Nossas férias de fevereiro de 2018 começaram por Barcelona e, na sequência, Porto, em Portugal. Saímos de Barcelona para Porto no dia 19 de fevereiro, de avião, pela empresa Vueling – bom preço, pontualidade e facilidades para despacho de bagagem.
Do aeroporto para o centro de Porto (Praça da Liberdade), onde estávamos hospedados, fomos de táxi. Poderíamos ter ido de metrô ou de transporte por aplicativo. Optamos pelo táxi porque estávamos em 4 pessoas mais as bagagens e achamos que não caberia nos carros de transporte por aplicativo, pois não vimos a opção de carro grande. Já o táxi, estávamos vendo ali seu tamanho. Deveríamos ter ido de transporte por aplicativo, pois, o motorista do táxi não foi honesto, cobrou um preço alto pela bagagem sem nenhum critério – deste dia até o final da viagem, somente utilizamos transporte por aplicativo e metrô.
Alugamos um apartamento pelo Airbnb, duplex, muito confortável, para 4 pessoas, bem equipado, próximo de supermercado e bem localizado (entrada pela Rua do Almada, mas com vista para Praça da Liberdade). Até agora estava na dúvida se recomendaria ou não o apartamento devido aos pequenos problemas: o Wi-Fi não era bom, o apartamento era no quarto andar sem elevador (falha nossa que não observamos isso ao alugarmos). Não chegou a ser um problema, exceto ter que subir com as malas no primeiro dia), e a baixa capacidade de armazenamento de água quente (suficiente para duas pessoas, ou seja, dois tomavam banho de manhã e dois de noite). No final, as vantagens do apartamento compensaram.
Nossa programação foi distribuída da seguinte forma:
Uma dica para começar: um achado, próximo do nosso apartamento, o Hotel Internacional, que tem um restaurante no térreo, de frente para a rua – O Almadinha – localizado na Rua do Almada. Nos dias de semana oferecem na hora do almoço, além do cardápio variado, o prato do dia (verificar se ainda tem esta opção), por apenas 5 € (este preço em 2018). Foi nosso primeiro destino, chegamos faltando 5 minutos para fechar (fecha às 15 horas). Preço, atendimento e comida excelentes, além do local super agradável. Viramos fregueses.
Depois do almoço fomos conhecer a Praça da Liberdade.
A praça é próxima do restaurante onde almoçamos e do nosso apartamento, por onde passamos várias vezes durante nossa estadia em Porto. Ela já teve diversos nomes ao longo de sua história, sendo o atual desde 1910. Pontos de interesse nesta região: na parte baixa é limitada pelo Hotel Intercontinental e na alta pelo prédio da Câmara Municipal – na realidade a praça em frente à Câmara é a Praça General Humberto Delgado – continuação da Praça da Liberdade.
Toda cidade européia, e Porto não é diferente, tem muitas esculturas espalhadas pela cidade. Achei na Web uma lista de esculturas de Porto e tive o prazer de conhecer algumas. Abaixo, relaciono as da Praça da Liberdade.
Estátua “O Porto”: imagem de um guerreiro com lança e escudo, idealizada pelo escultor João de Sousa Alão e esculpida pela mão do mestre pedreiro João da Silva, em 1818. Foi transferida do Terreiro da Sé para a calçada ao lado da praça (em frente ao prédio da Filial do Banco de Portugal) por decisão do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, em 2013.
Estátua de Dom Pedro IV: estátua equestre da autoria do escultor Célestin Anatole Calmels. Foi inaugurada em 19 de outubro de 1866. Tem 10 metros de altura e cinco toneladas de bronze. Dom Pedro IV (Portugal) é o Dom Pedro I no Brasil.
Escultura Fonte da Juventude – Menina Nua e a Escultura Meninos: ambas do escultor Henrique Moreira, a primeira de 1929 e a segunda de 1931.
Estátua – Monumento a Garrett: personalidade marcante do século XIX nascido no Porto. Está em frente à Câmara Municipal do Porto, na praça General Humberto Delgado (continuidade da Praça da Liberdade). Foi inaugurada em 11 de novembro de 1954, para assinalar o centenário da morte do poeta Almeida Garrett. Construída em bronze pelo escultor Salvador Barata Feyo.
O Ardina: é uma estátua de um vendedor de jornais de Manoel Dias, de 1990. Pesquisando depois de nossa viajem cheguei à conclusão de que talvez seja uma das mais fotografadas e, por incrível que pareça, nós não a percebemos. Mais incrível ainda foi uma matéria que li sobre o incidente com a estátua ocorrido em 1º de abril de 2018 (depois da nossa viagem).
A Câmara Municipal do Porto foi projetada pelo Arquiteto Correia da Silva – começou a ser construída em 1920, porém, somente iniciou suas atividades em 1957.
O Palácio das Cardosas é um palácio do século XIX, antigo Convento dos Loíos ou de Santo Elói. Em 2011 passou a ser um hotel da cadeia InterContinental.
Mesmo que não goste do Mc Donald’s vale a pena entrar para conhecer o prédio do Mc Donald’s Imperial, considerado o Mc Donald’s mais bonito do mundo. Neste vídeo do Travelzilla mostra o local que muitos detalhes.
Ao redor da Praça da Liberdade alguns prédios de instituições financeiras como a filial do Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos e o BBVA chamam a atenção por sua beleza.
Na esquina da Praça estão a Estação São Bento e a Igreja dos Congregados.
A Igreja dos Congregados foi concluída em 1703. Sua fachada teve influência do estilo Barroco. Em 1928 recebeu azulejos na decoração da fachada. Em seu interior os púlpitos e retábulos laterais em talha dourado são do século XVII.
A Estação de São Bento é uma estação ferroviária, de influência francesa, projetada pelo arquiteto portuense José Marques da Silva. Foi inaugurada oficialmente em 5 de outubro de 1916. Destacam-se, além do bonito edifício, os painéis de azulejo. No mesmo edifício tem um café. De lá pegamos um trem para Coimbra e, em outro dia, para Faro (fizemos conexão na Estação Campanha – mais à frente registro outros detalhes destas viagens).
Para fechar o dia da chegada, fomos ao Supermercado Minipreço no Largo dos Loíos comprar água e frutas. Era bem próximo do nosso apartamento.
Próximo ao apartamento que ficamos está a Torre e Igreja dos Clérigos, passamos apenas ao lado e deixamos para conhecer no último dia.
Ao lado da igreja está a Praça de Lisboa ou Praça dos Clérigos. Esta Praça tem uma passagem que liga a Igreja à Rua das Carmelitas, onde está a Livraria Lello (que visitamos junto com a Praça no nosso segundo dia de Porto). Na pontinha da praça tem a estátua de D. Antônio Ferreira Gomes que foi Bispo do Porto de 1952 a 1982 – a estátua é de de 1979 e foi feita por Arlindo Rocha.
Atravessamos a Rua do Dr. Ferreira da Silva, na mesma calçada, e entramos em outra praça – Jardim de João Chagas, conhecido como Jardim da Cordoaria.
O elétrico passa praticamente no meio do Jardim. Ali estão as estátuas “Rapto de Ganimedes” (1898) de Fernandes de Sá, “Flora” (1904), de António Teixeira Lopes; “Ramalho Ortigão” (1909), de Leopoldo de Almeida; “António Nobre” (1926), de Tomás Costa; e “Treze a rir uns dos outros” (2001), a última obra de Juan Muñoz. Em uma das laterais do Jardim está um dos prédios da Universidade do Porto.
Atravessamos a Rua Campo de Mártires da Pátria, à esquerda do Jardim da Cordoaria (ou em frente dependendo da referência), e estávamos no Largo Amor de Perdição.
O Largo do Amor de Perdição era conhecido como Largo da Cadeia da Relação – batizado em 2012 com o nome do livro “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco. Castelo Branco também é homenageado com sua amante Ana Plácido na Estátua Amores de Camilo de Francisco Simões. Tanto Camilo quanto Ana estiveram presos na Cadeia da Relação, onde atualmente está instalado o Centro Português de Fotografia. No Largo está também o letreiro com a palavra “P O R T O”. Escrevendo agora e consultando o Google Maps percebi que, descendo, sentido Rio Douro, parece ter muitos lugares interessantes, os quais não visitamos, como a Fonte das Virtudes, no Jardim das Virtudes, entre outros.
Voltamos ao Jardim da Cordoaria e seguimos sentido Largo do Professor Abel Salazar onde está o Monumento em homenagem a Julio Diniz, de 1926, de João Silva. Ao lado o Hospital Geral Santo Antônio (nascente), é um hospital geral e universitário que teve sua construção iniciada em 1770 e finalizada em 1824 – tem um estilo neoclássico e, apesar de sua aparência antiga, é um dos mais modernos de Portugal. Do outro lado do Largo está o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
Continuando, fomos para o bonito Jardim de Carregal.
O nome oficial do Jardim Carregal é Jardim Carrilho Videira, com mais uma estátua feita por Hélder Carvalho, a de Abel Salazar, de 2009. Uma das laterais do grande prédio do Hospital Santo Antônio também pode ser vista deste Jardim e há também uma outra entrada do Instituto de Ciências.
Continuamos e passamos em frente ao Museu Nacional de Soares dos Reis, o Jardins do Palácio de Cristal (entramos na volta) e a Torre de Pedro Sem; o destino era a Rotunda de Boa Vista. Veja o mapa abaixo com o percurso percorrido até aqui.
Depois do portão da entrada dos Jardins do Palácio de Cristal, os prédios, as ruas e avenidas ganham um ar de modernidade.
Passamos ao lado do Mercado de Bom Sucesso, não entramos, uma pena, pois parece ser muito bom – site oficial.
A Rotunda de Boavista – Praça Mousinho de Albuquerque é a maior praça de Porto. No centro da praça tem um obelisco de 45 metros de altura, comemorativo da Guerra Peninsular (guerra em que os portugueses se juntaram aos ingleses contra a França de Napoleão) – o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular é projeto do escultor Alves de Sousa e do arquiteto Marques da Silva – é o elemento identificador desta praça. Além do obelisco, destaca-se o Jardim da Praça. Ao lado da Rotunda tem o Centro Comercial Brasília e a Casa da Música. Para quem prefere ir de metrô do que a pé tem uma estação próxima.
Na verdade o nosso objetivo era conhecer a Casa da Música, mas fomos contemplados com uma grata surpresa – conhecer esta região do Porto – uma pena que não foi possível explorar tudo.
A Casa da Música é o principal local de concertos do Porto, conta com 3 salas, sendo a maior com capacidade para mais de 1200 pessoas. O projeto é do arquiteto holandês Rem Koolhaas e foi inaugurada em 2005. O local conta com restaurante/Café. Nossa intenção era fazer a visita guiada, que é paga, mas no horário que chegamos não tinha visita. No restaurante tem também shows. Site Oficial.
Da Casa da Música retornamos para o Jardins do Palácio de Cristal.
Os jardins foram projetados na década de 1860 pelo paisagista alemão Émile David, para envolver o então Palácio de Cristal, substituído pelo Pavilhão Rosa Mota (nome dado em homenagem à ilustre atleta do Porto) na década de 1950 – é um pavilhão destinado a atividades recreativas e culturais e atualmente está fechado para reformas. Além da beleza do próprio local a vista do Rio Douro é maravilhosa.
Praticamente dentro dos Jardins, na Quinta da Macieirinha, encontra-se o Museu Romântico.
Despretensiosamente fomos entrando, visita gratuita (bem, nós não pagamos, mas pesquisando no Tripadvisor li comentários sobre a compra de ingressos – achei estranho), e nos deparamos com um museu muito bonito, datado do século XIX. A casa pertenceu à família Pinto Basto e foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto, em 1972, quando foi criado o museu. O Museu reconstitui o interior de uma casa da burguesia abastada de Oitocentos, período tão característico da cidade do Porto. Aqui passou os seus últimos dias, exilado, Carlos Alberto, Rei do Piemonte e da Sardenha, que aqui veio a falecer a 28 de Julho de 1849. Em memória do ex-rei, foram reconstituídas algumas dependências da casa, como a capela, o quarto de dormir e a sala de estar, a partir de aguarelas e litografias da época.
Para minha surpresa, agora em 2022, quando estava migrando os posts da plataforma antiga para esta, li uma matéria sobre uma polêmica envolvendo o museu, que teve seu mobiliário retirado do local. Não foi possível descobrir o desfecho desta história.
Saindo do Museu continuamos descendo em direção ao Rio Douro, pela estreita Rua de Entre Quintas. No caminho entramos em mais uma bonita igreja, a Igreja do Corpo Santo de Massarelos.
A igreja foi construída a partir de 1776. Em 1960 foi colocado um painel de azulejos de Mendes da Silva, que representa São Telmo e o Infante Dom Henrique.
Em seguida, a poucos metros dali, fomos almoçar no Restaurante O Caseirinho, que tem vista para o Rio Douro e a Ponte da Arrábida. Restaurante simples e bom.
Mais dispostos depois do almoço, seguimos pela Rua do Douro apreciando a bonita paisagem com destino a Ponte da Arrábida.
É uma ponte em arco sobre o Rio Douro que liga o Porto (pela zona da Arrábida) a Vila Nova de Gaia. Aqui o objetivo não era somente conhecer a ponte, mas, sim, escalar seu arco. Esta é uma atração nova em Porto, administrada por uma empresa de turismo de aventura; o passeio é conhecido como Porto Bridge Climb. É bem interessante, com uma bela vista da cidade e do rio. O esforço é pequeno, são 262 degraus de escada, cuidadosamente vencidos pelo turista com todo o equipamento de segurança e conduzido por um guia experiente. No alto da ponte é oferecido um brinde com vinho do Porto em copinho de chocolate. O preço não é barato. Se você quiser fazer o passeio apenas pela vista, talvez considere a vista da outra ponte mais interessante, especialmente por ser de graça. Nós gostamos bastante da experiência, diferente de tantos outros passeios oferecidos nas cidades.
Depois de descer da ponte, o destino seguinte foi a Foz do Rio Douro, para ver o pôr do sol. A ideia era ir a pé, queríamos caminhar mais, mas como não ia dar tempo, pegamos o elétrico – tem pontos ao longo da rua e o ticket é comprado dentro dele. A região da Foz é muito bonita – reserve um bom tempo para apreciar o local e se o dia estiver bonito, como foi o nosso caso, curtir o pôr do sol é uma ótima pedida.
Já bem cansados, pegamos um transporte por aplicativo de volta para o nosso apartamento, para nos prepararmos para o dia seguinte. Veja abaixo o mapa da segunda parte do passeio deste dia.
Este dia foi reservado para um bate e volta em Coimbra. Clique aqui para ver este passeio.
Neste dia conhecemos algumas Universidades pela manhã e, antes de iniciarmos nosso roteiro turístico, almoçamos no mesmo restaurante do dia em que chegamos: O Almada, e depois fomos comer a sobremesa (sorvete) no Santini, no Largo do Loíos, próximo do restaurante, do nosso apartamento e também dos Clérigos.
Passamos novamente ao lado da Igreja dos Clérigos, do Jardim da Cordoaria e fomos conhecer as Igrejas das Carmelitas e a Igreja do Carmo na Praça de Gomes Teixeira.
A Igreja das Carmelitas começou a ser construída em 1616 e foi concluída em 1628. Ela combina os estilos clássico e barroco. A decoração do interior só ficou pronta em 1650. A fachada possui um campanário do lado esquerdo, revestido de azulejos e com três imagens: São José, Santa Teresa de Jesus e de Nossa Senhora do Carmo ao centro. Seu interior tem seis capelas laterais.
A Igreja do Carmo, em estilo barroco/rococó, foi construída entre 1756 e 1768 pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projeto do arquitecto José Figueiredo Seixas. A fachada apresenta, em lugar de relevo, Santa Ana, e em dois nichos ao lado da porta de entrada as imagens dos profetas Elias e Eliseu. No corpo superior, esculturas das figuras dos quatro Evangelistas. A fachada lateral está revestida por um painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem Carmelita e ao Monte Carmelo. A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada nas fábricas do Senhor do Além e da Torrinha, em Vila Nova de Gaia, datada de 1912.
Ao lado das igrejas, ainda na Praça de Gomes Teixeira, está a Fonte dos Leões. É umas das poucas fontes da cidade que não foram construídas em Portugal, sendo ao mesmo tempo a mais vistosa do Porto. Foi mandada fazer pela Companhia das Águas do Porto, em 1882, entrando em funcionamento quatro anos mais tarde, fornecendo, então, água a esta zona da cidade.
Em frente à Fonte dos Leões está o a Reitoria da Universidade do Porto e, à esquerda, o nosso próximo destino: a Praça dos Clérigos e a famosa Livraria Lello.
A Livraria Lello é um destaque mundial e não tem como ir ao Porto e não visitá-la. É considerada a livraria mais bonita do mundo. Ela está na Família Lello desde 1894 e instalada na Rua das Carmelitas desde 1906. Em 1995 ela passou por uma modernização no atendimento e um restauro interno. Devido ao grande movimento de turistas que queriam conhecer a livraria do Harry Potter, a entrada começou a ser cobrada em 2015. Grande sacada do dono, que triplicou a venda de livros em um ano. O valor do ingresso (4 €) pode ser abatido na compra de livros. Eles são vendidos no Armazéns do Castelo, uma loja na esquina da rua. Lá você pode guardar sua bolsa ou mochila e tirar uma foto com o carrinho para embarque na plataforma 9 3/4 – Hogwarts Express ou comprar algum artigo típico português.
A Livraria ganhou fama por ter servido de inspiração para a autora de Harry Potter, J.K Rowling, a qual viveu em Porto no início dos anos 90, e criou detalhes mágicos de Hogwarts e dos cenários que entremeiam as aventuras dos jovens bruxos mais famosos do mundo. Veja o Site oficial da Livraria e algumas fotos no Youtube (não são fotos nossas).
Entre a Livraria Lello e a Igreja e a Torre dos Clérigos está a Praça dos Clérigos, por onde já havíamos passado sem, contudo, cruzá-la. Dessa vez, cruzamos a praça até chegar à Torre.
O destino seguinte foi a Praça de Carlos Alberto, antiga Praça dos Ferradores. Em sua área central tem um monumento de 1928, de autoria de Henrique Moreira, em homenagem aos mortos na Primeira Grande Guerra (1914-1918). Destaque também para o Palácio Balsemão – que era uma hospedaria e foi o primeiro local onde o Rei Carlos Alberto da Sardenha se hospedou em seu exílio no Porto. Atualmente, o Palácio pertence à Câmara Municipal do Porto. Em frente ao Palácio tem a estátua em homenagem ao militar General Humberto Delgado, feita em 2008 por José Rodrigues. Um pouco escondido, ao lado do Palácio, tem o Museu do Azulejo – uma pequena amostra dos azulejos portugueses. A Praça não é grande, mas muito bem cuidada, com árvores e bonitas flores em seus canteiros.
Em seguida, fomos à Rua de Santa Catarina, no caminho, havia ainda muitas coisas legais: na Rua da Conceição (próxima da Praça Carlos Alberto) uma livraria interessantíssima, Livraria TimTim por TimTim (veja esta reportagem) – me lembrou muito os desenhos que assistia. A originalidade do nome é sensacional.
Passamos por trás do Edifício da Câmara Municipal do Porto na pequena Praça da Trindade e entramos na Igreja da Santíssima Trindade.
A Igreja da Santíssima Trindade foi projetada pelo Arquiteto Carlos Amarante (que está sepultado nesta igreja) e aberta ao culto em 1841. Conta-se que aqui, a vidente e taumaturga Guilhermina teve uma visão da Santíssima Trindade e de anjos cantando o Tantum Ergo Sacramentum. Na capela-mor destaca-se o painel de grandes dimensões do Pintor José de Brito, representando o Batismo de Cristo.
Logo que entramos na Rua de Santa Catarina demos de cara com uma loja de fantasias, máscaras e artigos para festa, fantástica, a Mascarilha.
Continuando na Rua de Santa Catarina vimos diversas lojas; cafés, entre eles, o belíssimo Café Majestic; a Capela Das Almas; e o Shopping Via Catarina.
A Capela Das Almas atual é do final do século XVIII e tem 360 m² de azulejos em sua fachada retratando a vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina.
O Shopping Via Catarina chama a atenção por sua fachada cor de rosa. Apesar da fachada ser pequena, ele é bem grande por dentro – tem muitas lojas e uma praça de alimentação bem variada.
Saímos um pouco da Rua de Santa Catarina para conhecer o Mercado do Bolhão e a Manteigaria (reportagem) – que estão próximos, basta atravessar a rua. O Mercado já estava fechado e acabamos não o conhecendo por dentro. Já na Manteigaria (indicada por uma amigo) nos esbaldamos, é sensacional. O pastel de nata é delicioso – é possível ver sua fabricação e comê-lo assim que sai do forno; tem um salão aconchegante e lanches muito saborosos, acompanhados do Café Delta Q. A Manteigaria acabou sendo a confeitaria de nossa preferência, voltamos mais algumas vezes, apesar da Rua de Santa Catarina ter vários outros cafés, entre eles o Majestic.
De volta à Rua de Santa Catarina entramos rapidamente no Café Majestic, para fotografá-lo.
É um café tradicional e requintado, inaugurado em 1921. Lembra um pouco a Confeitaria Colombo no Centro do Rio de Janeiro. Os preços são mais altos que nas demais confeitarias, mas vale a pena conhecer.
Já cansados, fomos nos despedindo da Rua de Santa Catarina, apreciando o movimento do início da noite e os bonitos prédios iluminados.
Seguimos pela Praça Dom João I, onde estão o Palácio Atlântico – atual sede do maior banco privado português, o Millennium BCP (Banco Comercial Português), as estátuas “Corcéis” – de João Fragoso – e o Teatro Municipal Rivoli,
Em, seguida, a Praça da Liberdade e o apartamento, para onde nos dirigimos para nosso merecido descanso. Veja abaixo o mapa deste trecho do passeio.
Começamos nosso dia em Porto como nos demais, com céu azul, temperatura agradável e disposição para caminhar. O destino inicial foi a Sé do Porto. Passamos pela Praça da Liberdade, Estação São Bento e um pouco mais à frente, já na lateral da Sé, fomos contemplados por um bonita vista da cidade e pudemos também observar mais um monumento, a Estátua em homenagem ao chefe militar do século IX, Vímara Peres, obra do Escultor Salvador Barata Feyo, de1968.
A Catedral da Sé ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção é do século XII. Construída em Estilo Romântico sofreu influências mais tarde dos estilos Gótico e Barroco. O claustro é do século XIV e a capela-mor do século XVII. Na fachada, uma rosácea entre duas torres laterais com cúpulas. No interior estão três naves – sendo a do meio a mais alta – onde está a capela do Santíssimo Sacramento, com altar em prata e retábulo-mor em talha de ouro. A entrada na igreja é gratuita e a visita ao claustro é paga, 3 €. Os destaques, além da igreja, são: o claustro, a sacristia, a Sala do Capítulo, a exposição de Arte Sacra – Museu do Tesouro, a Capela de São Vicente, a Capela Funerária de João Gordo (estava fechada para reformas) entre outros.
Em frente à igreja está o Terreiro da Sé com destaque para o Pelourinho de 1945 e o Palácio Episcopal, projeto de Nicolau Nasoni, em estilo Barroco do século XVIII. Lá residiam os bispos, atualmente, é um museu com visitas guiadas – não fizemos a visita porque teríamos que esperar um bom tempo, uma pena, consultando o site do palácio parece ser muito bonita (visita paga).
Saindo do Terreiro da Sé passamos ao lado da Torre da Rua de D. Pedro Pitões, em estilo medieval, onde funciona atualmente um Centro de Informações Turísticas, e seguimos para a Igreja de São Lourenço.
A Igreja de São Lourenço é conhecida como Igreja dos Grilos, construída pelos jesuítas em Estilo Barroco em 1577. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, por ordem do Marquês de Pombal, a igreja foi doada à Universidade de Coimbra até a sua compra pelos Frades Descalços de Santo Agostinho, que ali ficaram de 1780 a 1832. Estes frades vieram de Espanha em 1663, instalando-se inicialmente em Lisboa, no sítio do Grilo, onde rapidamente ganharam a simpatia da população, quando receberam o nome de “frades-grilos”, dando assim o nome à igreja onde estiveram no Porto. A visita a igreja é paga e inclui a visita ao museu.
Continuamos descendo no sentido do Rio Douro passando agora na bem cuidada Praça do Infante Dom Henrique.
Nesta Praça destaco o Museu da Bolsa e o Mercado Ferreira Borges. De um lado da Praça está o Mercado Ferreira Borges, um imponente prédio vermelho de 1885, que deveria ser um mercado, mas que nunca cumpriu bem este papel e, atualmente, funciona como um local de exposições de artesanato e de atividades culturais conhecido como Hard Club. Seu nome foi dado em homenagem ao jurista, economista e político José Ferreira Borges.
Do outro lado da Praça está o Palácio da Bolsa.
O Palácio da Bolsa é a Sede da Associação Comercial do Porto, que teve sua construção iniciada em 1842 e terminada em 1848 (exceto o Salão Árabe). Atualmente serve para os mais diversos eventos culturais, sociais e políticos da cidade. Nossa intenção era visitar o Palácio (entrada paga), mas estava tendo um evento e o Palácio estava fechado para visita por uma semana. É um dos pontos turísticos mais visitados do Porto. Site oficial para conhecer um pouco mais e comprar o ingresso.
E a Praça Infante Dom Henrique? Local muito agradável, com belos canteiros de flores e gente simpática. No centro mais um Monumento – Infante Dom Henrique de 1894 de Tomás Costa.
À direita da Praça está a Igreja de São Nicolau, de 1671. Em 1758 ela sofreu um incêndio e foi reconstruída em 1762, em estilo misto neoclássico e barroco. Não entramos, pois estava fechada.
Um pouco à frente, na mesma Rua do Infante Dom Henrique, a Igreja Monumento de São Francisco e o Museu Catacumbas. Na verdade são duas Igrejas grudadas uma na outra:
A Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco é a primeira em estilo neoclássico do Porto, construída no século XVIII, e ao lado está a Casa do Despacho, do início do século XVIII, criada para tratar dos serviços da Ordem Terceira de São Francisco e hoje um Museu, projeto de Nicolau Nasoni – no subterrâneo está o Cemitério dos Irmãos (catacumbas).
A Igreja de São Francisco, mais antiga, do início do século XIV em estilos gótico e romântico.
Do terraço das igrejas avista-se o Rio Douro. A visita é paga.
Não poderia deixar de registrar as belas tulipas que enfeitam a Rua do Infante Dom Henrique.
Veja abaixo o mapa deste trecho.
A poucos passos da Praça, na Rua da Alfândega (transversal à Rua do Infante), está a Casa do Infante – uma das casas mais antigas do Porto e hoje um Museu. É tida como o local de nascimento do Infante Dom Henrique, patrono dos descobrimentos portugueses. Nós não entramos, passamos apenas na porta.
Antes de explorar a Ribeira, como não somos de ferro, fomos procurar um restaurante na região para almoçar. Tem muitas opções, desde os mais simples aos mais sofisticados. Optamos por um mais simples – Casa Lopes – uma casa tradicional familiar, na Rua Fonte Taurina (uma das ruas mais antigas da cidade), e que pela aparência era mais frequentada pelos locais. Foi uma ótima escolha – barato, rápido. O menu incluía pão, vinho, café e o prato principal, bem servido e saboroso – veja os comentários do Tripadvisor.
Energias renovadas partimos para explorar a região da Ribeira, com seus edifícios medievais coloridos.
O Postigo do Carvão das Muralhas Fernandinas é a única passagem das 18 originais. Ela liga a Rua da Fonte Taurina ao cais, onde atracavam os barcos no rio Douro.
Muro dos Bacalhoeiros é a continuação das Muralhas Fernandinas.
Alminhas da Ponte é uma escultura em baixo relevo em bronze de 1897 do escultor Teixeira Lopes (pai). No dia 29 de março de 1809 centenas de pessoas, fugindo das tropas do Marechal Soult que atacavam a cidade sob ordens de Napoleão, faleceram na travessia da Ponte das Barcas. O peso e a aflição da população em fuga originou o afundamento da ponte que ligava as duas margens do Rio Douro. É hoje um local de crença e devoção – os cidadãos depositam velas acesas e flores para lembrar a tragédia.
A Praça da Ribeira é uma das mais antigas praças da cidade, já mencionada em cartas régias de 1389. De origem medieval, quando ali já existia uma grande atividade econômica, devido à presença de um porto próximo da foz do Rio Douro, foi uma zona de intenso comércio. Artistas de rua (estátuas humanas interessantíssimas e músicos de qualidade) se apresentam lá.
Nesta região você pode contratar o cruzeiro das 6 pontes – pequeno passeio de barco pelo Rio Douro – nós não fizemos.
Visual do Rio Douro – dispensa comentários.
A Ponte Dom Luiz I foi construída em estrutura metálica, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Veio a substituir a antiga ponte pênsil. O projeto é do engenheiro belga Théophile Seyrig, que já tinha colaborado anteriormente com Gustave Eiffel na construção da Ponte de D. Maria Pia, ferroviária. Foi inaugurada em 1886 (parte superior com 391 metros usada para passagem do metrô e pedestres) e em 1888 (parte inferior com 174 metros usada para passagem de veículos e pedestres). Entre a parte inferior e superior tem um grande arco. Atravessamos para Gaia pela parte de baixo.
Já do lado de Vila Nova de Gaia seguimos pela calçada admirando a paisagem do Rio, os barcos, a cidade do Porto e alguns ambulantes no calçadão.
Chegarmos no Mercado Municipal da Beira Rio – um pequeno mercado com bares e restaurantes, cervejaria e bancas de frutas, verduras e peixes.
Próximo do mercado tem um teleférico – se tiver tempo é uma opção interessante para ver a vista ou até mesmo chegar mais perto da parte alta de Gaia – nós não fomos.
O objetivo principal de termos atravessado a ponte até Vila de Gaia foi para conhecer uma Vinícola, mas acabamos nos surpreendendo com o astral do outro lado do rio.
Tínhamos algumas referências de Vinícolas, mas escolhemos apenas uma para visitar. Nossa escolha foi uma casa legitimamente portuguesa e com um valor do ingresso da visita menor – gostamos muito – foi a Quinta dos Corvos. Aprendemos um pouco da história do Vinho do Porto e, ao final, fizemos uma degustação de vinhos. Caso queira, depois da degustação, pode comprar vinhos para levar ou pagar para beber mais um pouco. A visita dura 40 minutos e, dependendo do grupo, o tour é feito em português ou inglês.
Voltamos para a calçada às margens do rio. Quando olhamos para a ponte decidimos voltar pela parte superior, porém, era uma boa subida. Um vendedor de toalhas no calçadão nos deu uma dica: “caminhem até a ponte na parte de baixo e verão, à direita, o Estacionamento D. Luiz I, peguem o elevador até o 8º andar e sairão mais próximos do Jardim do Morro e do Mosteiro da Serra do Pilar (o Mosteiro tem visitação – uma pena que não deu tempo) e em seguida a Ponte Dom Luiz I (parte de cima)” – ótima dica. Outra opção seria o teleférico. A região é bem bonita e a vista da ponte é de tirar o fôlego. Se tiver com criança, atenção redobrada, pois o metrô passa ao lado da calçada sem nenhuma proteção – é tranquilo, mas vale ter cuidado.
Depois da Ponte passamos novamente ao lado da Sé, da Estação de São Bento e em seguida a Praça da Liberdade – onde estávamos hospedados. Veja no mapa abaixo este trecho do passeio.
Como programado, deixamos para conhecer a Igreja dos Clérigos no último dia. O conjunto do século XVIII contempla a Igreja, a Torre e a Casa da Irmandade, que liga a Torre à Igreja. O estilo da obra é barroco e rococó. É o projeto mais representativo de Nicolau Nasoni. A visita à Igreja é de graça e à Torre é paga. Nós visitamos apenas a Igreja e no horário que fomos assistimos um conserto de órgão. A igreja foi construída essencialmente em granito e apresenta uma nave única, coberta por cúpula com o brasão da Irmandade dos Clérigos ao centro. É possível ainda conhecer a pequena Capela de Nossa Senhora da Lapa e a Loja Oficial.
Próximo da Torre conhecemos duas lojas bem interessantes: A Conserveira e a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau. A Conserveira vende pescados em conserva, entre eles a sardinha, o salmão, a truta e o mexilhão. A loja é muita movimentada e muito bonita devido ao colorido de suas embalagens e da decoração. Uma curiosidade é que a empresa celebrou seus 75 anos com o lançamento de uma coleção épica que lembra os feitos portugueses pelos mares nos últimos 500 anos. Assim, as latas trazem o ano estampado na frente e uma história de algum fato curioso ocorrido à época. Um presente útil e uma ótima lembrança para levar para casa.
A Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau vende uns deliciosos bolinhos de bacalhau, incluindo bolinhos recheados de queijo Serra da Estrela, considerado um dos melhores queijos do mundo. Provado e aprovado, compramos alguns para levar na nossa viagem programada para mais tarde.
Já estava se aproximando a hora de deixarmos Porto, mas antes, demos mais uma passada na Manteigaria para comprarmos uns pastéis de nata para a viagem.
No caminho vi uma obra que me chamou a atenção, ainda não tinha observado nada parecido, mas depois vi várias obras assim: a manutenção de uma fachada antiga, sustentada por uma estrutura de ferro, e um edifício novo sendo construído atrás da fachada – muito interessante.
Passamos rapidamente no apartamento para pegarmos nossa bagagem e fomos para a Estação São Bento, onde pegamos um trem até a Estação Campanhã, a poucos minutos dali, e de onde sairia o comboio para a próxima cidade portuguesa que iríamos visitar (pode-se pegar o trem na São Bento e descer na Campanhã sem pagar por outro bilhete). A Estação Campanhã tem muitas plataformas e de lá saem trens para várias outras cidades. Nosso destino era Faro, no Algarve. No post de Faro conto como foi a viagem – saímos do Porto às 15 horas.
O Estádio Olímpico Nilton Santos (nome oficial desde 2017), popularmente conhecido como Engenhão ou Niltão, está localizado no Bairro do Engenho de Dentro, na cidade do Rio de Janeiro, pertencente à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e arrendado ao Botafogo de Futebol e Regatas. Ele foi inaugurado em 30 de junho de 2007 para sediar as competições de atletismo e futebol […]
Iniciamos a viagem para o Tocantins saindo de Brasília, onde moramos, no dia 15 de outubro de 2024, na companhia (e no carro) de um casal de amigos. O destino final foi o Jalapão. Mas escolhemos conhecer a região de Serras Gerais antes, pois fica mais ou menos na metade do caminho. Foi uma grata […]
O Parque Estadual do Jalapão foi criado em12 de janeiro de 2001 e está localizado na região leste do estado do Tocantins, com quase 160 mil hectares de área. Os principais municípios do entorno são: Mateiros, Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Tocantins. O parque foi batizado de Jalapão devido à abundância da flor Jalapa-do-Brasil encontrada na região, também conhecida como […]
O V12 Auto Club é o local certo para os apaixonados por carros em Brasília, onde podem se encantar com mais de 200 veículos em exposição permanente. Inaugurada em julho de 2023, em um espaço de 5 mil m², a coleção apresenta ao visitante uma enorme variedade de carros transformados ou restaurados, como Cadillacs, Kombis, […]
Destinos Pela primeira vez, decidimos passar uma temporada maior em Portugal, quase 90 dias, o máximo de tempo permitido para permanecer no país como turista, legalmente. Chegamos no dia 3 de abril e retornamos ao Brasil no dia 25 de junho de 2024. Em outras duas ocasiões, ficamos cerca de 40 dias em Lisboa (vide […]
Viajar para a Austrália não estava em nossos planos até há alguns anos, quando, em 2019, nosso filho foi morar lá e a história mudou. Nos programamos para visitá-lo em abril de 2020, compramos as passagens, tiramos o visto e reservamos a hospedagem. Faltando uma semana para a viagem, devido à pandemia, os voos foram […]