Passamos por Lisboa no início e no final de nossa viagem. Chegamos no dia 30 de janeiro de 2020 bem cedo e fizemos um roteiro mais curto. No dia 31 fizemos mais alguns passeios e no dia seguinte pegamos a estrada para visitarmos algumas cidades de Portugal.
Retornamos a Lisboa no dia 14 de fevereiro à tardinha, e passeamos por lá até o dia 17. No dia 18 pela manhã, retornamos a Brasília.
A experiência em Lisboa desta vez foi totalmente diferente das anteriores. A escolha do que iríamos visitar tinha que ser na maioria locais inéditos para nós. Achamos que teria pouca coisa para conhecer, ledo engano.
Vou descrever primeiro o que fizemos quando chegamos a Lisboa e, depois, o que fizemos no final da viagem. Nos dias que estivemos em Lisboa optamos por não alugar carro, sábia decisão.
Dia 30 de janeiro de 2020
Minha filha mora em Lisboa, no Bairro Saldanha. Então, nos hospedamos na mesma rua, no Hotel Holliday inn, boa opção. Começamos conhecendo o que tinha por perto e depois seguindo para outros locais.
Nosso roteiro a pé foi: Fundação Calouste Gulbenkian, Igreja São Sebastião da Pedreira, Miradouro do Jardim Eduardo VII, Praça Marquês de Pombal, Igreja de São Mamede, Jardim do Príncipe Real e Jardim e Miradouro de São Pedro de Alcântara. Por volta de 14 horas, depois de andarmos 5 Km, paramos para almoçar no pequeno restaurante local Papo Cheio. De noite, jantamos na praça de alimentação do El Corte Inglês. Veja o mapa do nosso roteiro abaixo.
Em 5 minutos de caminhada do hotel chegamos a Fundação Calouste Gulbenkian.
É um lugar muito agradável para descansar e apreciar os jardins. Entre nosso grupo, só eu não conhecia todo o museu por dentro. Então, optamos por aproveitar apenas a área de jardins.
Trata-se de uma instituição de direito privado, cujos fins são a arte, a beneficência, a ciência e a educação. Criada por Calouste Sarkis Gulbenkian, que deixou seus bens ao país sob a forma de uma fundação, os seus estatutos foram aprovados pelo Estado Português em 18 de julho de 1956.
A Fundação proporciona ao público um vasto programa de atividades culturais, educativas e científicas. É uma das mais importantes fundações europeias. Possui uma Orquestra, um Coro, salas de espetáculos e congressos, uma Biblioteca de Arte e um Museu (coleção do Fundador e coleção moderna), além do Instituto Gulbenkian de Ciência (localizado em Oeiras). Os seus serviços centrais estão sediados em Lisboa e tem delegações em Paris e em Londres, cidades onde Calouste Gulbenkian viveu.
O complexo modernista de edifícios, que inclui a Sede da Fundação, o Museu Gulbenkian e o Jardim, recebeu o Prêmio Valmor em 1975 e o prêmio Monumento Nacional em 2010, constituindo-se como a primeira obra contemporânea a ser considerada patrimônio em Portugal.
Igreja de São Sebastião da Pedreira
Em Lisboa é interessante também conhecer o que se encontra pelo caminho e ter algumas boas surpresas. Esta igreja foi uma delas.
Inaugurada em 1652, no tempo do Rei D. João IV, é uma das raras sobreviventes do terramoto de 1755. Foi dedicada ao mártir cristão São Sebastião, cuja vida é retratada no teto e nos painéis de azulejos das paredes. Seu interior tem características do barroco dos séculos XVII e XVIII.
Sempre digo que este é um lugar obrigatório para ser visitado em Lisboa, principalmente o Miradouro, e em dias de sol. Não esquecendo do Jardim Amália Rodrigues, que está separado do Miradouro por uma rua.Todas às vezes que viemos à Lisboa passamos por aqui. Depois de apreciar a vista, o mais interessante é caminhar até a Praça do Comércio, 3 km abaixo. Neste percurso tem muita coisa para ver. Desta vez descemos apenas até a Praça Marquês de Pombal, 800 metros à diante.
O Parque Eduardo VII foi construído na primeira metade do século XX e é o maior parque da região central de Lisboa. No Miradouro tem um Monumento ao 25 de Abril, inaugurado em 1997, com dois conjuntos de dois obeliscos ao lado.
É impossível ir a Lisboa e não passar por esta Praça. Não costuma ser um local para você ficar, mas é um marco importante da cidade.
O monumento homenageando o Marquês de Pombal foi inaugurado em 1934. A praça presta homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, estadista que conduziu o país para a era do iluminismo,
tendo governado entre 1750-77. A sua imagem, está no alto da coluna, com a mão pousada num leão (símbolo de poder), com os olhos virados para a Baixa, o centro da cidade de Lisboa, que Pombal reconstruiu depois do terramoto de 1755.
Continuamos a caminhada saindo da Praça pela Rua Braancamp e depois seguimos pela Rua Alexandre Herculano até o Chafariz do Largo do Rato. Passamos em frente aos prédios da Procuradoria Geral da República e chegamos à Igreja de São Mamede.
mais uma igreja em que entramos por acaso, pois estava no caminho, e foi mais uma boa surpresa.
Começou a ser construída em 1782, mas as obras se prolongaram por muito tempo, sendo aberta apenas em 1861. Em 1921, um incêndio destruiu-a completamente, logo foi reconstruída e reaberta em 1924.
O nosso próximo destino era o Jardim do Príncipe Real. No caminho estava o Museu Nacional de História Natural e Ciências e o Jardim Botânico de Lisboa (pertencentes a Universidade de Lisboa). Não deu tempo para conhecer nenhum deles.
Local bem agradável. Passamos rapidamente por ele.
Oficialmente Jardim França Borges, localizado perto do Bairro Alto. Foi construído em meados do século XIX. Destaca-se nele um Cedro-do-Buçaco, com mais de 20 metros de diâmetro, o reservatório subterrâneo de água da Patriarcal, o Café/Restaurante, lago, parque infantil, quiosque, escultura do Mestre Lagoa Henriques, em memória do 1º Centenário da Morte de Antero de Quental e o mercado semanal de produtos de agricultura orgânica (biológica) realizado aos sábados.
Seguimos um pouco mais à frente e lá estava o recém restaurado Miradouro de São Pedro de Alcântara.
Miradouro e Jardim São Pedro de Alcântara
Foi construído em 1864 e possui 0,6 hectares, distribuídos em dois níveis. Situa-se na Rua de São Pedro de Alcântara, perto do Bairro Alto.
O jardim tem um pequeno chafariz e uma bela vista da cidade: zona Baixa de Lisboa, Rio Tejo, Castelo de São Jorge, Sé, Igreja da Graça, São Vicente de Fora e muito mais.
Há um mapa em azulejos que ajuda a identificar alguns locais de Lisboa.
Em seguida fomos almoçar. Na região há algumas opções. Escolhemos um restaurante com características de ser frequentado mais por nativos e bem próximo do Miradouro, o Restaurante Papo Cheio. Comida simples, boa e bom preço.
Em outras idas a Lisboa fizemos o percurso inverso, vindo do Chiado e terminando neste mesmo ponto. Alguns metros à diante do Restaurante estão a Igreja e Museu São Roque, que já conhecíamos – vale a pena.
Terminado o almoço bateu o cansaço, pois tínhamos chegado do Brasil às 6 da manhã. Não teve alternativa, pegamos um transporte de aplicativo e fomos descansar para ter energia para o dia seguinte.
De noite fomos comer alguma coisa perto do Hotel no El Corte Inglês. Ótimo lugar, pois no piso -1 tem comidas rápidas e mais simples e no 7º andar uma área com vários restaurantes gourmet.
Dia 31 de janeiro de 2020
Este dia amanheceu chuvoso e acabamos dormindo até mais tarde. Aproveitamos para comprar algumas coisas na loja Zara, ao lado do El Corte Inglês, e almoçar na mesma região e só depois iniciar nosso passeio.
O local escolhido foi Belém. Por mais que já tenhamos ido a Belém sabemos que é uma região com muita coisa para fazer e mesmo que não queira entrar em um museu, por exemplo, só de andar pelos jardins e curtir a vista do Rio Tejo já compensa. Fomos de transporte por aplicativo.
Chegamos lá por volta de 15 horas e o objetivo era visitar 3 museus que não conhecíamos: o MAAT, Museu de Arte,Arquitetura e Tecnologia) e Museu da Eletricidade (Central Tejo) que faz parte do Complexo do MAAT. Por fim o Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo.
A opção de visitar museus nesta tarde foi o que já pretendíamos e coincidiu com tempo chuvoso, que acaba sendo propenso a este tipo de programa.
Museu da Eletricidade(Central Tejo)
O prédio, o visual do Rio Tejo e da Ponte 25 de Abril já chamam a atenção e despertam a curiosidade de quem passa por ali, mas tudo isto torna-se completo com o que tem por dentro.
A Central Tejo foi construída entre 1908 e 1951 passando por diversas fases de ampliação. O seu edifício desenvolve-se no perímetro da antiga central termoelétrica – Central Tejo, que iluminou a cidade de Lisboa durante mais de quatro décadas. Ela constitui o antigo Museu da Eletricidade e apresenta nos seus espaços, o passado, o presente e o futuro das Energias, num conceito de Museu de Ciência e de Arqueologia Industrial, onde convivem lado a lado exposições temáticas e experimentais, com os mais variados eventos culturais e empresariais.
Vale a pena conhecer de perto o processo de geração de energia termoelétrico, no caso desta movida a carvão, além do edifício por dentro, que também é interessante, e a parte iterativa do museu.
Os ingressos podem ser comprados separadamente, do MAAT e a Central Tejo, ou juntos com um pequeno desconto. Consulte o horário de funcionamento.
Ele foi aberto em 1990, depois passou um tempo fechado para restauração e foi reaberto em 2006.
Nosso próximo destino foi o prédio novo do MAAT, que sempre que passamos em frente, no calçadão do Rio Tejo, queremos entrar, mas nunca tínhamos entrado e também, infelizmente, não foi desta vez, estava fechado até março, para manutenção.
Seguimos então para o Museu de Arte Moderna Coleção Berardo, passando em frente ao Palácio Nacional e dos bonitos jardins, e como não podia deixar de ser, comer um pastel de belém (o original pastel de nata).
Arte moderna nunca foi um grande atrativo para nós, mas só o edifício, como foi o também no caso do MAAT, já chamava a atenção, e resolvemos, então, o conhecer por dentro. Para saber o valor do ingresso clique aqui. Observe que muitos dos museus na Europa possuem um dia de entrada grátis.
As salas são coloridas e espaçosas com obras interessantes.
Foi inaugurado em 25 de Junho de 2007 e recebe exposições temporárias e uma coleção permanente (Coleção Berardo), que representa a arte moderna e contemporânea, nacional e internacional.
José Manuel Rodrigues Berardo, conhecido como Joe Berardo, é um empresário e conhecido colecionador de arte português. Desde menino colecionava selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha. A revista Exame avaliou a fortuna de Berardo como a nona maior de Portugal, porém sua história é bastante controversa, como pode ser observada no link no início do parágrafo.
O Museu está instalado no CCB – Centro Cultural de Belém. O seu acervo inicial (2007) era composto por 862 obras e foi avaliado pela Leiloeira Christie’s em 316 milhões de euros.
Quando saímos já tinha escurecido e fomos surpreendidos como uma bela visão do Mosteiro dos Jerônimos.
Depois deste pequeno passeio, pegamos um transporte por aplicativo e voltamos para o hotel, pois no dia seguinte o nosso destino era pegar o carro que alugamos e iniciar nosso passeio por algumas cidades do norte, começando por Braga.
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