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    Palácio Itamaraty – Brasília – DF

    Palácio Itamaraty

    O Palácio Itamaraty foi oficialmente inaugurado em 1970, ele é a sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e sua arquitetura o diferencia dos demais ministérios que compõem a Esplanada dos Ministérios, à exceção do Ministério da Justiça, que fica à sua frente, do outro lado do eixo monumental. Foi o primeiro monumento da época contemporânea a ser incluído pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1987.

    Palácio da Justiça

    Chamado de Palácio dos Arcos pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que o projetou, ficou conhecido como Palácio Itamaraty em alusão à antiga sede do MRE no Rio de Janeiro, chamado de Palácio do Itamaraty (um refinado casarão neoclássico originalmente pertencente a Francisco José da Rocha Leão – Conde de Itamarati).

    O Palácio Itamaraty em Brasília é considerado uma obra-prima do arquiteto Oscar Niemeyer e do engenheiro estrutural Joaquim Cardozo, em parceria com o arquiteto de canteiro Milton Ramos. O paisagismo ficou por conta de Roberto Burle Marx. Seus salões abrigam obras de artistas estrangeiros, mas principalmente, de artistas brasileiros natos ou naturalizados, tais como Athos Bulcão, Portinari, Volpi, Djanira, Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Segal e Debret; assim como o mobiliário que conta com peças desenhadas por importantes designers brasileiros, como Sérgio Rodrigues e Bernardo Figueiredo. 

    O Palácio Itamaraty foi concebido para representar, divulgar e promover o Brasil e seus interesses no exterior, sendo o espaço oficial para a recepção de autoridades e delegações estrangeiras. Salientando que o Ministério das Relações Exteriores tem a competência legal de coordenar o Protocolo e o Cerimonial do Estado. Em seus salões, autoridades estrangeiras são recebidas com o que há de melhor na culinária e nas artes brasileiras. Nesse contexto, seu acervo histórico e artístico tem um papel relevante para as relações exteriores.

    Visitação ao Palácio Itamaraty

    O agendamento para visitas guiadas ao Palácio Itamaraty é feito online. Para saber detalhes da visita, como os idiomas disponíveis, regras de vestimenta e horários clique aqui. Para fazer o agendamento, propriamente dito, clique aqui. É possível visitar também o Instituto Rio Branco.

    Área Externa

    Enquanto aguarda o início da visita guiada, aproveite para conhecer o Palácio Itamaraty por fora – a arquitetura com seus arcos e o espelho d’água com plantas nativas do Cerrado e da Amazônia (obras de Burle Marx). 

    Palácio Itamaraty
    Palácio Itamaraty
    Palácio Itamaraty

    Um destaque no espelho d’água é a escultura intitulada “Meteoro“, de Bruno Giorgi, esculpida entre 1967 e 1968, são cinco blocos de mármore branco de carrara, pesando oito toneladas. Com todo esse peso, ainda assim parece flutuar sobre o espelho d’água. A obra representa os laços diplomáticos entre os cinco continentes e é o símbolo do Ministério das Relações Exteriores.

    Escultura Meteoro de Bruno Giorgi

    Área interna

    A visita guiada ao interior do Palácio Itamaraty passa por três pavimentos: piso térreo, onde está o grande salão e um jardim; o mezanino e o primeiro andar, onde estão os jardins da cobertura, os salões de coquetéis e banquetes, algumas esculturas e outras obras de arte. 

    A entrada para visitação é pela lateral direita do prédio, onde tem estacionamento (aberto ao público apenas nos finais de semana). Durante a semana é necessário estacionar em outros pontos da Esplanada.

    Rampa lateral de acesso à recepção da visitação

    Térreo

    Já na recepção onde é feita a identificação dos visitantes, temos uma amostra das obras existentes no Palácio.

    Área de recepção

    Depois de se identificar e receber o crachá de visitante, o guia conduz todos ao Salão de Recepções, que tem 2.200 m² e  um dos maiores vãos livres da América Latina. O cálculo estrutural que permitiu a realização do impressionante vão livre foi realizado pelo Engenheiro Joaquim Cardozo. Já as autoridades convidadas acessam o local pela rampa principal do Palácio, onde é estendido um tapete vermelho.

    Térreo – Salão de Recepções
    Térreo – Salão de Recepções
    Térreo – Salão de Recepções

    Destaques do Salão:

    Escada helicoidal – térreo/mezanino
    Obra de Athos Bulcão denominada “Parede”
    Jardim com espécies da Amazônia
    Escultura “Uni Duni Tê”
    Escultura “Ferros Retorcidos”
    Escultura “Folhagem”
    Última obra exposta no Palácio (2024)
    Escultura Ponto de Encontro de Mary Vieira – local de início da visitação

    Mezanino

    A primeira obra de arte no mezanino, após subir a escada, é a escultura do Austríaco Franz Weissmann – Transfiguração ou Metamorfose. Muito interessante, ela toma formas diferentes à medida que você caminha pelo salão.

    Escada helicoidal e escultura de Franz Weissmann – “Transfiguração” ou “Metamorfose” (à esquerda, no alto da escada)

    Destaques no Mezanino:

    “Treliça” de Athos Bulcão

    Neste pavimento encontra-se também, à esquerda, o Gabinete do Ministro das Relações Exteriores (uma curiosidade é que ele tem um apartamento funcional no Palácio), e à direita está o Gabinete do Secretário-Geral, cargo mais alto da carreira diplomática. Outra curiosidade é que o Secretário-Geral pode entrar de carro por uma rampa que se inicia em frente do Palácio, passa por seu gabinete e chega até o outro lado do edifício. Estes gabinetes não estão abertos à visitação. Em 2022, a diplomata Maria Laura da Rocha tornou-se a primeira mulher a assumir o posto como Secretária-Geral do MRE.

    O salão é utilizado para condecorações e entrega de medalhas.

    Primeiro Andar

    Neste andar estão três salas de coquetéis (pequena, média e grande), o jardim e três salas de almoço e jantar.

    A primeira sala de coquetéis é chamada D. Pedro I. É a sala média, onde se destacam:

    Sala D. Pedro I – um dos maiores tapetes persas do mundo
    Sala D. Pedro I – tela de Jean Baptiste Debret 
    Sala D. Pedro I – “Grito do Ipiranga”
    Sala D. Pedro I – móveis de jacarandá e a “Pomba da Paz”
    Sala D. Pedro I – lustre “Revoada de Pássaros”

    A segunda sala de coquetéis é chamada de Sala Cândido Portinari. É a maior delas, onde se destacam:

    Sala Portinari – “Cena Gaúcha” e “Jangadas do Nordeste”
    Sala Portinari – anjos barrocos, móvel em jacarandá, telas de Arcângelo Ianelli e Manabu Mabi

    A terceira e última sala de coquetéis é conhecida como Duas Épocas, devido ao contraste entre os móveis antigos e as pinturas modernas. É a menor delas, mas não menos recheada de obras de arte, onde se destacam:

    Sala Duas Épocas
    Sala Duas Épocas – tela abstrata sem título
    Sala Duas Épocas – “Figura”
    Sala Duas Épocas – namoradeira ou conversafeira
    Sala Duas Épocas – “A Mulher e sua Sombra”

    Assim como as salas de coquetéis as salas de jantar e almoço, também são três: Bahia (sala para 14 pessoas), Rio de Janeiro (sala para 36 pessoas) e Brasília (sala para 180 pessoas), nomes de cidades que já foram capitais do Brasil. No passado, era possível visitar as três salas, atualmente (2025), apenas a Sala Brasília está aberta à visitação.

    É na Sala Brasília que é realizada a festa de posse do Presidente da República. Destaca-se na parede ao fundo, a tapeçaria Vegetação do Planalto Central, que representa as plantas nativas do planalto, criada pelo atelier Norberto Nicola a partir de um cartão de Burle Marx.

    Sala Brasília – tapeçaria em cinco partes retrata a vegetação do planalto central

    Ainda na Sala Brasília, destaca-se o biombo da Dinastia Ming do Século XIV, a peça mais antiga do Palácio.

    Terraço

    O terraço é o local ideal para admirar a vista de parte da Esplanada dos Ministérios, destacando-se o Palácio da Justiça, o Congresso Nacional, o extenso gramado, os ministérios e o mastro com a bandeira do Brasil, tudo emoldurado pelos arcos do palácio.

    Terraço do Palácio Itamaraty – vista da escultura Meteoro e do Palácio da Justiça ao fundo
    Terraço do Palácio Itamaraty – vista do Congresso Nacional
    Terraço do Palácio Itamaraty – vista do mastro e da Bandeira do Brasil

    Para completar este cenário, o jardim suspenso de Burle Marx, trazendo um equilíbrio entre o concreto e a natureza.

    Terraço do Palácio do Itamaraty – Jardim Suspenso de Burle Marx
    Terraço do Palácio Itamaraty – Jardim Suspenso de Burle Marx

    Obras de arte em destaque no terraço:

    Terraço do Palácio Itamaraty – “Três Jovens”
    Terraço do Palácio Itamaraty – “Canto da Noite”
    Terraço do Palácio Itamaraty – “As Gêmeas”
    Terraço do Palácio Itamaraty – “Nu Deitado”.
    Terraço do Palácio Itamaraty – bancos de Sérgio Rodrigues 

    Tanto as salas de coquetéis como a sala de banquete Brasília têm portas de vidro pivotantes, integrando-as ao jardim suspenso de Burle Marx, como se fosse um ambiente único.

    Comentário Final

    A visita ao Palácio Itamaraty é imperdível. Se for turista e não tiver muito tempo para conhecer a cidade, priorize conhecer este palácio.

    A visita é uma verdadeira aula de história, além de poder apreciar a arquitetura, o paisagismo e as obras de arte (pinturas, tapeçaria, esculturas, mobiliário, lustres, painéis, etc.).  Se quiser detalhes do Palácio Itamaraty, veja a publicação feita pela Coordenação de Divulgação (DIVULG) do Ministério das Relações Exteriores.

    A visita guiada é gratuita, mas é necessário agendar com pelo menos 24 horas de antecedência.

    Durante a semana não é permitido entrar usando chinelos, shorts, bermuda, camiseta regata e/ou roupas muito à vontade.

    Há regras para fotografar alguns espaços internos, que podem variar conforme o expediente e o dia da semana.

    Por causa de cerimônias oficiais, as visitas podem ser suspensas sem aviso prévio. 

    Entre a recepção e o Salão de Recepção de autoridades há banheiros masculino e feminino.

    Não há lanchonete no Palácio. Atualmente, há uma casa de chá na Praça dos Três Poderes.

    1. Dee-Dee disse:

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    2. Marcelo disse:

      Thank you! We are very glad you liked it! ❤️

      Obrigado! Ficamos felizes que você gostou! ❤️

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