Pela primeira vez, decidimos passar uma temporada maior em Portugal, quase 90 dias, o máximo de tempo permitido para permanecer no país como turista, legalmente. Chegamos no dia 3 de abril e retornamos ao Brasil no dia 25 de junho de 2024. Em outras duas ocasiões, ficamos cerca de 40 dias em Lisboa (vide Diário 5 e Diário 6 do Brasília na Trilha). Aproveitamos a longa estadia para visitar quatro países relativamente próximos de Portugal: Países Baixos (Holanda), Bélgica, Luxemburgo e Suíça.
Dividimos nossa viagem em cinco etapas:
No período que passamos em Lisboa procuramos ter uma rotina mais calma, cozinhando em casa na maior parte dos dias, malhando na academia do bairro, garimpando lugares que ainda não conhecíamos, revisitando outros e fazendo programas diferentes do que costumamos fazer.
A seguir, algumas dicas de nossa experiência em Lisboa, a maioria já comentadas em outros diários do Brasília na Trilha, embora sempre tenha alguma atualização.
O embarque em Brasília foi no dia 2 de abril de 2024, bem tranquilo e cômodo para nós, pois moramos na cidade. Saímos em um voo da TAP direto para Lisboa. Chegamos bem cedo, por volta de 6 horas da manhã, em uma quarta-feira, e fomos para a casa de nossa filha, no bairro Saldanha.
Uma dica para começar bem a viagem é utilizar a sala VIP do aeroporto de Brasília, a única por sinal. Ela pode ser gratuita para quem tem alguns cartões de crédito ou cartões de programas de fidelidade de cias. aéreas. Para utilizar o benefício do cartão Visa, é necessário cadastrá-lo no app Visa Airport Companion.
Para nossa surpresa, não foram mais que cinco minutos na fila da imigração, o menor tempo gasto até então. Em geral, perdemos de uma a uma hora e meia na fila, já chegou a três horas logo após a pandemia de Covid-19. Já no guichê, o agente da imigração fez mais perguntas que o usual e pediu alguns documentos comprobatórios, acreditamos que em razão do maior tempo de estadia. Nunca é demais lembrar a importância de levar todos os documentos impressos (nem sempre conseguirá wi-fi), como comprovantes de hospedagem (seja a reserva do hotel, do Airbnb ou uma carta convite), passagem de volta, seguro saúde. E fomos advertidos de que se passássemos de 90 dias sem justificativa, teríamos que pagar uma multa.
Depois de pegarmos as malas, que também chegaram rápido à esteira, pegamos um Uber para Saldanha. O carro era um Tesla novinho, achei ótimo, pois ainda não tinha tido a experiência de andar em um daqueles.
Atualmente, há duas áreas de embarque para os transportes por aplicativo. Utilizamos a mais antiga e já conhecida por nós: assim que sair da área de desembarque, vire à direita e suba a escada rolante para o andar de embarque. Se estiver utilizando o wi-fi do aeroporto, peça o transporte antes de sair, pois não terá internet lá fora. Confirmado o veículo, saia por uma das portas e procure pela faixa de pedestres (à direita); atravesse as duas vias e chegará a um pequeno estacionamento, onde deverá esperar pelo carro. Outra opção, é pegar o transporte no estacionamento P2 (Parque 2, garagem coberta). Para chegar lá, siga as placas de sinalização que encontrará após pegar sua bagagem e sair dessa área; vire à esquerda e caminhe até o final da rampa do hall de “chegadas”, contornando o Starbucks. Depois, siga em frente até chegar ao parque P2 (cerca de um minuto). Assim que chegar, basta pedir o transporte por aplicativo.
Dica: em Lisboa, há duas empresas de transporte por aplicativo: Uber e Bolt. Vale a pena baixar os apps e comparar os preços antes de cada corrida.
Outra opção de transporte para sair do aeroporto, principalmente se estiver com pouca bagagem, é o metrô, linha vermelha. Avalie conforme o local de sua hospedagem e seu nível de cansaço. Há ainda ônibus e táxis.
Normalmente, compramos um chip para celular no aeroporto mesmo, na loja da Vodafone, logo na saída do desembarque. Há outras duas lojas, uma na área de embarque e agora mais uma loja na área da retirada de bagagens. Tendo em vista que precisaríamos de serviço para três meses achamos melhor pesquisar também em outras operadoras. Perto da casa de nossa filha tem uma loja da NoS, e foi onde encontramos um bom plano da WTF (pertence a NoS), apenas 12 euros por mês; depois, é só creditar mais 12 euros no aplicativo antes do vencimento e o plano será renovado automaticamente por mais um mês, e assim sucessivamente. Só para comparar, o plano mais barato da Vodafone custa 20 euros e o pacote de internet é menor.
A operadora tem várias parcerias que oferecem descontos e nós usamos para comprar ingressos no cinema e nas viagens de Uber.
Os Cinemas NoS são a maior rede de cinema nacional, com 30 complexos e mais de 200 salas espalhadas por Portugal. Fomos às salas dos shoppings Vasco da Gama, Amoreiras e Colombo. O benefício consiste em comprar dois ingressos e pagar apenas um, ou seja, 50% de desconto. Basta entrar no app da WTF na opção “Soucy” e escolher NoS, um código será gerado e você o utilizará na compra do ingresso do cinema, que também pode ser feita online. As salas do cinema Colombo e Vasco da Gama são muito confortáveis, o sistema de áudio é espetacular, vale a pena; já no Amoreiras a sala é menor, mas boa também. O preço normal do ingresso é 7,95 euros; com o desconto, pagamos este valor para dois ingressos.
Sempre comento no blog sobre os transportes em Lisboa e a minha opinião até agora é a mesma. Só vale a pena alugar carro em Lisboa se estiver em três ou mais pessoas e assim mesmo se estiver programando viagens do tipo bate e volta para cidades próximas. Ainda assim, às vezes é melhor pegar um trem (comboio em Portugal) ou um ônibus (autocarro), por exemplo, para ir a Sintra ou Cascais. Estacionar em Lisboa é uma missão e os estacionamentos são caros. No entanto, na região de Olivais, onde nos hospedamos, é fácil encontrar vaga gratuita de estacionamento na rua.
Para circurlar por Lisboa, o metrô é sempre uma boa opção, principalmente porque o trânsito muitas vezes é intenso. Com apenas quatro linhas, o metrô (ou metro, como dizem) tem estado cheio nos horários de pico, mas mesmo assim compensa. O melhor é comprar o cartão zapping nas máquinas automáticas ou nos guichês de venda nas estações (nem toda estação tem guichê), colocar crédito e ir usando. Neste cartão, o valor de cada viagem fica mais barato: 1,61 euros, e está integrado com sistema de ônibus (autocarro em Portugal). Veja no site da Metropolitana para mais detalhes das linhas e tarifas e consulte o post do Brasília na Trilha sobre transportes em Lisboa. Se preferir pagar a cada viagem, pode utilizar seu cartão Wise diretamente na catraca.
Outra opção interessante que usamos muito são os aplicativos Uber e Bolt. Como fazemos: todos nós baixamos os aplicativos das duas empresas e cada um consulta o valor a cada viagem nos dois app, aí optamos pelo menor preço, pois muitas vezes as empresas oferecem descontos para um ou outro cliente. Já chegamos a ter 50% de desconto. Então, se estiver sozinho, o metrô terá um melhor custo-benefício, se estiver em duas pessoas ou mais, vale a pena consultar o valor da corrida nos aplicativos, geralmente, mais em conta que o metrô.
Por fim, outra excelente opção são as bicicletas da Gira, que conciliam preço, esporte e diversão. Veja o post do Brasília na Trilha sobre estas bikes e alguns roteiros.
Quem já leu nossos posts, inclusive o item anterior, já sabe que não recomendamos alugar carro para utilizar em Lisboa. Mas, desta vez, alugamos em dois finais de semana, por apenas três dias cada locação, para passear fora da cidade.
Fizemos alguns passeios um pouco mais distantes, que estarão publicados no blog:
Primeira locação:
Segunda locação:
Desta vez, a forma de locação foi um pouco diferente de anos anteriores:
Para temporadas maiores, não tenho a menor dúvida de que o Airbnb continua sendo a melhor opção. A hospedagem foi o custo que mais aumentou em Lisboa, acima de alimentação, transporte, diversão e até mesmo das passagens aéreas.
A grande vantagem do Airbnb ou Booking, por exemplo, é poder fazer as refeições em casa, como o café da manhã e o jantar, o que ajuda muito no orçamento, principalmente para longas temporadas como têm sido as nossas. Em Lisboa, tem supermercados bons em todas as regiões, principalmente as redes Pingo Doce e Continente, o que facilita em muito o abastecimento da despensa.
Desta vez, alugamos um apartamento na região de Olivais Sul, em Lisboa, na Rua Cidade de Benguela, próximo ao Parque das Nações. Embora mais afastado, o bairro oferece boa infraestrutura e a linha Vermelha do metrô. Fácil chegar a qualquer ponto da cidade. Nas ocasiões anteriores, preferimos nos hospedar em apartamentos na região de Saldanha, mas o valor dos alugueis por lá aumentou demais.
Achamos a escolha muito boa. Foram muitos pontos a favor e poucos desfavoráveis:
Como iríamos ficar 52 dias no apartamento alugado em Lisboa e depois mais 15 em Setúbal, não queríamos ficar tanto tempo sem atividade física, embora tenhamos andado de bicicleta e caminhado bastante. Escolhemos a Academia Fitness Hut, que tem filiais em vários pontos da cidade, inclusive em Setúbal, e uma delas fica no bairro, no Shopping Spacio, a 10 minutos de casa. Contratamos um plano excelente, 30 euros por mês para usar todos os dias a qualquer horário.
Em Portugal come-se muito bem e com um preço bem melhor que em outros países da Europa, como Bélgica, Holanda, Suíça e Luxemburgo, os quais visitamos nesta viagem.
Em Lisboa, com 10 euros é possível fazer uma refeição em um restaurante. Com 15 euros, as opções aumentam bastante. Agora, se for sofisticar muito, o céu é o limite, e Lisboa oferece uma vasta gama de restaurantes, inclusive estrelados com a Michelin.
Em geral, não frequentamos restaurantes caros, a não ser em datas especiais. Damos preferência por comer em casa, mas se estivermos passeando, optamos por restaurantes próximos de onde estamos e por aqueles frequentados por locais, na medida do possível. Deslocar-se de uma região para outra por causa de um restaurante, nem sempre é uma boa opção. Como a cidade está sempre cheia, se quiser ir a um restaurante específico, sugiro que reserve antes.
Relaciono a seguir alguns restaurantes em que estivemos nesta viagem:
Lisboa é uma cidade cosmopolita e está cada dia mais cheia de turistas. Assim, especialmente as regiões mais visitadas, estão cheias de restaurantes “pega-turista”. Então, se não der para fugir, se gostou do lugar e do preço, experimente, você pode se surpreender. A comida pode não ser maravilhosa, mas é honesta. O que geralmente incomoda, principalmente nas regiões de Belém e da Rua Augusta, é o assédio dos garçons. Impossível olhar um cardápio sem ser incomodado. Até entendemos que é o trabalho deles, mas que é desagradável… é.
Para finalizar, duas dicas:
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