Morar na Europa tem muitas vantagens, uma delas é poder dar uma escapadinha para outros países no meio do semestre letivo. Dessa vez, a cidade escolhida foi Milão, no Norte da Itália.
Chegamos em Milão no dia 9 de novembro de 2022 por volta das 13h30. Nosso voo era da Ryanair, que chegava pelo Aeroporto de Bérgamo, a uma hora de Milão. Junto com a passagem aérea compramos o transfer até a estação Milano Centrale. Todos os ônibus já ficam logo na saída do desembarque no aeroporto e são fáceis de encontrar. No entanto, fique atento, pois entramos no ônibus (o únco da nossa empresa que estava no local), mostramos o bilhete (que foi lido pela máquina), mas quando percebemos tínhamos chegado em Brescia, cidade do lado contrário de Milão, que também fica a aproximadamente uma hora do aeroporto de Bérgamo. Ao constatarmos que estávamos no lugar errado, falamos com o motorista e ele disse que a solução era comprarmos um bilhete de trem para Milão. Ou seja, além de perdermos tempo, acabamos por gastar mais 7,50 € em cada passagem e levamos mais uma hora para chegar a Milão. Apesar do erro, foi bem tranquilo todo o trecho da viagem, tanto o do ônibus quanto o do trem.
Chegamos na estação Milano Centrale, que por si só já é um belo ponto turístico. Lá aproveitamos para já comprar o ticket de transporte para os próximos dias. Compramos o bilhete com 10 viagens, que custou 18 €. As passagens são válidas para as zonas Mi1, Mi2 e Mi3, as principais da cidade, e cada bilhete pode ser usado durante 90 minutos a partir da sua validação. Se achar que não vai usar muito os transportes pode comprar o ticket único de 2 € a cada viagem; e se for passar alguns dias seguidos em Milão pode comprar os tickets que servem, por exemplo, para três dias consecutivos.
Tickets comprados, pegamos a linha vermelha do metrô, a que mais usamos na viagem, e fomos para o hostel. Reservamos o Panda Hostel, com bom custo benefício e ótima localização, na estação Loreto, que é muito perto da estação Milano Centrale e dos principais pontos turísticos.
Em Milão, também é muito comum o uso de bicicletas. Apesar de não haver ciclovias em toda a cidade, os ciclistas locais costumam andar mesmo na rua junto aos carros. Como estava chovendo não usamos bike, mas se optar por ela é só fazer o cadastro no site da empresa BikeMi, que oferece vários pontos para pegar e devolver bikes pela cidade. A diária da locação fica em torno de 2,50 €.
Infelizmente, com o atraso do voo para decolar de Lisboa, de onde saímos, e do erro com o ônibus para sair do aeroporto, acabamos por perder mais de duas horas. Quando chegamos ao hostel já estava perto de escurecer devido à época do ano. Mas rapidamente deixamos as coisas no quarto e partimos para a Duomo di Milano, ponto mais famoso da cidade.
Ao sairmos da estação Duomo, que também é na linha vermelha, já vimos a Catedral, que traz uma primeira impressão de Milão de tirar o fôlego. É realmente muito linda! Visitamos também a Galleria Vittorio Emanuele II, que fica ali do lado, e andamos um pouco por aquela região. Por ali também fica o Quadrilátero de Moda, formado pela Via della Spiga, Via Montenapoleone, Via Manzoni e Corso di Porta Venezia – é o coração da capital da moda. Não sei se fomos a cada uma dessas ruas, apenas demos uma volta por lá. Por ser o centro da moda, não faltam lojas das marcas mais luxuosas e exclusivas no mundo. Depois disso, voltamos cedo para o hostel porque o dia seguinte ia começar cedo.
No dia seguinte, pegamos novamente o metrô da linha vermelha para a estação Conciliazione, que fica a quatro minutos a pé da Igreja Santa Maria delle Grazie. Ao lado da igreja está o museu com uma das pinturas mais famosas de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, Em Italiano – Cenacolo Vinciano. É um passeio imperdível em Milão, especialmente para os apreciadores de arte. É muito importante reservar com antecedência no site oficial, pois os ingressos costumam esgotar. A visita pode ser livre ou guiada, ambas levam cerca de 15 minutos. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria meia hora antes da visita e há a opção de preço reduzido para jovens e outras categorias. Todas as informações estão no site, em inglês e em italiano.
Outra opção de passeio próximo a esse local é a Igreja San Maurizio al Monastero Maggiore, que tem entrada gratuita, mas não conseguimos ir, e o Museu Leonardo Da Vinci. Na verdade, há dois museus do Da Vinci, um próximo a Galeria Emanuelle II e outro em Conciliazione. É uma boa opção extra, caso tenha interesse ou tempo. O Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo Da Vinci é o maior museu do gênero na Itália.
Depois de visitar a Igreja Santa Maria delle Grazie e a famosa obra, no caminho para o Castello Sforzesco, passamos pela Chocolat Milano, que parece ser uma boa opção para tomar um café. É bem recomendado (avaliação do Tripadvisor), mas optamos por andar mais um pouco e comemos em um café na estação Cadorna. Os cafés nas estações costumam ser uma boa opção, normalmente são mais em conta e, apesar de cheios, as pessoas comem rápido ou levam a comida, por estarem ali só de passagem.
Enfim, bem alimentados, o que é uma tarefa fácil estando na Itália, fomos para o Castello. É possível entrar por diversos locais, entramos pelo primeiro que vimos e depois saímos pela porta principal, a Porta del Filarete. Lá dentro tem alguns museus, e o ingresso é válido para todos. Realmente tem muita coisa para conhecer e seria facilmente possível passar o dia todo lá. Mas optamos por entrar só no castelo, que é de graça, e caminhar pelo Parque Sempione até chegar ao Arco Della Pace. O Arco da Paz de Milão, com seus 25 metros de altura, é um monumento grandioso que foi encomendado por Napoleão Bonaparte, a fim de comemorar suas vitórias, mas só terminou de ser construído depois da derrota de Napoleão em Waterloo. Por isso, o Arco celebra a “paz” entre os países da Europa. Além disso, ele fica na Piazza Sempione e marca uma das portas históricas de Milão, a Porta Sempione.
Continuamos caminhando pelo parque até voltarmos para o castelo e seguimos o passeio pela famosa Via Dante, rua comercial, localizada entre o Castello Sforzesco e a Piazza Cordusio. Essa rua tem vários restaurantes, cafés, lojas e prédios dos séculos XVIII e XIX. Já próximo a praça, entramos no Starbucks Reserve Roastery, uma cafeteria especial do Starbucks com a proposta de celebrar a paixão pelo café.
Aproveitamos para passar pelo Teatro alla Scala, pois não havia dado tempo no dia em que chegamos. O lugar é uma das casas de ópera mais famosas do mundo, infelizmente não deu para visitarmos, assim, teremos que voltar a Milão porque realmente a cidade tem muito que conhecer e visitar.
Fomos então para o Bairro de Brera, conhecido como o bairro artístico. Caminhamos por lá, passamos pela Igreja Santa Maria del Carmine e fomos até a Pinacoteca di Brera. O ingresso da pinacoteca custa 10 €, acabamos optando por não visitá-la, afinal não dava tempo para fazermos tudo e demos prioridade aos passeios gratuitos. Mas sem dúvida é uma boa opção para visitar, pois conta com belas obras de arte. No bairro há também opções de restaurantes para todos os bolsos. Milão costuma ter um preço bem similar em todos os restaurantes, uma boa forma de se guiar é ver o preço da Pizza Margueritta, que varia entre 7 e 10 €, e as massas, na faixa de 12 a 16 euros. Achar locais mais em conta não é tão fácil, mas a qualidade da comida costuma ser ótima em qualquer local, e claro, para aqueles que apreciam a boa gastronomia, Milão também está cheia de opções, mas aí o gasto já será bem maior.
Quando terminamos de almoçar, o tempo, que estava nublado desde que chegamos, começou a abrir. Aproveitamos a oportunidade para visitar a Duomo e subir no Duomo Rooftops. O ingresso só para a igreja é mais barato, mas uma vez em Milão optamos por subir também para o telhado. O ingresso tem o valor de 20 € para subir de elevador, ou 15 € para ir de escada (251 degraus) – confira as opções. Importante ressaltar que apenas a subida é de elevador, a decida é sempre de escada, e o local não é de fácil acesso para pessoas com mobilidade reduzida, apesar da opção do elevador. Os ingressos são facilmente comprados ao lado do Museu da Duomo e dão acesso ao museu, à igreja, à área arqueológica e ao rooftop. Não vi esta informação lá, mas o ideal é visitar o rooftop primeiro, uma vez que as escadas para descer saem dentro da igreja. Sempre há um pouco de fila, mas pelo menos nessa época do ano foi tranquilo. Além disso, segundo a informação que está no site, o ingresso é válido por 3 dias a partir da data escolhida. Não sei se isso serve apenas para reservas com antecedência ou se pode ser também para os ingressos comprados na hora. Vale comentar também que para visitar a Duomo aos fins de semana é preciso reservar.
A visita foi muito bonita, mas quem espera uma linda vista da cidade do rooftop pode acabar por se frustrar um pouco. A vista fica meio bloqueada pelas próprias colunas da igreja, mas apesar de caro, valeu a pena subir para ter uma noção melhor da arquitetura do monumento e observar de perto.
Depois de tanto andar, escolhemos um local movimentado mas com uma vista incrível para tomar um café, o Gran Caffè Visconteo. Outra opção perto com uma linda vista da Duomo é o Terrazza Aperol (passamos por lá na nossa primeira noite). Uma sugestão é ir lá para conhecer e observar a igreja rapidamente ou então sentar-se estiver disposto a gastar bastante. A bebida que dá nome ao terraço é o Aperol, bebida italiana muito conhecida e apreciada por lá. O drink Aperol Spritz é o mais vendido e talvez tenhamos bebido mais ele do que água ao longo da viagem, o que não é muito saudável, mas altamente recomendado por mim, apesar de muitas pessoas não gostarem, eu adorei.
Outras opções para visitar próximas à Duomo são a Basilica di Santo Stefano Maggiore e a Igreja San Bernardino alle Ossa. Nesse dia não deu tempo de visitá-las porque tínhamos que voltar para a visita de um de nós à Última Ceia, pois infelizmente não tinhamos conseguido ir juntos devido a falta de ingressos, que são com hora marcada; eu fui às 8h15 da manhã e meu namorado foi às 18 horas. Enquanto ele visitava o museu, aproveitei para encontrar uma amiga, que está morando em Milão, em um bar perto para tomar mais um Aperol Spritz. Infelizmente não conseguimos visitar as igrejas em outro dia.
No nosso terceiro dia de viagem optamos por fazer um bate e volta a Veneza. Para quem vai ficar muitos dias em Milão são várias as opções de passeios próximos para fazer em um dia. Verona e Lago di Como também são algumas opções muito escolhidas, mas decidimos ir para Veneza, pois queríamos muito conhecer. Leia sobre Veneza abaixo em “Posts Relacionados”, ou clique aqui.
O quarto dia de viagem foi um pouco mais leve, pois já estávamos bem cansados dos ultimos dois dias intensos. Nesse dia, pegamos a linha verde do metrô, que também passava pela estação do nosso hostel. Aproveitamos para visitar alguns lugares que tinham faltado e que, apesar de não serem tão próximos uns dos outros, ficam na mesma linha de metrô, então o acesso é fácil e utilizamos as últimas passagens que já tinhamos comprado. Fomos até a estação Garibaldi FS, por lá é possível ver uma área mais moderna de Milão e o Bosco Verticale, prédio conhecido por ter árvores nas sacadas. Caminhamos pela região e fomos em direção a Corso Como, uma rua que é um ótimo lugar para quem está buscando cultura, gastronomia, música e comércio no mesmo local. As ruas são interessantes, e o complexo 10 Corso Como, é um dos principais pontos, onde há uma loja e um café bem diferentes. Além disso, ande até a Porta Garibaldi.
Saímos de lá também pela estação Garibaldi FS, queríamos andar mais pela área moderna. Pegamos novamente a linha verde até a estação de Sant’Ambrogio para visitar a Basílica de Sant’Ambrogio, que é uma das igrejas mais antigas de Milão e é considerada a segunda mais importante. A passagem por lá foi rápida, conseguimos aproveitar a mesma passagem do metrô, pois ainda estávamos dentro dos 90 minutos e continuamos até a estação Porta Genova FS, em direção à Porta Ticinese para conhecermos o Bairro Navigli.
O Bairro Navigli tem canais que ligavam a cidade aos Lagos de Como, Maggiore e Ticino. Aos sábados, pelo que pesquisei antes da viagem, há uma feira, a Fiera Di Sinigaglia. Mas quando chegamos lá não a vimos. Talvez fosse tarde e já tivesse acabado ou então já não a fazem mais. Claro que não poderíamos perder a chance de parar para tomar um último Aperol Spritz para nos despedirmos de Milão em um dos bares perto do canal. A região tem uma boa vida noturna e é cheia de bares e restaurantes. Jantamos no Sabbia d’Oro, que apesar de não ser em frente ao canal é um ótimo restaurante com bom custo benefício.
No último dia, aproveitamos o tempo aberto para passar uma última vez pela região da Duomo e tirar algumas fotos. De lá, fomos direto para a estação Milano Centrale, pois é próximo de lá que saem os ônibus da Terravision, forma mais econômica de ir de Milão para o aeroporto de Bergamo e vice-versa. Saímos da estação, pudemos ver a Piazza duca d’aosta e depois fomos a Piazza Luigi Savoia, que é ao lado da estação, e é de lá que saem os ônibus. O ideal é comprar seu bilhete com antecedência para garantir seu lugar. A passagem é de 10 € ou de 18 € ida e volta. O voo até Lisboa é de 3 horas, então, aconselho comer antes pois no aeroporto há poucas opções e são bem mais caras que na cidade. E foi então assim, no domingo à tarde, que finalizamos mais uma viagem incrível! Cansados, mas muito felizes!
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