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    Amsterdã – Países Baixos

    A viagem para Amsterdã fez parte de uma viagem maior, detalhada no Diário 7 – Portugal. Saímos do Brasil no dia 2 de abril de 2024 com destino a Lisboa, onde fizemos nossa base por três meses. De Lisboa, partimos para um passeio de quase duas semanas pelos Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo. A primeira cidade visitada foi Amsterdã, onde chegamos dia 7 de abril e de onde partimos no dia 11, às 9 horas da manhã, para Roterdã. Estávamos eu, minha esposa, nossa filha e uma amiga que mora em Portugal.

    De Lisboa para Amsterdã são menos de três horas de voo. Chegamos por volta das 13 horas (o fuso horário é de 1 hora a mais que Portugal) no Aeroporto Schiphol.

    Os preços na Holanda são bem altos para nós brasileiros, começando pelo transporte. No aeroporto, optamos por pegar um trem até o hotel. A máquina para validar o bilhete fica no hall principal da Estação Schiphol. Cada bilhete custou 5,10 euros. Aqui já vão duas dicas: a passagem do transporte pode ser comprada em uma das máquinas de venda ou, caso tenha um cartão de débito como o Wise, pode usá-lo diretamente na máquina validadora de bilhetes, pagando um euro a menos – 4,10 €. Não tínhamos essa informação naquele momento, mas foi o que fizemos dali para frente. Vale ressaltar que cada pessoa tem que ter seu próprio cartão de débito, pois uma não pode usar o cartão da outra. A segunda dica é verificar qual é o trem que para na estação que deseja descer, pois algumas locomotivas apenas passam pelas estações, mesmo que seu nome conste no itinerário. Este foi outro furo que demos: nosso destino era a Estação Sloterdijk, só que o trem que pegamos não parava ali e ele passou direto por ela. Ou seja, tivemos que descer na estação seguinte, a Estação Central, e voltar uma estação até a Sloterdijk. Como não tínhamos saído da área de embarque, não precisamos pagar o trecho de volta. Ufa!

    Hall da Estação Schiphol (aeroporto)
    Terminal para compra de bilhete
    Terminal para compra do bilhete de trem
    Plataforma da Estação Central
    Estação Amsterdam Sloterdijk

    Escolhemos o Hotel Mercure Sloterdjik para nos hospedarmos. A localização era ótima, a apenas 250 metros da estação multimodal de Sloterdjik, de onde partem trem, metrô e ônibus. Muito fácil para se deslocar de trem para o centro da cidade, a uma estação dali. Apesar do hotel não ser barato, era bem mais barato que os hotéis no centro. Pesquisamos também Airbnb, mas tinha poucas ofertas e o preço estava mais alto que o dos hoteis. O Hotel Mercure era confortável, o café da manhã custava, 25 €, optamos por comprar pães, queijos, iogurtes, frutas e sucos no mercadinho que fica entre a estação e o hotel, e tomar o café no quarto. No apartamento tinha frigobar, chaleira elétrica, chá e café como cortesia. A água da torneira pode ser consumida, mas se desejar, compre água no mercadinho também.

    A caminho do hotel partindo da Estação Sloterdijk
    Hotel Mercure Sloterdijk

    Primeiro dia em Amsterdã

    Chegamos no hotel e o check in já estava liberado. Não queríamos perder nem um minuto, deixamos as malas no quarto e já pegamos o trem para a Estação Central, o bilhete para o trecho entre as estações Sloterdjik e Central era mais barato, 2,50 €. Aproveitamos a tarde apenas para um passeio de reconhecimento da região.

    Assim que saímos da Estação Central já ficamos admirados com seu belo edifício, de 1889. Esta é a estação mais importante da cidade, de onde partem e chegam trens de todo o país e também da Bélgica, da França e da Alemanha; e de onde partem também algumas linhas de metrô e de ônibus. Em 2023, foi inaugurada uma garagem subterrânea para 7 mil bicicletas. Aqui já dá para ter uma ideia do que as bicicletas representam para os neerlandeses.

    Estação Central de Amesterdã
    Estação Central de Amesterdã

    Um pouco mais à frente, do outro lado do canal, o destaque é a Basílica de São Nicolau (Basiliek van de Heilige Nicolaas), sua construção foi concluída em 1887. A Igreja de São Nicolau foi elevada à “Basílica Menor” em 2012. Em dezembro de 2021, a Basílica recebeu uma relíquia de São Nicolau da Abadia de Egmond, que é o santo padroeiro da igreja e da cidade de Amsterdã. Ela é a principal igreja católica apostólica romana da cidade. Infelizmente, estava fechada. Há ainda outras igrejas católicas, mas não as visitamos: Igreja de São Francisco Xavier (Krijtberg), Igreja do Papagaio (Papegaai), Capela das Beguinas (Begijnhofkapel) e a antiga Igreja Nosso Senhor no Sótão, que virou o Museu Ons’ Lieve Heer Op Solder.

    Além dos cristãos católicos, que representam 18% da população, há 14% de protestantes. Outras religiões não cristãs também são professadas no país, mas a grande maioria da população diz não se indentificar com qualquer religião, 57% (dados de 2021).

    Basílica de São Nicolau

    Neste primeiro dia queríamos conhecer um dos cartões postais de Amsterdã, os canais, símbolo cultural e histórico do país. Eles foram construídos no século XVII, durante a Idade de Ouro Holandesa, para controlar a água e transportar mercadorias. 

    Amsterdã – foto do Wikipédia

    No passeio pela cidade percebemos a importância das bicicletas como meio de transporte para todos, moradores e turistas. Em diversos pontos da cidade vimos bicicletas enfeitadas e expostas para que os turistas tirem fotos. É incrível como o ciclista consegue localizar sua própria bicicleta nos estacionamentos gigantescos, são centenas e até milhares delas.

    Observamos ainda a arquitetura diferenciada dos sobrados “inclinados” para frente e com um gancho no topo, nos quais se colocam polias para içar móveis. Encontrei duas justificativas para a inclinação das casas: a primeira, que faz mais sentido para mim, está relacionada à qualidade do solo e das estacas de madeira que eram usadas na fundação, que com o tempo levou as edificações a tombarem para frente; a segunda, está relacionada com a maior facilidade no içamento de móveis, já que os prédios são estreitos. Uma coisa é certa, é bem estranho.

    Sobrados “inclinados”
    Ganchos no alto das fachadas
    ajudam a içar móveis

    Pensamos em fazer um passeio de barco pelo canal, mas deixamos para o último dia. Conclusão, perdemos a oportunidade porque não tivemos tempo depois para fazer o tour, que custa em torno de 15€.

    Uma das empresas de passeio de barco

    Entre uma caminhada e outra experimentamos duas iguarias do país: a batata frita e a torta de maçã. Incluiria também o famoso bolo de maconha, que é servido em diversos lugares, mas não o experimentamos.

    Fabel Friet da Rua Runstraat – fila longa, mas rápida.
    Winkel
    Tarte de Maçã
    Noordermarkt
    Noordermarkt

    Além da batata frita, da torta de maçã e de bolos e chocolates com maconha, também os queijos holandeses são famosos no mundo inteiro, sendo o país um dos maiores exportadores de queijo do mundo. Os tipos mais famosos são o Edam, o Gouda e o Leyden. Em Amsterdã, tem várias lojas para você degustar e comprar. As fotos abaixo são do produtor Henry Willig e a loja é a Kaaskelder. Compramos uns queijinhos bem saborosos.

    Kaaskelder
    Kaaskelder

    Em frente à loja de queijo, está mais um local interessante em Amsterdã, o Mercado das Flores ou Bloemenmarkt, onde, além de flores, encontram-se produtos de jardinagem e souvenir. O mercado fica em barracas coloridas que flutuam em barcos atracados ao Canal Singel. O Bloemenmarkt é o único mercado de flores flutuante do mundo. É um destino popular para turistas e moradores locais e um dos mercados mais emblemáticos de Amsterdã.

    Bloemenmarkt

    O Canal Singel, onde estão as barracas do Mercado de Flores, é o canal mais interno de Amsterdã (observe no mapa da cidade que os canais formam vários anéis semicirculares em volta do centro). Ele começa perto da Estação Central, passa pela Praça Koningsplein e deságua no Rio Amstel, na Praça Muntplein. O mercado de Flores está entre estas duas praças. Na Praça Multplein está a Torre Medieval Monitorem, que é um dos três portais medievais da cidade.

    Torre Medieval Munttoren

    Uma famosa rua comercial de Amsterdã, a Kalverstraat, também termina na Praça onde está a Torre Monitorem.

    Kalverstraat

    Parte da região do Singel tornou-se o Distrito da Luz Vermelha, onde há uma maior concentração de prostituição e negócios orientados para o sexo, como sex shops, clubes de striptease e teatros para adultos. A área é bem movimentada e ficou conhecida como Singelgebied. Na região também tem vários cafés que servem o bolo de maconha. Lembrando que a maconha e a prostituição não são considerados crimes nos Países Baixos.

    Red Light District
    Teatros e casas de striptease
    Sex shops
    Canal Singel

    Entre o Mercado das Flores e a Praça Rembrandt, outro destaque é o Teatro Tuschinski, uma sala de cinema frequentemente usada em estreia de filmes. Foi eleito o mais bonito cinema do mundo pela revista Time Out. Uma pena que não conseguimos conhecer por dentro.

    Teatro Tuschinski

    Caminhamos cerca de cem metros do teatro até o destino seguinte, a Praça Rembrandt. A Rembrandtplein homenageia um dos pintores holandeses mais importantes de todos os tempos: Rembrandt. No centro da praça tem uma estátua do mestre, construída em 1852 em ferro fundido pelo escultor Louis Royer, sendo a estátua mais antiga de Amsterdã em um espaço público. Já a escultura em bronze “The Thinker”, de Joseph Klibansky, foi instalada na praça em 2023.

    Escultura de Rembrandt de Louis Royer
    Escultura “The Thinker” de Joseph Klibansky

    A praça é muito movimentada, de dia e de noite, com muitos restaurantes e cafés ao redor, além de hotéis, bancos e lojas. No verão, as pessoas costumam tomar sol em seus gramados e, no inverno, é montada uma grande pista de patinação no gelo. As árvores, os arbustos e as tulipas completam o cenário.

    Rembrandtplein
    Rembrandtplein
    Rembrandtplein

    Sempre que vejo artistas de rua paro para assisti-los, a maioria deles é muito bom e em Amsterdã não foi diferente, desta vez, um pianista.

    Até pianista encontramos tocando em Amsterdã

    Nosso primeiro dia em Amsterdã foi bastante intenso, andamos muito e conhecemos vários lugares. Voltamos para o hotel em torno das 21 horas e ainda pudemos contemplar da janela um lindo pôr do sol!

    Segundo dia em Amsterdã

    A programação deste dia foi o Parque das Tulipas, Keukenhof é o nome oficial. O parque é fantástico, superou em muito nossa expectativa. Estivemos lá na comemoração de seu 75º aniversário. Sobre este parque o Brasília na Trilha fez um post exclusivo, confira.

    Parque Keukenhof – 75 anos

    Terceiro dia em Amsterdã

    As atrações do terceiro dia em Amsterdã foram o Museu Van Goch e seu entorno, e ainda exploraramos mais um pouco o centro da cidade.

    Saímos do hotel de Uber, direto para o museu, pois era mais cômodo e mais barato, já que estávamos em quatro pessoas. O Brasília na Trilha fez um poste exclusivo do Museu Van Goch.

    Assim que saímos do museu fomos ao supermercado Albert, bem próximo, para comprarmos um lanche e fazermos um piquenique na Praça do Museu, mas começou a chover e o jeito foi improvisar e comer no supermercado mesmo. Embora desconfortável, atendeu bem. Experimente as tortinhas de maçã do supermercado, são baratas e muito boas.

    Conhecemos a bela Praça do Museu e seu entorno, confira no post do Museu Van Goch. Por volta das duas horas, voltamos para o centro para explorar mais alguns pontos da região. Veja o roteiro no centro da cidade no mapa abaixo.

    Amsterdã é uma cidade com características e paisagens bem peculiares, como jardins de tulipas, moinhos, canais, bicicletas e também as mais de 1.500 pontes, cada uma delas com um número e um nome. Naquela tarde, prestamos um pouco mais de atenção em algumas delas. Tem ponte de todo tipo, muitas são levadiças, para a passagem de barcos maiores.

    Quando estávamos indo para o centro da cidade, o Uber parou para esperar uma ponte subir para dar passagem a uma embarcação.

    Ponte levadiça
    Ponte levadiça

    Já no centro, começamos o roteiro próximo da Ponte Bantammer ou Bantammerbrug (a tradução de brug é ponte), construída em 1921, com uma bonita vista da Praça Nieuwmarkt.

    Vista da ponte Bantammer – Praça Nieuwmarkt ao fundo

    Na sequência, depois de caminhar uma curta distância, chegamos na Praça Nieuwmarkt (considerada parte da Chinatown de Amsterdã, ao lado do Red Light District). Lá tem muitos cafés, um mercado diário, bem como um mercado de alimentos orgânicos aos sábados e um mercado de antiguidades e livros aos domingos (nos meses de verão). Destaca-se na praça o edifício Waag (” casa de pesagem “). O edifício do século XV originalmente era um portão da cidade e parte dos muros de Amsterdã, mais tarde foi utilizado para outras atividades, como recolhimento de impostos, museu, quartel de bombeiros, teatro anatômico, entre outras coisas. O Waag é o edifício não religioso mais antigo que ainda existe em Amsterdã. Ele foi restaurado e os andares superiores foram alugados para a Waag Society, uma fundação que visa fomentar a experimentação com novas tecnologias, arte e cultura; no térreo funciona o Restaurant Café In de Waag.

    Praça Nieuwmarkt
    Edifício Wagg na Praça Nieuwmarkt

    Em seguida, passamos na porta do Museu Casa de Rembrandt. Não entramos para conhecer. A proposta do museu é apresentar como Rembrandt viveu, seu trabalho e a história de sua vida, além de algumas de suas obras.

    Museu Casa de Rembrandt

    Continuamos admirando os canais e a arquitetura ao redor, e no caminho vimos a Mozes en Aäronkerkand, Igreja de Moisés e Aarão em português, de 1841. Oficialmente, Igreja Católica Romana de Santo Antônio de Pádua. No topo de sua fachada principal tem a estátua da bênção de Cristo e uma frase em latim, que significa “O que esteve sob o sinal de Moisés e Aarão durante séculos, foi renovado para a grande glória do Salvador.” Comentei anteriormente que não entramos em nenhuma igreja em Amsterdã porque algumas estavam fechadas e outras tinham o ingresso bem caro.

    A caminho da Igreja de Santo Antônio de Pádua
    Seguindo o Rio Amstel até a igreja
    Mozes en Aäronkerkand (Igreja de Moisés e Aarão) ou Igreja de Santo Antônio de Pádua

    O trecho seguinte de nosso passeio foi admirar e conhecer um pouco a história de seis pontes, que estão próximas uma da outra e são pontos turísticos.

    A Blouwbrug está sobre o Rio Amstel (é o canal mais largo da cidade e um dos rios mais importantes do país). A tradução de seu nome é “ponte azul” e tem origem na antiga ponte de madeira dos anos 1600, que foi pintada com o azul característico da bandeira holandesa. Ela manteve o nome depois de 1883, quando foi substituída pela nova ponte, construída com três arcos, inspirada na arquitetura das pontes sobre o o Rio Sena em Paris, como a Pont Alexandre III.

    Blouwbrug
    Magere Brug vista da Blouwbrug
    Blouwbrug

    A pequena Walter Suskindbrug é uma ponte levadiça de 1972. Ela não é tão glamorosa, mas tem um grande valor histórico relacionada ao empresário judeu alemão Walter Suskind, que destruiu os registros de centenas de crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial para que elas não fossem enviadas para os campos de concentração.

    Walter Suskindbrug
    Vista da Walter Suskindbrugista

    Outra ponte levadiça bem famosa na cidade é a Magere Brug, construída em 1934 para substituir outra, que era muito estreita. Nós a avistamos da Blouwbrug e também está sobre o Rio Amstel. À noite, 1.200 lâmpadas acessas tornam a ponte mais especial. A partir de 2003, o trânsito sobre a ponte foi limitado apenas a pedestres e ciclistas. Considerada a ponte mais romântica de todas, diz a lenda que um beijo entre amantes sobre a ponte ou passando de barco debaixo dela, garante que permaneçam apaixonados para sempre. Outra curiosidade é ter sido cenário de vários filmes, incluindo um de James Bond, de 1971 – “Os Diamantes São Eternos”, no qual a lenda da construção da ponte é contada por um guia turístico de barco.

    Magere Brug

    A próxima ponte visitada foi a Ir. B. Bijvoetbrug, construída na década de 1980. Ela não é levadiça, sendo também usada apenas por pedestres e ciclistas e recebeu o nome do arquiteto Bernard Bijvoet, que idealizou a casa de ópera de Amsterdã. A ponte liga Staalstraat e a Stopera (complexo de edifícios que abriga a prefeitura e a casa de ópera). No pilar leste da ponte fica o Monumento Spinoza, projetado pelo artista Nicolas Dings, em memória de Baruch Spinoza (filósofo , pensador político e exegeta, considerado um dos fundadores do racionalismo e um dos inspiradores do Iluminismo). Spinoza usa um manto ricamente decorado, representando a diversidade da cidade. Ao lado da estátua há um icosaedro (figura formada por 20 triângulos equiláteros) de granito, que faz referência à profissão original de Spinoza, polidor de lentes, mas também à sua mente aguçada. O conjunto tem um pedestal em forma de elipse, representando as órbitas dos planetas, remetendo à sua tentativa de compreender o universo. A estátua fica perto do local onde Spinoza nasceu. Sobre a base de granilite é legível um texto livremente interpretado de textos de Spinoza: “O objetivo do Estado é a liberdade”.

    Stopera (edifício que abriga a prefeitura e a ópera)
    Stopera
    Monumento Spinoza – Ir. B. Bijvoetbrug
    Vista da Ir. B. Bijvoetbrug

    Na sequência, a Staalmeestersbrug, ponte turística e levadiça. Da ponte há uma bela vista da torre da Zuiderkerk (primeira igreja protestante de Amsterdã), que foi retratada por vários artistas, sendo o mais famoso Claude Monet.

    Staalstraat com a Staalmeestersbrug ao fundo
    Staalmeestersbrug
    Vista da Staalmeestersbrug
    1ª igreja protestante de Amsterdã – Zuiderkerk
    Pintura de Monet com a Zuiderkerk ao fundo – foto do Wikipédia

    Bem próxima da Staalmeestersbrug está a Aluminiumbrug. É mais uma ponte levadiça famosa. A Aluminiumbrug foi construída em 1896 com tijolos, granito e aço. O nome Aluminiumbrug foi dado em 1956, quando foi modificada para se tornar a primeira ponte em Amsterdã a apresentar um deck de alumínio. É uma ponte de arquitetura holandesa clássica, com guarda corpo de metal e grandes engrenagens para fazer a ponte levantar e abaixar, embora o mecanismo não funcione mais.

    Aluminiumbrug
    Vista da Aluminiumbrug
    Aluminiumbrug

    Depois de conhecer várias pontes e admirar belas paisagens, seguimos para Praça Dam. Alguns metros antes, paramos para admirar a Rokinfontein, uma enorme escultura onde há uma fonte desativada. Foi projetada pelo artista neerlandês Mark Manders e inaugurada em 2017.

    Escultura Rokinfontein de Mark Manders

    A Praça Dam, no centro histórico, foi criada no século XIII, sendo um dos locais mais conhecidos da cidade e um importante ponto de referência, onde são realizados muitos eventos. Amsterdã foi criada em torno dessa praça e a seu redor estão vários monumentos e edifícios históricos. São destaques:

    Praça Dam
    Monumento Nacional (à esquerda)
    Praça Dam – Palácio Real
    Museu Madame Tussaud
    Nieuwe Kerk

    Saindo da Praça Dam tem uma avenida bem movimentada, a Damrak, repleta de edifícios imponentes. Ela se conecta com a Estação Central.

    Avenida Damrak
    Avenida Damrak

    Assim que saímos da Praça Dam fizemos um pequeno desvio, passando por uma rua paralela à Avenida Damrak, a Rua Nieuwendijk. Esta rua é pedonal e tem mais de 200 lojas. A intenção era fazer um lanche na FEBO e provar os típicos croquetes. A loja é do tipo fast food automático e o cliente mesmo pega seu croquete em pequenas estufas com portas de vidro. Só em Amsterdã tem 22 lojas das 60 existentes nos Países Baixos. Ao lado da FEBO tinha outra loja de batatas fritas e não perdemos a oportunidade de comer novamente.

    Croquetes na FEBO
    Rua Nieuwendijk

    Voltamos à Avenida Damrak admirando os edifícios e conhecendo mais um pouco da sua história. Um dos prédios é a antiga bolsa de valores, o monumental Beurs van Berlage (atualmente é uma sala de concertos e exposições). Na avenida estão vários outros edifícios relacionados a atividades financeiras, erguidos no início do século XX, quando o termo “Damrak” passou a ser sinônimo da Bolsa de Valores de Amsterdã, da mesma forma que “Wall Street” é sinônimo da Bolsa de Valores de Nova York e da NASDAQ. Outro prédio imponente, que está no início da avenida Damrak, esquina com a Praça Dam, é o De Bijenkorf, fundado em 1870, onde funciona uma loja de departamento de alto padrão. Hoje, essa área é conhecida por seus restaurantes, bares e lojas de turismo.

    Avenida Damrak – Bijenkorf
    Av. Damrak – Beursplein em frente Beurs van Berlage
    Avenida Damrak – Beurs van Berlage
    Avenida Damrak – Beurs van Berlage
    Avenida Damrak – Beurs van Berlage
    Avenida Damrak

    O destino seguinte, ainda na Damrak, foi a deliciosa loja de chocolates Tony’s Chocolonely Superstore. Aqui você mesmo pode selecionar ingredientes e fazer seu chocolate.

    Tony’s Chocolonely Superstore
    Tony’s Chocolonely Superstore

    Saímos da loja e em menos de dez minutos chegamos na Estação Central para pegar o trem de volta para o hotel. No caminho, mais fotos da região. Chegamos no hotel já passava das 20 horas e precisávamos nos preparar para o dia seguinte, que também prometia muito.

    Estação Central ao fundo
    Estação Central
    Basílica
    Estação Central
    Estação Central
    Estação Central

    Quarto dia em Amsterdã

    As atrações do quarto e último dia em Amsterdã foram os moinhos em Zaanse Schans, Zaandam e um pouco mais de Amsterdã.

    Fomos de trem logo de manhã para Zaanse Schans. Os detalhes dessa viagem incrível estão no post exclusivo do Brasília na Trilha sobre Zaanse Schans.

    Passava das 14 horas quando saímos de Zannse Schans para Zaandam, a uma distância de menos de 10 minutos de trem. Veja o post exclusivo do Brasília na Trilha sobre Zaandam.

    De Zandam, voltamos para nos despedir de Amsterdã. Por volta de 17h30 chegamos à Estação Central e fomos conhecer uma região mais moderna da cidade. Saindo da estação, viramos à esquerda, no sentindo Leste, seguindo o calçadão rumo à Oosterdokseiland (Ilha da Doca Oriental), uma ilha criada em 1832.

    Saindo da Estação Central
    Vista da Estação Central
    Direção de Oosterdokskade
    Caminhando pelo calçadão até Oosterdokskade

    Em nossas viagens, além de visitarmos locais como igrejas, parques, praças e mercados, incluímos as bibliotecas, o que tem sido muito interessante. Em Amsterdã não foi diferente. Fomos à Openbare Bibliotheek Amsterdam – OBA (Biblioteca Pública de Amsterdã). O edifício de 2007 é bem moderno e imponente. A vista de lá é espetacular. Aproveite para beber alguma coisa na cafeteria.

    Openbare Bibliotheek Amsterdam – OBA (Biblioteca Pública de Amsterdã)
    Vista da Biblioteca
    Vista da Biblioteca

    A OBA tem uma área de 28.500 m2, distribuídos por 10 andares. São 1.200 assentos, dos quais 600 com computadores conectados à Internet e uma equipe de 200 colaboradores; além de auditório, sala de exposição, Museu da Biblioteca, Museu Gerard Reve e 2 mil vagas de estacionamento para bicicletas. No sétimo andar, há um restaurante self-service, com um terraço voltado para o sul. A biblioteca tem duas estações de rádio: AmsterdamFM, no primeiro andar; e a OBA Live, no quarto andar. Ambas as estações têm transmissões ao vivo e o público pode assistir.

    Biblioteca Pública de Amsterdã
    Biblioteca Pública de Amsterdã
    Biblioteca Pública de Amsterdã
    Biblioteca Pública de Amsterdã

    Continuamos nossa caminhada passando ao lado do espetacular edifício da empresa Booking e atravessamos a ponte Mr. J. J. van der Velde, para pedestres e bicicletas, até o Museu de Ciências NEMO, onde há exposições interativas e os visitantes podem investigar fenômenos científicos nos campos da física, da química, da biologia e das ciências comportamentais.

    Museu de Ciências NEMO
    Ponte para pedestres Mr. J. J. van der Velde
    Edifício da Booking
    Vista de Waalseiland

    Um pouco à frente do Nemo está o Museu Marítimo, com uma das coleções marítimas mais importantes do mundo. Ancorada na frente do museu está uma réplica de um navio da  Companhia Holandesa das Índias Orientais.

    Museu Marítimo – Réplica de navio da Companhia Holandesa das Índias Orientais

    Do Museu Marítimo, retornamos para a Estação Central, só que pela calçada oposta a da ida.

    Como já passava das 19 horas, antes mesmo de chegarmos na Estação Central, fizemos uma reserva no restaurante Grand Cafe Restaurant 1e Klas, pelo aplicativo The Fork, que ofertava descontos em alguns pratos do cardápio. Comemos em um restaurante top pelo preço de um restaurante simples. O 1e Klas fica no primeiro andar da estação e é bem bonito e aconchegante.

    Grand Cafe Restaurant 1e Klas

    Depois do jantar, pegamos o trem para a estação Sloterdijk, chegando ao hotel em torno das 21 horas.

    Estação Amsterdã Central

    No dia seguinte, logo cedo, pegamos um ônibus para Roterdã. Veja no Brasília na Trilha o post de Roterdã (em breve).

    Embora tenhamos conhecido muitos atrativos em Amsterdã e em seu entorno, não conseguimos explorar outros museus além do Museu Van Goch; não andamos de bicicleta nem de barco. Vão ficar para uma próxima oportunidade.

    Em abril de 2023, nossa filha esteve em Amsterdã, onde fez passeios de bicicleta pela cidade e visitou outros locais como a fábrica da cerveja Heineken. Confira sua experiência neste post do Brasilia na Trilha.

    Em dezembro de 2024, depois de nossa viagem, meu filho mais velho esteve em Amsterdã e conheceu vários outros locais, como o Heineken Experience e o Museu Anne Frank, além de ter aproveitado algumas atrações noturnas da cidade.

    Nós estivemos em Amsterdã em abril, quando escurecia depois das 21 horas, portanto, não chegamos a ver a cidade à noite. Aproveito para publicar aqui algumas fotos que meu filho fez da cidade iluminada.

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