Delft é uma das cidade mais antigas dos Países Baixos (há registros do ano de 1062 que a mencionam) e está localizada a 67 km de Amsterdã, entre as cidades de Haia (a 9 km) e Roterdã (18 km). A cidade tem mais de 100 mil habitantes e é um destino turístico popular nos Países Baixos, famoso por suas conexões históricas com a Casa reinante de Orange-Nassau, sendo também conhecida como a cidade real, onde os membros da família real são sepultados na cripta dentro da Igreja Nova (Nieuwe Kerk).
Além disso, a cidade é famosa por sua cerâmica azul (foi o maior centro de produção mundial, contando com 33 fábricas em seu apogeu; hoje só existe a Royal Delft, onde também funciona um museu). Delft é conhecida ainda por ser a cidade do pintor Johannes Vermeer, famoso por sua obra de 1665 – “The Girl With The Pearl Earring (Garota com brinco de pérola); por sediar a Universidade de Tecnologia de Delft (TU Delft); e por ser considerada o berço da microbiologia, graças às contribuições pioneiras de Antonie van Leeuwenhoek e Martinus Beijerinc.
Nosso passeio a Delft foi no dia 12 de abril de 2024, uma sexta-feira. Fizemos um bate e volta: partimos da Estação Central de Roterdã, visitamos Delft e ainda passamos em Haia antes de retornar a Roterdã. Chegamos na Estação Delft um pouco antes das 11 horas, uma viagem de apenas dez minutos.
A passagem por Delft foi muito rápida, em torno de três horas, tempo suficiente para perceber como é charmosa a cidade. Veja nosso roteiro na cidade.
Saímos da estação de trem e caminhamos cerca de um km até a Praça do Mercado de Delft, apreciando a arquitetura dos edifícios, os canais e as torres das três igrejas (depois, visitamos uma delas).
A praça central de Delft é ampla, movimentada e com restaurantes e lojas instaladas em seus edifícios históricos. Em uma das extremidades da praça está o edifício Stadhuis e, na outra, a Nieuwe Kerk (Igreja Nova). Às quintas-feiras, é montado um mercado na praça, uma tradição desde o século XII.
O edifício do Stadhuis (antiga prefeitura) é de estilo renascentista, reconstruído entre 1618-1620, após ser incendiado. Foi projetado por Hendrick de Keyser.
A Nieuwe Kerk (Igreja Nova), foi construída entre 1381 e 1496. Antigamente, era a igreja católica de Santa Úrsula; depois da Reforma, passou a ser protestante. Em 1584, William, o Silencioso, (Príncipe de Orange em 1544, fundador do ramo Orange-Nassau, e ancestral da monarquia dos Países Baixos), foi sepultado ali em um mausoléu projetado para esta finalidade. Desde então, membros da Casa de Orange-Nassau são sepultados na cripta real. Os últimos membros sepultados foram a Rainha Juliana e seu marido, o Príncipe Bernhard, em 2004. O acesso à torre e à igreja é pago.
Quase no centro da praça está a estátua de Hugo Grotius (um prodígio adolescente nascido em Delft, tendo atuado como humanista, diplomata, advogado, teólogo, jurista, estadista, poeta e dramaturgo). A estátua foi criada por Franciscus Leonardus Stracké, em 1886. Hugo e sua esposa estão sepultados na Nieuwe Kerk.
Ao lado da igreja está a obra “Het Blauwe Hart” (O Coração Azul) de Marcel Smink, de 1988. O coração é feito de painéis de vidro azul sobre uma estrutura de aço inoxidável. O artista explica sua obra como sendo o “coração” técnico de Delft, referindo-se à Universidade Técnica, e a cor do vidro, ao azul de Delft (cerâmica azul). À noite, ela é iluminada por dentro.
Bem próximo da Igreja Nova, do lado esquerdo, está o Vermeer Centrum Delft, que funciona como um museu, embora não tenha as obras originais em exposição. São três andares onde é possível conhecer a vida do ilustre morador Johannes Vermeer, descobrir como o Mestre da Luz colocava a claridade em suas telas, além de conhecer o local onde as obras eram criadas. Vermeer deixou 37 obras e no museu estão expostas todas as réplicas, com áudio guia e com informações extras. No andar térreo tem uma loja de souvenir e livraria.
Também bem próxima da Igreja Nova, à sua direita, está a Igreja católica Maria van Jessekerk, em estilo neogótico, construída no período de 1875 a 1882, e projetada por Evert Margry. Originalmente, esta igreja era dedicada a São José, mas desde 1971 é dedicada a Maria de Jessé. As duas torres fazem referência às duas antigas igrejas católicas, a Igreja Velha e a Igreja Nova, que depois da Reforma Protestante passaram a ser protestantes. A visita à igreja é gratuita, confira os dias e horários para visitá-la.
O próximo destino foi a Oude Kerk (Igreja Velha), localizada no centro antigo da cidade. É a igreja mais antiga de Delft, fundada por volta de 1200, ampliada e modernizada várias vezes entre os séculos XIII a XVI. Originalmente, era a Igreja católica de São Bartolomeu, depois da Reforma passou a ser uma igreja protestante. Estão enterrados ali: Piet Hein, Johannes Vermeer, Antonie van Leeuwenhoek. A visita é paga e o ingresso é válido também para a Nieuwe Kerk (Igreja Nova).
Ao lado da Igreja Velha está o Stedelijk Museum Het Prinsenhof, (o museu está fechado para reforma até dezembro de 2026 – veja as informações em seu site). Sua coleção foi construída ao longo de cento e quarenta anos e atualmente possui cerca de 16 mil itens, entre eles pinturas, cerâmica, arte aplicada, obras em papel e arte moderna e contemporânea. Ela está dividida em três pontos temáticos: Guilherme de Orange, Mestres de Delft e Azul de Delft. No edifício do museu funcionou o Mosteiro de Santa Ágata e também foi a residência do estadista holandês William, o Silencioso (assassinado ali por Balthasar Gérard, em 1584. Os buracos na parede feitos pelas balas na escada principal ainda são visíveis).
Ao lado do museu está o Jardim Prinsentuin (príncipe) com uma estátua de William van Oranje no centro.
Continuando nosso passeio fomos até o Moinho de Vento a Rosa “Molen de Roos”, na Phoenixstraat. É o único moinho sobrevivente dentro da antiga zona fortificada de Delft, entre os dezoito que operavam anteriormente na cidade. O moinho ainda está em funcionamento. Ele tem 7 andares e uma plataforma aberta onde pode-se avistar parte da cidade. A visita ao moinho é gratuita.
Antes de voltarmos para Estação Delft para pegar o trem para Haia, fomos almoçar na Cafeteria Stads Koffy Huis.
Andamos por toda parte histórica da cidade a pé, cerca de três km. Como o tempo reservado para Delft era pequeno, não entramos em nenhum museu; visitamos apenas a Igreja Maria van Jessekerk. Apreciar as ruas, os edifpicios históricos, os canais e as lojas da cidade já é um passeio incrível.
Não deu tempo de conhecermos: o Oostpoort (portão oriental), construído por volta de 1400, único portão remanescente das antigas muralhas da cidade; o Gemeenlandshuis Delfland, construído em 1505, que abriga a autoridade regional de águas de Delfland desde 1645; o edifício histórico “Waag” (casa de pesagem); o Royal Delft, também conhecido como De Porceleyne Fles; e o Science Center. À exceção do Science Center, que fica um pouco contramão, os atrativos citados ficam na região central.
Para conhecer mais sobre Delft entre no site Delf Marketing.
Por volta de 14h30 pegamos o trem para Haia.
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