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    Sevilha – Espanha (Diário 2)

    Nossas férias de fevereiro de 2018 começaram por Barcelona – Espanha, em seguida Porto, Coimbra e Algarve – Portugal, Sevilha e para terminar Lisboa.

    Estávamos hospedados em Faro (Região do Algarve em Portugal) e reservamos o dia 1º de março de 2018 para fazermos um bate e volta a Sevilha. Não estava no planejamento inicial, mas nos animamos a ir lá depois da conversa com nosso anfitrião do Airbnb em Faro.


    Fomos de carro em uma viagem de 2 horas bem tranquila. Estrada excelente, pista dupla, bem sinalizada ao longo dos 200 km (50 km em Portugal – estrada com pedágio, e 150 km na Espanha – sem pedágio).

    Estrada de Faro (Portugal) para Sevilha (Espanha)
    Estrada de Faro (Portugal) para Sevilha (Espanha)
    Estrada de Faro (Portugal) para Sevilha (Espanha)
    Estrada de Faro (Portugal) para Sevilha (Espanha)

    Sevilha é uma cidade com muitos atrativos, mas infelizmente não seria possível conhecer muita coisa em um só dia, então, selecionamos apenas três locais a serem visitados: Palácio Real, Catedral e Praça de Espanha.

    Na chegada a Sevilha gastamos um tempo procurando estacionamento (todos lotados) e acabamos parando um pouco distante dos pontos de interesse. Estacionamos na Rua Bartolomeu de Medina, onde tinha parquímetro com tempo máximo de permanência de duas horas. A distância não foi o maior problema, caminhamos 20 minutos até o Palácio Real, o que foi até bom, pois apreciamos algumas coisas no caminho como a Universidade de Sevilha, o Hard Rock e o Starbucks Café, o Hotel Alfonso XIII, entre outras, todas na movimentada Rua San Fernando (ela liga a Praça Don Juan de Austria e a Fonte de Híspalis), além do Parque Jardins de  Murillo. O problema foi ter que voltar uma vez ao carro para renovar o estacionamento, que era gratuito após às 14 horas. O ideal é pesquisar estacionamentos privados próximos dos pontos de interesse.

    • Praça Don Juan de Austria

    Usamos o Café Nuria como referência e apoio – passamos por ele após estacionar o carro para tomar um café e ir ao banheiro, tanto na ida quanto na volta – não é um café/restaurante que recomendaria como bom, mas nos atendeu muito bem.

    Café Nuria
    Café Nuria

    Veja no mapa abaixo onde estacionamos o carro até a Praça do Triunfo (Praça entre a entrada da Catedral e do Palácio – é um bom ponto de referência).

    Palácio Real


    O nome oficial é Real Alcázar de Sevilha – alcázar é um termo espanhol para designar um castelo ou palácio fortificado, vem do árabe. É o mais antigo Palácio Real da Europa e ainda hoje é a Residência Oficial em Sevilha dos Reis da Espanha. Construído em diversas épocas da história, embora o original seja da Idade Média, apresenta vários estilos arquitetônicos: islâmico, mudéjar, gótico, renascentista, e barroco, correspondentes a cada época da sua construção.

     
    A visita é imperdível – reserve, no mínimo, 2 horas para conhecer o palácio e seus imensos jardins. O ingresso que compramos permitia visitar o palácio e os jardins. A visita aos aposentos reais é paga à parte, mas optamos por não fazê-la pelo tempo escasso. A entrada do Palácio é pelo Portão do Leão, onde se compra também o ticket. A fila para comprar costuma ser grande, perdemos uns 30 minutos. Uma opção é comprar pela internet (consulte aqui) e pegar somente a fila do raio X, obrigatório passar por ele para entrar. Às segundas-feiras a visita pode ser gratuita (consulte aqui) em horário restrito e sem direito à visita aos aposentos reais, porém tem que fazer a reserva no site, pois os ingressos são limitados –  foi justamente o dia em que estávamos em Sevilha, mas como a nossa ida à cidade não tinha sido planejada e o horário gratuito é mais ao final do dia, perdemos a oportunidade de entrar de graça. Há ainda a possibilidade de fazer uma visita noturna (consulte aqui). Tem também a opção de comprar o ingresso com áudio guia. Minha sugestão é conhecer bem as histórias do Palácio no site oficial ou no Wikipedia antes da visita. A saída do Palácio é pela Praça do Triunfo, também próxima à entrada.

    Entrada do Palácio – Portão do Leão
    Central de Informações – ao lado da saída do Palácio
    Saída do Palácio
    Calçada lateral de fora do Palácio liga a entrada à saída

    Entre a visita ao Palácio e a Catedral tiramos algumas fotos na Praça do Triunfo. A  Praça está localizada entre os edifícios declarados Patrimônio da Humanidade em 1987: o Arquivo Geral das Índias, o Real Alcázar de Sevilha e a Catedral de Sevilha. No centro da Praça tem um monumento dedicado à Imaculada Conceição do Escultor Lorenzo Coullaut Valera, construído em 1918 – o monumento tem a Imaculada no topo e  ao redor, na parte de baixo, tem quatro estátuas de personagens sevilhanos famosos e defensores de Maria Imaculada no século XVII: Bartolomé Esteban Murillo , Miguel Cid , Martínez Montañés e Juan de Pineda.

    Entrando na Praça
    Arquivo Geral das Índias
    Monumento em homenagem à Imaculada
    Monumento em homenagem à Imaculada

    Na Praça é possível contratar um passeio de charrete e, se precisar de informações turísticas, tem a Central de Informações na esquina próxima da saída do Palácio.

    Catedral 

    Conhecida também como Catedral de Santa Maria da Sede. É o maior templo gótico do mundo, com 116 metros de comprimento e 76 metros de largura e nave central com 37 metros de altura. 

    Ela ocupa o lugar de uma grande mesquita construída no final do século 12. A Torre Giralda, seu campanário, e o Pátio (hoje com várias laranjeiras) são um legado dessa mesquita. As obras da catedral cristã começaram em 1401 e levaram pouco mais de um século.

    Antes da construção, o Cônego que idealizou a igreja disse: “Façamos uma igreja tão grande que aqueles que a virem terminada pensem que estamos loucos!”.

    Destaques: o retábulo principal, considerado por muitos como uma das obras mais notáveis ​​da história da arte, o mausoléu onde supostamente repousam os restos de Cristóvão Colombo, e a Torre Giralda, entre outros.

    A Giralda é a torre do sino da Catedral. É uma mistura de arquitetura árabe e estilo renascentista. O corpo dos sinos da Giralda consiste de 24 sinos mais 1 superior. Em sua época, era a torre mais alta do mundo, com 97,5 metros de altura, além de ser uma das imagens mais famosas da cidade e de toda a Andaluzia.

    Uma curiosidade: a Giralda foi construída com 35 rampas largas (e não degraus) o suficiente para permitir ao sultão escalá-las montado a cavalo para ver a bela vista. 

    Assim, diferente de outras torres de igreja, a subida da Giralda é facilitada pelas rampas, mais confortáveis que uma escada, mesmo assim, requerem um pequeno esforço.

    A visita contempla o acesso à igreja e à torre. Os ingressos são vendidos no mesmo local de entrada – Praça do Triunfo. Reserve pelo menos 2 horas para fazer a visita, tanto da igreja quanto da torre. Da mesma forma que o Palácio Real, a Catedral também tem a possibilidade de visita gratuita – consulte aqui informações de horários e preços.

    No slide abaixo é possível ver uma seleção de fotos da Catedral (parte interna e externa, do jardim interno e da bonita vista da cidade da torre sineira.

    Já passava de 14 horas quando passamos pelo Pátio das Laranjas (último ponto da nossa visita na Catedral) e em seguida saímos pela Porta do Perdão. 

    Pátio das Laranjas
    Porta do Perdão 

    Além de estarmos com fome, precisávamos comer rápido para conhecer ainda a Praça de Espanha, assim, entramos no primeiro lugar que vimos. Era a pequena Slice of NY Pizza (pizzas em fatias), na esquina em frente à Catedral.  Não posso deixar de fazer um comentário: observei que somos pouco exigentes em alguns quesitos quando estamos fora do Brasil – a pizzaria tinha apenas um funcionário e ele recebia o dinheiro, atendia, fazia a pizza, limpava, enfim, fazia tudo sem lavar as mãos e parecia que ninguém se importava ou, até mesmo, que esta é uma prática muito comum lá fora. Mas o mais importante é que a pizza estava ótima! Ao lado, no De Lola, comemos um churros de sobremesa – as fotos abaixo dispensam comentários. Com certeza tem muitas opções de almoço na região, mas a nossa escolha diante das circunstancias nos atendeu bem.

    Slice of NY Pizza
    Slice of NY Pizza
    De Lola
    De Lola

    Reabastecidos, seguimos pela lateral da Catedral na Rua Alemanes (onde está a  Porta de saída – Porta do Perdão), viramos na Rua da Constituição (onde está a Porta da Assunção) e passamos em frente ao Cabildo da Catedral e do Arquivo das Índias, do prédio do BBVA, chegando na Fonte de Híspales (passamos por ela na ida para o Palácio e a Catedral) e seguimos pela mesma Avenida da Universidade até a Praça Don Juan (também já tínhamos passado na ida). 

    Lateral da Catedral – Porta da Assunção
    Rua da Constituição
    Esquerda: Cabildo da Catedral Direita: Arquivo Geral das Índias
    Cabildo da Catedral
    Arquivo Geral das Índias
    BBVA

    Até na pequena Praça Don Juan já tínhamos passado – faltavam apenas uns 500 metros para chegar à Praça de Espanha. Resolvemos passar por dentro do Parque Prado de San Sebastián – mais um parque agradável. Na saída atravessamos a Avenida Portugal e viramos na Avenida Isabel la Católica (região bem bonita) e, logo à frente, a suntuosa Praça de Espanha.

    Parque Prado de San Sebastián
    Parque Prado de San Sebastián
    Parque Prado de San Sebastián
    Parque Prado de San Sebastián

    No mapa abaixo tem o caminho percorrido da Catedral até a Praça de Espanha.

    Praça de Espanha

    Praça de Espanha

    A Praça de Espanha está inseria no Parque Maria Luísa e foi construída em 1928. Eu já sabia que a Praça não era tão velha, menos de 90 anos, que para a Europa é novinha, mas a primeira impressão que tive quando cheguei, é lógico que depois de me deslumbrar com o visual, era de que a Praça era bem mais antiga. Esta impressão é justificada pela arquitetura que combina estilos de épocas distintas como o NeorrenascençaMoura Revival (Neo-Mudéjar) estilos de arquitetura espanhola, principalmente a Neo-Mudéjar, que procura imitar a arte islâmica antiga.

    A Praça foi projetada por Aníbal González para a Exposição Ibero-Americana de 1929. Ela forma um semi-circulo onde atualmente estão vários órgãos públicos e é rodeada por um pequeno rio e várias pontes. Ao centro se encontra a Fonte Vicente Traver.

    Pelas paredes e azulejo estão representadas as províncias da Espanha. 

    Uma curiosidade: a Praça constantemente é usada para filmagens. Um dos filmes é o Star Wars – Episódio II – Ataque dos Clones (2002) — em que é destaque em tomadas exteriores da Cidade de Theed, no planeta Naboo.  Nós tiramos uma foto no local exato de uma das cenas. Nós, e outros tantos turistas. 

    Falar de tempo necessário para conhecer a Praça e todo Parque Ana Luísa é relativo, pois você pode ver em 1 hora ou pode ficar horas contemplando tudo. A vontade é admirar e fotografar cada canto, pois tudo é mágico. Acho que ficamos ali menos de duas horas, mas valeu a pena. 

    Na frente da Praça tem a estátua do Arquiteto Anibal González, que a projetou, e em seguida uma grande alameda do Parque Ana Luísa. Fizemos um passeio rápido pelo parque admirando a natureza e alguns de seus atrativos, como o Estanque de Los Lotos.

    Parque Ana Luísa
    Parque Ana Luísa
    Estanque de Los Lotos – Parque Ana Luísa
    Escultura do Arquiteto Anibal González

    Infelizmente estava chegando o final do dia e precisávamos voltar para Faro, pois tínhamos mais duas horas de viagem pela frente. Fizemos uma caminhada de 10 minutos até o carro e fomos embora com a sensação de que voltaremos um dia com certeza.

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