Cunha é um município localizado à leste do estado de São Paulo, cuja população no Censo de 2010 era de 21.866 habitantes. É a maior cidade produtora de pinhão do estado. Cunha também é conhecida por concentrar uma grande frota de Fusca; um exemplar muito bem preservado estava sendo sorteado na rifa da Festa do Divino, em julho de 2022.
Em 1932, Cunha tornou-se palco da Revolução Constitucionalista, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. Um batalhão da marinha do Rio de Janeiro composto por 400 praças subiu a Serra do Mar com a intenção de chegar à capital de São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os habitantes de Cunha resistiram bravamente, mas os combates no município duraram três meses e a cidade, principalmente a zona rural, ficou arrasada: fazendas destruídas; casas e lavouras incendiadas; criações de animais saqueadas; bombardeios; pessoas inocentes sendo mortas pelas tropas. O centro da cidade tornou-se uma praça de guerra e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição foi bastante alvejada.
Atualmente, Cunha se destaca por suas belezas naturais, suas construções históricas e a produção artística de cerâmica, além é claro, da gastronomia.
Visitamos Cunha em julho de 2022. Chegamos na cidade em um domingo à tarde e saímos na quinta-feira pela manhã, tivemos três dias inteiros para conhecer a região.
Como sempre faço, vou registrar onde ficamos hospedados, onde comemos, como é a estrada e principalmente os passeios que fizemos.
A estrada até Cunha é bem tranquila. Saímos da Dutra (Rodovia que liga SP e RJ) na altura de Guaratinguetá e percorremos 52 km até Cunha em 45 minutos, por uma estrada de pista simples, bem sinalizada e um pouco sinuosa.
Escolhemos passear por Cunha porque fomos a um casamento em Lorena (SP), bem perto dali. Além de Cunha, nas proximidades, tem a belíssima Basílica de Nossa Senhora Aparecida (já publicada no blog), em Aparecida (SP); e descendo um pouco mais a Serra do Mar, depois de Cunha, Paraty (RJ).
Cunha tem muitas opções de hospedagem na cidade e nos arredores; e muitas opiniões divergentes nos blogs pesquisados. Achei que a melhor forma de escolher seria, então, relacionar o que iríamos fazer na cidade e fora dela, colocar no mapa e verificar as opções de pousadas mais próximas. Chegamos à conclusão que a melhor opção era ficar em um ponto entre a cidade e os demais pontos a serem visitados. Escolhemos nos hospedar a apenas 10 km da cidade, onde ficamos confortáveis num chalé da Pousada Pedacinho do Céu (contatos no Facebook). Fizemos a reserva diretamente com a Selma, dona da pousada, embora tivesse a opção de reservar também pelo Booking.
A área da Pousada é excelente, cercada de verde e muita paz. Fomos muito bem recepcionados pelos proprietários, Claudemir e Selma. Na quarta-feira, dia da Superlua dos Cervos, nossa última noite por lá, o Claudemir cortou a lenha e preparou para nós uma fogueira e a Selma um delicioso queijo para petiscarmos. Juntaram-se a nós, logo chegou outro hóspede, e compartilhamos um vinho, uma boa prosa e apreciarmos a lua, que estava mesmo especial naquela noite.
As instalações da pousada são simples, mas muito confortáveis e aconchegantes. A área verde é muito bem cuidada, tem piscina e sossego. Estão disponíveis acomodações para casais, famílias e grupos maiores. Ficamos num chalé amplo. Apesar de ser apenas um quarto e estivéssemos em três pessoas, o chalé comportava cinco. O chuveiro é elétrico e a água estava quente, mas se fosse uma ducha seria mais relaxante após tantos passeios. Pegamos temperaturas que chegava a 10ºC na madrugada e os cobertores de lã de carneiro fizeram sucesso. O café da manhã tinha de tudo um pouco e nos atendeu muito bem, até panquecas e ovos mexidos feitos na hora pelos donos. A pousada não serve refeições, assim, nos deslocamos para a cidade algumas vezes e, em outras, almoçamos e lanchamos próximo dali, um dia no Canto das Cachoeiras e outro no Café Moara. A despeito da simplicidade da Pousada, gostamos muito e voltaríamos sem dúvida.
No quesito gastronomia, Cunha tem muitas opções. Gostamos bastante de todos os locais em que comemos.
Para tomar um bom café coado na hora, a sugestão é o Café Moara, que tem opções de lanches saborosos e regionais; destaco a omelete com linguiça e o bolo de pinhão. Fica a apenas 2 km da Pousada Pedacinho do Céu, às margens da Rodovia Cunha/Paraty. Além de tudo ser muito gostoso o local é muito agradável. Tem uma grande área verde e até uma mata preservada. O ambiente é decorado com objetos antigos, além é claro, com o Fusca. Recomendo com cinco estrelas. Uma pena que feche cedo, às 18 horas. Avaliação do Tripadvisor. Aliás, todos os estabelecimentos à beira da rodovia fecham às 18 horas.
Em frente ao Café Moara tem um Monumento em homenagem a Paulo Virgínio, lavrador que se tornou mártir para os paulistas, após ter sido morto pelas tropas de Getúlio Vargas na cidade de Cunha durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Em sua homenagem também a rodovia SP-171, que liga Guaratinguetá a Cunha, foi batizada de Rodovia Paulo Virgínio.
Uma ótima opção para almoçar é o Canto das Cachoeiras. Fica um pouco distante da cidade, mas muito próximo da pousada onde ficamos. Aproveite para ir ao restaurante quando for conhecer o Ecoparque (vou descrever abaixo em Passeios em Cunha). O restaurante abre apenas para almoço (entre 12 e 15 horas). Comemos uma truta que estava deliciosa. O preço é justo e o local muito agradável. Avaliação do Tripadvisor.
Às margens da rodovia, também próximo da Pousada, no caminho para a cidade, fica o restaurante e Cervejaria Caminho do Ouro, onde fizemos uma degustação de cervejas artesanais de fabricação própria. Além de tira-gostos, servem almoço. O local é agradável e tem uma bela vista da serra. Está aberto todos os dias das 11 às 18 horas. Avaliação do Tripadvisor.
Na cidade, almoçamos no Restaurante Dona Dita, que fica numa casa antiga restaurada, bem ao lado da Igreja Matriz, e conta com um self-service a quilo bem variado. Comida caseira ao estilo que gostamos, o mineiro. Bom preço e local aprazível também. Só abre para almoço, fecha às segundas-feiras. Avaliação do Tripadvisor.
Para jantar, fomos a três locais distintos: Porco e Pizza, com ambiente acolhedor e ótima pizza (avaliação do Tripadvisor); Esfiharia Dona Mira, onde comemos uma gostosa esfirra aberta, há várias opções de recheio (avaliação do Tripadvisor); e Bethlehen Cozinha Artesanal, ambiente agradável e boa comida (avaliação do Tripadvisor). Gostamos de todos eles.
Para a sobremesa, fomos à Doceria da Cidinha. Comi um doce de figo recheado de doce de leite com cobertura de chocolate que estava delicioso. Avaliação do Tripadvisor.
As opções de restaurantes e cafés são muitas. Como o tempo era curto, entramos, apenas para conhecer, no Bistrô Veríssima (avaliação do Tripadvisor) e na Cervejaria Reale (avaliação do Tripadvisor) / Il Pumo (os dois funcionam no mesmo espaço – avaliação do Tripadvisor). Estes locais pareceram bem interessantes.
Quando for escolher o local para comer, consulte, antes, se estão abertos. Alguns abrem somente nos finais de semana, outros abrem apenas para almoço. Apesar dessa limitação, conseguimos escolher bem. Sempre coloco os comentários do Tripadvisor, pois gosto é gosto!
Esta é a parte que mais gostamos e Cunha oferece muitas opções, principalmente de passeios junto à natureza.
Fomos ao Lavandário, ao Contemplário, ao Parque da Serra do Mar, ao Canto das Cachoeiras, às Cachoeiras do Pimenta e do Desterro, além de termos visitado as Igrejas, o Mercado, os ateliês e o Museu, dentre outros locais. É importante consultar os horários e dias em que cada estabelecimento funciona, pois alguns funcionam apenas nos finais de semana.
Visitar uma plantação de lavanda talvez seja uma das primeiras opções de passeio que vem à mente quando falamos de Cunha. E foi o primeiro lugar em que fomos, antes mesmo de fazer o check-in na pousada, tendo em vista que o Lavandário só funciona nos finais de semana. Nos organizamos para chegar em Cunha no domingo à tarde, justamente para poder visitar o local.
O Lavandário fica a aproximadamente 9 Km de cidade, bem à margem da Rodovia Cunha/Paraty. Tem um estacionamento próximo da bilheteria , outro subindo à direita e mais um após passar pela portaria (para quem tem dificuldade de locomoção é a melhor opção).
A vista da serra (mar de morros) é maravilhosa e as plantações de lavanda, alecrim, manjericão e gerânio, dentre outras ervas aromáticas, é de despertar o olfato, muito mais que o olhar. Disseram que a geada de semanas anteriores tinha maltratado a plantação, que não estava bonita como eu imaginava. Talvez minha expectativa fosse muito alta, o fato é que não me impressionou. O ano todo tem lavanda florida, imagino que em algumas épocas elas fiquem mais bonitas que em outras.
No local tem um café, uma sorveteria (com sorvete de lavanda, que não provamos) e uma lojinha com produtos à base de lavanda e de outras ervas, além de artesanato local.
O Lavandário é bastante turístico e a entrada é paga (consulte no site do Lavadário o preço e os horários). Achei que o ingresso poderia ser mais barato. Apesar dos meus comentários, valeu a pena conhecer.
Fomos ao Contemplário na segunda-feira, pois fica fechado às terças e quartas-feiras (confira no site os horários).
Foi um dia muito especial, pois além de conhecermos mais uma plantação de lavanda, fizemos uma boa caminhada morro acima, para apreciar o belíssimo pôr do sol. Este local tem mais a minha cara, menos movimento, menos turístico e com a entrada franca. Aqui nos conectamos muito mais com a natureza.
O Contemplário está “aberto ao público desde 2015, destilamos lavanda e outras plantas aromáticas e com os óleos produzimos sabonetes, aromatizadores, velas e outros produtos disponíveis na nossa charmosa loja junto com artesanato e alimentos gourmet da região de Cunha. Passeie pelos campos de lavanda, faça um piquenique numa das mesas espalhadas pela propriedade ou tome um café ou cerveja artesanal no nosso café enquanto aprecia a vista panorâmica” – esta é a proposta, segundo os proprietários.
Para chegar lá são aproximadamente 15 km da cidade, um pouco mais à frente do Lavandário. Um trecho bem pequeno é de terra, bem tranquilo de passar. Próximo ao Contemplário tem o Ateliê Flávia Santoro, mas estava fechado na segunda-feira.
Mais um bom local para passar algumas horas. Este Ecoparque é pequeno, com cachoeiras e trilhas curtas (trilhas dos Xaxins, dos Eucaliptos e das Maritacas), entre 150 e 300 metros. Tudo muito limpo e organizado. Próximo da cachoeira tem um redário e também cadeiras para relaxar e ouvir o barulho da natureza.
Fomos em uma segunda-feira e o local estava vazio logo cedo. Como a área é relativamente pequena, imagino que fique cheio nos finais de semana, o que deixaria o local menos agradável para mim.
O acesso é pago e o visitante tem direito a retornar mais um dia. O Canto das Cachoeiras está localizado muito próximo da pousada em que nos hospedamos, Pedacinho do Céu, a apenas 3 km em estrada de terra boa e a 12 Km da cidade . A estrada é a mesma para o Parque da Serra do Mar.
Já descrevi em Gastronomia, que há um ótimo restaurante no Canto das Cachoeiras. Minha recomendação é visitar e curtir o local pela manhã e aproveitar para almoçar lá.
Gostei muito da horta suspensa que fizeram ao lado do restaurante, serviu de inspiração para mim e em breve vou fazer uma em casa.
Vamos começar pela estrada. Costumo ler alguns comentários antes de ir para algum lugar e vi um criticando demais a estrada. Como fomos em uma época de pouca chuva, a estrada não foi problema. Talvez o seja para quem tenha um carro rebaixado ou para quem só anda no asfalto. Já para quem está acostumado com estrada de terra, a que leva até a Cachoeira do Pimenta é ótima. O caminho é bonito e a paisagem faz parte do passeio, ainda mais pela relevância histórica da estrada, já que um trecho é a antiga Estrada Real. Como costumo dizer, opinião, cada um tem a sua.
No mapa abaixo, é possível perceber as duas opções para chegar lá. Nós fomos por um caminho e voltamos pelo outro. Fizemos praticamente um círculo entre a Pousada, a cachoeira, a cidade e a Pousada novamente. Para quem está na cidade tem um caminho mais perto. Como saímos da Pousada Pedacinho do Céu, iniciamos o trajeto saindo à direita da Pousada e percorremos uns 5 km de asfalto e uns 10 km de terra, aproximadamente.
Chegando na Cachoeira do Pimenta, a primeira coisa que vai avistar é uma represa. Há duas opções: estacionar o carro na estrada e descer a trilha até o último poço, ou andar de carro mais uns 300 metros, pegar um acesso calçado à direita, de carro, até o último poço e subir a trilha para conhecer as cachoeiras. Nós estacionamos na estrada ao lado da represa.
A trilha não é grande, mas tem uma dificuldade média porque é íngreme. Tranquila para quem não tem limitações motoras e está minimamente acostumado. As quedas d’água são bem bonitas, vale a pena fazer o percurso a pé.
Estivemos lá em uma terça-feira e não havia mais que cinco pessoas. O local é aberto e de graça. Na base da cachoeira, onde o carro chega, tem um deck de madeira e uma construção, onde no passado foi uma pequena usina. Atualmente parece um bar, só que estava fechado, não sabemos se abre nos fins de semana.
Para quem chegou na Cachoeira do Pimenta, vale a pena andar mais um pouquinho e chegar na Cachoeira do Desterro. Não se preocupe para achar, o caminho tem placas e o Google Maps leva até lá.
Ela está em uma propriedade particular, mas não tem restrição para entrar, bastando abrir a porteira e fechar depois. A entrada é gratuita. Depois da porteira, a apenas uns 100 metros à frente, tem um bambuzal próximo ao rio, onde pode estacionar o carro.
O local onde estacionamos já é bem bonito, mas não é a cachoeira ainda. Para chegar lá é necessário atravessar o rio e percorrer uma pequena trilha, à esquerda, sem dificuldade alguma, porém, há um detalhe: como a ponte está em construção, é preciso atravessar uma pinguela, e talvez alguns não queiram se aventurar. Nós atravessamos com cuidado e não tivemos problema.
Acho que o único problema, apesar de não ter atrapalhado, é que na região tem muito gado, o que não contribui para a pureza da água.
Este era o passeio que nós mais queríamos fazer. Pesquisando no site do Parque Estadual da Serra do Mar verificamos que ele só abre a partir de quarta-feira. A sorte foi que comprei antecipadamente o ingresso para o Parque pela internet, pois no dia programado, quando chegamos na portaria, havia uma placa: “fechado”. Estava ocorrendo ali um treinamento de salvamento e resgate para os bombeiros e o Parque estava fechado para visitantes. Foram alguns minutos de contrariedade e decepção, mas conversamos com o supervisor, que entendeu que houve uma falha de comunicação da área administrativa e nos deixou entrar.
Então, vamos começar falando da estrada. O Parque é um pouco distante da cidade, 9 km de asfalto e mais 20 km de terra. Como saímos da Pousada, percorremos pouco mais de 20 km de terra, pela mesma estrada que leva ao Canto das Cachoeiras. É um caminho de terra bem cuidado, pois passa por bairros rurais de Cunha. O trecho percorrido é muito bonito e dá até para observar uma cachoeira. O tempo estava fechado e caía uma garoa, que persistiu por todo dia, mas não atrapalhou em nada o passeio.
O parque tem mais de uma opção de trilha e logicamente escolhemos a maior, a Trilha das Cachoeiras. Foram 15 km, ida e volta, e gastamos cerca de 5 horas para fazer todo o percurso, incluindo os momentos de contemplação. Para quem desejar, 90% da trilha pode ser feita de bike e os últimos 10% exclusivamente a pé. Antes desse trecho, há um ponto para deixar as bikes. Tendo em vista o tempo gasto, é necessário levar água e lanche, protetor solar, repelente, chapéu ou boné e, logicamente, estar com um calçado adequado.
A trilha tem um grau de dificuldade médio, mais pela distância do que pelos obstáculos. A maior parte dela é feita em uma estrada de chão batido. Na volta há um trecho um pouco mais cansativo, com uma subida de 1 km . A última parte da trilha (os 10% restantes) tem 4 cachoeiras e exige um pouco mais de atenção. Apesar de serem muito bonitas, não são apropriadas para banho por questões de segurança e não pela qualidade da água.
O caminho é muito bonito, em plena Mata Atlântica com inúmeras espécies de plantas, destacando-se as orquídeas, os xaxins, as bromélias e as samambaias, além das diversas espécies de árvores. Muitos visitantes vão ao Parque para observar pássaros, cuja diversidade é enorme.
Para os que não têm tanta disposição, depois dos primeiros 4 km há um ponto de contemplação na cachoeira chamada Cachoeirão. O trecho inicial é bem tranquilo, mas se considerar que já se cansou, é o momento de avaliar e voltar.
Nossa vontade era fazer as outras trilhas menores também, mas vai ficar para uma próxima vez, pois estávamos cansados depois de percorrer quase 16 km a pé.
Perto da sede do Parque, logo na entrada, há uma outra cachoeira bem bonita, vale a pena chegar lá perto. Na sede, há ainda área de treinamento, banheiros e salas de exposições com espécimes da flora e da fauna locais.
As igrejas são sempre paradas obrigatórias em nossas viagens. Conhecemos três igrejas em Cunha, por dentro e por fora: Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, Igreja do Rosário e São Benedito e a Igreja de São José da Boa Vista.
Começo pela Igreja de São José da Boa Vista, que foi a primeira a ser visitada. Ela só abre nos finais de semana, então, como chegamos no domingo à tarde, fomos para lá primeiro. A Igreja fica na estrada, próxima da Cervejaria Caminho do Ouro (de lá é possível avistar a igreja) e do Lavandário. Basta pegar um pequeno trecho de terra até lá.
A Igreja está em uma região muito bonita, com um extenso gramado ao seu redor e uma bela vista. Ela é simples, mas muito preservada e com grande valor histórico. Assista ao vídeo da TV Aparecida que conta um pouco da história da cidade e mostra bonitas imagens desta igreja, que foi originalmente construída em 1724, no local onde se estabeleceu a primeira povoação da região.
Ao longo dos anos sofreu várias modificações, mas sempre mantendo seu charme. A edificação tem uma torre e a imagem de São José ao centro da fachada frontal. Acima do altar tem a imagem da Sagrada Família.
A linda Igreja Matriz N. Sra. da Conceição está localizada na região central da cidade e começou a ser construída em 1730, tendo sido ampliada e remodelada ao longo do tempo, passando de Capela à Igreja Matriz no final do século XIX.
Nos dias em que estivemos em Cunha estava sendo realizada a Festa do Divino – entre neste link caso queira saber tudo desta festa em Cunha . A igreja estava toda ornamentada e tinha Missa todas as noites. Muitos devotos lotavam a igreja e em um dos dias teve até procissão, com banda de música e tudo o mais. Ao redor da igreja, várias barraquinhas e um palco para shows. A estrutura estava sendo utilizada também para o Festival de Inverno de Cunha que, este ano, entre outras atrações, contou com os shows do Renato Teixeira e do Quinteto Violado (já não estávamos mais em Cunha, uma pena).
O texto a seguir foi extraído do site da paróquia: ” A Matriz de Nossa Senhora da Conceição é o mais valioso patrimônio arquitetônico de Cunha.
A então capela de N. S. da Conceição, em estilo barroco, começou a ser construída em 1730, em taipa de pilão, em terras de José Gomes de Gouveia, uns dos primeiros povoadores da região do Facão. A imagem da padroeira foi trazida por Frei Manuel, que chegou a Cunha em abril de 1730. A capela previa, inicialmente, proporções modestas, e foi sendo construída de acordo com a ajuda das famílias da região. Predominou no altar-mor e nos altares de outras imagens o estilo rococó, com todos os retábulos de madeira. A inauguração aconteceu em 8 de dezembro de 1731 e a Capela foi, então, sendo ampliada ao longo do tempo até atingir as proporções atuais.
Entre 1748 e 1749, a capela do povoado de Nossa Senhora da Conceição do Facão tornou-se sede da paróquia, oficializando-se a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Facão, e a capela começou a ser ampliada. Em 1785, com a transformação da Freguesia em Vila, a igreja foi novamente ampliada e restaurada. Em seu interior estão sepultados restos mortais de importantes personagens daquela época.
No século XIX passou por reformas de grandes proporções, que se iniciaram em 1861 e se estenderam até 1873. Essas obras tiveram como responsável Leôncio Manoel da Costa Cagaré. A partir dessas reformas, a matriz passou a ter 50 metros de comprimento e 21 de largura.
Durante o século XX novas reformas e trabalhos de manutenção em sua estrutura foram realizadas, provocando modificações no seu exterior e interior. Mantiveram-se, no entanto, as características do barroco rococó no altar mor e nos altares laterais.”
A Igreja do Rosário e São Benedito é mais uma das bonitas igrejas da região. Ela foi construída em 1793 pelos e para os escravos. Está localizada próxima à igreja matriz, no centro da cidade, ao lado da Praça do Rosário – tem uma bonita vista da serra. Na praça destaco o busto de Benedito José Monteiro, conhecido como DIU, que foi violeiro, compositor e poeta. A Igreja fica aberta somente em época de festas (demos sorte, pois estava aberta).
O interior da igreja tem paredes brancas e pé direito alto com teto verde de madeira, o altar tem uma divisão com uma porta alta em formato arredondado e com desenhos dourados.
Cunha é conhecida pela natureza preservada de suas serras, pelos fuscas, pelo artesanado, mas especialmente, pelos ateliês de cerâmica. Tem vários na cidade, mas muitos ficam fechados durante a semana. Relacionei alguns para conhecer, mas o tempo estava um pouco apertado e preferimos os programas na natureza, não desmerecendo, é claro, a beleza dos trabalhos. Assim, conhecemos apenas dois locais que abrem todos os dias:
Vimos de perto os fornos, onde as cerâmicas são submetidas a temperaturas de até 1.400ºC, e as belíssimas peças expostas, que são realmente obras de arte, com preços equivalentes (achei interessante conhecê-lo, pois deu uma boa ideia dos trabalhos feitos em Cunha).
Na Casa do Artesão estão à venda cerâmicas, joias em prata e artesanatos de diversos artistas locais, a preços mais acessíveis.
A Casa do Artesão está localizada próxima da Rodoviária e do Parque Lavapés, onde fizemos uma rápida caminhada
Não podíamos deixar de visitar também o mercado da cidade. Ele está localizado em um prédio histórico de 1913, na região central, bem próximo da Cervejaria Reale. Abre todos os dias; nos domingos e feriados, apenas pela manhã.
Por dentro é bem pequeno e tem apenas algumas bancas com produtos cultivados e produzidos na região, como cachaças, doces, temperos, artesanatos, roupas, produtos para casa e até botinas e várias outras miudezas.
O Museu Municipal Francisco Veloso é um pequeno museu no centro da cidade, com um jardim muito bem cuidado na entrada, um pequeno acervo de livros e documentos históricos. A exposição aberta ao público era sobre a História da Revolução Constitucionalista de 1932. A senhora que nos atendeu informou que esta exposição era temporária e que depois voltaria a exposição de equipamentos da época da escravidão, cerâmica indígena, quadros, fotos e livros raros, que contam a história local.
Cunha é um lugar incrível e deixamos de fazer várias coisas, como visitar algumas fazendas, outras cachoeiras, vinícola e principalmente a Pedra da Macela. A trilha até lá estava fechada já fazia um bom tempo por causa de um desmoronamento e uma parte dela foi reaberta logo após nossa partida. O local, pelas fotos que vi, proporciona uma bela vista panorâmica, alcançando até praias de Paraty em dias de sol.
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Pelas fotos que vi Cunha para mim foi incrível pelo encanto da plantação de lavanda,cachoeiras,artesanato,parte folclórica,igreja em festa. Ótima para quem aprecia tudo isto e que gosta de caminhadas! Boa escolha!
Uma descrição que vale a pena ler…adorei! Fiquei triste por não ver as lavandas bem coloridas, mas valeu…Fotos lindas ! enfim gostei de tudo!
Obrigado pelo comentário