O Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ, fundado em 1808 pelo então príncipe regente de Portugal D. João VI, é um dos cartões postais mais visitados na cidade, não apenas pela beleza de suas paisagens, mas também pela importância de seu acervo e pelas pesquisas na área da botânica ali realizadas, sob a responsabilidade do Instituto de Pesquisas do Ministério do Meio Ambiente. O JBRJ constitui-se hoje como um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade, com projetos científicos de inserção nacional e internacional.
Ele está localizado no bairro Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro, entre as ruas Jardim Botânico e Pacheco Leão, com duas entradas em cada rua. O estacionamento pela rua Jardim Botânico tem um bicicletário e apenas quatro vagas para pessoas com deficiência. O acesso de carro é permitido apenas para embarque e desembarque de pessoas com dificuldade de locomoção.
Os visitantes podem passear a pé ou de carro elétrico e se encantar com jardins, estufas, plantas dos quatro cantos do mundo, aves e com seus monumentos, edifícios e obras de arte.
O JBRJ tem cerca de 6.500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.
É bom reservar ao menos duas horas para conhecer o Jardim Botânico, se tiver mais tempo, melhor ainda. O acesso é pago e o ingresso pode ser comprado no local ou pela internet, basta acessar o site do JBRJ. Nós compramos pela internet por comodidade, a fim de não enfrentar fila. Além do ingresso comum, tem outras opções de visitação, consulte aqui.
O Jardim Botânico é aberto diariamente, porém algumas atrações, como o Museu, têm horários e dias diferentes de abertura – consulte no site do JB os horários e as regras.
Visitamos o JBRJ em 9 de janeiro de 2025, uma segunda-feira. Embora tenhamos ficado por mais de duas horas lá, não conseguimos conhecer tudo, apenas o suficiente para nos deixar com vontade de voltar.
Infelizmente, o Museu foi um dos atrativos que estava fechado naquela segunda-feira e não pudemos conhecê-lo. Tiramos apenas uma foto do imponente casarão do início do século XX, que foi revitalizado com o objetivo de apresentar o JB como um centro de pesquisa e desenvolvimento científico. O Museu conta com exposições permanentes e temporárias, conteúdos interativos e ampla programação cultural e educativa, sob a gestão do do Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, numa parceria entre o Jardim Botânico e a Shell Brasil.
O MJB apresenta também obras do artista brasileiro e ativista dos direitos indígenas Denílson Baniwa. Completam o museu: uma sala de leitura, que oferece ao público diversos livros para leitura no local e ainda versões digitais de livros raros da Biblioteca Barbosa Rodrigues do JBRJ; uma sala multiuso para encontros, palestras e eventos educativos e culturais.
A entrada para o Museu é gratuita, mas é necessário retirar o ingresso – clique aqui.
O Chafariz das Musas está localizado bem no centro do JBRJ, na Aleia (caminho com árvores) Frei Leandro. Ele é de origem inglesa (cidade de Derby), e foi construído em ferro fundido; possui várias alegorias referentes à mitologia grega, como querubins, conchas, cabeças, peixes e golfinhos. Na parte superior possui quatro deusas gregas (Calliope, Clio, Erato e Melpomene), deusas da ciência, da literatura e das artes.
Anteriormente, este chafariz ficava no Largo da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Foi desmontado e trazido para o JBRJ em 1895, pelo então Diretor João Rodrigues.
Achei o entorno do chafariz um dos pontos altos do JBRJ.
Frei Leandro foi o primeiro diretor botânico do JBRJ, entre os anos de 1824-1829. Ele deu início à organização paisagística do JB, construindo o lago e o Cômoro (pequena elevação do terreno – a terra usada para criá-la foi retirada do lago construído em frente), onde se encontra o seu busto, inaugurado por Barbosa Rodrigues em 1903.
Em frente ao busto do Frei Leandro tem uma mesa de granito, a Mesa do Imperador, onde Dom Pedro I e Dom Pedro II costumavam fazer as refeições quando visitavam o JB. A mesa foi inaugurada na gestão de Frei Leandro.
O Lago Frei Leandro também foi construído durante sua gestão. A terra proveniente de sua escavação foi utilizada na construção do Cômoro (ao lado). No lago, destacam-se as vitórias-régias e as ninfeias (também conhecida como flor de lótus), além da escultura da Deusa Tétis (escultura de origem francesa, de ferro fundido, com dois metros de altura, representando a divindade da mitologia grega). Nas suas margens há exemplares da Árvore do Viajante.
Mestre Valentim é homenageado no JBRJ com um memorial, construído em 1997. Ele foi o autor das primeiras obras em metal fundidas no Brasil. Destacam-se os conjuntos em bronze, “Aves Pernaltas” e as estátuas de “Eco” e “Narciso”.
O Centro de Visitantes é o local certo para obter informações e solicitar a visita acompanhada. No espaço tem ainda alguns objetos de arte, a maquete do JBRJ, banners com a história do JB e uma loja de souvenirs.
O Centro de Visitantes foi a antiga sede do Engenho Del Rey, fundado em 1576. Em 1707, foi adquirido por Rodrigo de Freitas de Carvalho, já como Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa. Em 1747, Rodrigo de Freitas passou a propriedade para seus herdeiros, sendo Dona Maria Leonor de Freitas Melo e Castro a última. Em 1808, D. João desapropriou o Engenho e outras propriedades da Lagoa para a instalação da Fábrica de Pólvora e o Real Horto Botânico. Em 1993, o edifício foi restaurado pela Fundação Banco do Brasil e passou a ser o Centro de Visitantes.
A Casa Pacheco Leão é um sobrado histórico, restaurado depois de oito anos fechado, quando foi reaberto ao público em 21 de novembro de 2024 com a exposição inédita “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, como parte das comemorações dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China.
O médico Antônio Pacheco Leão, diretor do JB de 1915 a 1931, residiu nesta casa, que era também o ponto de encontro de grandes cientistas, como Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade e Alberto Löfgren.
A casa tem estilo eclético e conta com dois andares, dez salas, quatro banheiros e copa; o imóvel teve as cores e as pinturas artísticas originais de suas paredes retomadas, assim como de suas janelas, portas externas, guarda-corpos azuis e esquadrias internas verdes. Outras relíquias recuperadas são a escada e o piso original. O imóvel recebeu ainda um elevador e banheiros com acessibilidade. Toda a obra foi autorizada e acompanhada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural – IPHAN.
A Casa tem entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no site. Ela está aberta de quinta a terça-feira, das 10 às 17 horas.
A Praça do Teatro está próxima do Centro de Visitantes e ao seu redor estão o Café, a Eco Villa (espaço para múltiplas atividades infantis – não é necessário comprar ingresso do JB se for apenas a este espaço), o Relógio de Sol (homenagem da Fundação Planetário do Rio de Janeiro em comemoração aos 200 anos de criação do Jardim Botânico), o Lago da Tartaruga, os sanitários e a portaria principal do JB.
O Roseiral Pedro Cachimbo foi assim batizado em 1989, em homenagem ao jardineiro que cuidava do local e de suas flores. As roseiras foram introduzidas no Brasil pelos jesuítas na época da colônia. No JB, há registro de seu cultivo desde 1873, mas a construção de um roseiral no lugar onde é hoje data de 1914, na gestão de John C. Willis.
As rosas exigem muitos cuidados para seu cultivo em lugares com clima quente e úmido, de forma a prevenir pragas e doenças. No Jardim Botânico, optou-se, nos últimos anos, pelo plantio de variedades que se adaptam melhor às condições climáticas da cidade. Infelizmente, não é o período do ano em que as flores estão mais bonitas.
O JB tem uma grande variedade de árvores, mas algumas me chamaram mais a atenção, como as Sumaúmas, as Palmeiras Imperiais e o Pau-Mulato.
A Sumaúma é provavelmente a maior árvore da Amazônia e uma das maiores do mundo. Ela existe em florestas tropicais ao redor do mundo e chega a 60 metros de altura e 40 metros de copa. Nos países de língua inglesa é chamada de Kapok Tree e em países de língua espanhola é chamada de Ceiba. É considerada sagrada por alguns povos indígenas.
As Palmeiras Imperiais se destacam como um dos cartões postais do JB, ladeando a principal aleia, a Aleia João Barbosa Rodrigues (naturalista brasileiro, diretor da instituição entre 1890 e 1909).
A primeira muda de Palmeira Imperial a chegar no Brasil foi plantada pelo príncipe regente Dom João, em 1809. Para que o JB tivesse o monopólio dessa espécie, o então diretor Bernardo José de Serpa Brandão (1829-1851) mandava tirar e queimar todos os seus frutos. Entretanto, à noite, os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e os vendiam na clandestinidade. O primeiro exemplar da palmeira caiu por causa de um raio, em 1972, parte de seu tronco foi preservado e se encontra em exposição no Museu Botânico. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar, a “Palma Filia”. No local, encontra-se hoje um busto de D. João VI, de autoria de Rodolfo Bernardelli.
A aleia das palmeiras é integrada pelo portal oriundo da demolição do prédio da Academia Imperial de Belas Artes, de 1938, de autoria do arquiteto francês Grandjean de Montigny.
Outra árvore que destaco é o Pau-Mulato, também chamado mulateiro, encontrado na Região Amazônica. É uma árvore de crescimento lento, que pode atingir 15-40 metros de altura e 4-5 metros de diâmetro. O tronco é retilíneo, com a casca lisa e brilhante, de cor bronzeada. É uma planta de difícil reprodução. O extrato de sua casca vem sendo utilizado na composição de cosméticos, é considerado cicatrizante e rejuvenescedor, além de ser usado no controle de manchas de pele.
A Gruta Karl Glasl leva o nome do professor de agronomia em Viena que foi diretor do JBRJ nos anos de 1863-1883. Ela foi construída em sua gestão para aclimatar plantas que vieram de ambientes úmidas e rochosos, como samambaias, avencas, musgos e bromélias.
Embora seja artificial, a obra de Frei Leandro está totalmente integrada ao paisagismo, criando um ambiente de tranquilidade em uma área bem sombreada, boa para ficar um tempo descansando e ouvindo o barulhinho da água. A cascata fica ao lado do Mirante da Imprensa.
O Cristo Redentor está localizado na Floresta Nacional da Tijuca, no Morro do Corcovado e pode ser avistado de muitos locais no Rio de Janeiro, inclusive do Jardim Botânico.
Além dos pontos de interesse que citei, existem vários outros que não visitei: Jardim Japonês, Jardim Sensorial, Jardim Mexicano, Cactário, Casa dos Pilões, Aqueduto da Levada, Caminho da Mata Atlântica, Orquidário, Bromeliário, Estufa das Plantas Insetívoras, entre outros.
Não deixe de pegar o mapa do JBRJ na entrada para identificar os pontos de seu interesse ou acompanhar sua localização no mapa exposto na entrada.
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