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    Valparaiso e Viña del Mar (Chile)

    Contratamos o passeio a Valparaiso e Viña del Mar da empresa Lucas Carvalho Turismo no mês anterior à viagem. A sede é em Santiago, mas a equipe é quase toda brasileira e o contato foi via WhatsApp. O tour foi executado pela empresa Zerando o Chile, do também brasileiro Tales, parceiro de Lucas em Santiago. Depois de contratado, o Lucas faz semanalmente uma live com os clientes, explica sobre os passeios e dá várias dicas sobre documentos, compras, vestuário, baladas e etc. Muito instrutivo, especialmente para quem está viajando pela primeira vez para o exterior.

    Assim, no dia 31 de outubro de 2023, fizemos nosso primeiro passeio pelo Chile. A equipe do Lucas entrou em contato conosco no dia anterior para passar as informações sobre o itinerário, horários, nome do guia e dicas sobre vestuário e alimentação. E o guia Matheus, outro brasileiro, criou um grupo no WhatsApp com a turma do passeio, o que facilitou bastante a comunicação. No horário marcado, 6h50, a van passou no hotel Capital Bellet, no bairro Providência, onde nos hospedamos, para nos buscar.

    Depois de pegar todos os passageiros, partimos para Valparaiso, distante 125 km de Santiago, percorridos em uma ótima rodovia, e depois fomos para Viña del Mar (praticamente colada em Valparaiso). Ao longo da viagem, o guia foi passando algumas informações sobre o Chile e principalmente sobre a região que iríamos visitar. Matheus é bem animado, interage bem com o grupo e é atencioso.

    Antes de Valparaiso, fizemos uma parada no restaurante Río Tinto (a 77 km de Santiago), à margem da rodovia, onde ofereceram uma degustação de vinhos produzidos pela casa, cujo destaque é o vinho azul feito de mirtilo. Além de buffet de café da manhã e de servir almoço, há no local uma loja de vinhos e roupas de inverno, souvenir, casa de câmbio, artesanatos e sanitários. Não fosse uma parada estratégica para irmos ao banheiro, considerei desnecessário parar ali, podíamos aproveitar melhor o tempo em Valparaiso.

    Rio Tinto
    Rio Tinto

    Valparaiso

    Valparaiso é o nome da província e também de sua capital. É a terceira cidade mais populosa do país, com quase 300 mil habitantes. Curiosamente, a cidade é a sede do Congresso Nacional Chileno, que foi transferido de Santiago em 1973 durante o regime militar de Pinochet, com o objetivo de descentralizar a política, permanecendo fechado por 16 anos. Em Valparaiso, encontra-se uma das três casas do escritor, poeta e político Pablo Neruda (Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto), a qual deu o nome de La Sebastiana.

    O primeiro contato dos espanhóis com estas terras foi em 1536 quando o capitão Diego de Almagro chegou na região e batizou a baía como Valparaíso. Em 1544, o governador do Chile Pedro de Valdívia, denominou-a “Puerto Natural de Santiago del Nuevo Extremo”, marcando a fundação da cidade. Em 1559, começou a delinear-se um esboço de cidade partindo de uma pequena capela construída onde hoje está a igreja matriz da cidade. A área Histórica de Valparaíso foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 2003.

    Chegamos em Valparaiso e começamos pela parte alta da cidade:

    Plaza San Luis
    Iglesia San Luis Gonzaga
    Catedral Anglicana Saint Paul
    Piano Stair Case
    Piano Stair Case
    Iglesia Luterana de La Santa Cruz – Piano Stair Case
    Hotel Manoir Atkinson
    Mirador Passeo Atkinson
    Passeo Atkinson
    Passeo Atkinson
    Pasaje Gálvez Arte Callejero
    Pasaje Gálvez Arte Callejero
    Plaza Joaquin Edwards Bello
    Plaza Joaquin Edwards Bello

    Este cachorro nos seguiu por boa parte do nosso roteiro.

    O principal objetivo dessa rota é admirar os grafites nos muros e fachadas das casas e a vista para o mar, enquanto ouvimos o Matheus contar as histórias da região, que dá ótimas fotos.

    No caminho vimos umas formigas desenhadas nas calçadas que chamaram a atenção de todos e o guia explicou que era uma estratégia de marketing de uma doceria. Seguindo as formigas, chega-se à loja a Dulcería.

    Siga as formigas desenhadas no chão e chegue à doceria.

    Continuamos caminhando e chegamos ao Ascensor El Peral, inaugurado em 1902.  Trata-se de um funicular que liga o Paseo Yugoslavo (parte alta – onde há uma varanda panorâmica com vista para a baía e as montanhas) à Plaza de la Justicia (Praça da Justiça no centro de Valparaíso).

    Quando descemos a van já estava nos aguardando.

    Ascensor El Peral

    Entramos na van e Matheus nos deu duas opções: andar pela região da Praça Sotomayor (onde estávamos), e o Porto ali perto; ou ir até a Playa Caleta Portales para observar os leões marinhos. O grupo optou pelos leões marinhos. Apesar de ter sido uma ótima opção, eu gostaria de ter tido tempo de explorar a região do porto também. Por mim, tiraria a parada no Rio Tinto do início da manhã para conhecer melhor esta região, ou estenderia um pouco mais a visita a Valparaiso.

    Monumento a Los Heroes de Iquique
    Praça Sotomayor
    Praça Sotomayor

    Nos deslocamos então para a nossa última parada, a Playa Caleta Portales, distante 5 km aproximadamente da Praça Sotomayor. O local é uma praia com vista para o pôr do sol, restaurantes e mercado de peixes, que atrai leões-marinhos, gaivotas e pelicanos em busca de alimentos. A gente vê os animais bem de perto, mas é bom não se empolgar tanto para fazer uma self, pois os leões-marinhos podem ficar agressivos.

    Nosso próximo destino foi Viña del Mar, que está praticamente grudada em Valparaiso.

    Viña del Mar

    Viña del Mar pertence à Província de Valparaíso. É conhecida por seus jardins, praias e edifícios em degraus. O nome Viña del Mar vem dos vinhedos que existiam nas fazendas chilenas Siete Hermanas e Viña del Mar. A junção das duas fazendas deu origem à cidade de Viña del Mar, também conhecida como La Ciudad Jardín.

    Em 1878, Don José Francisco Vergara Echevers conseguiu que o governo chileno fundasse a cidade por decreto do então Presidente da República Aníbal Pinto Garmendia.

    Começamos pelo relógio de flores, uma parada rápida apenas para tirar algumas fotos. Os jardins no local são muito bonitos, sendo um dos cartões postais da cidade. Ele está situado em frente à Praia de Caleta Abarca, na avenida que a une a Valparaíso. Foi construído especialmente para dar as boas-vindas à Copa do Mundo de Futebol de 1962, disputada na cidade.

    Relógio de Flores – Viña del Mar
    Jardim em frente ao Relógio de Flores – Viña del Mar

    Seguimos de van atravessando a Puente Ecuador, sobre o curso de água Estero Marga Marga. Paramos rapidamente em frente ao Museu de Arqueologia e História Francisco Fonck (não entramos) para ver uma escultura Rapanui de 2,80 metros de altura, feita de pedra vulcânica da Ilha de Páscoa, intitulada Moai del Ahu One Makaihi. Em seguida, mais uma parada rápida em frente ao Casino. Ninguém teve interesse em entrar, só fizemos uma foto de seu exterior.

    Puente Ecuador – Viña del Mar
    Escultura Rapanui da Ilha de Páscoa
    Parque Museu Fonk
    Museu de Arqueologia e História Francisco Fonck
    Casino de Viña del Mar

    Por volta de 13 horas seguimos para Reñaca Beach para almoçarmos no Restaurante Mirazú. Um local muito agradável com uma bela vista do mar. O almoço não estava incluso no valor do tour, mas o preço era honesto.

    Restaurante Mirazú – Reñaca Beach
    Restaurante Mirazú – Reñaca Beach
    Restaurante Mirazú – Reñaca Beach
    Restaurante Mirazú – Reñaca Beach

    Após o almoço tivemos uns 30 minutos livres para andar pelo calçadão, apreciando a praia e as construções bem diferentes na encosta.

    Passava de 15 horas quando voltamos para Santiago. Chegamos por volta das 16h30. Como era cedo ainda e o tempo estava bom decidimos conhecer o Parque Bicentenário e o Mirante do Shopping Costanera – Sky Costanera, que descreverei em outros posts de Santiago.

    Rodovia Viña del Mar – Santiago

    O que achei

    Gostei bastante, vimos belas paisagens, o guia foi muito atencioso, a van bem confortável, o restaurante onde almoçamos também foi bom, mas fiquei com a sensação de que poderíamos ter conhecido mais locais (jardins, praças, igrejas). Acho que poderíamos não ter feito a primeira parada da manhã no Rio Tinto e aumentar umas duas horas de duração o roteiro.

    Para quem não quer se preocupar com nada, o tour realmente é a melhor opção. Mas nós gostamos de explorar mais as cidades, desta forma, acredito que teria sido melhor fazer este tour específico por conta própria. Não fiz uma análise de custo se compensaria alugar um carro, mesmo estando em duas pessoas apenas.

    Com relação ao aluguel de carro vejo que tem uma série de recomendações contrárias na Internet. Um dos blogs que pesquisei faz uma análise que vale a pena olhar. Em todos os países onde já aluguei carro nunca tivemos problemas, mas de qualquer forma é bom avaliar e ter algumas precauções.

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