O Congresso Nacional está localizado na Praça dos Três Poderes, Eixo Monumental, em Brasília. Ele é formado pelo Senado Federal – SF e pela Câmara dos Deputados – CD.
O conjunto arquitetônico que abriga as duas casas legislativas foi inaugurado em 1960 e foi projetado por Oscar Niemeyer. É um dos três edifícios monumentais que compõem a Praça dos Três Poderes, junto com o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Ele é considerado o maior símbolo da capital do Brasil, além de ser referência como ícone do país no exterior.
O prédio principal abriga vários salões e os plenários da Câmara dos Deputados (cúpula à direita) e do Senado Federal (cúpula à esquerda) e, entre ambos, duas torres gêmeas – Anexo I – onde funcionam alguns gabinetes e a área administrativa das casas. As torres se elevam a cem metros de altura e têm 28 andares cada. O Congresso ocupa também outros edifícios vizinhos (anexos), interconectados por túneis. A CD tem quatro edifícios anexos e o SF tem dois.
À sua frente, voltado para a Esplanada dos Ministérios, encontram-se um espelho d’água e um extenso gramado. Na parte posterior do edifício, encontra-se a Praça dos Três Poderes.
Oscar Niemeyer disse sobre o Palácio do Congresso Nacional: “Dos prédios em Brasília, prefiro o do Congresso, porque do meu ponto de vista, é perfeito como arquitetura: é simples, apesar de complexo. A minha ideia era a de que a pessoa que se aproximasse do prédio visse, além dele, entre as cúpulas, a Praça dos Três Poderes, da qual ele faz parte.”
Em 15/12/2007 o Palácio do Congresso Nacional foi Tombado pelo IPHAN, ano do centenário de Oscar Niemeyer.
Poeticamente falando, explica-se a cúpula côncava, cujo plenário está localizado logo abaixo e pertence ao Senado, como um local de reflexão, ponderação e equilíbrio (já que são três senadores por estado e o mandato é de oito anos). Já a cúpula convexa, sob a qual está localizado o plenário da Câmara dos Deputados, é maior e mais aberta, representando a Casa do Povo, onde são discutidas todas as ideias e ideologias, tendências, anseios e opiniões do povo brasileiro, representadas pelos deputados.
A entrada inferior do edifício Principal do Congresso Nacional é conhecida como Chapelaria ou Salão Branco. A entrada é destinada ao embarque e desembarque de parlamentares, autoridades e servidores. Em dia de chuva, os visitantes também entram por aqui. Destacam-se no salão a Escultura Pássaro, feita em ferro fundido laqueado por Marianne Peretti (antes, ficava no Salão verde) e o painel intitulado “Alumbramento“, da mesma artista, uma estrutura de ferro laqueado de branco com espelhos bronze e vidros brancos, confeccionado em 1978 e instalado ali apenas em 2016, depois de ficar encaixotado durante anos no Senado.
Já o Salão Negro é a entrada principal do Palácio do Congresso Nacional. Uma rampa de mármore branco conduz seus visitantes ao Salão e também Chefes de Governo e de Estado em visita oficial. Além desses ilustres convidados, é por essa rampa que chega o Presidente da República eleito para dirigir-se ao Plenário Ulysses Guimarães no dia da cerimônia de sua posse, sendo o maior evento realizado no parlamento, a cada quatro anos. Também é no Salão Negro que são realizados eventos como as Cantatas de Natal, exposições, cultos ecumênicos e manifestações. O piso preto dá nome ao espaço, que mede aproximadamente 60 x 60 metros e tem um pé direito bem alto. Destacam-se no salão a tapeçaria de Burle Marx, restaurada pelo Senado após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2022; e a parede do fundo feita e mármore branco e granito preto, obra sem título de Athos Bulcão, criada em 1960 e considerada um dos principais cartões de visita do Congresso. Ao observá-lo de longe e por diferentes ângulos, o painel ora lembra uma escada, ora salta aos olhos em relevo.
À direita da entrada do Salão Negro está o Salão Nobre da CD, utilizado pelo Presidente da CD para receber Chefes de Estado e de Governo em visitas oficiais e para outros eventos institucionais. O Salão é decorado com o Painel “Pasiphae”, de Marianne Peretti, confeccionado em vidro artesanal e cristal branco fosco e marrom. O título remete à mitologia grega, pois Pasiphae é o nome da filha do deus-sol Hélio, esposa do Rei Minos e mãe de Minotauro; além de um painel em madeira de Athos Bulcão e de estofados de designers famosos como Le Corbusier, Perriand e Jeanneret, que assinam o conjunto Grand Confort, e Van Der Rohe, que assina as banquetas e poltronas Barcelona.
O Salão Nobre do Senado fica à esquerda do Salão Negro e abriga o Museu Histórico Senador Itamar
Franco, nome dado em 2002. Enquanto aguarda o início da visita guiada, aproveite para conhecê-lo (a visita aqui é livre) .
O Museu foi Inaugurado em 1991 com obras de arte como pinturas, esculturas e pinturas dos presidentes do Senado; mobílias; urnas de prata que recolhiam os votos dos senadores; entre outras obras do acervo das antigas sedes do Senado no Rio de Janeiro, o Palácio Conde dos Arcos e o Palácio Monroe (demolido em 1976), abrangendo desde o período do Império à República.
O Salão Verde da CD, o mais movimentado, é o local onde tem a maior concentração de jornalistas, pois é onde está a entrada do Plenário Ulysses Guimarães.
Neste Salão, encontram-se obras de artistas renomados como Di Cavalcanti – tela de 1960, intitulada “Os Candangos” (com mais de 8m de largura e 2m de altura); Marianne Peretti – painel de vidro “Araguaia“, de 1977 (a técnica empregada parece dar movimento às figuras geométricas colocadas sobre o vidro, lembrando o curso de um rio); Alfredo Ceschiatti – escultura de 1977, conhecida como “Anjo” (feita em bronze); e duas obras de Athos Bulcão – “Muro Escultório“, de 1976, e “Ventania“, painel de azulejo, uma das obras mais famosas do artista no Congresso Nacional. O painel foi criado no início da década de 1970, quando o Edifício Principal sofreu um acréscimo de 15m de largura ao longo de toda a sua fachada posterior. Essa ampliação permitiu restaurar o espaço livre do Salão Verde, que estava na época ocupado indevidamente por salas de trabalho.
No Salão Verde, podemos ver ainda uma maquete tátil e vitrines onde estão expostos os presentes protocolares, alguns destruídos no ato antidemocrático de 8 de janeiro de 2022.
O Salão Azul do SF dá acesso ao gabinete de seu presidente, ao Plenário, à Ala das Bandeiras e ao corredor de acesso ao Anexo II, onde está instalada a exposição permanente Do Império à República.
Bastante fácil de guardar o nome dos salões, ideia simples e original, basta olhar para o piso e saberá o nome do respectivo salão.
A visita guiada ao Palácio do Congresso Nacional inicia-se pelo Salão Nobre da Câmara dos Deputados, onde é apresentado um vídeo institucional curto.
Depois, o guia conduz os visitantes pelos diversos Salões da Câmara (Branco, Verde, Negro) e do Senado (Azul), além dos Salões Nobres da Câmara o do Senado (onde fica o museu que também pode ser visitado sem guia). Todos os salões estão descritos acima.
Todos os aspectos da visita são muito interessantes, mas o mais esperado e emblemático é a visita aos imponentes plenários de cada uma das Casas.
O Plenário da Câmara dos Deputados recebeu o nome do deputado constituinte Ulysses Guimarães e é maior que o do Senado. A Casa tem 513 deputados enquanto o Senado tem 81 senadores. Assim, quando os parlamentares de ambas as casas se reúnem, instala-se o Congresso Nacional, e as reuniões são realizadas neste Plenário.
No Senado a visitação passa ainda nas alas onde se encontram os gabinetes dos Senadores, na Ala das Bandeiras e pelo corredor de acesso aos gabinetes onde há uma exposição pemanente: Do Império à República. Em 2025, a exposição está sendo remodelada e modernizada com novos recursos audiovisuais.
Veja no site da Câmara os dias, horários e quando é necessário agendar a visita.
Além da visita guiada, minha sugestão depois, é se perder um pouco pelos corredores, principalmente na Câmara dos Deputados. Observe as exposições temporárias nas paredes do corredor que liga o Edifício Principal ao Anexo II; a Ala Celina Guimarães Viana, “Patrona do Voto Feminino no Brasil”, com fotos das deputadas; o Busto do Deputado Rubens Paiva, defensor da liberdade e da democracia, retratado no premiado filme “Ainda Estou Aqui“, de de 2024; o painel de aço fundido “Pipas Amazônicas” de Darlan Rosa, criador do personagem Zé Gotinha e muito mais.
Seguir depois para o Anexo IV da Câmara, apelidado de “Submarino Amarelo”. Para chegar lá partindo do Salão Verde, siga por uma estreita passagem após o quadro de Di Cavalcanti até o largo corredor de acesso ao Anexo II, desça uma pequena rampa e pegue as esteiras rolantes. Chegando ao Anexo IV, pegue o elevador para o 10º andar.
Do 10º andar do Anexo IV você terá uma das vistas mais bonitas da Praça dos Três Poderes e seus monumentos, além do Palácio da Justiça, da Esplanada dos Ministérios e do Lago Paranoá. Você pode ainda apreciar obras de arte em uma pequena galeria e tomar um café ou almoçar em um dos dois restaurantes-escola do Senac (abertos somente durante a semana, infelizmente). Um dos restaurantes é mais frequentado por deputados, mas você pode comer lá também. Ainda nesse andar tem um bonito jardim e uma Capela Ecumênica projetada por Oscar Niemeyer, com vitrais de Marianne Peretti.
Atenção: para ir até o Anexo IV será necessário identificar-se novamente em uma das recepções. O Anexo IV fica fechado nos finais de semana e feriados. Fique atento aos trajes permitidos ou proibidos, conforme seja o dia da semana.
A visita ao Palácio do Congresso Nacional é uma verdadeira aula de história, além do visitante poder apreciar a arquitetura e as obras de arte.
A visita guiada é gratuita e pode ser feita em Libras, inglês, francês, espanhol e português. Confira o site oficial para obter informações sempre atualizadas, pois o serviço pode estar temporariamente fechado em razão de algum evento, como a recepção de um Chefe de Estado ou Governo, ou por questões de segurança.
O acesso à visitação, nos dias de semana, tem sido feito pela Chapelaria – área no subsolo do Edifício Principal destinada apenas para embarque e desembarque. Depois de entrar, dirija-se ao Salão Negro, onde há placas indicativas. Nos finais de semana, o acesso é pela rampa principal do Congresso, entrando diretamente no Salão Negro.
No Salão Negro tem banheiros e bebedouro.
O Programa Visite o Congresso recebeu dois importantes prêmios em 2015: o Certificado de Excelência do TripAdvisor (um dos maiores sites de viagens do mundo), e três estrelas no Guia Michelin, maior classificação na categoria “Atrações Turísticas – lugares para ver e o que fazer”.
O Congresso Nacional é aberto a todos para visita guiada ou simplesmente para acompanhar as atividades dos parlamentares.
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