Dia 3 de novembro de 2018, sábado, terceiro dia de passeio. Passeamos por Leiria, onde havíamos passado a noite, e depois seguimos para Fátima e Tomar antes de regressarmos a Lisboa. A distância aproximada deste trajeto foi de 200 km.
Estávamos hospedados no Hotel D. Diniz em Leiria (confira na postagem do dia anterior). Antes de fazer o nosso check out saímos para um passeio a pé pela cidade. Como sempre fazemos, fomos conhecer a praça central e as igrejas próximas dela – tudo bem perto do hotel.
A cidade é muito bem cuidada, cada detalhe nos chamava a atenção, começando pela rotunda florida (é assim que chamam os balões), logo que atravessamos a ponte.
Está localizada ao lado da rotunda da foto acima. É uma igreja singela, do século XVIII, de inspiração barroca, com uma nave e três altares (o do Santíssimo na capela-mor e dois laterais).
Está alguns metros à frente no Praça Goa, Damão e Diu, por onde já havíamos passado na noite do dia anterior. Na fonte tem uma escultura em homenagem aos dois rios que passam por Leria, o Rio Lis e o Rio Lena, de autoria de Lagoa Henriques, escultor português que fez várias esculturas famosas, entre elas a escultura de Fernando Pessoa que está em frente ao Café a Brasileira no Chiado em Lisboa. Nesta praça tem também o letreiro escrito LEIRIA.
Está ao lado da Praça da fonte luminosa, onde há uma estátua em homenagem a Camões, inaugurada em 1980, do escultor leiriense Fernando Marques (falecido em 2017 com 82 anos), autor de muitas obras, como À Rendilheira em Peniche (publicada no blog). É um jardim bem cuidado, margeado pelo Rio Lis, muito agradável para passear, sentar-se em um dos bancos ou até mesmo fazer um piquenique
Localizada um pouco a frente do Jardim Luis de Camões. É uma Igreja em estilo maneirista do século XVI. Composta por três naves. No terremoto de 1755 sofreu sérios danos e foi reconstruída. Alguns anos depois, em 1772, foi construído o campanário em estilo barroco. Uma curiosidade é que sua torre é separada da igreja.
No caminho de volta para o hotel desviamos um pouco apenas para conhecer o Mercado Santana ou Sant’Ana (já tínhamos passado na porta na noite anterior). A edificação é de 1929 e foi construída para ser o Mercado Municipal, mas desde 2002 funciona como um espaço cultural, onde visitamos uma pequena feira de produtos derivados de mel. Em seu interior também tem cafeterias. Ao lado está o Teatro Miguel Franco.
Fizemos o check out no hotel, pegamos o carro e fomos para o Castelo de Leiria que, embora não seja muito distante da Catedral, sendo possível ir a pé, a subida até lá é bem íngreme e cansativa.
De vários pontos da cidade pode-se observar o imponente Castelo Medieval de Leiria. É um dos locais mais visitados da cidade (entrada paga). O estacionamento nas proximidades é pequeno, então, não tendo dificuldades para caminhar, o melhor talvez seja ir a pé.
Gostamos muito de conhecer Leiria e com certeza voltaremos para explorar melhor a cidade. Nosso destino seguinte foi o Santuário de Fátima, distante apenas 30 km de Leiria.
De Leiria fomos direto ao Santuário de Fátima. Em nossas viagens costumamos sempre visitar templos e igrejas, não somente as católicas, porque independentemente da fé de cada um, as igrejas ajudam a contar a história do local e nos encantam com sua arquitetura e beleza. Fátima, entretanto, é diferente – a demonstração de fé das pessoas comove a todos.
É formalmente denominado Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima é um Santuário Mariano onde estão a Basílica da Santíssima Trindade, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário e a Capelinha das Aparições, além da estátua do Papa João Paulo II e da Cruz Alta.
No Santuário tem loja de artigos religiosos, amplo estacionamento, sanitários e algumas mesas nos gramados para um lanche.
Fátima é um dos mais importantes destinos internacionais de turismo religioso. Ficou conhecida devido às aparições da Virgem Maria reportada pelos três pastorinhos: Lúcia dos Santos e os primos Francisco e Jacinta, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917. As aparições aconteceram no dia 13 de cada mês enquanto eles levavam suas ovelhas para pastar na região da Cova da Iria (era uma grande área pertencente à família de Lúcia). Atualmente, no local das aparições está a Capelinha das Aparições (no centro da edificação da foto abaixo).
A capelinha foi construída em 1919 em resposta ao pedido de Nossa Senhora do Rosário: “Quero que façam aqui uma capela em minha honra”. No horário que passamos por lá estava sendo celebrada uma missa (foto abaixo).
O pedestal onde se encontra a escultura original de Nossa Senhora de Fátima, localizada na frente da Capelinha (foto abaixo), marca o local exato onde estava a pequena azinheira, sobre a qual se acredita que a Santíssima Virgem Maria apareceu aos três pastorinhos. A escultura foi realizada em 1920 por José Ferreira Thedim em madeira, cedro do Brasil, mede 1,37 metro e pesa 19 quilos.
Basílica da Santíssima Trindade
Foi construída para receber os fieis nas missas de domingo ou nas comemorações especiais da igreja, pois a Basílica antiga não comportava mais tanta gente. É o 4º maior templo do mundo em capacidade. O projeto é de autoria do arquiteto grego Alexandros Tombazis. Foi inaugurada em 12 de outubro de 2007. Ela tem forma circular com 125 metros de diâmetro, sem apoios, e é suportada por duas vigas de 182,5 metros, com um vão livre de 80 metros e uma altura máxima de 21,15 metros. A altura do edifício é de 18 metros. É toda branca e tem um total de 8.633 lugares.
Basílica de Nossa Senhora do Rosário
Seu projeto é em estilo neo-barroco concebido pelo arquiteto Gerardus Samuel van Krieken. A primeira pedra da obra foi benzida em 13 de maio de 1928. Ela foi erguida no local onde os três pastorinhos brincavam de fazer uma pequena parede, no dia 13 de maio de 1917, quando viram um relâmpago repentino que os surpreenderam e fez com que juntassem o rebanho, para regressarem a casa, com receio de que chovesse. É nela também onde estão enterrados os pastorinhos.
Para conhecer mais sobre os locais de culto e oração no Santuário clique aqui.
O tempo estava passando muito rápido, nossa intenção era visitar as casas de Lúcia e dos irmãos Francisco e Jacinta na Vila de Aljustrel, próximas do Santuário, mas não deu tempo.
Lanchamos rapidamente no McDonald na saída de Fátima e seguimos para Tomar.
O nosso próximo destino estava a apenas 36 km do Santuário de Fátima – Convento de Cristo (se tiver interesse em saber da história do Convento clique no link). Foi o único local de Tomar que deu tempo para conhecer. Em alguns momentos penso se vale mais a pena escolher uma única cidade e explorá-la bem ou conhecer rapidamente os principais pontos de várias cidades. Decisão difícil, mas temos optado por conhecer várias cidades.
Estacionamos o carro bem próximo da entrada sem dificuldades, apenas um detalhe: eu não percebi que o estacionamento era com parquímetro, somente me dei conta agora lendo um comentário em outro blog, mais uma lição aprendida – considere sempre como regra que tem parquímetro, a exceção é não ter. O problema nestas visitas é qual tempo estimar para o parquímetro – acho que no mínimo 3 horas.
Logo na entrada já nos surpreendemos com o castelo e depois de tirarmos algumas fotos compramos nossos bilhetes. Nossa visita demorou umas duas horas apenas, mas dependendo do seu interesse pela história pode levar muito mais. Clique aqui para ver informações de horários, visitas guiadas e preços de ingressos, aliás achei o preço bem em conta.
O Convento de Cristo (século XII – século XVIII) é a denominação atribuída a um conjunto de edificações históricas: o Castelo Medieval, a Charola Templária, os Claustros, a Igreja Manuelina, o Convento, a Cerca Conventual (ou Mata dos Sete Montes), a Ermida de Nossa Senhora da Conceição e o Aqueduto Conventual (Aqueduto dos Pegões). Não chegamos a ver o Aqueduto e a Ermida, vendo as fotos depois percebo que terei que voltar um dia.
O início da sua construção remonta a 1160 e está intimamente ligado aos primórdios do reino de Portugal e ao papel então desempenhado pela Ordem dos Templários, tendo sido reconfigurado e expandido nos séculos subsequentes, quando aí estava sedeada a Ordem de Cristo. Como sua edificação foi de 5 séculos estão contemplados ali vários estilos arquitetônicos: românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e o chamado estilo chão.
O Castelo de Tomar foi fundado por Gualdim Pais no reinado de D. Afonso Henriques (1160). A sua construção ligou-se ao processo da reconquista iniciado nesse reinado e ao papel então desempenhado pela Ordem dos Templários.
A Charola Templária é uma edificação religiosa e museológica que serviu de oratório privativo dos Cavaleiros Templários e com prováveis funções sepulcrais, tendo como modelo a Basílica paleocristã do Santo Sepulcro, de Jerusalém. Mais tarde passou a funcionar como capela-mor da igreja edificada no reinado de D. Manuel I. A planta da Charola desenvolve-se em torno de um espaço central, octogonal. Atualmente tem funções culturais e turísticas.
Entre 1510 e 1513 foi construída a Igreja Manuelina. Foi edificada encostada na antiga Charola Templária. Destaque para a famosa Janela do Capítulo da fachada ocidental simbolizando a Árvore da Vida e a Árvore de Jessé, obra de Diogo de Arruda. O Portal Sul da Igreja, de 1515 (foto mais acima), de João de Castilho – considerado o maior arquiteto em Portugal no século XVI e um dos grandes da Europa no seu tempo. No Convento de Cristo foi responsável também por muitas obras, tais como a Abóboda da Igreja, o Arco entre a Igreja e a Charola, diversos claustros, dormitórios, refeitórios, a Ermida, entre outras. Foi também responsável por grandes projetos fora de Tomar, como o Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa.
Dois longos corredores em cruz articulam quatro claustros principais, que em conjunto delimitam um enorme quadrilátero; são eles o Claustro Grande (ou de D. João III), o Claustro da Hospedaria, o Claustro dos Corvos e o Claustro da Micha. Um quinto Claustro, de dimensões mais modestas, foi encostado à fachada ocidental da igreja manuelina, afetando seriamente a sua visibilidade. Do ponto de vista funcional este claustro – Claustro de Santa Bárbara – veio ocupar um lugar chave de transição entre as antigas e as novas edificações. Ao longo dos corredores passamos pelos dormitórios, refeitórios, cozinha e como não podia deixar de ser, pela lojinha.
Terminamos nossa visita com a sensação que ainda tinha muita coisa para ver, mas já era final de tarde e tínhamos que voltar para Lisboa.
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