamente com São Julião e Santa Maria da Graça. Está relativamente perto da Praça do Bocage (a apenas 800 metros). Nas proximidades, tem muita coisa interessante para conhecer.
Em março de 2022, quando estivemos lá, ela estava passando por restaurações na parte interna e a parte externa estava recém restaurada.
Acredita-se que a origem da igreja remonta a 1250, logo após uma pobre mulher encontrar a imagem de Nossa Senhora, dando assim origem à criação da Confraria de Nossa Senhora da Anunciada, em 1368. A crença no milagre e a devoção à santa motivaram a construção da Igreja da Confraria, sediada no local onde se presume ter ocorrido o milagre. Conheça a história deste milagre:
“Conta a lenda, que vivia junto à praia, numa pobre casa, uma mulher que diariamente saía para buscar fragmentos de madeira, trazidos pelo mar, para se aquecer. E aconteceu, que trazendo de uma vez, uns poucos cavacos, os atirou ao lume, e que um de diminuto tamanho, fugia à voracidade das labaredas, saltando sempre que era lançado à fogueira, com reiterado pulo; o que causou admiração à mulher que resolveu examiná-lo, verificando tratar-se de uma imagem de Maria Santíssima. Atônita com o que vira, saiu de casa preconizando o milagre e expondo à inspeção do povo a Sagrada Imagem, denominada de invocação a Nossa Senhora Anunciada, pela anunciação feita pela dita mulher”.
A Igreja do Convento de Jesus está localizada no Largo de Jesus, ao lado do Museu do Convento de Jesus. Na verdade, o Largo, a Igreja, o Museu e o Convento compõem em um único atrativo, embora o convento e o museu tenham entradas separadas e o ingresso seja pago. Talvez possa ser considerado um dos cartões postais da cidade.
O projeto da Igreja do Convento de Jesus nasceu no final do século XV, quando Justa Rodrigues Pereira, ama de leite de D. Manuel I, envidou esforços junto do Vaticano e da corte real para a construção de um convento. Símbolo do Manuelino, constitui o primeiro ensaio de “igreja-salão”. Foi desenhada pelo arquitecto Diogo Boitaca. O interior tem arcos, janelas e colunas torcidas, feitas em brecha da Arrábida. Essas colunas torcidas, que lembram árvores em uma floresta, causam a mesma sensação, apesar de serem menores, que a sentida no interior da Sagrada Família em Barcelona.
A Capela do Nosso Senhor do Bonfim está localizada ao lado do Estádio do Bonfim e quase em frente ao Parque do Bonfim.
A Capela é considerada pelo Padre Casimiro Henriques, Presidente da Comissão Diocesana de Arte Sacra como uma “pequena arca de tesouro”: apesar do exterior singelo, o interior da capela é exuberante, misturando os estilos maneirista, barroco e neoclássico. “As paredes são forradas a dois terços por azulejos figurativos de padrão azul e branco. No topo destas uma sucessão de telas pintadas a óleo, relatam alguns passos da vida de Cristo. Dois altares laterais, fecham a composição da nave, onde ainda se contempla o magnífico teto decorado a óleo com brutescos. A capela-mor é quase inteiramente dominada pela talha dourada, que expressa esse “céu de ouro”, para onde nos conduz o Senhor do Bonfim.”
A Casa do Corpo Santo foi construída em 1714. Atualmente, é um pequeno museu localizado ao lado da Igreja da Sé. O Museu está instalado em um edifício de dois pavimentos encostado a uma muralha trecentista. No primeiro andar, tem uma exposição de objetos ligados ao mar e aos descobrimentos: instrumentos náuticos, de cálculo e desenho e de reflexão, além de miniaturas de embarcações da época dos descobrimentos. Já no segundo pavimento, o destaque são os objetos de arte sacra, a capela em talha dourada, os tetos do século XVII e os painéis de azulejos do século XVIII, na cor azul, com temas ligados à caça e à religião, tudo do período barroco.
A Casa do Corpo Santo pertence à Câmara Municipal. Está aberta diariamente de terça a sexta-feira, fechando entre 12 e 14 horas; sábado abre no período da tarde somente; domingo, segunda e feriado o museu não abre.
A origem do nome Casa do Corpo Santo advém do nome do santo protetor da Confraria dos Navegantes da cidade, que aí esteve instalada durante séculos. O patrono era São Pedro Gonçalves, protetor dos náufragos e frade dominicano, conhecido por Corpo Santo.
A Galeria Municipal está instalada desde 2013 no imóvel onde funcionou o antigo Banco de Portugal de 1917 a 1994. É um edifício que se destaca na Avenida Luísa Todi por sua beleza. Ele foi projetado pelo arquiteto Arnaldo Redondo Adães Bermudes e reúne diferentes estilos artísticos.
É uma galeria relativamente pequena, mas nos surpreendeu muito. Os destaques são as 14 pinturas do retábulo da capela-mor da Igreja do Convento de Jesus, obras-primas de Jorge Afonso, um dos maiores pintores portugueses do século XVI. O espaço conta também com obras de pintores locais, retratando a antiga Praça do Bocage e o Convento de Jesus, dentre outros; esculturas de Virgílio Domingues (no segundo piso), doadas à cidade de Setúbal; e outros objetos, como peças de porcelana, prata e madeira.
O Museu do Trabalho Michel Giacometti está localizado no Largo Defensores da República. Saímos a pé do Largo da Misericórdia e pegamos a Rua Arronches Junqueira, por 300 metros, passamos sob um arco, que é o Portal Histórico de Setúbal e mais alguns metros adiante e já estávamos no museu.
O museu funciona onde antigamente era a fábrica de conservas Perienes. O edifício tem cinco andares e está integrado ao antigo bairro de pescadores, salineiros e operárias conserveiras. Aqui conhecemos a história dessa antiga fábrica e a respeito de outras atividades econômicas da região. São três exposições permanentes: Indústria Conserveira (Da lota à lata), o Mundo Rural – Coleção Etnográfica Michael Giacometti, e a última, a fantástica Mercearia Liberdade.
A fábrica funcionou até setembro de 1971. Em 1991, o edifício foi comprado pela Câmara Municipal de Setúbal, com o objetivo de instalar ali o Museu do Trabalho. O museu beneficiou-se bastante da intervenção de Michel Giacometti graças à exposição “O Trabalho faz o Homem”. Passa, então, a chamar-se Museu do Trabalho Michel Giacometti e é reaberto ao público em 18 de maio de 1995.
O museu está aberto de terça a sábado, e o ingresso custa 1,5 euros (2022). Vale muito a pena conhecê-lo, além de estar ao lado do Miradouro de São Sebastião, com uma bela vista da Baía de Setúbal. Caso queira conhecer o museu virtualmente baixe o app, que foi disponibilizado em maio de 2022, veja a notícia. Caso queira conhecer um pouco mais, veja a reportagem do New Setúbal.
O Convento e a Igreja de Jesus constituem verdadeiros marcos na história arquitetônica portuguesa, assinalando o início do estilo manuelino. O edifício se destaca e chama a atenção de quem passa por lá, sendo um convite a visitá-lo. Ele está localizado na região central da cidade.
A visita pode ser dividida em duas partes: a igreja (entrada franca), já descrita no grupo “Igrejas” deste post, e o convento propriamente dito (o ingresso custa 3 € – 2022). O conjunto não abre às segundas-feiras e feriados.
No convento, você pode conhecer o claustro, o coro alto, a sala do capítulo e um pequeno museu com alguns quadros, imagens sacras, móveis, peças arqueológicas, etc. Vale a pena também conhecer o Barriga de Freira – Coffee, Drinks & Food, espaço bem confortável e bonito, bom atendimento e com saborosas opções de bebidas e comida.
O Convento de Jesus foi um convento das freiras da Ordem das Clarissas. Ele foi fundado em 1489 por Justa Rodrigues Pereira, ama de leite de D. Manuel I, que obteve apoio de D, João II, Rei de Portugal, para o projeto. O Convento foi extinto em 1888, quando a última freira faleceu e a Santa Casa da Misericórdia passou a ocupá-lo como hospital, até 1959. Posteriormente, foi adaptado para a instalação do Museu de Setúbal por interversão de João Botelho Muniz Borba, Provedor da Santa Casa. Veja o vídeo da reabertura do museu após longas obras.
Embora o Forte de Albarquel e o Forte de São Filipe estejam no grupo “Fortes” deste post, eles poderiam estar classificados como “Miradouros”, principalmente o Forte de São Filipe, pois a vista é maravilhosa.
O Forte de São Filipe é uma atração imperdível, principalmente em um dia de sol, a vista de lá é espetacular. O difícil foi selecionar as fotos para postar no blog, dentre as mais de 200 que tirei.
Localiza-se no Parque Natural da Arrábida, bem próximo do centro da cidade, a cerca de 2 km, que podem ser percorridos a pé, se tiver disposição.
O forte teve sua construção iniciada por ordem de Filipe II de Espanha e I de Portugal, em 1582. Em 2017, a Câmara Municipal de Setúbal assumiu a gestão da fortificação com a reabertura do bar e da esplanada.
O que ver ou fazer no forte: em primeiro lugar, contemplar a vista; depois, visitar a capela, andar por toda a edificação, tirar alguma dúvida no posto de turismo e tomar um drink ou café apreciando a vista ou mesmo dentro do bar.
O interior da Capela Joanina de São Filipe tem um pequeno retábulo em talha dourada e as paredes e abóboda completamente revestidos por azulejos nas cores azul e branca, onde se destacam painéis com cenas da vida de São Filipe, assinados por Policarpo de Oliveira Bernardes (1736).
Pequenos detalhes fazem o local ficar ainda mais bonito e nós não deixamos de apreciar e fotografar as flores silvestres que contrastam com a bela vista.
O Forte de Albarquel está localizado na Praia de Albarquel. Já tínhamos passado por lá no dia que fizemos uma longa caminhada pela orla de Setúbal, mas o forte estava fechado. Voltamos desta vez de carro. O Forte não abre às segundas-feiras, sábados e domingos. De terça a sexta-feira, abre de 10 às 12 horas e de 15 às 17 horas.
No final do século XVII, a região de Setúbal e Sesimbra tinham seis fortes e o de Albarquel era um deles. Por ordem de D. João IV, em 1643, o forte começa a ser projetado e é concluído no reinado de Pedro II de Portugal (1683 – 1706), visando aumentar o poder de defesa do Forte de São Filipe.
A Câmara Municipal de Setúbal tomou posse da edificação em 2015, recuperando o local e o transformando em um núcleo museológico para realização de atividades culturais, de apoio turístico e sensibilização ambiental. Veja reportagem da festa de inauguração no New Setúbal.
O Forte é bem pequeno e está todo reformado, mas tem pouco para se ver no interior, basicamente alguns banner’s com fotos e histórias do forte. O que é mais bonito é apreciar o mar e a praia do seu terraço. Talvez seja interessante assistir algum evento cultural realizado lá.
Descendo a estrada de acesso ao forte, já somos impactados pela bela vista do mar. Neste momento, observamos uma característica desta edificação: está localizada quase ao nível do mar. A maioria dos fortes fica em regiões bem elevadas.
Pequenos detalhes fazem o local ficar ainda mais bonito e nós não deixamos de apreciar e fotografar as flores silvestres no jardim da entrada do forte.
Os Fortes e os Parques poderiam estar no grupo “Miradouros”, pois proporcionam belas vistas, mas achei melhor separá-los em grupos distintos: “Fortes” e “Parques”.
O Miradouro de São Sebastião está localizado ao lado do Museu do Trabalho, no Largo Defensores da República.
Foi construído no início do século XX. É decorado com colunas brancas e painéis de azulejos com o escudo da cidade de Setúbal em alguns pontos. É coberto por um pergolado de madeira com bougainville (primavera), que na estação das flores deve ficar muito bonito. De lá se tem uma bela vista do Estuário do Sado, da Península de Tróia e de uma parte da Serra da Arrábida.
De Setúbal, fizemos alguns bate-volta que estão abaixo em “Posts relacionados”.
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