O Palácio da Alvorada está localizado em Brasília, Distrito Federal, numa península que divide o Lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte, no Setor Palácio Presidencial, Zona Cívico-Administrativa, e abriga a residência oficial do Presidente da República. Bem próximo dali está a residência oficial da Vice-Presidência da República, o Palácio do Jaburu. Toda a região é considerada uma área de segurança nacional, sendo, no entanto, de livre acesso para o público.
Para ir até o Palácio, a melhor alternativa é de carro, mas é possível ir de ônibus também saindo da Rodoviária de Brasília, localizada na área central da cidade (a 7 km dali), sentido Vila Planalto ou Palácio da Alvorada. O ônibus passa pela Via Palácio Presidencial. De qualquer forma, é necessário caminhar um pouco do ponto de ônibus até o Palácio.
O Palácio da Alvorada foi projetado por Oscar Niemeyer e por sua filha Ana Maria Niemeyer, que foi responsável pela decoração.
Ele foi inaugurado em 30 de junho de 1958, sendo o primeiro prédio em alvenaria da Capital. Durante dois anos, foi utilizado também como local de trabalho do Presidente, pois o Palácio do Planalto foi inaugurado apenas em 1960.
Antes da inauguração do Palácio da Alvorada o Presidente morava no Catetinho.
Há duas versões para o nome “Alvorada”: a primeira está ligada à homenagem do Presidente Juscelino Kubitschek ao amigo e Ministro Victor Nunes Leal, nascido no Distrito de Alvorada, em Carangola, Minas Gerais; e a segunda diz respeito à forma como Presidente Kubitschek descrevia a Nova Capital – “alvorada de uma nova era”.
Em 2017, fizemos uma visita guiada ao interior e aos jardins do Palácio da Alvorada. Infelizmente, já faz alguns anos que a visitação foi proibida. Atualmente, maio de 2023, ainda não está liberada.
O que nos motivou fazer este post agora foi a liberação do acesso até a frente do Palácio (o espelho d’água), que ficou bloqueado nos últimos anos, do Palácio do Jaburu ao Palácio da Alvorada. Em 2023, o Presidente Lula resolveu devolver ao povo a oportunidade de ver o Palácio, mesmo que de longe. Esperamos que em breve seja possível visitar seu interior, que é espetacular.
A visita guiada ao Palácio passava pelo Hall de Entrada, Capela, Salão de Estado, Biblioteca, Salão Nobre, Sala de Música, Salão de Banquetes e Jardins. O subsolo, onde estão localizados a cozinha, a despensa, o almoxarifado, o salão de jogos, a lavanderia, o auditório e a administração do Palácio; e o primeiro andar, onde estão localizadas oito suítes, não ficavam abertos para visitação.
Antes mesmo de passarmos pela guarita da entrada, vemos um espelho d’água com algumas carpas (em 2023, já não existiam mais) em frente ao gramado, e três mastros de bandeira – do Brasil, do Mercosul e a Presidencial (somente hasteada quando o Presidente se encontra no Palácio).
Dali, observava-se também um imenso gramado por onde passeavam livremente algumas emas (infelizmente, “retiradas” pelo Governo anterior). A ave é encontrada nas áreas de campos abertos e no cerrado e é considerada a maior e mais veloz ave das Américas. Ela come de tudo, inclusive cobras. Reza a lenda que o Presidente Geisel mandou retirá-las do Palácio por causa de seus cachorros, que eram bicados por elas. Pouco tempo depois, no entanto, apareceu uma cobra dentro do Palácio e o Presidente mandou que voltassem imediatamente com as emas.
Iniciando a visita guiada, a primeira parada era em frente ao Palácio, onde nos surpreendemos com sua fachada com colunas revestidas de mármore branco, símbolos de Brasília, que refletem no espelho d’água. Destaca-se ainda a escultura em bronze, denominada “As Iaras”, obra do artista plástico e escultor brasileiro Alfredo Ceschiatti.
A Capela também foi projetada por Oscar Niemeyer. Com arquitetura inspirada na forma de um caracol, permite a entrada da luz do sol pela porta e por uma janela (dispostas em lados opostos). A luz reflete sobre as paredes douradas e ilumina toda a Capela, que não conta com iluminação elétrica. À noite, o local é iluminado apenas por velas.
A decoração da Capela é de Athos Bulcão com a participação de Portinari, que idealizou as paredes em lambris de jacarandá-da-bahia, folheados a ouro.
A Capela foi dedicada a Nossa Senhora da Alvorada (Nossa Senhora da Conceição), em cerimônia realizada em 29 de janeiro de 1961.
No teto, a pintura tem desenhos de peixe e cruz, que simbolizam o cristianismo, e do sol e da lua, que simbolizam a alvorada.
A porta é em alumínio anodizado com vários quadrados coloridos.
O Hall de Entrada tem pé-direito duplo, carpete vermelho e uma parede dourada que expõe o discurso de lançamento da pedra fundamental da nova Capital da República, um descrição do espírito que acompanhou os pioneiros construtores das obras liderados por Juscelino Kubitschek: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites em seu grande destino” (JK, 02/10/1956).
O Salão de Estado é utilizado para receber autoridades estrangeiras e para vídeo-conferência. Destaque para:
A Biblioteca tem aproximadamente 4 mil livros, entre eles, exemplares de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Celso Cunha, Antônio Houaiss, Francisco Assis Barbosa, Edson Nery da Fonseca. Outros destaques:
O Mezanino é uma área de circulação que interliga a Biblioteca, o Salão Nobre e o Hall de Entrada. Destaques:
O Salão Nobre é utilizado para os eventos sociais. Destaques:
O Salão de Banquetes tem capacidade para receber até 50 convidados (a mesa pode ser expandida de acordo com o o número de convidados). Destaques:
Os jardins são maravilhosos! É uma pena ser tão rápida a passagem por eles, além do visitante não poder andar por todo o espaço. Seria muito bom se pudesse ir até as margens do lago interno e também do Lago Paranoá.
O projeto de paisagismo foi de Yoichi Aikawa – o mesmo paisagista do Palácio Imperial do Japão.
A piscina mede 50 x 18 metros e sua profundidade varia de 0,70 até 2,10 metros, com azulejos azuis “Brenand“. Ao lado tem uma pérgula com bar e churrasqueira.
A escultura em bronze é de Maria Martins – “Rito dos Ritmos”, que, segundo a autora, são braços e pernas entrelaçados e coroados por uma estrela.
Para ilustrar um pouco mais o post, veja o vídeo do Palácio do Planalto do Wikipédia.
Esperamos ansiosamente que as visitas ao Palácio da Alvorada sejam retomadas – consulte o site do Palácio para verificar, mas independente disso, vale muito a pena ver o Palácio por fora apenas.
Indo ao Palácio da Alvorada aproveite para conhecer o entorno, onde está o Museu de Arte de Brasília (post do Brasília na Trilha), o Edifício do Palace Hotel (projeto de Oscar Niemeyer), além de apreciar a bela orla do Lago Paranoá e a Concha Acústica (anfiteatro), que foi o primeiro grande palco de Brasília. Nesta região tem opções de restaurantes.
Observe ainda a Ponte JK do estacionamento do Palácio, é uma vista diferente de outros pontos de observação.
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