Embora a ideia do blog seja falar das viagens em família, os filhos estão crescendo e começando a alçar voos solos. Decidimos, então, publicar as experiências deles em suas viagens.
O primeiro mochilão foi realizado na Europa, em dezembro de 2018. Viajar pelo velho mundo não é uma viagem barata, mas puderam economizar ao se hospedarem na casa de amigos e em hostels, e comprando as passagens com antecedência em empresas aéreas de baixo custo, levando apenas uma mochila de 10 kg como bagagem.
Mas a história é deles, então, deixemos que eles mesmos contem aqui para vocês.
Para muita gente, viajar sem malas e com pouco dinheiro é uma ideia completamente fora da realidade, mas que na verdade é mais acessível do que se possa pensar. Mochila, uma coisa tão simples, né? Mas de alguma forma, e para algumas pessoas, esse objeto significa muito mais do que apenas um lugar para acondicionar e transportar suas roupas. Os tão famosos, especialmente na Europa, designados mochileiros, carregam 10 kg nas costas como se fosse uma pluma e estão sempre, apesar de todos os perrengues e dificuldades, com um sorriso no rosto que mostra que ali carregam nada além de amor por viajar. Mas você não poderia fazer isso com uma mala? Aí que está a questão, o viajar com o tal do mochilão vai além de realizar uma simples viagem. Ele engloba todo aquele sentimento que você carrega junto, aquela ansiedade para fazer tudo caber, o medo de pedirem para despachar a bagagem quando você sabe que não tem dinheiro para isso, a felicidade de estar ali, sozinho, carregando seu mundo nas costas, tudo para conseguir conhecer um novo mundo, aquele fora da sua mochila.
Quanto à questão de ser acessível, isso varia muito do bolso de cada um. Eu poderia escrever páginas e páginas de dicas que talvez para você não serviriam de nada. Então vamos pelo básico que se aplica para todos. Primeiramente, mochilar não tem que ser só na Europa. O que mais encarece a viagem são as passagens do Brasil para outro continente. Assim, uma ótima opção para reduzir os custos é viajar pela América Latina mesmo (no meu caso, como já moro na Europa, vale mais a pena ficar por aqui mesmo). Segundo, faça amigos, conheça pessoas no mundo todo! A melhor coisa é poder reencontrar aquelas pessoas queridas que moram fora e que você não vê há anos e além de tudo ainda não ter que gastar com hospedagem. Caso não conheça ninguém (e não seja fresco, se for já pode desistir de mochilar), busque aquelas opções mais baratas, como um hostel ou albergue; o fato de oferecerem quartos e banheiros compartilhados diminui bem o custo da diária (para quem tem mais tempo, pode valer a pena buscar opções como um au pair). Bom, sem frescuras tudo fica mais fácil, se joga nas economias, deixa de ir naquela festinha no fim de semana, tente parar de comer fora. Depois de um tempo aquele sonho já fica bem mais próximo da realidade. Pesquise, leia, busque informações, trace roteiros (deixando espaço para o improviso). Isso faz você ganhar muito tempo durante as viagens. E não olhe apenas para fotos alheias no Instagram e ache que sua viagem vai ter todo o luxo que a dos outros teve. Se seu objetivo é dar um rolê low cost, vá com a mente aberta para dar um rolê low cost.
Já no que diz respeito ao deslocamento, foco nas dicas de compra de passagem (não vou citar nenhum site específico, descubra você os que mais gosta). É isto gente, o único jeito de conseguir passagem barata é indo atrás. Não espere que caia uma promoção do céu e que sua viagem perfeita aconteça. Cada um tem seus métodos de compra de passagem e talvez você também encontre os seus. É importante perceber que os preços variam muito, mas muito mesmo, então não ache que vai conseguir comprar aquela passagem dos sonhos nos seus 15 minutos de intervalo do trabalho. Lembre-se que toda viagem requer um mínimo de preparação, você precisa separar um tempinho para organizar melhor seus roteiros e anotar dicas. Perder tempo em viagem é perder dinheiro, especialmente em moeda estrangeira. Assim, meus métodos para compra de passagem são: pesquisar, preferencialmente, nas madrugadas de terça para quarta-feira (quase ninguém fica acordado a essa hora, então, costumam rolar as promoções relâmpago), usar a aba anônima dos computadores (assim as empresas aéreas não conseguem registrar quais os trechos que você está procurando), comparar sites que mostram os preços de várias companhias com o da própria companhia (às vezes comprando diretamente no site da empresa aérea pode sair mais barato do que em sites de busca que mostram várias empresas). Sempre olhar a opção múltiplos destinos dos sites, pode ser que você consiga fazer um stopover (quando adiciona uma conexão de mais de 24h no seu voo) e ainda visitar outro país sem pagar mais pela passagem. O principal é estar sempre de olho. Baixe aplicativos no celular e ative os alertas de promoções, elas acontecem sim, e com muita frequência. Basta ficar ligado e correr para comprar quando encontrar uma que satisfaça seu bolso. No caso de viagens pela Europa, vale a pena viajar nas companhias low cost (é possível encontrar passagens por menos de 20 euros), ou então buscar outros meios de transporte, como trem e ônibus, principalmente quando tiver mais tempo livre e quando os trajetos não forem tão longos.
Depois de tudo organizado, basta relaxar e apreciar a melhor experiência de vida que alguém pode ter. Na minha opinião, o mais difícil é escolher o roteiro, depois disso, é só felicidade, aprendizado e risadas pelos micos que você paga tentando se comunicar em outras línguas. Dito tudo isso, agora vou contar um pouco sobre o meu primeiro mochilão.
SUÍÇA
Como estou morando em Lisboa, tudo fica mais fácil no que diz respeito a viajar pela Europa. Saí no dia 13 de dezembro de 2018 e peguei um voo para Zurique, na Suíça, onde encontrei meu irmão (que chegou lá no dia anterior). Nós ficamos na casa de um casal de amigos em Lucerna, que facilitou muito toda a logística dos passeios. Cheguei tarde da noite à casa deles e só comecei os passeios no dia seguinte. Não se preocupe, na Suíça todos falam bem inglês, o que facilita muito na hora de conhecer o país. Além disso, apesar do frio, não tem como o passeio ser ruim, pois é tudo lindo. Esteja bem preparado com roupas próprias para a neve, que é possível aproveitar muito os esportes de inverno e as visitas imperdíveis às montanhas. (No verão, um casaco sempre vai bem, pois venta muito nas montanhas).
O primeiro passeio foi a Engelberg, um pequeno vilarejo a 35 km de Lucerna, com muitas opções de diversão com muita neve! Simplesmente um dos lugares mais bonitos que já visitei na vida. Fomos de carro, no entanto, é possível também ir de trem. Os preços para a subida nas montanhas suíças variam de acordo com diferentes critérios. Na maioria delas, o que determina o valor do passe é se você vai subir só uma ou mais vezes.
No segundo dia, conhecemos um pouco de Lucerna. Começamos pela estação de trem. Seguimos a pé pela charmosa cidade e visitamos a Igreja Hofkirche, o monumento do leão Löwendenkmal, e as pontes Spreuerbrücke e Kapellbrücke .
Depois fomos para a famosa montanha Pilatus , localizada em Kriens, onde pegamos o teleférico até o topo. Apreciamos a vista em um lindo dia de sol e depois descemos de teleférico até a primeira estação, onde continuamos a descida a pé até uma Tea House, que nos proporcionou a experiência de degustar diversas comidas e bebidas típicas da região. Continuamos descendo a pé por mais 45 minutos até chegarmos à base da montanha.
Como era sábado, aproveitamos para conhecer a night de Lucerna. Nos reunimos com algumas amigas e fomos a dois bares/baladas bem locais, o Bar 59 e o The Black Sheep. Com entrada gratuita, pudemos vivenciar um pouco mais do que os jovens suíços fazem nas noites de inverno.
No domingo, meu último dia, peguei um trem na Estação de Lucerna com destino a Zurique. Toda a infraestrutura de transporte nas cidades funciona perfeitamente bem. As passagens são facilmente compradas em máquinas e a pontualidade e eficiência dos ônibus e trens é impressionante. Assim, passei o dia em Zurique, desembarcando na estação Zurich HB (onde deixei a mochila num locker).
Fui passear pelo centro da cidade, visitando o Lake Zurique, a feira de Natal na praça em frente à incrível Ópera House, a Igreja Matriz, e apreciando a vista do Lindenhofplatz . Depois de andar muito pela cidade, peguei o trem com sentido ao aeroporto na mesma estação em que cheguei. Muito prático, pois parei dentro do Aeroporto e bem perto da área do check in e do embarque.
Retornei a Lisboa, pois tinha aulas na segunda, e voltei a viajar na quarta para me encontrar com meu irmão novamente, que tinha ido direto de Zurique para nosso próximo destino, Londres.
INGLATERRA
Saí de Lisboa para Londres no dia 19 de dezembro. Cheguei pelo Aeroporto Stansted, que fica uns 50 km a noroeste da capital. Londres tem oito aeroportos, todos bem distantes do centro. Apenas o Aeroporto London City é mais central, no entanto, as passagens aéreas pra lá costumam ser bem mais caras do que para os outros aeroportos. Mas fique atento, pois há o custo de deslocamento do aeroporto para o seu local de hospedagem, então, nem sempre compensa desistir do aeroporto central só pelo fato da passagem ser mais cara.
Cheguei por volta das 19 horas, passei tranquilamente sozinha pela imigração e pedi informação sobre como ir para o centro da cidade (já tinha pesquisado antes, mas quis ter certeza). Comprei um bilhete de ônibus da National Express por 10 libras, dentro da área do desembarque mesmo. Depois de uma hora e meia aproximadamente estava na porta da King’s Cross, a famosa estação da plataforma 9 e 3/4 do Harry Potter e que tem destinos de trem para toda a Europa. Vale a pena conhecer e entrar na loja oficial do livro/filme. Mas enfrentar a fila pra tirar foto no carrinho entrando na parede é só para os que são fãs de verdade!
Saí da estação e segui a pé para o hostel em que fiquei com meu irmão. Cerca de 15 minutos da King’s Cross e com fácil acesso a ônibus, o Clink 78 é uma ótima opção de hospedagem pra quem busca um hostel animado! O local tem uma decoração linda e está na lista feita pelo hostelworld dos 99 hostels tão sensacionais que dá vontade de morar.
Gosto de destacar o quão importante é pesquisar um pouco sobre a cidade que você vai visitar antes de ir. Por exemplo, no que diz respeito ao passe de transporte eu não procurei informação o suficiente e acabei gastando dinheiro a mais sem necessidade. O transporte público em Londres é muito caro comparado a outras cidades europeias. O passe único do metrô estava 4,50 libras quando fui, enquanto em Lisboa custava menos de dois euros. Uber e táxi, então, nem se fala! Muito caro! Só no fim da viagem é que fui descobrir que a melhor opção teria sido pegar um Oyster Card, que oferece várias tarifas, sendo possível cada um encontrar a que encaixa melhor de acordo com sua viagem.
Agora vem a parte difícil, o que visitar em Londres?
Acabou que eu e meu irmão decidimos o roteiro de acordo com nossas preferências e nosso pique durante os 5 dias que ficamos por lá. A cidade é absurdamente grande e tem passeios para todos os gostos. Difícil dizer quais são os imperdíveis porque tudo é simplesmente incrível! Então vou só colocar aqui algumas dicas, comentários e a lista dos lugares que visitamos.
Além desses lugares, entramos rapidamente na Royal Opera House, ao lado do Covent Garden, mas só para visitar o prédio em si. Só é possível entrar na ópera com ingressos para algum espetáculo.
Tudo isso sem contar com outros prédios, igrejas, mercados, lojas, bairros, museus e praças que muitas vezes nem sabíamos o nome e que talvez nem sejam tão conhecidos, mas que também são atrativos como qualquer esquina da cidade.
Uma ótima sugestão de rolê pra night londrina, especialmente para aqueles que viajam sozinhos, é fazer um Pub Crawl. A ideia já virou febre nas principais cidades da Europa e é incrível! Um guia leva você para diversos bares na cidade com algumas bebidas incluídas no “ingresso” e a noite termina em uma balada. No nosso caso, pagamos 17 libras e fomos para a Ministry of Sound, uma das melhores do mundo, principalmente para aqueles que amam música eletrônica.
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